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Linchamento Virtual
Linchamento Virtual
Linchamento Virtual
SOBRE O DESENTENDIMENTO
HUMANO NA INTERNET
Eliane Tânia Freitas
Mestre e doutora em Antropologia pela UFRJ, professora do Departamento de Antropologia e do Pro-
grama de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRN. E-mail: etmart@gmail.com
RESUMO
Este artigo baseia-se na observação sistemática de polêmicas públicas
nas mídias sociais sobre conflitos ou práticas violentas nas redes sociais,
denominados “linchamentos virtuais”. Parto da descrição de um desses
eventos, ocorrido em maio deste ano (2017), para, a partir daí, refletir
sobre alguns elementos presentes em sua configuração, como a analogia
com os linchamentos, a destruição de reputações, o ódio e a desconfiança.
Para isso, apelo a noções como “audiências invisíveis” e hiperconectivida-
de das redes sociais, a fim de destacar as especificidades de suas dinâmi-
cas interativas e fornecer um contexto que possa esclarecer as razões da
percepção aparentemente generalizada, na própria internet, de sua disse-
minação e intensificação. Por fim, ensaio brevemente distinguir entre for-
mas diversas de conflitos/agressões on-line, conforme a uma classificação
que distingue linchamentos virtuais de discurso de ódio, de acordo com
seus modos de operação e finalidades.
ABSTRACT
This article is based on systematic observation of public controversies in
social media about conflicts or violent practices in social networks, called
“virtual lynchings”. I start from the description of one of these events, which
took place in May of this year (2017), to reflect on some elements present
in its configuration, such as the analogy with lynchings, the destruction of
reputations, hatred and mistrust. I appeal to notions such as the ‘invisible
audiences’ and hyperconnectivity of social networks in order to highlight
the specificities of their interactive social dynamics and provide a context
that can possibly clarify the reasons for the apparently generalized percep-
tion on the Internet of its dissemination and intensification. Finally, I briefly
try to distinguish between different forms of online conflict /aggression, ac-
cording to a classification which distinguishes virtual lynchings from hate
speech, according to their modes of operation and purposes.
Key Words: virtual lynchings; hate speech; social networks; internet; conflict.
Introdução
1
Lau (2017).
2
Filósofa, historiadora da ciência e física. Ensina física no CEFET-RJ. Vencedora do Prêmio Saraiva
Literatura, categoria: crônicas. Autora do blog Minha Vida é um Blog Aberto e de dez livros, dentre
eles História da Física na Sala de Aula, Minha Vida é um Blog Aberto, Como Enlouquecer seu Pro-
fessor de Física, Filhosofia, Isaac no Mundo das Partículas, Beleza Suburbana e Tenso, Logo Escrito
(Da seção Sobre Mim do seu blog Minha Vida é um Blog Aberto). Disponível em: <https://elikatakimoto.
com/>. Acesso em: 04 maio 2017.
3
A publicação original foi deletada do blog pela autora, mas é possível encontrá-la em vários dos
blogs e sites que a republicaram, em 2016 e 2017. Você pode lê-lo, por exemplo, no Tijolaço, em
publicação de maio de 2016, logo após sua publicação no blog de Takimoto: <www.tijolaco.com.br/
blog/que-escola-que-me-deu-tudo-possa-dar-tudo-todos/>.
4
Artigos sobre a polêmica: Gomes (2017), Gruner (2017) e Miguel (2017).
5
Disponível em: <https://elikatakimoto.com/2017/05/03/ate-um-dia-facebook/>.
6
“A face é uma imagem do self delineada em termos de atributos sociais aprovados” (p. 58).
7
Dery, Mark (1994).
8
“Goffman (1967) argumenta que esse risco pode levar desde a tentativas de salvaguarda da face até
mesmo o recolhimento do ator que não participa da interação para não sofrer essas ameaças” (p. 59).
Para sua surpresa e, como ela diz, susto, o que no ano anterior havia
sido recebido de modo praticamente unânime por elogios e agradecimentos
emocionados, tornou-se rapidamente o vórtice de uma tempestade de insul-
tos, ameaças pessoais e exposição não consentida de sua privacidade, com a
divulgação de seu endereço, CPF e contracheque on-line.
