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E As Fadas

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E as Fadas?

(Um compêndio sobre as Fadas) – Racquell Narducci

O Nascimento das Fadas

E sob o tronco
Da maior de todas as árvores
Preciosa seiva escorria abundante
E um pequeno lago dourado
Formado fora aos pés da Grande Árvore
E da brilhante Seiva Mística
Mais doce e agradável Que melhor mel do Mundo
Não tão viscosa, porém...
Da seiva sagrada
Emergiram para a vida
A mais bela de todas as raças
As Fadas Maiores em beleza e graça
E maiores nas artes do Poder Místico
Pois naturalmente nas Fadas flui
O fabuloso Poder por sua existência
Responsável As Fadas
Poderosas e imortais
Nos tempos de outrora
Filhas da Grande Árvore
Que a Grande Mãe é, conta-se...

E na Terra passaram a existir, portanto...


E moradia estabeleceram no início
Na Floresta das Maravilhas
Sagrado local de seu nascimento
Mais tarde, porém...
Para áreas outras se deslocaram
Curiosas e destemidas
O Mundo afora
Curiosidade imensa nutriam
Imensa é a Família das Fadas
E como relatado mais adiante será
Isoladas dos outros
Filhos da Terra
Apenas no início, contudo...
E ruminando na escuridão
Aquele
Que Sobreviveu
Apenas observa
E deixa-se dominar por pensamentos
Sinistros
De ódio e vingança

Relato aproximado “Do nascimento dos Escolhidos” (autor desconhecido)


(Extraído do site “A Sacerdotisa”)
Como nascem as fadas?

É realmente bem difícil descrever a aparência de uma fada, pois elas vivem em um
mundo paralelo ao nosso e segundo algumas pessoas que já as viram, dizem que para
poder notar sua presença, temos que silenciar a mente, pois elas aproximam-se como
uma suave melodia, ou mesmo um pequeno murmúrio.

Outra forma de percebê-las é quando de repente nos sentimos envolvidos com um doce
perfume com uma fragrância indescritível.

Mas estas qualidades comuns ao mundo angelical podem confundir-nos e não


saberemos discernir se estamos na presença de um anjo ou de uma fada. Só quando
visualizamos a sua forma é que podemos diferenciá-los, dados que os primeiros adotam
formas mais leves, mas apresentam-se com vestimentas mais corpóreas.

No caso das fadas, suas vestes possuem um grande diferencial: apresentam-se sempre
ataviadas e cobertas por gases ou musselinas, quase transparentes com cores
translúcidas, ocupando espaços fluídicos e seus graciosos corpos são esbeltos e
femininos, possuem mãos alongadas, pés pequenos, troncos estilizado, cabelo com cor
de arco-íris, que caem cobertos por véus transparentes. Algumas delas têm a cabeça
coberta com uma touca cônica, muito parecida com a dos magos e como eles também
utilizam varas mágicas com as quais produzem seus fenômenos.

Entretanto, a matéria da qual as fadas provêm é sutil e etérea, translúcida. Seu corpo é
fluídico e pode se moldar com a força do pensamento. Sendo assim, a aparência dos
seres feéricos, refletirá com freqüência as idéias pré-concebidas que deles já tenhamos.

Em virtude da natureza de sua estrutura corpórea, a fada pode também variar seu
tamanho.

Teósofos que estudam este tema, afirmam que a função das fadas é absorver "PRANA",
na vitalidade do sol e distribuí-la em nosso plano físico.

Desde os primórdios da civilização, segundo nos contam livros muito antigos, as


pessoas estavam mais em contato com a natureza e seus fenômenos, essas fantásticas
"presenças" faziam parte da vida cotidiana, instaladas nos bosques, nos arroios, na
cozinha, na cabeceira da cama das crianças doentes, etc. Depois que o homem trocou o
campo pela turbulência dos grandes centros urbanos, elas deixaram de ser ouvidas.

"Mas como elas nasceram?".

Existem muitas versões sobre o nascimento das fadas. Em tempos longínquos, na era
cristã, se afirmava que as fadas eram anjos caídos ou então almas pagãs que não
estavam aptas para subir aos céus, nem descer ao inferno. Por isso, ficaram destinadas a
passar toda a eternidade nas escuras regiões de um "reino intermediário", a nossa Terra.

Os escandinavos contam de forma mitológica, que foram os vermes que surgiram do


corpo em decomposição do gigante Ymir, que se converteram em: elfos claros, elfinas
e elfos escuros. O verme é símbolo de vida que nasce da podridão. É ainda, símbolo da
transição da terra para luz, da morte para a vida, do estado larvar para o vôo espiritual.
Todo o norte da Europa possui um rico conhecimento sobre as fadas, assim como as
Ilhas Britânicas e de igual maneira, não são ignoradas na Alemanha, já que ali são
conhecidas pelo nome de Norns, fiandeiras ao estilo das Parcas gregas.

Na França encontramos a Dame Abonde, uma fada, cujo próprio nome já invoca a
abundância.

Na Itália é venerada como Abundita, uma Deusa da Agricultura. Em terra romana


ainda, é muito conhecida a figura mítica da fada Befana, cuja função é estabelecer uma
ligação das famílias atuais com seus antepassados, com uma troca de presentes. Ocupa,
portanto a função de uma educadora-pedagoga que recompensa ou pune as crianças na
época natalina.
Befana é a Grande Avó que preside várias fases de desenvolvimento das crianças.
A "meia natalina" que todos nós, mesmo aqui no Hemisfério Sul, penduramos nas
portas ou lareiras, não é só um lugar para depósito de presentes, mas tem o poder de
invocar Befana, que tal como Frau Holda e Berchta visita as casas no período do
Natal, recompensando todo aquele menino ou menina que foi bem comportado durante
todo aquele ano.
Conforme a tradição mítica, Befana chega voando em uma vassoura, intensificando sua
associação com as plantas e os animais, que antigamente eram considerados sagrados e
muito utilizados como totens.
Befana voa do Reino das Fadas, para trazer presentes e alegria ao mundo dos homens.

Já dizia o inglês William Shakespeare, que há mais coisas nesta terra do que alcança a
nossa precária percepção. Carl Jung complementa, ao afirmar que existe e sempre
existiu, um realismo mágico contraposto a todo o mundo real.

É justamente através da dualidade destes opostos, é que se estabelece uma função


reguladora. Se o ser humano não oscilar entre estas oposições, o espírito morrerá.
Entre o real e o mágico existe uma espécie de fluidez intemporal que se rege pelo
inconsciente coletivo. O realismo mágico descrito por Jung é regido por uma fonte que
nos é mundo familiar e transcende a um mundo de contrastes entre os opostos. Isto é,
toda a magia se nutre dos conteúdos do consciente coletivo, da nossa "memória
ancestral". É através desta memória que ocorre a inversão do tempo.

A tradição celta possuía uma percepção admirável da maneira como o tempo eterno está
entrelaçado com o nosso tempo humano. Existe uma história de Oisín, que era um dos
Fianna, um grupo de guerreiros celtas, que sentiu uma grande vontade de aventurar-se a
chamada Tír na n-óg, a Terra da Eterna Juventude, onde vivia o povo encantado.
Chegando ao seu destino, durante muito tempo viveu feliz com sua mulher Niamh
Cinn Oir, conhecida como Niamh dos cabelos dourados. O tempo pareceu voar, por ser
um tempo de grande felicidade. Mas um dia, a saudade de sua vida antiga passou a
atormentá-lo. Tinha agora, curiosidade de saber como estavam os Fianna e o que estaria
ocorrendo na Irlanda.
O povo encantado o desaconselhou, porque sabiam, que sendo ele um antigo habitante
do tempo mortal linear, ele correria o risco de se perder ali para sempre. Apesar disso,
ele resolveu voltar.
Deram-lhe um belo cavalo branco e disseram-lhe para que nunca o desmontasse. Se o
fizesse, estaria perdido. Ele montou e seguiu até a Irlanda, mas chegando lá soube que
os Fianna já tinham desaparecido. Ele consolou-se visitando as antigas áreas de caça e
os locais onde junto com seus companheiros, haviam banqueteado, cantado, narrado
velhas histórias e realizado grandes festas de bravura. Neste ínterim, o cristianismo já
tinha chegado à Irlanda.
Enquanto passeava, rememorando seu passado, avistou um grupo de homens que não
conseguiam erguer uma grande pedra para construir uma igreja. Sendo um guerreiro, ele
possuía uma força extraordinária e, então, desejou ajudá-los, mas não se atrevia a
desmontar do cavalo. Ele observou-os de longe e depois se aproximou. Não conseguia
mais resistir. Tirou o pé do estribo e enfiou-o por debaixo da pedra, a fim de erguê-la,
mas assim que o fez, a cilha rompeu-se, a sela virou, e Oisín chocou-se com o solo. No
exato momento em que tocou a terra da Irlanda, tornou-se um velho débil e enrugado.
Esta é uma excelente história para mostrar a coexistência dos dois níveis do tempo. Se
ultrapassasse o limiar que as fadas observaram entre estes dois níveis de tempo,
terminava-se enredado no tempo mortal linear. O destino do homem neste tempo é a
morte. Já no tempo eterno é a presença ininterrupta.
Todos os contos de fadas celtas sugerem uma região da alma que é habitada pelo
eterno. Existe uma região eterna em nosso íntimo, onde não estamos sujeitos às
devastações do tempo atual.

Tudo o que vivemos, experimentamos ou herdamos, fica armazenado no templo de


nossa memória. Sempre que nos aprouver, podemos regressar e passear pelas salas
desse templo para despertar e reintegrar tudo que já nos aconteceu. Será esta reflexão
que irá conferir profundidade a todas as nossas experiências.
Hoje, início do terceiro milênio, com um mundo globalizado, com nações mais
preocupadas em garantir seu poderio político-econômico, muito pouca atenção se dá a
este tipo de memória.

NOMES DADO AS FADAS:


Fair family / Fair Folk: Apelido galês.
Verry Volk-Gower: Apelido galês.
Fees: Apelido dado no norte de Inglaterra.
Good Neighbors: Apelido Escocês e Irlandês.
Wee Folk: Apelido Escocês e Irlandês.
The Green Children: Apelido dado na literatura medieval.
Still-Folk: Apelido da região montanhesa Escocesa.

Texto pesquisado e desenvolvido por ROSANE VOLPATTO

Tradição das Fadas (Fairy Wicca)


Herne - The Hunter

Existe uma Tradição na Wicca que é especialmente dedicada a buscar a conexão com
os Deuses através do Povo das Fadas: é a Fairy Wicca, a Tradição dos Fays ou
Fairies (Povo das Fadas).

A crença nos Fays (Fadas) é um aspecto importante do folclore gaélico até hoje.
Atualmente, há várias versões que tentam explicar sua origem: as versões cristianizadas
e, portanto, mais recentes, falam que eles são "anjos caídos", que foram negados a um
lugar no céu por algum delito pouco sério, ou os Deuses antigos, que diminuíram de
estatura como resultado da introdução do cristianismo entre seus povos. Muitas pessoas
entendem que os Fays são uma raça não-humana que também vive nesse planeta. Mas a
tradição mais divulgada fala que os Fays são os remanescentes dos primitivos povos
britânicos, mais conhecidos como "Velho Povo" (Fays).
Ao que parece, o Velho Povo habitava as Ilhas Britânicas na Idade do Bronze. Quando
começou a invasão das suas terras, esse povo fugiu para as montanhas e colinas
(chamadas, em gaélico, de Sidhe ou Sidh - que significa "Terras Altas") para se
protegerem das guerras, uma vez que eram povos pacíficos. Essas novas terras,
ocupadas pelos Fays, passou a ser chamada de Fairland (Terra das Fadas).
A mitologia britânica conserva o nome de alguns desses povos:
Os Daione Sidhe (pronúnica: di-na chi) - fadas das montanhas/subterrâneas;
Os Bwragedd Annwn (pronúncia: burageth anun) - fadas dos lagos;
Os Flidais - fadas das florestas e bosques;
Os Tylmyth Teg (pronúncia: tarluith-taig) - do país de Gales; e
Os Unseelie - da Escócia.
Menos conhecidos, também falam dos "Bons Vizinhos", os Seeli e o Povo Wee.
Nas montanhas, os Daione Sidhe construíram casas subterrâneas (chamadas "brugh"),
cuja entrada era marcada por outeiros ou pequenos montes (chamados "knowe"). Os
Bwragedd Annwn, por sua fez, tinha a entrada de suas cidades subterrâneas no fundo
de lagos, riachos e córregos.
A atividade mais comum dos Fays é a criação de um gado malhado - chamado
Gwartheg Y Llyn (pronúncia: guarr-they er thlin) -, que pastoreiam com a ajuda de
grandes cães brancos com orelhas vermelhas - os Cwn Annwn (pronúncia: kun anun) ou
"Cães dos Montes".
A Tradição Fairy Wicca quer resgatar a religiosidade desses antigos povos britânicos,
trabalhando com energias e espíritos da natureza, de acordo com rituais muito antigos,
que dizem ser herança do próprio "Velho Povo".
A visão de "Fadas" que os bruxos da Fairy Wicca têm, é muito diferente da que
estamos acostumados. Não tem nada a ver com a "Sininho", do Peter Pan, ou a Fada
Azul, do Pinóquio.
Eles entendem os Fays como elementais dos quatro Elementos, ou seja, para eles, os
Silfos, as Salamandras, os Duendes, os Gnomos, as Ondinas, as Sereias, etc., são
todos membros do mesmo Velho Povo. Justificam essa visão, lembrando que tudo que
faz parte da Natureza, tem um ou mais Fays responsável. Cada folha de grama, cada
pedaço de pedra, cada árvore, cada planta, cada porção de ar ou de água tem no mínimo
um Fays ali. Portanto, estamos cercados de fadas por onde quer que andemos: a fibra
vegetal de nossas roupas, a madeira da mesa e da cadeira, a água que bebemos e o ar
que respiramos... Em cada porção da Natureza, há um Fay responsável.
Por isso, a magia que os Fairy Wiccans usam visa exatamente estabelecer contato com
as Fadas que estão espalhadas por todo o mundo e presentes em tudo que é natural.
Chamam-na de Fairy Magic (Magia das Fadas). Seus rituais e práticas mágicas visam
"abrir a visão" para que se consiga ver membros do Velho Povo. Mas nem sempre os
Fays querem ser vistos ou permitem que alguém os veja; nesse caso, a tentativa
provocará uma sensação desagradável de sufocamento, um profundo mal-estar. Nesse
caso, os Fairy Wiccans aconselham a desistir e, primeiro, tentar conquistar-lhes a
confiança.
Trabalhar com Fairy Magic pode ser maravilhoso, mas implica muito estudo,
conhecimento e aplicação, bem como uma vivência intensa do ritual de conexão com as
fadas. Para que se compreenda bem a Fairy Magic é essencial compreender a mitologia
Irlandesa, estudando os ciclos mitológicos de formação da Irlanda, em especial, os
Thuata De Dannan (pronúncia: tudha dae donan, ou seja: os Filhos da Deusa). Não
que só haja fadas na Irlanda; há no mundo todo. Mas nenhum povo como o irlandês
conseguiu captar, conhecer e compreender tão bem os Fays... Provavelmente, por serem
seus descendentes.
Vale lembrar que na Fairy Wicca, os Fays não substituem os Deuses. Eles não são
deuses ou semideuses, como conhecemos da Cultura Greco-Romana. Os Fays são o
Velho Povo que mudaram sua freqüência vibratória e já não ocupam a mesma realidade
habitual em que vivemos, ou seja, compartilhamos o mesmo mundo, mas em níveis
diferentes de existência. Não são mais humanos, mas também não são divinos. Apenas
manifestações diferentes da Grande Mãe.
Na Fairy Wicca, a face da Deusa mais abordada é a Deusa Aine (pronúncia: o-ne) -
Rainha das Fadas e Senhora da Lua; seu principal festival é no dia logo anterior ao
Solstício de Verão. Portanto, conhecê-la, cultuá-la e manter conexão constante com ela
é imprescindível para quem quer comungar com os Fays. A face do Deus de Chifres,
por sua vez, é Gwynn Ap Nudd (pronúncia: guin ap niid) - o Rei das Fadas e Senhor
do Outro Mundo. A Fairy Wicca busca a comunhão com os Deuses como qualquer
wiccano, só que o fazem seguindo os costumes e os ritos dos Fays.
Os Fairy Wiccans também afirmam que as fadas não são só "mocinhas bonitinhas,
com asinhas de borboleta". Há muitos tipos, desde as belas fadas das flores, as
simpáticas fadas da grama (que eles afirmam parecer um "foguinho verde") e os
simpáticos gnomos Pixels, até aquelas com dentes pontiagudos e garras afiadas cobertas
de sangue... As Ban Sidh (pronúncia: ban-chi), por exemplo, são anunciadoras da morte
de entes queridos; as fadas dos espinheiros são muito perigosas se não contatadas
corretamente. Como os Fays tiveram que partir para esse "outro mundo" por causa da
perseguição de outros povos, muitas vezes eles não gostam de contato com humanos;
não confiam. Por isso podem ser bem perigosos ao se defenderem. Além disso, eles têm
seus próprios desejos e motivos para fazerem as coisas. Geralmente não dependem dos
humanos. Aliás, para eles, nós somos apenas mais um bicho na terra. Alguns Fays se
preocupam com os humanos; outros resolutamente não gostam de pessoas, mas a
maioria é indiferente e se suas ações estão causando algum prejuízo a uma pessoa,
provavelmente não se importarão. São comuns as histórias de "changeling", ou seja,
"troca de crianças": quando um Fay percebe que seu filho está morrendo, procuram um
bebe humano recém-nascido e pouco cuidado e substituem - levam o bebê sadio e
deixam, no berço, o Fay moribundo.
É preciso, portanto, conquistar sua confiança... É esse é o objetivo da Fairy Magic e de
estabelecer essa conexão sempre através da Grande Mãe - em sua fase Aine (a forma
como os Fays conhecem a Deusa).
Depois de conquistar-lhes a confiança, é comum receber um Fairy Gift (presente de
fada). Várias histórias populares nas Ilhas Britânicas relatam Fays dando presentes a
humanos, desde pedras de ouro a bandeiras de fadas; no entanto, eles só são visíveis em
estado alterado de consciência, ou seja, na mesma vibração dos Fays. Em nosso nível,
eles se parecem com folhas murchas ou esterco.
Se quiser conhecer melhor essa tradição, procure os livros de Victor e Cora Anderson,
Tom Delong (mais conhecido pelo seu nome pagão: Gwydion Penderwyn) e Starhawk
(ela também é uma Fairy Wiccan).

(Autor: Herne - The Hunter)


Fadas quem são elas?
Rosane Volpatto

As fadas são uma raça de donzelas imortais, às quais os primitivos nativos da Itália
davam o nome de "Fatue". O culto medieval siciliano das fadas, bem documentado
pela Inquisição Espanhola, estava associado à Deusa Diana, que os italianos há muito
tempo já chamavam de "A Rainha das Fadas". Diana era cultuada na Itália no Lago
Nemi, onde outrora existira seu templo (500 a.C.).

As fadas italianas formavam grupos chamados de "Companhias" como a "Companhia


dos Nobres" e a "Companhia dos Pobres". Tanto os homens quanto as fadas pertenciam
a estas "Companhias", que eram essencialmente matriarcais, embora se encontrassem
nelas elementos masculinos. Essas fadas possuíam o poder de abençoar os campos,
curar doenças e atrair a boa sorte. Somente através de preciosos presentes, podia-se
aplacar a ira de uma fada e livrar-se de seus encantamentos. Tais oferendas só seriam
aceitas se depositadas através das mãos de mulheres humanas.

Porém, o mais antigo registro das fadas, retratadas como pequenos seres alados
surgiram na arte etrusca à cerca de 600 a.C., na forma de "Lasa", espíritos do campo e
das florestas. As Lasa eram descritas como pequenos seres humanos alados que
flutuavam sobre um recipiente com incenso ou sobre uma bacia votiva. Estas primeiras
fadas estavam também associadas ao culto dos ancestrais e eram encontradas nos
templos etruscos. Estavam ainda, identificadas com a vegetação e com todos os
segredos da Natureza.

As imagens das fadas só vieram a surgir na arte celta após a ascensão do cristianismo,
ou seja, depois da ocupação romana.

Hoje, acredita-se que o povo de Tuatha de Danann está associado ao Reino das
Fadas. Isto se deve a sua misteriosa aparição às Ilhas Britânicas envoltas em brumas. Lá
encontraram o povo Fir Bolg, os quais derrotaram na batalha de Moytura.
Posteriormente, quando os celtas invadiram a Grã-Bretanha (600-500 a.C.), os Tuatha
De Danann desapareceram nos montes e bosques. Esta é a origem da crença de que as
fadas habitam as áreas rurais. As lendas dos mitos celtas foram preservadas em textos
como "Mabinogion", o "Livro Branco de Rhyderch" (1300-1325) e o "Livro
Vermelho de Hergest" (1375-1425).

Todas as culturas européias, entretanto, possuem folclore envolvendo fadas. E, apesar


das crenças sobre as fadas diferirem de uma cultura para outra, há dois conceitos
básicos universais a todos: a distorção do próprio tempo e as entradas ocultas ao mundo
das fadas.

DISTORÇÃO DO TEMPO E ENTRADAS SECRETAS

A crença na distorção do tempo é comum às fadas de todas as regiões. Uma noite em


seus domínios equivaleria há vários anos no tempo dos mortais. Há relatos de histórias
de pessoas que ao posicionar-se em um anel de fadas, acreditam ter ali permanecido
observando o Baile das Fadas por breves minutos, mas em nosso mundo só reaparecem
após muitos anos.
Entradas secretas protegem o acesso aos domínios das fadas e geralmente estão
localizadas em montes ou tronco de árvores. Acredita-se que as fadas possuem uma
enorme repulsa ao ferro e este metal deve ser usado como proteção contra elas quando
necessário. Alguns folcloristas crêem que esta lenda deu origem a utilização do ferro
para arar a terra e derrubar árvores, representando o poder do homem em violentar a
Natureza. Diz esta lenda ainda, que se deve sempre deixar um pedaço de ferro na porta
de entrada do domínio das fadas, para evitar que ela feche. As fadas não tocariam no
ferro, e assim não poderiam impedir que a pessoa regressasse quando quisesse.

Há, entretanto, métodos de resgate de cativos de fadas. Se alguém que você conhece
desapareceu em um anel de fada, você deve retornar a este lugar um ano e um dia mais
tarde. Coloque somente um pé dentro do anel e poderá ver as fadas bailarinas e a
pessoa que pretende resgatar. Com ambos os braços, agarre-a fortemente e puxe com
força para fora do anel.

Todo aquele que deseja imensamente encontrar-se com as fadas é necessário primeiro,
aprender o máximo possível sobre elas, pois todo o cuidado é pouco quando se pisa em
território totalmente desconhecido.

Alertam-se para nunca se colocar ambos os pés em um anel de fadas, pois poderá ficar
perdida no Mundo das Fadas. Um anel de fadas é um círculo redondo de cogumelos
que pode ser encontrado em campos abertos e até em jardins e é o lugar onde as fadas
dançam. Quem pisar dentro dele será capaz de ver o "Baile das Fadas", antes invisível
e poderá também ouvir a doce e bela música, onde antes só havia silêncio. A música e a
dança são tão contagiantes que os que a presenciam podem perder totalmente a noção
do tempo.

Nunca coma da comida das fadas, não importa o quanto cortesmente lhe for oferecidas.
Quem a comer, pode ficar indefinidamente cativo em seu Mundo.

AS FADAS ESCURAS
As fadas são chamadas de "Escuras" por viverem no subterrâneo, mais freqüentemente
debaixo de colinas e não por serem más. Elas também podem habitar lugares escuros
das nossas casas como vãos de escadas e porões.

No lugar de temer estas fadas, devemos ser espertos e procurar sermos seus amigos. As
que vivem dentro de nossas casas irão nos proteger e abençoar. As que moram fora, no
pátio, por exemplo, (e elas estão em toda a parte!), cuidarão de nossa propriedade e
ajudarão fazendo com que nossas plantas e árvores cresçam fortes, permitindo ainda,
que encontremos alguma pedra ou tesouro que nos auxilie nos trabalhos de magia.

O Povo Pequeno serve de barômetro para aferir o estado de vibrações de sua casa. Se
estiver atraindo ou enviando energias negativas, eles ficam quietos e se afastam. Eles
também atraem a sua atenção para o problema se você não o notar imediatamente.

ALIMENTO PARA AS FADAS

Todas as fadas adoram gengibre, mel, leite, bolos, balas, biscoitos e sucos. Para atraí-las
coloque a guloseima sobre uma pedra de pirita, prata, cristal, quartzo ou lunária.
Apreciam também essências fortes como canela e pinho. Mas você deve dar de comer a
elas sempre realizando um trato. Antes de conceder-lhes o alimento, diga:

"O QUE É MEU É SEU, O QUE É SEU É MEU".

Peça então para que elas tornem sua casa um lugar alegre e diga que sempre serão bem-
vindas.

As fadas amam jardins bem cuidados e você pode transformar o seu em um altar para
elas. Plante nele muitas flores azuis, lírio-do-vale, dedaleira, gesta e rosas. Crie também
um pequeno lago escavando a terra e colocando pedras em sua borda, para atrair as
fadas da água. Mas há também fadas que gostam de lugares selvagens, portanto deixe
uma pequena parcela da área sem cultivo. Suas oferendas serão muito bem aceitas
quando colocadas em uma cesta e depositadas neste jardim.

Se chamá-las para participar de um ritual, mantenha-o leve e alegre. Elas gostam de


muita música e dança.

BANHO DE PÉTALAS DE ROSAS


A essência de rosas é um forte atrativo de fadas, um banho com rosas lhe irá facilitar o
contato com elas. Para a preparação do banho coloque 21 pétalas de rosa cor-de-rosa em
uma chaleira de cobre contendo água e uma tampa. Depois deve aguardar o
espaçamento de uma Lua Cheia à outra Lua Cheia, só então poderá usar o seu conteúdo
para banhar o corpo e os cabelos. Tome este banho antes de cada ritual mágico dedicado
às Fadas.

ENTRANDO EM CONTATO COM AS FADAS


Está na Natureza a essência de todas as crenças e religiões. O primeiro passo para
vivenciarmos o "Divino" está em observarmos a Natureza e nos unirmos à beleza de sua
Criação. A simples caminhada em parques que possuam muito verde, já nos dará sábios
ensinamentos. Se tiver oportunidade, sente-se no topo de uma colina e contemple os
campos e bosques. Deixe então sua mente voar livre para outro tempo, imaginando
como deveria ter sido este local há milhões de anos atrás. Tais pensamentos farão
despertar sua memória ancestral genética que lhe foi transmitida e que agora está
disponível e reverente. Lembre-se que você é descendente direto de um antigo pagão
que já sabia o que deseja saber agora.

Se você possui um lindo jardim, considere-se uma pessoa com muita sorte, pois poderá
realizar esta viagem astral no meio dele. Caso você more em apartamento, uma planta
qualquer que dê flores poderá lhe ajudar a se conectar com os ciclos da vida da
Natureza. O pequeno ato de cuidar de uma plantinha ou de seu jardim já é capaz de
gerar uma vibração em sua aura que pode ser detectada pelas formas de vidas silvestres.
Através desta vibração, sua presença é percebida e as fadas por certo não ficarão
indiferentes, pois elas são entidades mágicas envolvidas com a força vital das plantas e
dos animais. Ao criar um elo mental com esse conceito através da emersão nos ciclos
vitais da Natureza (e de suas caminhadas pelos parques), fica mais fácil alinhar-se com
os espíritos da Natureza.
Acreditar nas fadas e nos espíritos da Natureza é parte integrante da consciência
mágica de todo o pagão. Isso fortalece as forças que mantêm e direcionam a
sincronicidade em nossas vidas.

Não somos viajantes sós, pois sempre temos ao nosso lado um guia espiritual, ou
espíritos de familiares e um grande número de espíritos da Natureza. Através deles
nos ligamos à própria fonte dos mistérios, nos ligamos a outros Mundos e outros Seres.
Ligamos-nos à Fonte Primordial, que é aquela que nos gerou e para à qual um dia
retornaremos.

Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto.

FADAS NÃO DORMEM


(L. Gasparetto)

Seus olhos são como janelas


Que ficam num eterno entardecer...
Fadas são inquietas e brilhantes
Como um farol na ponta de um rochedo...
Invadindo, indiscretas, a escuridão do peito.

Fadas são sábias, como velhos livros,


São brilhantes do espaço e do tempo.

Seres de opalina, pérolas e diamantes


Voando entre ondas de música.
Fadas são donas dos mistérios,
Dos silêncios e dos ruídos.
Suas presenças são rápidos reflexos
De vagos anseios divinos.
Fadas são almas sepultadas
Em corpo humano...