Como afirma Recuero (2013), o prejuízo à reputação e o silenciamento
do membro de um grupo, decorrente da “desestabilização de sua face”, re-
percutiriam sobre o capital social de todo o grupo, que decresceria9.
10
“ Como já disseram, sou uma ‘subcelebridade’ na internet. Para quem não sabe, esse boom no meu
perfil ocorreu no ano passado por postagens de cunho bem diferentes terem viralizado: vídeo de
minha filha cantando para vacas, foto dos meus filhos no aniversário Guanabara, texto relatando a
minha experiência com coletor menstrual, anúncio de meu filho Hideo… e o polêmico texto sobre
cotas escrito há um ano (repostado ontem no Facebook), que é o motivo dessa minha fala agora
aqui” (TAKIMOTO, 2017).
11
“Professora recebe telefonema de Lula após texto viral”, 03 mar. 2017. Disponível em: <https://
www.pragmatismopolitico.com.br/2017/03/professora-recebe-telefonema-de-lula-apos-texto-vi-
ral.html>. Acesso em: 03 mar. 2017.
12
“Prometo não tocar no assunto”, 24 fev. 2017. Disponível em: <https://elikatakimoto.
com/2017/02/24/prometo-nao-tocar-no-assunto/comment-page-2/>. Acesso em: 03 mar. /2017.
13
O nome em minúsculas é singularidade da assinatura profissional escolhida pela autora.
14
Por exemplo, PETROSILLO, 2016, p. 36.
15
Como se torna claro na discussão sobre quebra da polidez e consequente ameaça à face realizada
por Recuero. A polidez é rompida, nas redes sociais, “principalmente por meio do trolling e da vio-
lência”. Quebrar a polidez é romper as normas da conversação (RECUERO, 2013, p. 60).
amigos, como sempre fiz. “Printando meus próprios tweets” para eles
somente no intuito de compartilhar ideias e brincar – como muitos
sabem que gosto demais de fazer.
A única coisa que sempre sonhei foi ter meus livros publicados e
só. Isso não escondo de ninguém. Mais do que isso para quê? Aca-
bou que hoje tenho quase 150 mil seguidores, fato que foge à minha
compreensão e ao meu controle. Quando penso nesse número me dá
até calafrios. E, por tentar sublimá-lo e acreditar sempre que escrevo
para meia dúzia de leitores, não tomo cuidados que hoje, aprendi,
preciso estar atenta.
“Ficaria falando só para meus amigos, como sempre fiz”, mas ela sabe
que isso já não lhe é mais possível e que considerável parcela de seus seguido-
res/curtidores é constituída pelo que danah boyd (2007) chamou audiências
invisíveis, ou seja, aqueles conhecidos – e conhecidos de conhecidos – que
não chegam a interagir diretamente com ela e aqueles que acessam suas
postagens indiretamente, por meio de links dos seus próprios contatos. Sua
percepção disso se traduz na conclusão: “Prometo me policiar muito mais na
minha fala, na minha escrita e a rever sempre meus (pre)conceitos”.
Em outras palavras, em redes hiperconectadas, sua audiência sempre
poderá ultrapassar suas previsões, expectativas e sua compreensão. A menos
que aceite os riscos de ver-se envolvido no que Dery (1994) chama flame wars
e esteja disposto a arcar com possíveis prejuízos à sua reputação, ao usuário
resta o exercício do autocontrole e intensificação da reflexividade nas práti-
cas on-line. Isso nos fornece pistas sobre o controle social em operação nas
redes públicas on-line, a partir dos efeitos vivenciados pelos usuários. Esse
controle é efetuado não apenas pelos administradores das plataformas e ou-
tros serviços on-line, ou pela tão discutida vigilância por parte de agências
governamentais, mas também pelos limites colocados pelos usuários envol-
vidos em dinâmicas interativas de mútua vigilância16.