As Fadas

Aquilo que o ser humano vê, ouve e sente nos primeiros anos de vida é normalmente
chamado de fantasia. Mas será mesmo?... Os anos passam e a ignorância toma conta da
mente, que perde a sua pureza e apreende aquilo que a sociedade lhe impõe. Ou seja,
perdemos a capacidade de subir ao mundo astral, perdendo o contacto com o fantástico
mundo das fadas. Mas elas continuam a coexistir com os humanos e o seu espaço
físico. Não acreditar nesses seres etéreos pode mesmo tornar-se perigoso, pois sem
querer estamos a duvidar de mundos paralelos ao nosso que têm uma importância
enorme para o equilíbrio e preservação do planeta.
As fadas têm uma personalidade própria, os seus sentimentos, idéias e talentos. Tal
como nós, são bastante sensíveis, tendo as suas manias, podendo gostar ou odiar certos
elementos da natureza. Elas podem proteger e ajudar em determinadas áreas, mas
podem também provocar incidentes ou causar problemas. A melhor maneira de chamar
estes pequenos seres ao seu convívio é convidá-los a entrar em sua casa e não exigir a
sua presença. Segundo a tradição, as fadas são bastante receptivas a presentes,
especialmente se lhes oferecer pão, leite, manteiga e bolos.

As Fadas que Protegem o Lar

Ban-tee: estas palavras têm o significado literal de dona de casa. As fadas Ban-tee
podem ser encontradas a vigiar as crianças e os pequenos animais de estimação. Dizia-
se na antiguidade que executavam todas as tarefas das mães quando estas estavam
demasiado cansadas ou enquanto dormiam. Nessa altura eram elas que protegiam as
crianças, evitando que corresse qualquer tipo de risco. A fada Ban-tee adora morangos
frescos, cremes doces e tudo o que pede em troca destas guloseimas é que a deixem
vigiar o lar.

Brownie: de origem escocesa, tem um aspecto físico pouco feminino, a pele escura e
aparece sempre vestida de verde, azul ou castanho, com uma pequena capa sobre os
ombros. Procura um ser humano que aceite os seus préstimos e dedica-se a ele para toda
a vida. Mas para que isso aconteça a pessoa tem de ser humilde, simpática e meiga. É
esta fada que pode afastar de casa todos os maus espíritos. Procura sempre uma casa
quente, mas não admite a existência de gatos. Adora receber como presentes leite, mel e
pequenos objetos feitos em madeira.

Gan-cahn-ock: de origem irlandesa tem os olhos rasgados e as orelhas bicudas.


Distingue-se por ser muito pequena e por ter um sorriso maquiavélico. Tem umas asas
minúsculas que podem aparecer e desaparecer e adora pregar partidas aos seres
humanos, principalmente aos jovens. Gosta de estar em locais quentes, de receber leite
com açúcar e quando se dedica a um lar específico, protege-o de roubos e incêndios.

Tomtra: do sexo masculino, aparece sempre com uma capa verde e um fato castanho,
cor de terra. É de origem finlandesa e adota uma casa onde permanece a tempo inteiro,
mas para que isso aconteça tem de se sentir recompensada. Caso não existam
contrapartidas, pode tornar-se vingativa, acabando com toda a boa sorte do lar. Deve
receber doces, geléia e mel puro em pequenas tigelas de vidro.

As Fadas que Protegem as Pessoas

Din-geth-ai-noon: irlandesa, está ao serviço da deusa Aine, que protege especialmente


a mulher. Pode assumir as mais variadas formas. Dorme na floresta mais próxima da
casa da mulher que protege. Para convidá-la para a sua casa terá de escrever o nome
Aine à entrada da porta e pronunciar em voz baixa todas as manhãs (quando sai de casa)
a palavra Dinnshenc.

Guwer-geth-ain-noon: vinda do País de Gales, belíssima, de cabelos compridos e


loiros. Adora crianças e protege as mães. Tem quase o tamanho feminino e habita perto
dos grandes lagos. É bastante temperamental e facilmente se ofende. Só sabe contar até
ao número cinco (o número mágico das fadas). É especialista em música e adora
dançar, aproximando-se dos lares onde houve tocar piano ou harpa.
Twlwyth-tegs: também do País de Gales, protege pessoas de qualquer idade, sexo, raça
ou cor. Vive em grupos e deslocam-se para verificar onde a sua presença está a fazer
mais falta. Vive em ilhas com nevoeiro onde as tempestades sejam uma constante, pois
é na água e na umidade que reencontra as suas energias. Adora jardins e de cuidar das
flores, sente-se bem recebida quando lhe oferecem água fresca numa taça branca em
sinal de amizade.

Mother Hole: de origem alemã, tem o aspecto de uma mulher idosa e respeitável,
reconhece-se facilmente pelos longos cabelos negros e pelo vestido comprido verde-
escuro. A sua função é avisar do bem e do mal que se aproxima. Trabalha de modo
honesto, mas a recompensa que pede é bastante cara: OURO! Muitas vezes convida as
pessoas a visitar a sua residência, no meio das searas, e ajuda-as no seu crescimento
espiritual.

Urisks: embora sendo bastante feia, esta fada de origem escocesa é bastante amigável e
procura a companhia do ser humano que deseja proteger ao longo da vida. É muito
inteligente e psiquicamente desenvolvida, e encontra-se no meio dos bosques, onde tem
a fama de assustar crianças, devido ao seu aspecto despenteado e à sua corcunda pouco
estética. Para obter a sua amizade, é apenas necessário oferecer-lhe a sua amizade,
visitando-a no bosque, chamando-a e dizendo que precisa do seu apoio. Urisks não
pede presentes materiais para socorrer seja quem for.

(tradição das fadas)


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Berçário das Fadas

As fadas do ar possuem uma energia sutil e fluídica. Em termos místicos, estes seres
alados são tão rápidos quanto o pensamento e trazem mensagem dos Deuses. De acordo
com a Alquimia, as fadas apresentam a mesma forma volátil do mercúrio, ou uma
forma terrena de energia lunar: nem sólida, nem totalmente fluídica. O mercúrio é
considerado a representação terrena do verdadeiro estado mágico feérico.
As fadas do ar são as mensageiras da alma, representando a liberdade espiritual. São
ainda, criaturas de aspirações e transcendência, voando entre o céu e a terra, entre o
corpo e o espírito liberto.
Todas as tormentas e ventos estão associados com os Seres do Ar, desde a mais suave
brisa, generalizada como um suspiro de na Ilha de Man (Irlanda), até os grandes e
destrutivos poderes das Monções Árabes, causadas pelo furioso Jinn. Em diferentes
relatos folclóricos, desde os desertos árabes até a América do Norte e as Ilhas
Britânicas, há referências que os tornados seriam produto de uma horda de espíritos
feéricos enfurecidos.
Na Lituânia, uma fada chamada Vejopatis é a mestra fazedora dos gelados ventos
carregados de água e neve. Na Finlândia, o antigo Ukko é o responsável pelos
fenômenos climáticos, comandando os ventos e a chuva, as nevoas, as tempestades, os
raios e os relâmpagos, tudo com um só movimento de suas gélidas mãos.
Aqui na América, os espíritos dos ventos e os pontos cardeais são invocados em
inúmeras práticas xamânicas. Ga-Ho, um benevolente manipulador de ventos, propicia
e tranqüiliza as correntes de ar para facilitar a vida dos homens das Montanhas. Vive no
Norte e dali dirige os quatro ventos primordiais, o clima e as estações.
Na mitologia grega encontramos a harpia, como a primeiras criatura alada descrita
como desapiedada, cruel e violenta. Seu aspecto é horrendo e raptava pessoas e as
torturavas a caminho do Tártaro. As vezes era representada sobre as tumbas,
apoderando-se do espírito do morto. As harpias personificavam os ventos violentos e as
tempestades capazes de arrastar os homens para as mansões subterrâneas.
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FADA – As fadas são as bailarinas do reino Elemental. São elas que transmitem para as
flores suas cores e perfumes. Existe um tipo de fada para cada tipo de flor. Algumas
fadas se acham tão lindas, que ao se verem no espelho, mergulham dentro dele. Dizem
que esses espelhos enchem-se de magia, e as pessoas que neles se olharem permanecem
jovens para sempre.

A DANÇA DAS FADAS


Altar de Aisling

Suave música de flauta,


Cheirando a jasmim e ylang-ylang,
Que vem de lugar nenhum,
De um canto adormecido,
Trazendo incensários de
Um momento sereno.

Estou sem saber, em transe,


Próximo a um altar de pedra,
No meio do círculo azul, bem ao Sul,
Invocando antigos amigos elementais,
Pedindo ajuda para o Povo Pequeno...

Talvez o meu único eterno conforto


Esteja guardado agora na clareira
Da mais radiosa floresta,
Na imantação da Lua Cheia,
No banhar dos raios prateados,
Serpenteados pela dança das fadas,
Decorado na oferenda das maçãs
Com canelas e no mesmo correr
As eternas águas...

E Na Lua Esquecida do Amor,


No percurso de tantas vezes,
Passam conjunções de Platão a Saturno.
Quieto, calado, taciturno,
Estou isolado entre adequações e
Reestruturações.

Mas posso rever distante, você,


Doce e graciosa Aisling.
Peço licença ao sentimento.
Em movimento lento muito lento,
Faço referências medievais para a
Deusa Fada dos perdidos acalantos.

E lamento, ah, como lamento,


Tê-la guardado apenas
No frívolo pensamento,
Feito voz esquálida
Que fenece ao vento...

Aisling, Deusa da Esperança...


Leva-me para dentro do círculo.
Pede a Aine, Senhora das Fadas,
O remoer das águas...
E por um milimétrico segundo,
Talvez o retroceder do tempo.

Rainha do Povo Pequeno,


Toma conta de todas
As minhas mágoas...

Aisling,
Conta-me no descerrar da floral cantiga,
Ao sopro da brisa primaveril,
Que eu, tolo menino, preciso fazer
Para que ela retorne à minha vida???

Dá-me guarida, Doce Aine,


Consciência do meu corpo adormecido,
Para que eu possa rever,
Mesmo que seja pela última vez,
As fadas que eu tanto amo e venero,
Dançando nesta noite de clarão azul.

Por que, por desconhecido motivo,


Preferi cegar imagens do coração.
Não consigo perceber mais...

Aisling,
Sinto falta do elixir,
Da poção encantada de um olhar,
Magia celta de íris verde na relva macia,
Longos cabelos negros, esvoaçantes,
Incessantes a me guardar por inteiro.

Aisling e Aine,
Rainhas do Povo Pequeno,
Como posso voltar a ter paz???

Queria tanto acabar com este nevoeiro,


Transformá-lo em círculo azul, bem ao Sul,
Queria ver as fadas dançarem
Nesta noite sem fim.

E ao exalar do jasmim,
Aisling e Aine,
Na pedra solar,
Poder calar toda a minha dor.

Queria muito, doces rainhas das Fadas,


Retornar, mesmo em sonho,
Em instante de névoa,
No fundo perdido da clareira,
Para os braços do meu único amor...
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Sonhar com:
DANÇA - RITMO - Possui um simbolismo ligado a sexualidade posto que o corpo
dançante entra em transe ritual ligando o pessoal com o transpessoal e levando ao êxtase
erótico. A imagem de atividades rítmicas realizadas com firmeza e energia pelo ego
onírico pode estar apontando para uma repressão sexual por parte do ego vígil, pois a
libido reprimida pode regredir para essas atividades que representam analogicamente o
ato sexual. As danças rítmicas primitivas em que se aparece calcando os pés estão
ligadas ao simbolismo da fertilidade e apontam para a reentrada simbólica no ventre
materno.
==============================================================
A Dança do Todo

**

Acreditar em você é crer que o sopro divino, o Grande Mistério, o convida para uma
dança sagrada, dançar nos sonhos, dançar na luz divina do ser... Criação!

Confie, aceite, entre no salão da vida, mesmo que você não saiba corretamente os
passos, o ritmo, a duração da música, mas quem é que sabe?!... Expressão!

Mesmo que você, eu ou qualquer outro dançarino cósmico não saibamos muito sobre
essa doce canção, o que importa realmente é enchermos de alegria e amor nossos
movimentos e contagiar positivamente todos a nossa volta, e que seu coração dance,
como dança uma criança irradiando, amor e pureza... Emanação!

Perceba a sutileza da canção composta pelo “Todo”, essa linda melodia que toca na
vastidão celestial, o poder oculto na intenção do som, canção que revela o pensamento
criador.

Sonoridade que se fez presente em cada célula, em cada dança, em cada passo sobre a
Mãe Terra... Revelação!

Sinfonia cósmica, que acalma a mente e sossega a alma, que o leva ao céu e ao encontro
da menina lua e o faz despertar no charme do sol.

Lembre-se sempre, de que você tem uma estrela luminosa em seu peito, você é sonho,
você é verso, você é eterno, universo em constante evolução.
Imaginação, sedução de um amor incondicional, a cura que brota de dentro do coração,
a luz divina que chega sem tocar, apenas está. Nessa dança, dentro ou fora a conclusão é
amar... Compaixão!

Consciência digna de viver e aprender, os impulsos o levam a procurar e nesta busca


atingir os seus mais íntimos propósitos para um equilíbrio entre corpo, mente e
espírito... Despertar!

Amar e sorrir são essenciais, siga em frente e acredite sempre no brilho do seu olhar.

Movimento, vida, expansão...

A música das esferas... Deus, o Todo em ação!

Siga seu coração, conduza sua vida em direção ao amor maior, não perca tempo...
Dance... Dance!

EXERCÍCIO BIOENERGÉTICO: Luz e Cura!

Sente-se ou deite-se de forma confortável, ouça uma música que facilite seu
relaxamento...

Respire tranqüilamente; eleve seus pensamentos ao Criador, ao Grande Mistério...

Agora, faça surgir suavemente em seu peito (chacra cardíaco) uma imensa bola de luz
violeta.

Mantenha a atenção nela e pulse essa luz no coração.

Visualize bem no meio dessa bola de luz violeta, surgir uma rosa dourada. Perceba que
a vibração dessa bola de luz alimenta e dá vivacidade a essa flor...

Imagine que essa bela e viçosa rosa dourada começa a irradiar uma luz, envolvendo
todo o seu corpo, seus órgãos, tornando-os totalmente "Dourados"...

Lembre-se de manter a luz violeta sempre pulsando, sempre viva, neste corpo que agora
é todo dourado...

Mentalize nesse momento, que tudo o que você esteja sentindo de bom, de
contentamento, seja compartilhado com outros irmãos encarnados ou desencarnados que
estejam necessitando dessa energia nesse momento...

Silêncio, alegria, amor, respeito, partilha, luz e paz...

**
Onê (até breve)
Vitor Hugo

Projeto Voz dos Elementos "Amar e Curar a Mãe Terra" - ww.vozdoselementos.com.br


ORAÇÃO DAS FADAS

Espírito de sabedoria,
Cujo sopro dá e retorna a forma de todas as coisas;
Tu, diante de quem a vida dos seres é uma sombra que muda e um vapor que passa;
Tu que sobes às nuvens e que caminhas nas asas dos ventos;
Tu que expiras, e os espaços sem fim são povoados;
Tu, que aspiras, e tudo o que de ti vem a ti volta:
Movimento sem fim na estabilidade eterna,
Sê eternamente bendito.
Nós te louvamos e te bendizemos no império móvel da luz criada, das sombras,
Dos reflexos e das imagens,
E aspiramos incessantemente à tua imutável e imperecível claridade.
Deixa penetrar até nós o raio da tua inteligência e o calor do teu amor:
Então o que é móvel ficará fixo,
A sombra será um corpo,
O espírito do ar será uma alma,
O sonho será um pensamento.
E nós não seremos mais arrastados pela tempestade,
Porém seguraremos as rédeas dos cavalos alados da manhã
E dirigiremos o curso dos ventos da tarde,
Para voarmos diante de ti.
Oh espírito dos espíritos,
Oh alma eterna das almas,
Oh sopro imperecível de vida,
Oh suspiro criador,
Oh boca que aspiras e expiras a existência de todos os entes,
No fluxo e refluxo da tua eterna palavra,
Que é o oceano divino do movimento da verdade..

(caminhos de luz)
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ORAÇÃO À RAINHA DAS FADAS

Ave, Rainha das Fadas!


Tu que colocas mais frescor nas manhãs,
Sedução nas tardes,
Mistérios nas noites e doçura nas madrugadas,
Derrama um pouco de tudo isso sobre mim para que eu possa encantar,
Seduzir, alegrar, apaixonar,
Ser e fazer feliz.
Ó, Fada Rainha!
Ouve a prece minha.
Rainha da Alvorada,
Musa dos Namorados, dos Poetas, dos Magos, dos Cantores, dos Escritores,
Enche minha alma de sonhos, de música, de poesia
E cobre meu corpo de encantos, de carícias e de flores,
Porque assim poderei dar todas as delícias e receber todos os amores!
Senhora de todas as Primaveras,
Das mais lindas quimeras,
De todas as Eras!
Dá-me todos os alimentos e todos os encantamentos de Afrodite,
Seus licores, seus perfumes, seus sabores,
Para que eu seja cada vez mais suave, mais ardente, mágica, atraente...
Uma Lua Ensolarada,
Enluarada,
Uma Deusa Concreta,
Completa!
Para que eu seja uma...
Uma...
Uma Perfeita Fada
E ame sempre
E sempre seja amada.
Ave! Ave!
Ave Rainha das Flores, dos Amores, das Alvoradas...
Ave, Rainha das Fadas!
"Todos os sons, todas as luzes, todos os Dons para mim".
Obrigada.
Ave, Rainha das Fadas!

***

As Fadas gostam de frutas, de flores, de água fresca e de muitas coisas mais...


Há rituais específicos para três, sete e treze Fadas e um ritual para todas as Fadas. Os
banhos das Fadas são feitos com flores e sucos de frutas.
Gostam de dar e de receber presentes.

Poção para Atrair as Criaturas Fadas - Chá

Durante a Hora de Mercúrio e o dia de Júpiter, prepare uma mistura de ervas ou um


sache para chá com as seguintes ervas:
- folhas frescas de menta,
- uns punhados de tomilho,
- três raízes de lúpulo,
- seis pétalas de rosas,
- cascas de maçã,
- um punhado de alecrim-do-mato,
- um punhado de Artemísia e
- alfazema.

Durante o mesmo dia e horário, prepare este chá mágico enquanto recita canções para
atrair fadas.

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A energia destes seres mágicos estará potencializada neste período (maio), então prepare
o chá a seguir se você estiver buscando força para sua gestação, ou, se não estiver
grávida, para proteger seus filhos e parentes.

Ingredientes:
- 2 folhas frescas de hortelã;
- 1 colher (chá) de açúcar;
- 2 colheres (chá) de suco de limão;
- 1 maçã picada em cubos;
- 6 pétalas de rosas brancas.

Modo de Preparo: Misture a hortelã, o açúcar, a maçã, as pétalas de rosa e o suco de


limão em uma chaleira com 500 ml de água filtrada. Deixe ferver por cinco minutos,
espere esfriar e coe o chá. Beba em seguida.

Pó de Fada

Itens necessários: um liquidificador ou moedor de café, glitter prateado, um pote azul-


escuro, três moedas de prata, tinta prateada ou um caneta de tinta prateada, e as
seguintes ervas secas, medidas (1 colher de sopa de cada):

*Rainha-do-Bosque
*Cravo
*Rosa
*Jasmim
*Ulmária

Coloque o pó dentro do pote azul-escuro. No lado de fora do pote inscreva o seguinte


símbolo com a tinta ou caneta de tinta prateada:

Na véspera do mês de maio, no inicio do pôr-do-sol, coloque o pote de pó no centro de


um circulo de fadas (o circulo de fadas é um lugar onde existe um círculo de cogumelos
em uma floresta). Ajoelhe-se ao lado do circulo, destampe o pote e entoe os seguintes
versos nove vezes:

"Espíritos da natureza e amigas fadas


Abençoe este pó para servir aos meus propósitos
Deposito minha confiança em vós
Para que me tragais amor, riqueza e prosperidade".

Levante-se e saia da área por uma hora, dando as fadas tempo para abençoar o seu pó.
Quando voltar agradeça as fadas por sua ajuda, recolha o pote e deixe as três moedas de
prata no lugar dele.
Espalhe o pó sobre a pessoa amada enquanto ela está dormindo, para aumentar a paixão;
borrife sobre a entrada de sua empresa para atrair novos clientes; ou coloque em volta
do perímetro de sua casa para convidar a felicidade e a boa vontade.

31 de dezembro – dia das Fadas de Van em Gales.

Fadas (Elementais Das Flores)

Se você sair por aí perguntando o que as pessoas acham a respeito das Fadas ou se elas
existem mesmo, obterá as mais variadas respostas para o assunto.
Algumas pessoas lhe dirão que elas são espíritos da natureza...
Outras acreditam que são espíritos das trevas que habitam nos limites das dimensões
terrestres...
Há quem diga que são anjos caídos...

Por estarem associadas a mitos pagãos, os líderes religiosos da Idade Média as


rotularam de: espíritos demoníacos, tentando desmistificá-las nos antigos ritos e crenças
encontrados em toda a Europa. Contudo, existem referências a elas por todos os cantos
do globo.
No Japão, crê-se que podem ser encontradas em certos bonsais sagrados.
Na África, elas são invocadas para obter certos favores.
Alguns estudiosos de mitologia chegaram à conclusão de que a crença na existência das
fadas decorre da adaptação ou má compreensão de mitos mais antigos. Mas também
acontece de encontrarmos certas fadas que nos levam a crer que tenham sido criadas
pela fértil imaginação humana, sempre pronta em encontrar apoio externo para
solucionar seus problemas e dificuldades. Outras foram criadas para explicar certos
fenômenos naturais para os quais a humanidade ainda não tinha respostas racionais.
Contudo, é bastante interessante observar que em países distantes entre si, como na
Índia e Polinésia, as fadas possuem nomes com raízes semelhantes aos nomes utilizados
pelos povos germânicos e celtas.
Por si só, esta é uma sugestão de que tiveram um berço comum, que reside muito longe
na pré-história.

O paganismo moderno, entretanto, tem outro ponto de vista a respeito das fadas.
Acreditam que foram criadas pelos deuses da mesma forma que os seres humanos e os
outros animais.
É uma forma de vida que acontece paralelamente ao nosso mundo visível, em um plano
astral ou interior. Contudo, elas têm a habilidade e capacidade de transcender esses
planos e rapidamente viajar através deles.

De certa maneira, estão associadas aos elementais, embora não seja uma forma de
energia pura.
São seres pensantes que têm sentimentos e podem realizar encantos ou mesmo agir
junto com bruxas e feiticeiras para diversas atividades mágicas ou ritualísticas.
A participação e a interação das fadas na vida cotidiana de nossos ancestrais pagãos era
uma ocorrência bastante comum. Há quem diga que houve um tempo, quando os dons
intuitivos dos seres humanos eram mais despertos, que fadas e humanos relacionavam-
se normalmente entre si. As crenças pagãs afirmam ainda que trabalhavam e viviam
juntos.
Mas, conforme as nossas capacidades mentais se tornaram mais representativas, os seres
humanos acabaram por colocar as fadas em segundo plano em seu imaginário e
cotidiano.
Com o tempo, mesmo as crenças pagãs passaram a atribuir às fadas outros papéis que
diferiam dos iniciais. Como conseqüência, houve desentendimentos entre os dois reinos,
bem como, as diferenças entre ambos se tornaram mais acentuadas.
E foi assim que as fadas se tornaram travessas, caprichosas e ciumentas, especialmente
quando os seres humanos as exploravam e às suas dádivas e presentes...
Da mesma forma que fazemos hoje com a Mãe Terra.
As fadas moram embaixo da terra, sobre as águas, ou até mesmo no ar (nos galhos das
árvores).
Elas não gostam de serem vistas pelas pessoas e podem aparecer e desaparecer num
piscar de olhos.
Mudam de forma quando há necessidade.
Deixam felicidade e sorte por onde passam.

Um Aviso:
Jamais espie o banho das fadas na cachoeira, pois esse banho é um ritual mágico e
secreto.
Quem desobedecer mergulhará no Mundo da Fantasia e não conseguirá mais voltar para
a vida real.

Mundo das Fadas

O mundo das fadas é o reino místico deste folclore, destas pequenas pessoas que se
escondem em baixo de folhas. Colhem gotas de orvalho, voam por toda parte
apanhando néctar e a luz do entardecer une-se à sua luz de fada. Agora você irá
conhecer algumas histórias de seres mágicos, criadas pelo antigo povo da Bretanha.
Entre na lenda...

Duendes e Fadas
Os duendes escondem-se em folhas e árvores, dispersando-se pela relva dos bosques. O
caminho das fadas é fácil de encontrar, se você lembrar-se de não procurá-lo. Feche seus
olhos, você cairá no mágico reino, que passos não podem encontrar.

Asparas
Geralmente mulheres, também conhecidas como dançarinas do céu. Elas abençoam os
humanos em fases importantes de suas vidas, e são vistas freqüentemente em
casamentos. Elas vivem em árvores de figo e às vezes aparecem aos estudiosos ou
cientistas, os seduz e os deixam, para terem certeza que não se arriscarão em áreas que o
mundo dos espíritos julga impróprio.

Audah, Aurah e Aujah (a origem dos metais ouro, prata e bronze):


Três fadas com grandes poderes mágicos. Seus nomes eram Audah, Aurah, e Aujah.
Elas foram mulheres jovens, com faces inteligentes e usavam belos vestidos. Audah
tinha cabelos dourados, olhos azuis, e pele dourada. Aurah, com seus cabelos
castanhos, olhos cinzentos e pele marrom, e Aujah possuía lindos cabelos brancos
como a neve e olhos castanhos. Elas viveram com os Flatheads, os que as serviam e
obedeciam às suas ordens. Elas também ajudaram os Skeezers a construírem uma
cúpula protetora em torno da bela Ilha Mágica. A Rainha Coo-ee-oh cobiçava seus
poderes, e assim transformou Audah em ouro, Aurah em bronze e Aujah em prata; e
as lançou no Lago Skeezers. Mas antes puderam pôr uma maldição na Rainha má:
morrendo algum peixe-dourado do lago, a Rainha então perderia toda a sua magia,
sucumbindo até a morte.

Beanshee (Pronuncia-se Bian Si).


Os escoceses a denominam de Bean-Nighe. Ela é um espírito da morte Irlandês. Tem os
cabelos muito longos e seus olhos são vermelhos e, molhados por estar sempre
chorando. É a mensageira da morte, quando alguém a vê, sabe que sua morte é
próxima...
Fir Darrig (Pronuncia-se "Fier Dirg"):

São fadas conhecidas por serem brincalhonas e piadistas. Gostam de pregar peças, e
você tem que estar sempre disposto a participar de seus jogos e charadas. Seja legal com
elas, pois do contrário, podem não lhe contar o fim de uma piada...

Fadas

Estando sempre ligadas a mitos considerados pagãos, os religiosos da Idade Média


nomearam as Fadas de "Espíritos Demoníacos", fazendo assim com que as pessoas
deixassem de pedir ajuda a elas em seus rituais, que eram feitos em toda a Europa.
Mesmo com todos os líderes religiosos tentando desmistificar, esses entes tão
encantadores, existem referência a elas em todo o planeta.

Algumas lendas contam que, quando alguém tinha um dom intuitivo muito forte,
essa pessoa convivia com as fadas ao seu lado normalmente. Quando as capacidades se
tornaram mais representativas, os humanos deixaram as fadas de lado em seu
imaginário. Fazendo delas apenas espectadoras, sem grandes participações na vida de
cada um, houve então desentendimentos nos dois reinos e as diferenças se tornaram
maiores e, mais fortes. Assim, as fadas ficaram travessas, caprichosas e arredias.
Negando, quando os seres humanos lhes pediam favores ou as exploravam... E, cada vez
mais se afastaram desse plano em que vivemos.

Tradição das Fadas

SUPERSTIÇÕES SOBRE FADAS

1- Qualquer um que carregar um trevo de quatro folhas será capaz de ver fadas.
2- Os fazendeiros sabem que arar as rugas sinuosas do solo evita que as fadas mirem
suas flechas, ao longo de tais rugas, em direção a seus cavalos e bois.
3- Dizem que as fadas e outros espíritos dos bosques vestem-se de verde e sugeriu-se
que qualquer um que usasse essa cor ou gostasse dela, seria submetido à influência das
fadas.
4- Uma pessoa que passasse por um grupo de fadas, deveria inverter o chapéu (ou boné,
etc.) para confundir qualquer fada que tentasse fazer com que a pessoa se unisse à
dança das fadas.
5- Se ouvir o som de fadas rindo e conversando, você deverá correr nove vezes ao redor
delas e sempre na direção que o sol toma ou você se tornará escrava do poder das fadas.
6- Sinos eram usados para se proteger de fadas e espíritos malignos.

1° de Maio - · Dia das Fadas - Irlanda.