16
O que explicaria a prevalência nas redes sociais do que Jair Ramos (2015) chama realismo identitá-
rio ou práticas de convergência identitária. Isso significa que, para reduzir a desconfiança e a inse-
gurança nas interações, espera-se, nessas redes, coincidência entre a identidade online e a off-line, o
que não deixaria margem para experimentações identitárias por meio da construção de personas
vividas apenas on-line, como seria possível em mundos virtuais (Second Life, por exemplo) ou jo-
gos. Isso ocorreria porque a divergência identitária estaria associada, devido à intensificação da
percepção de riscos on-line, à possibilidade de fraude e outras ameaças. De fato, observei que o
anonimato e o uso de perfis fakes têm sido associados ao aumento das práticas on-line consideradas
violentas, como as que têm sido denominadas linchamento virtual, humilhação, shaming, discurso
de ódio, assédio virtual. Talvez por isso, aliás, a primeira preocupação de Takimoto em sua resposta
ao que percebeu como ameaça tenha sido, nas primeiras linhas de seu texto-resposta, afirmar sua
autenticidade e sinceridade. “Há tempos escrevo sobre tudo o que me toca da forma mais sincera
possível. Não tenho vergonha de falar de minhas fraquezas, de meus medos, de meus devaneios
sejam eles de que natureza forem” (TAKIMOTO, “Até um dia, Facebook”, 2017).
Não vou me ater aqui a dissecar o texto e a comentar frases que re-
cortaram, colaram em fotos minhas e divulgaram em páginas e sites
por aí. Sei que com isso minha integridade física já foi ameaçada,
corro risco de vida, pois conhecem bem meu rosto (como fizeram
questão de expor) e esses que fizeram isso querem mesmo a minha
morte seja ela real seja metafórica. As duas são possíveis e se temo
a primeira é porque sou mãe de três e filha de duas pessoas para as
quais dou total assistência.
17
Para um exemplo, dentre tantos possíveis na bibliografia sobre linchamentos e sobre violência, ver
o depoimento de Helio Bicudo citado por Helena Singer na p. 231 do seu livro (2003).
18
Ao caracterizar as vítimas mais frequentes de linchamentos no Brasil, com base em levantamento
quantitativo de notícias sobre linchamentos nos jornais, José de Souza Martins (2015) chegou à
constatação de que, ao lado da raça (maioria de negros e mestiços), ocupação (desocupados ou
“vadios”) e faixa etária (jovens, menores de idade), a reputação de antissocial já as estigmatizava em
seu meio social.
19
LEWINSKY, Monica. The Price of Shame (O Preço da Vergonha). Disponível em: <https://www.ted.
com/talks/monica_lewinsky_the_price_of_shame>. Sobre a repercussão da palestra no Facebook:
<https://ideas.ted.com/want-to-help-prevent-online-bullying-comment-on-facebook/>.
20
Digo “foi envolvida” porque um escândalo é um artefato, fabricado pela convergência de interesses
de diferentes agentes e instituições sociais. Uma transgressão moral nem sempre se torna um escân-
dalo público e, quando se torna, há nele sempre mais do que as escolhas, ou erros, individuais.
21
“Quando a história apareceu, ela apareceu on-line. Foi uma das primeiras vezes em que a notícia
tradicional foi sequestrada pela internet no caso de um acontecimento importante […]. De pessoa
paciente zero” do assédio virtual. Os efeitos, todavia, não foram apenas morais
para ela e outras pessoas22 atingidas por exposição e perseguição na internet.
A demissão, a dificuldade de conseguir um novo emprego, a necessidade de
mudar de endereço para fugir a agressões e rejeições, a perda das amizades, o
ostracismo social, a humilhação e a depressão estão dentre as consequências
frequentemente citadas, conforme a gravidade da situação.
Proliferam atualmente nos sites jornalísticos e redes sociais matérias
de opinião, reportagens e depoimentos pessoais sobre práticas on-line per-
cebidas como agressão e violência. Nos Estados Unidos, por exemplo, essas
práticas costumam ser englobadas pelo termo shaming23, que pode receber,
conforme o caso, algum vocábulo adicional que o qualifique e determine o
alvo das práticas vexatórias, como em slut-shaming ou fat-shaming. O sha-
ming pode ser imposto por meio de cyberbullying (bullying virtual), revenge
porn (pornografia de vingança), discurso de ódio ou linchamento virtual.