FADAS

As fadas são seres de luz. São elas que se transformam nas cintilações quando a luz do
sol bate na água, é a emoção de existir quando uma flor desabrocha, quando um bebê de
qualquer tipo nasce ou quando um novo jogo é inventado e jogado. As fadas são o meio
pelo qual a alegria é transmitida dentro de um sistema ou de um ser físico. Sua alegria
clara e cintilante é intensa e espontânea.
As próprias fadas são pontos de beleza. Ao reconhecer a beleza de uma coisa, lugar ou
acontecimento, vocês reconhecem a participação das fadas. Elas adoram coisas alegres
- festas de aniversário, sinfonias no parque, jogos, brincadeiras e risos. O brotar,
desabrochar, abrir, a maturidade e as sementes de uma flor para elas podem ser tão ricos
como toda uma vida humana. Elas acrescentam alegria ao sadio e restauram o cansado.
Fala-se com fadas, assim como com duendes, por meio de gestos. Quando vocês
molham seu jardim, suas fadas locais ouvem seu cuidado. Quando vocês inspiram a
felicidade de estarem vivos ao sol, no vento, entre os aromas da primavera ou verão ou
inverno ou outono, elas rodopiam alegremente à sua volta, como minúsculos insetos
rodopiam e dançam no ar no fim das tardes. Elas adoram os sons de coisas vivas, desde
rãs até pássaros, passando pelo zumbido dos insetos. Quando vocês apreciam o que está
vivo, comunicam essa alegria diretamente a elas, que respondem com pequenos afagos
cheios de deleite. Adoram crianças de todos os tipos. Lembra-se de que quando eram
crianças, às vezes riam sem nenhuma "boa" (adulta) razão? As fadas estavam em sua
aura, revigorando e avivando, fazendo reluzir sua beleza e rindo seus risos miúdos e
poderosos de puro deleite.
Quando a pessoa é descuidada e desatenta ao lixo, ao próprio trabalho ou às próprias
interações para com outras coisas vivas, elas ouvem a qualidade de seu alheamento, sua
dor, talvez, ou sua apatia de espírito. Vocês podem pedir-lhes que os reanimem quando
por um momento forem para fora. Podem pedir-lhes que renovem seu espírito quando se
derem um momento sossegado. Embora as fadas prefiram de longe ficar ao ar livre,
entram quando convidadas. Gostam de pequenas áreas de beleza: coleções de pedras ou
cristais bonitos, uma fonte de mesa, um altar, uma coleção de plantas. Contudo, tendem
a cair no sono se elas - ou a área bonita - não for freqüentemente notada. Ao tirar o pó
de seu altar, vocês as despertam!
O Rei Oberon (Obehon) e Rainha Titânia são os monarcas das fadas. Existem outros,
conforme a região, como por exemplo, a Rainha Paralda.

Conta-se:
http://www.amaluz.com.br/arquivo/1999/82_1.htm
http://web.prover.com.br/nominato/604.htm

“Esteja sempre aberto para os sinais da Mãe Natureza, quando uma flor, pétala ou folha
aparecerem diante de você trazidas pelo vento, preste atenção. Estes podem ser
presentes das fadas e ótimo talismã guarde-os dentro de seus livros preferidos.

11 de Novembro - Lunantshees, festividades a Faerie Sidhe - Paganismo Irlandês.

A Fada do Dente

Todas as fadas têm tarefas especiais, mas uma das fadas mais famosas é a fada do
dente. Ela faz parte do imaginário das crianças e tem um papel fundamental para dar
continuidade à crença nas fadas. Conforme Raven Grimassi "a mágica tem dois lados:
primeiro, temos o pensamento mágico da criança e a beleza que emana de sua alegria;
segundo, se a criança guardar a poeira de fada, ela poderá ter um talismã mágico. A
crença mágica da criança fica impressa na poeira de fada. Mais tarde na vida, a poeira
de fada pode ser usada para um desejo ou para lançar um encantamento."
Veja agora como fazer a Mágica da Fada do Dente:
* o dente da criança;
* um copo;
* uma pitada de purpurina;
* areia colorida (de preferência verde);
* uma caixinha para guardar a poeira.

Faça com que a criança coloque o dente na janela e cubra o dente com o copo de boca
para baixo.
Quando a criança adormecer, substitua o dente por moedas, balas, um pingente ou
algum outro presentinho.
Em seguida salpique a purpurina e a areia sobre o presentinho e cubra novamente com o
copo murmurando:
“Fadas da lareira, do porão e do telhado,
Bendigam esta poeira de dente
Que ela seja de verdade!
Fadas do campo, da árvore e do prado,
Que os desejos de meu (minha) filho (filha)
Se tornem realidade!”

De manhã cedo faça com que a criança recolha a poeira de fada e guarde numa
caixinha, depois pode pegar o presente.
*
GRIMASSI, Raven. Bruxaria hereditária: segredos da antiga religião. São Paulo: Gaia, 2003.
Fadas e Duendes

Eu acredito em fadas! Acredito mesmo. Alguém já viu uma? Eu já... Um monte... Vejo-
as quase todos os dias. Estão duvidando. Eu sei. Mas é verdade. Ou ninguém nunca
ouviu falar que borboletas são fadas que se disfarçam para chegar mais perto de nós. Eu
as amo. Mesmo porque, tudo que é belo na natureza é associado às fadas. Quando
vemos uma criança bonita, dizemos que uma fada a beijou ao nascer. Quando vemos
um jardim bonito, dizemos que foi obra das fadas...
Em alguns escritos, vamos encontrar a origem das fadas na Escandinávia, embora seu
nome se suponha de origem persa, com modificação da palavra Peripara Fairy, no
inglês. Podemos defini-las como um ser imaginário de espírito benevolente, cuja tarefa
é a proteção dos seres humanos contra as maldições dos espíritos maus. Supunha-se que
as fadas fossem pequeninos seres aéreos, bonitos, vivazes e benéficos nas suas
transações com os mortais e que deveriam habitar numa região chamada Terra das Fadas
ou Alf-Heinner. Apareciam comumente na Terra a intervalos, deixando traços das suas
visitas, sob a forma de lindas frutas que deixavam no gramado orvalhado, onde haviam
pisado durante suas danças à luz da Lua.
Se alguém teve a felicidade de ver o filme "Sonho de uma noite de verão", baseado no
romance de Shakespeare, pode ter uma idéia do que é a reunião de centenas de fadas
dançando ao luar. Seu rei, Oberon, uma das pouquíssimas figuras masculinas no mundo
das fadas, é na verdade uma das mais belas figuras, que se pudesse, os olhos humanos
poderiam desfrutar.
Junto a elas, como também representantes dos elementais do ar, vamos encontrar os
Silfos, responsáveis por modelar as nuvens do céu e brincar com elas.
E os Duendes então? Ah, que gracinhas. Lembro-me que quando houve aquela febre de
Gnomos e Duendes, eu tinha um monte. Cada um mais esquisitinho que o outro. Mas
eu ainda os chamava de "fofinhos". E como eles são os responsáveis pelos cristais da
natureza, junto com eles, eu consegui armazenar centenas de pedrinhas coloridas de
todos os tamanhos possíveis e imagináveis. Ainda bem, que em pouco tempo eu
consegui entender que para ter esta maravilhosa criaturinha perto de nós, basta apenas
amar e preservar tudo aquilo que for natural.
Os duendes, em particular, trabalham num elemento tão próximo da faixa vibratória da
Terra, que possuem um poder imenso sobre suas rochas. Supõe-se que sejam os
guardiões de tesouros ocultos. Vivem em cavernas, naquela região longínqua que os
escandinavos chamam de Terra dos Nibelungos. Eles trabalham como corte dos
cristais de rocha, gemas preciosas e o desenvolvimento dos veios minerais. Eles são
engenhosos e muito amigos dos homens. Nunca passei por esta experiência, mas já ouvi
falar, que apesar deste grande respeito que estas pequenas criaturinhas dedicam ao ser
humano, o melhor é nunca se cometer uma traição para com eles. Estes, uma vez se
sentindo traídos, agem através da natureza subjetiva do homem, podendo lhe causar
infinitos problemas. Melhor continuar a chamá-los de "fofinhos".
Ao contrário dos Gnomos, que são a imagem do homenzinho gordinho, muito guloso,
que vivem nas clareiras, com sua família, os Duendes são ativos, ágeis e muito
espirituosos. Enfim, devemos sempre cultivar esta alegria nestes pequenos seres, pois a
natureza, através deles, sempre nos será grata e gentil.

ÁGUA DA FONTE DAS FADAS

Deixe de um dia para o outro:


- algumas folhas de hortelã dentro de uma garrafa de água mineral com gás.

É uma delícia!

Pode incrementar colocando uma pitadinha de anilina comestível azul ou verde (só não
fica muito ecológico, mas fica mágico).

Sirva pão de milho (de preferência feito por você ou por algum amigo) com a refeição e
encha a sua mesa de frutas e flores da estação.

Ofereça ainda frutas secas e mel.

Coloque velas laranja, amarelas e verdes e girassóis espalhados.

Toalha azul se puder.


Canção das Fadas

Essa Canção traz prosperidade e harmonia, para nossa morada.


O Povo Pequeno gosta de oferendas como Metais prateados, espelho, perfume e maçã.

_________________Cante este cântico em cada cômodo:

Fada Iluminada
Venha abençoar
Com alegria
Com encantar
Fada Iluminada
Venha purificar
Com seu Amor
Para transformar

Fada Iluminada
Venha Harmonizar
Até minha morada
Venha Encantar.

____________Funus Lazzuli

Aine a deusa das fadas


Rosane Volpatto

Aine é uma deusa primária da Irlanda, soberana da terra e do sol, associada ao


Solstício de Verão, que sobreviveu na forma de uma Fada Rainha. Seu nome significa:
prazer, alegria, esplendor. Ela é irmã gêmea de Grian, a Rainha dos Elfos e era
também considerada um dos aspectos da Deusa Mãe dos celtas Ana, Anu, Danu ou
Don. Juntas Grian e Aine alternavam-se como Deusas do Sol Crescente e Minguante
da Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício.

Os pagãos acreditam que na entrada do Solstício de Verão, todos os Povos pequenos


vêm a Terra em grande quantidade, pois é um período de equilíbrio entre Luz e Trevas.
Se estiver em paz com eles, acredita-se que, ao ficar de pé no centro de um anel-das-
fadas é possível vê-los. É um período excelente para fazer amizade com as fadas e
outros seres do gênero.

Rainha dos reinos encantados e mulher do Lado, ela é a Deusa do amor, da


fertilidade e do desejo. É filha de Dannann, e esposa e algumas vezes filha de
Manannan Mac Liir, e mãe de Earl Gerald. Como feiticeira poderosa, seus símbolos
mágicos são "A égua vermelha", plantações férteis, o gado e o ganso selvagem.

Existem duas colinas, perto de Lough Gur, consagradas à Deusa, onde ainda hoje
ocorrem ritos em honra a fada Aine. Uma, a três milhas a sudoeste, é chamada
Knockaine, em homenagem a esta deusa. Nessa colina possui uma pedra que dá
inspiração poética a seus devotos meritórios e a loucura àqueles que são por Ela
rejeitados.

Esta é uma Deusa-Fada que segundo a tradição celta ajudava os viajantes perdidos nos
bosques irlandeses. Diziam que para chamá-la bastava bater três vezes no tronco de uma
árvore com flores brancas. Sempre que se sentir "perdido", faça o mesmo, chame por
Aine batendo três vezes no tronco de uma árvore de flores brancas. Ela não vai tardar
em ajudar.

Segundo uma, entre tantas lendas, conta-se que estava Aine sentada nas margens do rio
Camog, em Lough Gur, penteando seus longos cabelos loiros, quando Gerold, o Conde
de Desmond, a viu e fortemente atraído por ela, roubou-lhe o manto. Só o devolveu
quando ela concordou em casar-se com ele. Desta união nasceu Earl Gerald, "O
Mago". Após o nascimento do menino, impuseram ao Conde Desmond, um tabu que lhe
negava expressar surpresa a qualquer coisa que o filho fizesse. Entretanto, quebrou tal
tabu, exclamando alto quando viu o filho entrando e saindo de um frasco.
Gerald imediatamente transformou-se em um ganso selvagem e voou alto pelo rio
Lough, em direção à ilha Garrod, encontrando repouso em seu castelo encantado.
Raivosa com seu marido, pois ele tinha desrespeitado as regras estabelecidas, Aine
dirigiu-se para colina de Knockaine, transformando-se em um cisne. Dizem que é lá que
ainda reside em seu Castelo de Fadas. Já Gerald, vive abaixo das águas de um lago e
acredita-se que um dia voltará para expulsar estrangeiros mal feitores da Irlanda. Outros
dizem que de sete em sete anos ele emerge das águas como um fantasma montado em
um cavalo branco.

Há lendas que contam que Aine tinha o poder de se transformar tanto em um cisne
branco quanto em uma égua vermelha de nome Lair Derg, e que ninguém conseguia
alcançá-la. Acreditava-se também, que na noite do Solstício de Verão, moças virgens,
que pernoitassem na colina de Knocknaine, poderiam ver a Rainha das Fadas com
toda a sua comitiva. O mundo das fadas só se tornava visível pelos portais mágicos,
chamados anéis de fada, que eram indicados pela própria Aine.

Outra lenda faz referência a Aine como sendo uma mortal que foi transformada em
fada. Três dias no ano são dedicados a ela. Seria a primeira sexta-feira, sábado e
domingo após o dia de Lammas. É neste dias que ela reivindicaria seu retorno como
mortal.

Nós podemos ver em Aine o aspecto triplo da Deusa. Como Deusa Donzela, apresenta
a habilidade de recompensar seus devotos com o presente da inspiração poética. Como
Deusa Mãe, está associada aos lagos e poços sagrados, cujos mananciais possuem
poderes curativos. O simbolismo relacionado com a Deusa Mãe foi esquecido quase
por completo, desde que começaram a ser realizado o rito cristão nas igrejas, mas o ato
de invocação da vida nunca enfraqueceu. Já como Deusa Obscura, Aine aparecia para
os homens mortais como uma mulher sábia de rara beleza, qualificada como "sidhe
leannan", ou seja, uma amante-fada fatal. Sidh para os irlandeses representa o estado
intermediário entre um mundo e o seguinte. Os habitantes de Sidh são todos
sobrenaturais e eram dificilmente visíveis, devido às impurezas do mundo. Dizia-se que
estes seres podiam ser de dois tipos: os altos e brilhantes e os baços iluminados a partir
do interior. Com o advento do cristianismo, estes seres se degradaram em todos os
sentidos, tornando-se fadas, duendes e representações malignas do folclore, que viviam
num estado intermediário. Contudo, seu fundamento psicológico nunca se perdeu e os
terrores dos contos de fadas e fantasmas conservam os restos do culto religioso.