Essas práticas e o que elas representam parecem ser englobadas conceitual-
mente por noções como cultura da humilhação e cultura de ódio.
privada, me tornei uma figura publicamente humilhada por todo o mundo. Havia hordas de ape-
drejadores virtuais […]. Me chamaram de vadia, de prostituta, de vagabunda e de interesseira. Perdi
minha reputação, minha dignidade e quase perdi minha vida. Há 17 anos não havia definição para
isso, mas hoje chamamos de cyberbullying ou assédio on-line”. As frases são da palestra citada
na nota 18, mas aqui cito trechos traduzidos e citados no site brasileiro da BBC, em 20 de março
de 2015. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150320_monica_le-
winsky_ted>. Acesso em: 07 maio 2017.
22
Em dezembro de 2013, Justine Sacco, prestes a embarcar em um voo de 12 horas para a África do
Sul, escreveu no Twitter uma brevíssima mensagem, um tweet (ou tuíte): “Going to Africa. Hope
I don’t get AIDS. Just kidding. I’m white!” (Indo para a África. Espero não pegar Aids. Estou brin-
cando. Sou branca!”). Por causa desse tuíte, quando desembarcou, foi recebida com hostilidade já
no aeroporto, o hotel em que havia feito reservas teria informado que não teria como “garantir sua
segurança”, e sua família teria se declarado preocupada de que pudesse ter sua reputação política
prejudicada na cidade por causa dela. No Twitter, o tuíte de Justine já havia viralizado e os insultos
e ameaças a ela se multiplicavam. A isso seguiu-se, no retorno para casa, a demissão, a forçada
mudança de residência, a dificuldade para conseguir um novo emprego, o ostracismo social e um
quadro depressivo (RONSON, 2016 e 2015). É possível encontrar muitas informações sobre este e
outros casos semelhantes, como os de Adria Richards, Alicia Ann Lynch e Monica Lewinsky, só
para mencionar alguns dos mais conhecidos em escala internacional. Sobre Justine Sacco: <https://
www.theguardian.com/world/2013/dec/22/pr-exec-fired-racist-tweet-aids-africa-apology>.
23
Ronson (2015 e 2016).
24
Isto é, o mito da horizontalização das relações sociais na rede, da plena democratização das comu-
nicações, desconsidera o fato de que qualquer um pode criar e publicar conteúdos em um canal no
YouTube ou em um blog, mas isso não garante qualquer audiência além de, talvez, seus parentes e
amigos.
25
Ou, mais provavelmente, de certos humanos, pois é corrente a nostalgia da web dos primeiros tem-
pos, antes da orkutização das redes sociais, ou seja, antes de sua popularização. O que estou dizendo
é que muito do pânico moral em torno dos conflitos e eventuais práticas violentas nas redes decorre
do mesmo elitismo social que prega a higienização social também nas cidades.
período que se segue, o que pode incluir, como já vimos, ostracismo social,
demissão, depressão, dentre outras. Porém, por maior que seja a despro-
porção da punição infligida pela coletividade, todos os envolvidos e teste-
munhas da situação sabem exatamente qual ação disparou a retaliação. É
próprio dessas situações a reiteração dos motivos da indignação e o tom de
denúncia do erro. Denúncia, julgamento e punição formam o tripé sobre o
qual se constitui um linchamento virtual.
Isso não ocorre nas agressões que consistem essencialmente em discur-
so de ódio. O que teria feito a jornalista Maria Julia Coutinho, que apresen-
tava o quadro de previsão do tempo do Jornal Nacional desde abril de 2015,
para ser ridicularizada no Facebook em julho daquele ano, por postagens
de comentadores que a chamavam de macaca, lhe atribuíam cara de domés-
tica, dentre inúmeros outros insultos claramente racistas e elitistas? Lendo
atentamente os comentários nessas postagens, como em tantos outros casos
semelhantes, não encontramos quaisquer alegações de transgressão ou erro.
Nenhum deles a acusa de nada, a única constante nos comentários ofensivos
e injuriosos é a referência à sua condição racial. Do mesmo modo, inúmeras
pessoas são atacadas por sua religião, identidade sexual, posição ideológica,
seu peso e até por seu time de futebol, e não por um ato ou comportamento
denunciado, que demandaria julgamento, punição e expiação.
Assim, de certo modo, o linchamento virtual, por mais violento e do-
loroso que chegue a ser, admite, como todo mecanismo expiatório não le-
tal, a possibilidade de recuperação após a punição. O espancamento verbal
e moral, ao contrário do que ocorre na maioria dos casos de linchamento,
não costuma ser letal. Ou seja, a pessoa, por mais que fique emocionalmente
marcada e socialmente estigmatizada pelo acontecimento, pode, com o tem-
po, conseguir se dissociar dele e começar de novo; ou contrabalançar sua
má ação com iniciativas que mudem sua imagem e procurem resgatar sua
credibilidade. Já as vítimas de discurso de ódio são vulneráveis a um ataque
que não apresenta justificativa, tampouco oferece possibilidade de expiação
(não há culpa atribuída) ou redenção. O ódio não negocia, não deixa qual-
quer saída.
Considerações finais
É preciso que se tenha claro que, quando falamos aqui em exposição
pública, não é da outrora utópica comunidade on-line mundial que estamos
falando. Cada pessoa ou grupo que se conecta à internet e publica em um
blog, site, grupo ou perfil em rede social está inserida em um segmento da
Rede (Internet), e sua audiência – seja qual for, buscada e desejada ou não, in-
cluindo-se aí as audiências invisíveis e as potenciais, de que o próprio sujeito
pode não estar consciente e sobre as quais não consegue ter controle – será
sempre determinada audiência particular.
26
Do blog Escreva, Lola, Escreva, alvo constante de misóginos e antifeministas. Disponível em:
<http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/>.
27
Ou, para dar outro exemplo, com a atriz e escritora Fernanda Torres, “mulher branca de classe
média”, após a publicação, no dia 22 de fevereiro de 2016, do artigo “Mulher” na Folha de São
Paulo, pelo qual foi duramente criticada e agredida por comentários em seus perfis nas redes
sociais (http://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/2016/02/22/mulher/). 48 horas depois ela
se retratou com outro texto, “Mea Culpa”, no mesmo jornal, no qual pedia às mulheres “pro-
fundas desculpas” por seu erro. Disponível em: <http://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.
br/2016/02/24/mea-culpa/>.
28
O Direito ao Esquecimento na Internet surge nesse quadro (FERRIANI, 2016).
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publics in teenage social life. MacArthur Foundation Series on Digital Learn-
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18. GRUNER, Clóvis. O ativismo das redes produz monstros. Medium, 05 maio
2017. Disponível em: <https://medium.com/@clvisgruner/o-ativismo-lombro-
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19. LAU, Fábio. Os ataques a Elika Takimoto não fazem o menor sentido. Conexão
Jornalismo, 04 maio 2017. Disponível em: <http://www.conexaojornalismo.
com.br/colunas/cultura/novasmidias/os-ataques-a-elika-takimoto-nao-fa-
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20. MIGUEL, Luís Felipe. Por que Elika Takimoto saiu do Facebook? Esquerda
Caviar, 03 maio 2017. Disponível em: <http://caviaresquerda.blogspot.com.
br/2017/05/por-que-elika-takimoto-saiu-do-facebook.html>. Acesso em: 07
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21. TAKIMOTO, Elika. Até um dia, Facebook. Jornal GGN, 04 maio 2017. Dis-
ponível em: <https://jornalggn.com.br/noticia/ate-um-dia-facebook-por-elika-
-takamoto>. Acesso em: 07 maio 2017.
22. ______. Minha Vida é um Blog Aberto. Disponível em: <https://elikatakimoto.
com/>. Acesso em: 04 maio 2017.