Acredita-se que a amante-fada fatal ainda hoje é encontrada e quando escolhe um


homem mortal, este está fadado à morte certa, pois esta é a única maneira viável para
que os dois possam ficar juntos e concretizar este grande amor. Foi desta lenda que
Graham extraiu algumas de suas idéias da natureza de seus vampiros e escreveu o
famoso livro do "Conde Drácula".

A FADA COMO ARQUÉTIPO


O sonho de toda a fada é tornar-se mulher e o sonho de toda a mulher é tornar-se fada.
Mas quem sabe não poderemos chegar a um consenso e talvez o sonho possa tornar-se
realidade. A fada, não a fada madrinha que queríamos que nos ajudassem quando
éramos crianças, aparece em nossas vidas para dar a ela um novo sentido. A fada não
traz roupas bonitas, jóias, ou um príncipe encantado, mas sua presença é feérica. Esse
aspecto feérico vem de um lugar indefinido, lá do alto das nuvens, um lugar que poucos
visitam, e, portanto poucos homens descobrem que existe na pessoa da mulher. Claro
que é um mundo desconhecido, estranho, de difícil acesso, não visível a olho nu, mas,
no entanto existe como possibilidade dentro da mulher e pode desabrochar se ela for
acolhida e chamada. Para que ela venha sobre a terra e participe da vida cotidiana, se
torne humana, tem de primeiro ir descobri-la.

O arquétipo da fada é sutil, efêmero, sensível, colorido, como os campos floridos nas
nuvens e o perfume celestial que de lá emana. E como tudo que é sutil, do mesmo modo
que se insinua, também some. Qualquer comentário rude, de menosprezo, faz com que
desapareça por encanto, do mesmo modo que apareceu. Este aspecto da alma feminina,
portanto, precisa ser tratado com extrema delicadeza. A fada vem das nuvens, vem
trazer alegria e felicidade, mas pode ser levada embora pelos valores coletivos,
dominantes, disciplinares ou pelos deveres. Podemos dizer que a presença da fada, o
convívio com a alma, não é possível com as preocupações mundanas e sociais. A vida
interior é algo que se cultiva longe, lá no alto das montanhas, num lugar isolado.

Para encontrarmos nossa fada, devemos dar ouvido a nossa voz interior, dar asas aos
nossos sonhos e acreditar neles. Essa presença feminina luminosa e cheirosa é com
certeza a maior dádiva que a mulher pode trazer para o mundo dos homens.

ESTABELECENDO CONTATO
Se você quer estabelecer contato com as fadas, é bom saber que elas gostam de
presentes pequenos. Pode ser qualquer coisa que brilhe (pedras ou gliter), moedas, ou
até uma taça de leite com mel. Naturalmente, não espere que seus presentes
desapareçam, pois as fadas existem no plano astral e extraem a essência do espírito de
qualquer coisa, deixando a matéria intacta.

Se você encontrar um anel de fadas, jamais pise nele com os dois pés, pois somente
outro ser humano poderá retirá-lo de lá, deixando dentro uma luva.

POEIRA DAS FADAS


Todos os ingredientes devem ser ervas e pétalas de flores secas que devem ser triturados
até transformar-se em pó com um pilão. São eles: cogumelos, pétalas de flores, folhas
ou sementes de morango, bagas de espinheiro (tipo de arbusto espinhado) e terra
próxima da raiz. Acrescente a esta mistura um pouco de pó de gliter, se quiser. Isto tudo
deve ser feito na Lua Cheia.

Nunca esqueça que sempre devemos pedir licença à Mãe Natureza para retiramos
qualquer coisa dela e ainda sempre devemos deixar uma oferenda para as fadas. Eu,
geralmente derramo na terra um copo pequeno de leite com mel. O pó de fadas servirá
para moldar o círculo quando invocá-las, mas você pode polvilhar um pouco também
em seu jardim para atraí-las.

MEDITAÇÃO DIÁRIA A AINE


Cumprimente o Sol a cada manhã e sinta o prazer de se aquecer com seus raios.
Recorde que sem o Sol não poderia haver vida neste planeta. O Sol é fonte de energia
para todas as coisas. Sinta o poder desta energia como uma benção que o aquece.
Agora respire lentamente e profundamente e dirija toda esta energia para um pouco
abaixo do coração, região do caldeirão das emoções.
Respire do mesmo modo mais três vezes e visualize um círculo de luz solar nesta
região. Sinta este calor dentro de você. Em seguida, inspire e expire mais três vezes e
circule o arco luminoso por todo o seu corpo. Traga a luz para dentro de você, até
transformar-se em um corpo luminoso, sendo que toda a luz emana do caldeirão das
emoções.
Visualize neste momento, aproximação da fada Aine. Veja como seu rosto é redondo e
incandescente, lindamente adornado pelos seus cabelos dourados-avermelhados. Fite
seus olhos verde-esmeralda. Ela estará vestindo um longo multicolorido todo bordado
de dourado. Ela se aproximará cada vez mais e você deverá continuar olhando para os
seus olhos. Quando a deusa começar a girar em torno de seu corpo, penetre dentro de
seus olhos e olhe através deles. Escute então tudo que ela tem para lhe dizer.
Depois saia de dentro do corpo da deusa e visualize-se na posição anterior. Coloque a
mão direita espalmada na altura de seu coração, colocando em seguida a mão esquerda
também espalmada sobre a direita. Deixe agora a visualização de Aine desvanecer-se.

Abra os olhos e tenha um BOM DIA!


Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto.

As flores e suas fadas

Tenha em mente que a maior parte das fadas florais se revela por meio das próprias
cores da sua flor. Existe grande variedade de flores e cada qual possui suas próprias
fadas e energias.

Muitas manifestações energéticas, propriedades curativas e significados simbólicos das


flores resultam diretamente da atividade das fadas que a anima. A análise desses
aspectos presente em qualquer flor lhe fornecerá bons insights sobre a natureza, o
caráter e a personalidade de sua fada.

Após entrar em harmonia com a primeira fada das flores será mais fácil sintonizar-se
com todas as outras.

Angélica
As fadas florais angélicas são belíssimas. A planta pertence à família das cenouras
selvagens, e embora muitos não a considerem tão bela, as suas fadas e elfos
indiscutivelmente transmitem essa impressão. Para todos aqueles que desejam uma
conexão melhor com o reino angélico, a comunhão com a flor é imprescindível. As
fadas das angélicas fortalecem a aura, trazem boa sorte e bastante energia. Sabem
como irradiar alegria em todas as circunstancias e podem revelar a natureza e a causa
dos problemas em sua vida. Estimulam a intuição e chegam até a abandonar a flor para
acompanhar por um tempo indivíduos a quem se afeiçoam, oferecendo-lhes amizade e
seus serviços como guardiãs temporárias.

Manjericão
A fada do manjericão aparece freqüentemente sob a forma de um elfo. Possui a chave
da perfeita integração entre espiritualidade e sexualidade. Nos locais onde crescem os
manjericões, há sempre um dragão que protege a planta. Quando se utiliza a planta
como incenso esses seres sempre se fazem presentes no local. As fadas e os espíritos do
manjericão nos auxiliam a desenvolver maior disciplina e devoção.

Cravo
As fadas do cravo são da cor da própria flor e irradiam sentimentos intensos de
profundo amor para com a humanidade. Sua forte energia curadora é indicada para
harmonizar os desequilíbrios em qualquer parte do corpo.
A fragrância e a cor são as ferramentas que elas empregam para curar.
O contato com elas revigora o campo áurico e restaura o amor a si e a própria vida.

Crisântemo
As fadas do crisântemo têm acesso fácil ao coração. Seu toque estimula vitalidade e,
de modo geral, ajuda a intensificar a energia de cada um. Ensina-nos a externar nossa
própria força vital de maneira mais amorosa, como força curadora.

Trevo
As fadas dessa espécie também se parecem muito com elfos. Não é raro encontrar
duendes do tipo Leprechaun irlandês correndo por entre plantações de trevo. Eles
ajudam a encontrar o amor e a fidelidade e também a desenvolver habilidades psíquicas.
As fadas dos trevos prontamente se revelam àqueles que demonstram bondade e
cortesia para com a natureza. Geralmente se revelam como luzes piscantes ao redor da
planta. As fadas do trevo-branco são as mais poderosas e costumam ficar mais visíveis
durante a Lua Cheia. A água comum torna-se encantada se mergulharmos nela alguns
trevos e deixarmos nos locais favoritos das fadas. Lavar os olhos com essa água
aumenta a visão espiritual e facilita a percepção das fadas.

Margaridas
Essa flor atrai todos os elfos, duendes e espíritos da natureza. Nos locais onde
crescem margaridas há sempre uma infinidade de espíritos da natureza, mesmo os que
não estão ligados a ela. É uma das melhores flores para começar a comungar com o
reino feérico, pois suas fadas não têm medo do homem e são bastante abertas a
contatos. Estimulam fortemente a consciência física da presença dos espíritos da
natureza. Margaridas são as flores prediletas das Dríades (ninfas dos bosques); o
simples fato de sentar em meio a elas é um convite para o contato. As fadas das
margaridas despertam a criatividade e a força interior.

Madressilva
As fadas e elfos da madressilva são poderosas. Detêm o conhecimento da aromaterapia
e de como superar o nosso passado. O contato com eles traz sonhos grandiosos, uma vez
que desperta imensa energia psíquica. Ensinam a desenvolver charme pessoal e
glamour, nos tornado mais atraentes aos olhos dos outros.

Jasmim
Esta flor era sagrada na Pérsia. As fadas e espíritos associados a ela são antigos e
sábios. Vinculam-se aos antigos devas que supervisionavam as escolas de mistérios da
antiga Pérsia. Possuem a chave do dom da interpretação profética dos sonhos. Ajudam a
desenvolver a capacidade de discernimento e clareza mental. Quando atravessamos
períodos majoritários de transição, nada melhor do que entrar em sintonia com as fadas
dessa flor.
Orquídea
Onde crescem orquídeas há sempre grande variedade de espíritos, fadas, duendes e
mesmo outras criaturas fantásticas do reino feérico. O nome dessa flor vem de uma
ninfa seduzida por um sátiro e, por isso, freqüentemente elas são vigiadas tanto por
ninfas como por sátiros.
Esses espíritos exercem um efeito dinâmico sobre a energia sexual; conhecem
profundamente os aspectos espirituais da sexualidade e técnicas de magia sexual. Sua
intensa energia freqüentemente estimula o impulso sexual e o desejo.

Rosa
(...) As fadas das rosas brancas nos ajudam a desenvolver pureza espiritual e a
despertar nossa própria divindade. As fadas das rosas vermelhas auxiliam em todos os
aspectos do amor e da fertilidade. As dos tons rosados ensinam a combinar o masculino
e o feminino em nós para um novo nascimento. Por fim, as fadas das rosas amarelas
nos ensinam a conhecer e expressar a verdade.

Tomilho
A fragrância do tomilho no quarto durante a noite atrai gnomos e outros seres
pequeninos aos nossos sonhos.

Violeta
A violeta é a flor da simplicidade e da modéstia, duas qualidades excelentes a serem
desenvolvidas pelos que anseiam por um contato mais íntimo com duendes e fadas. A
violeta é uma flor sagrada para todas as fadas, inclusive para a rainha das fadas.
Colher a primeira violeta da primavera traz boa sorte durante o ano vindouro e a
assistência de todo o reino das fadas na realização de algum desejo. As fadas
individuais das violetas nos ajudam a discernir o nosso papel dentro dos grupos e
coletividades e despertam grandes sensibilidades psíquicas. Essas fadas freqüentemente
revelam-se em sonhos.

Fonte: Livro "O Encanto do Mundo das Fadas", de Ted Andrews.


MAGIA DAS FADAS

A canela sempre foi usada para magias de prosperidade e pode ter seu resultado
potencializado se utilizada de acordo com esta receita originária de uma antiga
irmandade mística conhecida como "A Senda das fadas":

Acenda num jardim um incenso de canela, escolha uma flor e, segurando sempre o
incenso, faça com que as cinzas caiam formando um círculo em volta da flor escolhida.
Peça então que a fada dessa flor oriente seus caminhos rumo ao sucesso.
Há milênios as fadas atendem esse código tão singular.
==================================================
Dica: Fadas da Boa Fortuna

Atraia as fadas da sorte para a sua casa passando na porta da frente e dos fundos Um
pano branco embebido numa mistura de água e três gotas de óleo de tea tree (Melaleuca
alternifólia).
Ritual das Fadas de Inverno
Durante os meses de inverno, os Espíritos da Natureza normalmente repousam
enquanto suas plantas e árvores repousam também. Entretanto se convidar os que vivem
em sua área para sua casa, eles podem passar os meses de inverno com você, checando
suas energias se necessário. Eles são amigos maravilhosos tanto para humanos quanto
para animais. Gostam em particular de crianças pequenas.

Você precisará de:


Gengibre em pó
Uma pequena colher
Velas para os quadrantes
Cristais ou Pedras.

Neste ritual você não precisará abrir o círculo. Simplesmente coloque as velas nas
direções dos quadrantes e ao lado de cada vela coloque um cristal ou uma pedra. Em pé
no centro da sala, envie seus pensamentos para dar as boas vindas aos Pequenos. Entoe:
Ó espíritos das plantas e da Terra e das árvores,
Ó Pequenos de todas as formas,
Eu peço para que se apresentem a mim.
De mim não partirá nenhuma agressão.
Junte-se a mim em amizade e amor.
Trazendo prazer na antiga magia,
Pois para sempre com os Antigos Deuses
Podemos recriar todas as coisas em ouro.
Espíritos Guardiões, nossas vidas se unem.
Tudo nós compartilhamos.

Volte-se para o leste. Polvilhe um pouco de gengibre na vela e diga:


Todos vocês, espíritos e fadas,
Ouçam meu chamado.
Entrem neste círculo mágico.
Bem - Vindos Todos!

Volte-se para o sul polvilhe o gengibre e diga:


Todos vocês raios de Sol,
Ouçam meu chamado
Entrem neste círculo mágico.
Bem - Vindos Todos!

Volte-se para o oeste, polvilhe o gengibre e diga:


Todos vocês, duendes das águas.
Ouçam meu chamado
Entrem neste círculo mágico.
Bem - Vindos Todos!

Volte-se para o norte, polvilhe o gengibre e diga:


Todos vocês dos raios de Luar,
Ouçam meu chamado.
Entrem neste círculo mágico.
Bem - Vindos Todos!
Sente-se em silêncio por algum tempo, mentalizando os Pequenos. Esteja atento aos
toques deles em seu corpo, como se fossem penas roçando. Ouça suas vozes musicais
em sua mente. Fale com eles se desejar. Ao encerrar sua comunicação, fique em pé no
centro da sala. Erga seus braços para o alto, dizendo:
Minha gratidão e bênçãos,
Àqueles do Ar, da Terra, do Céu e do Mar!

A Fada Azul
(Oswaldo Montenegro)

Ela dança as fases da lua


Tece vento e o ar rodopia
Põe no colo os bichos das ruas
Põe no chão quem quer correria
Põe as mãos de alguém entre as suas
E é o nascer de um sol, mais um dia
Do aroma rosa da arte
Ela extrai a cor da alegria
Do lilás do olhar de quem parte
Faz o azul de quem ficaria
Do vermelho ardor do estandarte
O nascer de um sol, mais um dia
Tem a solidão do poeta
A paixão da chuva tardia
Escultora da linha reta
Que a luz percorre e esta via
Salta do seu olho, é uma seta
O nascer do sol, mais um dia
São brilhos de estrelas na perna
E a noite que a estrela anuncia
A paixão é estranha caverna
Quem tem medo e amor já sabia
Uma noite nunca é eterna
É o nascer do sol, mais um dia
Ela pisa as ruas do tempo
Já foi louca, princesa e Maria
Faz de azul mais que cor, sentimento
Mina d'água, azul, poesia
Faz soar as rimas que invento
E é o nascer do sol, mais um dia
Tradição das Fadas ou Fairy Wicca:
Há várias facções da Tradição das Fadas. Segundo os membros dessa Tradição, seus
ritos e conhecimentos tiveram origem entre os antigos povos da Europa da Idade do
Bronze, que ao migrarem para as colinas e altas montanhas devido às guerras e
invasões, ficaram conhecidos como Sides, Pictos, Duendes ou Fadas. Alguns dos nomes
mais famosos dessa Tradição são Victor e Cora Anderson, Tom Delong (Gwydion
Penderwyn), Starhawk, etc.
Uma Bruxa desta Tradição poderia ser ou trabalhar, mas não necessariamente:
- Com energias da natureza e espíritos da natureza, também conhecidos como fadas,
Duendes, etc.
- Homossexual (????)
Fadas de cada mês do ano

JANEIRO = FADA: FIEMME


Fiemme é a fada protetora das crianças, amante do fogo, que adora fazer fogueiras com
ervas aromáticas.
Ritual: recolha fios de cabelo de seu filho ou filha de uma escova. Confeccione uma
vela derretendo parafina em banho-maria, colocando dentro os fios de cabelo e
invocando a fada Fiemme para protegê-lo (a). Quando terminada a vela leve-a até o
quarto de seu filho (a), quando ele (a) não estiver, mas ainda não a acenda. Somente no
quinto dia deve acendê-la quando seu filho (a) não estiver em casa. A vela se consumirá
rapidamente e você nesse momento deve imaginar todo seu amor por ele (a) e pedir que
a fada o (a) proteja de qualquer dano físico.
Para adicionar mais proteção a toda sua família, visualize um dragão adormecido com
seu luzidio corpo verde enroscado em torno da sua casa.
Dias propícios para iniciar o ritual: 08 e 14 do mês.

MÊS: FEVEREIRO = FADA: HOLDA


Holda é uma fada doméstica que ajuda as famílias que habitam as casas onde escolhe
para viver. Ela é a fada protetora contra intrusos, falsos amigos e energias negativas que
possam afetar a saúde da família.
Ritual: compre um sininho de metal e ate-o com uma fita azul no alto da porta de
entrada. Toda vez que uma visita indesejada for a sua casa basta soar três vezes o sino
para invocar Holda. Depois, deves limpar o sino com essência de frutas em sinal de
agradecimento por sua proteção.
Dias propícios: qualquer dia do mês de fevereiro.

MÊS: MARÇO = FADA: RUCHELLA


Ruchella é uma fada muito pequena e gulosa. Ela circula em torno da casa, espiando
nas janelas com medo de entrar. Quando, por fim, entra, vai direto para cozinha,
procurar algo doce para comer. Quando tratada com carinho, essa fada protegerá toda a
mulher grávida que habita a casa. Cobrindo-a com seu manto, não deixará que nada
altere o bom desenvolvimento do feto até o parto.
Ritual: deve ser invocada meses antes do parto, preferencialmente três meses antes,
oferecendo-lhe todas as noites de lua cheia dos respectivos meses, um pratinho com
leite, acrescentando algo doce como: mel ou chocolate em pó. Coloque o prato em um
canto da cozinha. Toda a manhã jogue fora na pia a oferenda da noite anterior e
recoloque uma nova.
Dias propícios: de 14 até 21 do mês.

MÊS: ABRIL= FADA: NUNUI


Nunui é uma fada da Amazônia que possui um lindo rosto, mas é bem fofinha de corpo.
Ela cuida da natureza e dos animais. Devemos invocá-la sempre que nosso jardim ou
animais domésticos esteja doente.
Ritual: para convocá-la basta chamar seu nome e deixar um pequeno presente em
qualquer jardim. Jogue balas de mel, ou moedas de chocolate em qualquer vaso florido.
Dias propícios: 02, 09, 16 e 23 do mês.
MÊS: MAIO = FADA: ANJANA BRANCA
Anjana é a fada que personifica a bondade. É descrita como uma linda mulher que
possui cabelos compridos e dourados, pele branca, mede cinqüenta centímetros, veste-se
com túnicas brancas, calça sandálias e leva nas mãos um bastão de arco-íris, que possui
propriedades mágicas. Adorna sua cabeça com guirlandas de flores silvestres. Ela habita
as covas secretas da terra, onde guarda fabulosos tesouros. Anjana pode ser invocada
quando se deseja obter boa dose de generosidade de alguém.
Ritual: Ofereça a Anjana mel, morango, pêssegos em calda ou outros frutos do bosque.
A oferenda pode ser colocada na entrada de uma caverna, ou então deve ser enterrada na
terra. Depois diga:
"Anjana branca, tem piedade de mim, Guiai-me pela escuridão e bosque da vida,
Livra-me do perigo e dos maus pensamentos".
Dias propícios: 07, 14, 21 do mês.

MÊS: JUNHO = FADA: JOAN


Joan é uma fada muito serviçal e ajuda todas as pessoas que se perdem no campo,
ajudando-os a encontrar o caminho. Ela pode ser invocada ainda, quando necessitarmos
fazer uma escolha ou tomarmos uma decisão na vida, do tipo escolher uma profissão,
trocarmos de emprego, etc. É Joan que dita o melhor dos destinos e nos acompanha nas
difíceis escolhas.
Ritual: frite um pastel de queijo e passe-o em uma calda de mel. Depois o coloque em
um pratinho branco e deposite-o como oferenda em qualquer praça ou jardim de sua
casa. Depois é só aguardar e ouvir a voz de seu coração, ou seja, da voz soprada pela
fada Joan.
Dias mais propícios: 11 e 23 do mês.

MÊS JULHO = FADA: GIRLE


Girle é uma fada doméstica, que aparece unicamente à noite para ajudar a completar os
trabalhos que os fazendeiros deixaram de concluir durante suas tarefas diárias. Está
diretamente associada com a prosperidade das famílias que escolhem para viver. Deve
ser invocada sempre que estivermos passando por um grave problema financeiro.
Ritual: faça ou compre um pão pequeno coberto com sementes de gergelim e deixe
sobre a mesa da cozinha em uma cestinha ou prato branco. Mas antes, chame-a pelo
nome e conte-lhe sobre as dificuldades que passa no momento.
Dias propícios: 25, 26, 27, 31 do mês.

MÊS: AGOSTO = FADA: CLIODHNA


Cliodhna é uma fada de rara beleza e longos cabelos loiros que gosta de ajudar os
enfermos e aliviar sua dor. Ela possui três pássaros mágicos, os quais cantam nos sonhos
dos doentes, fazendo-os melhorar.
RITUAL: Entre em alfa e visualize três pássaros dourados voando sobre você. Escute o
som de seu canto e depois peça saúde e proteção para você e toda a sua família. Como
oferenda jogue sementes de girassol ao ar livre para que os pássaros possam comê-las.

TÉCNICA PARA ENTRAR EM ALFA: Laurie Cabot nos ensina a técnica da


"Contagem Regressiva do Cristal", um processo de visualização que combina cor e
número:
"Feche os olhos, respire profundamente algumas vezes e visualize um número sete
vermelho ou o número sete em um fundo vermelho. Detenha-se nessa imagem por
alguns segundos e depois visualize um seis laranja. Prossiga visualizando um cinco
amarelo, um quatro verde, um três azul, um dois púrpura e um número um lilás
orquídea. Quando sua atenção concentrar-se no lilás orquídea, diga:
- Agora estou em alfa e tudo o que fizer será preciso e correto. Que assim seja!
Aprofunde o estado ainda mais, contanto regressivamente de dez a um sem qualquer
componente cromático. Depois, pode realizar a projeção.

MÊS: SETEMBRO = FADA: HABUNDIA


Habundia é uma fada rainha da água, responsável pela chuva, neve e a umidade da
terra. Pode ser vista na beira dos rios e lagos. Ela era considerada uma fada associada à
fertilidade humana e a prosperidade, pois protegia as colheitas e os rebanhos do povo
rural.
RITUAL: para invocar Habundia faça você mesma um bolo qualquer, corte um pedaço
e encha um cálice com água e mel, procure uma grande e velha árvore e deposite a
oferenda. Saia sem olhar para trás.

MÊS: OUTUBRO = FADA: ANNA


Anna é uma fada rainha cigana do povo húngaro. É descrita como uma linda mulher de
longos cabelos negros e olhos verdes. Habita o recôndito de seu castelo oculto onde
guarda grandes riquezas. Essa fada nos presenteia com muita prosperidade e sucesso
profissional.
RITUAL: para esse ritual, você precisará de uma pedra, uma vela vermelha e um galho
de árvore grosso de uns 25 cm. Acenda a vela e observe a chama queimando por alguns
instantes, depois pegue o galho e talhe nele as palavras: SUCESSO, DINHEIRO, ou
aquilo que se dispõe a conseguir de bem material. Agora apanhe a vela e cubra a
pequena pedra e as palavras que escreveu no galho com cera quente. Experimente então,
a fronteira da consciência onde se encontram a cera quente (elemento fogo) e os objetos
que representam a terra. Para encerrar o ritual, enterre a vela, o galho e a pedra.
Dias propícios: 01, 02, 22 e 31 do mês.

MÊS: NOVEMBRO = FADA: COINTREACH / DAMA BRANCA


Cointreach é uma fada que se mantêm unida a família com que vive de geração a
geração. Ela é sempre invisível e tem por objeto anunciar a próxima morte de algum
membro da família. Não possui forma definida e é descrita como uma luz branca, de
pequeno tamanho, que quando se toca é suave e branda.
RITUAL: como novembro é o mês escolhido para homenagearmos os mortos, o ritual a
ser feito é uma visitação aos túmulos de nossos ancestrais e adorná-los com lindas
flores, agradecendo a fada Cointreach por acompanhar com carinho nossa família e
pedir que quando for a nossa vez de acompanhá-la, que nosso sofrimento seja breve.
Dia propício: 02 do mês.

MÊS: DEZEMBRO = FADA: MBRINA


Mbrina é uma fada doméstica que pode adotar a forma de uma mariposa noturna ou
uma lagartixa e gosta de viver nas zonas mais escuras e escondidas de nossas casas. É
uma fada de transmutação, que igual aos gatos sagrados, transmuta energia negativa em
positiva.
RITUAL: nosso ritual se constituirá na confecção do "açúcar das fadas". Você
precisará dos seguintes materiais:
- 03 copos de açúcar comum branco
- Extrato de vanilla (01 colher de chá)
- Um pouco de corante alimentar vermelho
- 01 recipiente de vidro limpo.
Misture o açúcar com o extrato e em seguida, adicione corante suficiente para tornar o
açúcar cor-de-rosa. Tampe o vidro e etiquete como "Açúcar das Fadas". Agora você
terá um açúcar especial para fazer bolos e bolinhos e ofertá-los as fadas. Quando se
sentir muito esgotada ou precisar acrescentar um pouco de magia a sua vida, coma uma
colherinha de chá. O efeito é surpreendente!

Retratos de Fadas e Bruxas


Armando Gens (UERJ/UFRJ)

Considerando-se que fadas e bruxas são senhoras de um lugar vitalício nas histórias
infantis e juvenis, cumpre destacar que, para manutenção deste espaço, os perfis de tais
personagens passaram por singulares retoques quando não por drásticas metamorfoses.
As transformações sofridas pelos perfis de fadas e bruxas sublinham o caráter
transitório e renovador do mundo, já que a cada dia um novo modelo aguarda,
impacientemente, ser instalado. O exame de diferentes livros permite entrever que,
fadas e bruxas, não conseguindo escapar ao império do efêmero, submetem-se às mais
recentes técnicas de maquiagem, ao mesmo tempo em que lhes é imposto um atualizado
código de ética.
No plano literário, alguns autores de contos de fadas revelam, em suas obras, uma
exagerada preocupação em subverter a imagem de fadas e bruxas. Tentando
estabelecer uma ponte ¾ quase sempre forçada ¾ entre as personagens e o universo do
leitor, deixam subtendidos que fadas e bruxas tornaram-se um material que a indústria
do livro recicla a seu bel-prazer. Em outras palavras, reconstituem-se os perfis de fadas
e bruxas a partir dos parâmetros ditados pelas leis do mercado editorial e pelas
exigências da moda. Contudo, existem exceções, nas quais se encaixam as obras que
transgridem as molduras impostas pela tradição literária, no que concerne aos perfis de
bruxas e fadas. Passar em revista perfis de bruxas e fadas, com o intuito de distinguir
o que é transgressão do que é mero artifício de maquiagem, torna-se o objetivo deste
trabalho.
E, para o desenvolvimento da proposta, toma-se, como ponto de partida, um pequeno
álbum de perfis elaborado a partir de uma escolha prévia de 11 obras de autores
nacionais, a saber: A Fada Enfadada (1989), de Marco Túlio Costa; A Fada que
Tinha Idéias (1971), de Fernanda Lopes de Almeida; A Fada Sempre-Viva e a
Galinha Fada (1990), Fada Cisco Quase Nada (1992), Uxa, ora Fada, ora Bruxa
(1985), de Sílvia Orthof; Fadas, Dragões e Princesas nem Tanto (1991), de Marion
Villas Boas; Bruxinha 1 (1989) e Bruxinha 2 (1990), de Eva Funari; Contos Azuis
(1936), de Crysantheme; Histórias de não se Crer (1987), de Lia Neiva.
Ao se folhear as páginas desse álbum, constituídas de retratos de bruxas e fadas,
recortados do universo da produção literária destinada ao público infantil e juvenil,
constata-se que fadas e bruxas vão deixando de desempenhar o papel de coadjuvantes
para atuarem na qualidade de protagonistas, transgredindo, assim, os limites a elas
impostos pela tradição, quando eram confinadas nas histórias dos outros e tinham a
função de franquear ou impedir a realização de desejos. A transgressão dessa lei revela
uma interferência na ordem hierárquica dos contos clássicos e tradicionais, que bem
pode ser explicada através da saída de reis, rainhas, princesas e príncipes da ordem
política do mundo.
Sabe-se que bruxas e fadas, com suas especificidades, estiveram a serviço do poder
real e a existência delas estava condicionada aos acontecimentos da vida palaciana.
Com a saída da realeza de cena, era natural que tais personagens, pelo caráter mágico
que as envolve, permanecessem em ação, porém com outro tratamento literário
adequado ao novo contexto. A progressão de bruxas e fadas ao papel principal deve-se,
ainda, ao ingresso dos trabalhadores rurais, lenhadores, camponeses e oleiros, entre
outros, nos textos literários.
As fadas, ao serem transferidas para os campos, passaram a se redefinir como
personagens dotadas de forte carga de paternalização, encarnando, nesta perspectiva,
um ideal de justiça muito semelhante ao veiculado pelo credo cristão, de forma que a
importância delas nas narrativas aumentou sobremaneira.
Um exemplo bastante ilustrativo, sobre o influxo do imaginário cristão nos perfis das
fadas, encontra-se no conto intitulado "A fada e o girassol", de Crisanthème, escritora
de franca inspiração d'annunziana. No referido texto, uma modulação tropical de João e
Maria, a autora elabora um retrato de fada cunhado em molde de bibelô art-nouveau
que rompe com a filiação pagã e o insere numa zona sincrética, uma vez que, Luciano,
o menino perdido na floresta, ao ver a fada "envolta em tão rico manto, a julgou Nossa
Senhora". Há que se observar, ainda, que, em se tratando de uma aclimatação, a fada
adquire uma feição diferenciada da convencional. Em sua primeira aparição, a fada dos
campos, evoca uma imagem próxima a dos elementais, pois aparece coberta com um
manto verde e carrega, à feição de guarda-chuva, um girassol para se proteger da chuva,
demonstrando que se relaciona de modo íntimo com o espaço em que habita. Já, na
última aparição, irrompe sob a forma de "uma linda mulher, coroada de margaridas
silvestres e envolvida em leques de palmeira”, reafirmando seu lado pagão e tropical. A
galeria de retratos das fadas transgressoras é bastante variada.
Clara Luz, protagonista de A fada que tinha Idéias, surge como uma personagem
rebelde, na medida em que recusa a seguir os preceitos contidos no antigo e tradicional
"Livro das Fadas". A obra, um conto-panfleto, recoloca, em cena, um conflito de
gerações que se atualiza numa verdadeira revolução, cuja bandeira reivindica a
autonomia e a liberdade de criação, tão bem ilustradas na sugestiva metáfora contida na
expressão "abrir horizontes", utilizada por Clara Luz.
Já a personagem Griselda, de Fadas, Dragões e Princesas nem Tanto, apresenta-se
como uma velha fada-madrinha, aposentada e portadora de um currículo vitae
invejável. Tendo participado das histórias de Cinderela e Bela Adormecida, quer voltar
a trabalhar, pois não aceita a imobilidade. Por isso, empenha-se ao máximo para
encontrar uma afilhada. Põe anúncio em jornal, percorre diferenciados espaços em
busca da sonhada protegida e acaba, finalmente, realizando, à primeira vista, seu próprio
desejo. Contudo, tida por atriz pela afilhada, começam a participar de programas
sensacionalistas, nos quais a fada aposentada, absorvida pela mídia, transforma-se em
mera prestidigitadora.
Pertence, ainda, à galeria de retratos das fadas transgressoras, a personagem principal
de A Fada Enfadada, de Marco Túlio Costa. Completamente entediada de viver a
mesma história, certo dia conquista a liberdade com um espirro, salta das páginas de um
livro antigo, e vai cair bem no meio do quarto de Belinha e Tatá. Após a liberdade,
começam os problemas, pois os tempos são outros. Primeiro, vê-se desempregada. Em
seguida, vai, progressivamente, perdendo os poderes, já que quase ninguém acredita na
existência de fadas. Depois de muitas peripécias e confusões, desaparece sem deixar
especificada a direção que tomou.
O dilema de Maria do Céu, protagonista de Onde tem fada tem bruxa, de Bartolomeu
Campos Queirós, reside no confronto que se estabelece entre ela e os mágicos,
representados pelo poder das instituições e da publicidade. Vindo do céu, a fada desce
até Terra. Passeando pela cidade constata que o mundo mudou e que a sociedade
desaprendeu a desejar. Num gesto heróico, dando-se conta da impotência de suas ações
e da desativação de seus dotes no contexto urbano, ensina às crianças que o poder
utiliza-se da esperança como meio de domesticação. Segundo se observa a história, sob
a forma de alegoria, problematiza as estratégias da repressão, que se apresentam como
bruxas que devem ser combatidas pela fada, uma "idéia vinda do céu".
Por sua vez, as bruxas, não ficaram para trás na busca dos papéis principais. Tomaram
seus lugares e conquistaram a cena. Entretanto, na qualidade de protagonistas, os
autores reservam-lhes perfis gaiatos e ridículos, deslocam-nas para a esfera das fadas ou
criam para elas uma configuração bifronte em que bem e mal são os ingredientes
principais. A direção assumida pelos perfis da bruxa nas histórias infantis e juvenis
permite concluir que, em especial, o perfil bifronte, atenua o impacto da maldade e
corrói a clássica oposição entre fadas e bruxas, de sorte que o maniqueísmo presente
nos contos infantis e juvenis vai sendo eclipsado por uma visão dialética que patrocina a
convivência do bem e do mal nos perfis de fadas e de bruxas. Com este procedimento,
as fronteiras que separavam as adversárias imbricam-se e, assim, os perfis perdem os
traços absolutos que lhes serviam de diferenciação.
No rol das transgressões referentes aos perfis de bruxas, incluem-se os trabalhos de Eva
Funari, em Bruxinha 1 e Bruxinha 2. Tirando proveito dos quadrinhos, coloca em
ação, dentro de largos retângulos e amplos quadrados, uma bruxa muito especial. Às
vezes de mau-humor, às vezes meiga, vive situações-limite, como, por exemplo, numa
seqüência com seu par, o Baixinho, misto de anão e duende, na qual ele apara as flores
crescidas do chapéu da bruxinha com uma prosaica tesoura. Com tantos poderes, ela
fica tão sem controle da situação que se esquece de utilizar a magia para resolver o
problema. No quadrinho seguinte, pontifica a personagem: "Que vexame". Através de
sua declaração, fica patente que a personagem demonstra uma consciência crítica acerca
de seus atos ou das situações que a fazem parecer tola, o que não acontece com os perfis
que seguem a receita tradicional, pois neles a bruxa jamais reflete sobre seus atos.
Outro exemplo significativo encontra-se nas histórias de Lia Neiva. No conto intitulado
"As bruxas", a autora resgata o lado horripilante das bruxas, embora faça delas,
também, seres capazes de fazer o bem com os conhecimentos de magia que servem para
enfeitiçar os incautos. Assim, as três irmãs, Luciféria, Armodia e Serendipe, a que
desejava ser ninfa, por um desentendimento familiar, acabam carbonizadas pelo fogo do
demônio Satanáquia. Destroem-se, motivadas pelo sentimento de vingança, numa
clara demonstração que o mal também pode ser combatido com o próprio mal.
A protagonista de Uxa, ora Fada, ora Bruxa, de Sílvia Orthof, nega a unilateralidade
que dá forma ao retrato convencional das bruxas. Oscilando entre o bem e o mal,
apresenta um comportamento camaleônico, pois, em qualquer posição que esteja só faz
estripulias. Na verdade, a personagem representa uma visão caricatural tanto da bruxa
quanto da fada, procedimento que visa a redefinir as noções clássicas a respeito das
personagens assim como visa a pôr em exame os conceitos predeterminados de bem e
de mal.
Em Fada Cisco Quase Nada, Sílvia Orthof elabora um retrato da fada que se equipara
a de um Elemental doméstico. Minúscula, a fada corta relações com a tradição
harmonizadora, quando, no exercício de sua função, instaura a desordem nos quartos
das residências que visita.
Já em A Fada Sempre-Viva e a Galinha Fada, livro da mesma autora, encontra-se
uma fada com recortes de cigana, reforçada pelas ilustrações de Tato. Neste caso, trata-
se de uma aclimatação, um esperto truque de cosmética, que em nada altera a estrutura
básica do perfil convencional da fada, uma vez que até a varinha de condão torna-se
presente sob a forma de um leque.
Como se pôde observar boas ou más, fadas e bruxas continuam a povoar o universo
das histórias infantis, a despeito dos aparatos da cosmética ou das transgressões. Na
qualidade de protagonistas, as fadas boas, quando rompem com a imagem consagrada
pelos contos clássicos, deflagram sérias críticas em relação ao mundo contemporâneo.
Assim, os contos, aqui examinados, denunciam: o tédio das personagens provocado
pelas mesmices das histórias de que participam; o apagamento das fronteiras entre
bondade e maldade, entre fadas e bruxas; a transformação de poderes mágicos em
espetáculos sensacionalistas; a inutilidade das fadas em um mundo destituído de
crenças; a ineficácia das fadas no contexto urbano e a inadequação delas a ele; a
corrosão do caráter maléfico e atemorizante das bruxas através do efeito causado pela
caricatura; e a transformação das fadas em prestidigitadoras. Pelo avesso das questões
propostas pelos retratos, observa-se que as personagens reclamam, de forma nostálgica,
o conforto das florestas, o retorno às velhas histórias ou, como solução extrema, aceitam
a aposentadoria. O fato é que, com o desenvolvimento tecnológico, a magia do nosso
século, as fadas alistam-se nas fileiras dos desempregados, esperando que a ecologia
possa reintroduzi-las na ordem mundial.
O UNIVERSO MÁGICO DAS FADAS E DAKHINIS NA BRUXARIA CERIMONIAL
(Kherikheyon)

Originariamente, a palavra fada vem do francês antigo “Faerie” e este por sua vez vem do latim
fatua, “visionária”, e “fatum”, fado, destino. Ou seja, antigamente a fadas eram consideradas
deusas do destino, forças capazes de alongar ou abreviar uma vida humana e referindo-se
daquilo que nos está fadado.

A palavra “Fada” foi suavizada nas últimas décadas assumindo por vezes uma aparência branda
de esoterismo new-age. No passado o termo “Fada” já foi aplicado a ninfas e demônios,
espíritos e gênios, fantasmas e goblins, djins e dakinis. Na Bruxaria Cerimonial a chamada
“Magia das Fadas” é um tópico importante, mas que difere da abordagem superficial e ingênua
em que é tratado na maioria das tradições wiccans que tratam do mesmo tema. De forma
alguma é um assunto para iniciantes em ocultismo prático.

O conceito popular New Age que os Seres Faéricos são todos seres de luz amigáveis é errado. A
palavra “elemental” não significa apenas as criaturas dos quatro quadrantes, mas designa
também muitas outras criaturas (fays, fadas, goblins, djins etc) – algumas das quais se
divertem causando perturbações e outros afetam a psiquê humana de forma obssesiva e
podem mesmo drenar nossas energias. Os habitantes dessas estranhas regiões podem ser um
pouco caprichosos, e há muitas armadilhas para os incautos. Entretanto, o feiticeiro magista
sabe como lidar com os vários tipos de Elementais fazendo deles aliados de seu trabalho
mágico.

Alguns associam as Fadas aos humanóides altos e esbeltos que os celtas chamavam de sidhe.
Também já foram associadas aos genius que eram figuras aladas masculinas e femininas, por
vezes híbridas, na arte do oriente antigo. Para outros, as Fadas podem ser criaturas diminutas
dotadas de asas delicadas, cavalos feitos de água, com cascos de aço, ou fantasmas
lamurientos cuja presença vaticina a morte. As tribos germânicas chamavam tais seres de Elfos,
enquanto os povos bálticos conheciam-nos como Laume e tidos em geral como favoráveis aos
seres humanos. Todas essas criaturas podem ter sido inspiradas na antiga Tradição das Fadas,
mas nenhuma delas apreende uma parte significativa da verdade. A verdade é que em seus
reinos elementais as Fadas não costumam ter forma definida, e elas são tão poderosas e
incompreensíveis quanto os deuses. Na verdade, o Culto aos Encantados (seres faéricos)
apresenta uma longa tradição na magia branca européia onde os antigos deuses de uma
religião são transformados em deuses menores e elementais e vão habitar o fundo da terra e
das águas.
O equivalente oriental das Ninfas ou fadas gregas no Budismo Tântrico são as Dakinis. Como as
Ninfas, as Dakinis muitas vezes são vistas como demônios alados. Segundo a Tradição do
Budismo Tibetano as Dakinis são dotadas de poderes mágicos e sobrenaturais e prestam
assistência divina ao yogue que as invoque no momento de executar um ritual difícil, além de
ajudá-lo a aprofundar seu discernimento espiritual. Não é difícil ver as Dakhinis surgirem como
mulheres com a cabeça de um leão ou de um pássaro, e com a face de um cavalo ou de um
cão. A aparência demoníaca que esses seres faéricos apresentam ao não-iniciado deve-se ao
fato que eles parecem personificar tudo que nós não podemos ajustar ao nosso mundo de
pensamento bem ordenado, e que por essa razão nos parece ameaçador, perigoso e
aterrorizante. Eles trabalham no interior do nosso inconsciente e agem como impulsos
atavísticos vinculados à questão do nosso destino, descendência e imortalidade. Não é à toa
que no Budismo Tibetano as Dakinis têm a autorização para iniciar noviços nos ensinamentos
secretos do Tantra. Elas, como as Fadas, são forças que nos convidam a entrar no nosso reino
inconsciente e emergir dele com a luz da gnose ou conhecimento divino, estejamos ou não
preparados para isso.

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