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ANOMALIAS DENTÁRIAS - Radiologia

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ANOMALIAS DENTÁRIAS – RADIOLOGIA

 Anomalia de Forma  Concrescência: a união de 2 dentes


 Geminação: é a alteração decorrente da tentativa adjacentes, já completamente formados,
frustrada de divisão de um germe dentário somente pelo cemento, sem confluência de
(dicotomia incompleta) resultando na bifurcação dentina subjacente, sendo a união antes ou
de um dente. Sua etiologia pode estar relacionada após o irrompimento. Mais frequente em
à processos inflamatórios, endócrinos, segundos e terceiros molares superiores. É a
hereditários e até mesmo mecânico, por pressão consequência da deposição de várias
intra-folicular na falta de espaço durante a camadas de cemento ou ainda pela
iniciação e proliferação nas fases de botão e proximidade entre dentes e/ou raízes.
capuz. Clinicamente, apresenta coroa mais larga
no sentido mésio-distal, podendo ser confundida
com fusão ou macrodontia; radiograficamente, a
cavidade pulpar é em forma de Y e um único e
amplo canal radicular.

 Dentes in dente: é a profunda invaginação na


superfície da coroa ou raiz que é limitada
pelo esmalte antes da sua calcificação. A
etiologia são aumento localizado da pressão
externa, retardo ou estimulação do
crescimento focal em determinada área do
germe dentário. Existem 4 tipos de dens in
dente segundo Oehlers, de acordo com o tipo
de invaginação. Os tipos (a) e (b) são os mais
comuns:

 Fusão (sinodontia): é o resultado da união


embriológica de dois germes dentários em
desenvolvimento. Geralmente causa redução no
número de dentes no arco dentário, seja decíduo
ou permanente. A união pode ser completa (raíz e
coroa) ou incompleta (apenas raízes ou coroas).
As radiografias revelam um dente com forma e
tamanho alterados porém com canais radiculares
individualizados.
 Dentes de Hutchison: ocorre principalmente em  Anomalia de Tamanho
portadores de sífilis congênita como parte da  Microdontia: diminuição do tamanho de um
tríade de Hutchinson (surdez e labirintite, dente, através da redução proporcional dos
queratite intersticial e dentes em forma de barril tecidos que o compõem, podendo ser
ou chave de fenda e molares em amora). localizada ou generalizada (essa pode ocorrer
em razão da baixa de hormônios do
crescimento – hipopituitarismo). Clinicamente
e radiograficamente, os dentes apresentam a
forma conóide.

 Macrodontia: aumento no tamanho de um


 Dilaceração Radicular: é a curvatura na região dente, através do aumento proporcional dos
radicular. É causada quando encontra-se algum tecidos que o compõem. Origina-se na
obstáculo durante a trajetória como presença de morfodiferenciação na fase em campânula
lesão em dente decíduo, dentes retidos, avançada caracterizada pelo aumento do
neoplasmas, cistos ou dentes supranumerários. volume dental. A sua forma generalizada pode
estar associada ao gigantismo
(hiperpituitarismo).

 Anomalia de Erupção
 Erupção retardada: refere-se ao atraso na
 Taurodontismo: aumento do corpo da câmara
erupção em mais de seis meses para os dentes
pulpar de dentes multirradiculares. Pode estar
decíduos, ou mais de seis a dez meses para os
relacionado às síndromes de Down e Klinefelter.
dentes permanentes. Alguns fatores locais
associados são:
-Perda de espaço e apinhamento dentário;
-Trauma, radiação;
-Dentes supranumerários, odontomas;
-Exfoliação retardada ou precoce dos dentes
decíduos;
-Cisto dentígero, cisto de erupção, dilaceração;
-Defeitos patológicos locais do osso ou dos
tecidos moles (fibromatose gengival);
- Displasia Cleidocraniana, cretinismo,
raquitismo.
 Infra-oclusão: um dente cujo bordo incisal ou
superficie oclusal não tenha alcançado o mesmo
nivel que o resto dos dentes, no arco, parecendo
não haver erupcionado suficientemente.

 Anomalias de posição
 Giro-versão: é o giro do dente em torno do seu
próprio eixo. Ocorre devido à falta ou excesso
de espaço, durante ou após o irrompimento
dos dentes, acometendo principalmente pré-
 Dente retiro ou incluso: dente que permanece
molares inferiores ou caninos superiores.
dentro do processo alveolar mesmo em época de
irrompimento. Dentre as causas temos: falta de
espaço no arco dentário; posição anormal do
germe dentário; obstáculos encontrados na
trajetória de irrompimento de dente, como cistos,
tumores, supranumerários e estruturas ósseas
mais densas; perda de força irruptiva; hábitos
alimentares e fatores hereditários.

 Transposição (erupção ectópica): é a inversão


de posição entre dois dentes no arco dentário,
durante o irrompimento, havendo mudança na
ordem ou sequência natural dos dentes
permanentes. A mais comum é a troca do
canino superior com o incisivo lateral ou o
 Incluso-impactados: retenção que ocorreu pela primeiro pré-molar.
presença de barreira mecânica na trajetória de
irrompimento. (pode também ser
reconhecidos por estarem na posição
horizontal ou transversal).

 Transmigração: é a formação de um dente em


áreas distantes dos processos alveolares. A
etiologia é incerta. Os casos mais comuns são de
caninos superiores seguidos de caninos
inferiores.


 Anomalia de número  Erupção retardada: atraso no período de erupção.
 Agenesias dentárias Podem se encaixar nessa categoria os dentes
 Agenesia: ausência do desenvolvimento de um inclusos.
germe dentário. A causa é predominantemente
hereditária.
 Agenesias múltiplas: ausência de
desenvolvimento de mais de um ou vários
germes dentários. (hipodontia = ausência de
dentes ≠ oligodontia = ausência de mais de 6
dentes).
 Anodontia: ausência do desenvolvimento de
todos os germes dentários. Geralmente é
ligada a displasias ectodérmicas com
expressividade severa.

 Anomalias de Formação
 Pérola de Esmalte: são estruturas hemisféricas de
esmalte incomuns, principalmente nas raízes de
molares e mais raramente em pré-molares. Sua
formação ocorre pela diferenciação de ameloblastos
 Hiperdontia (supranumerários): qualquer dente com produção de esmalte, a partir de restos da
que exceda o número normal nas dentições bainha epitelial de Hertwig.
decídua ou permanente.

 Hipoplasia de Esmalte: é a formação incompleta ou


 Anomalia de Erupção defeituosa do esmalte dental.
 Erupção precoce: erupção acelerada de dentes  Adquirida: causada por fatores locais ou
sistêmicos, tais como: trauma, infecção no
decíduos ou permanentes. Podem se encaixar
nessa categoria os dentes neonatais. periápice do dente decíduo afetando o
permanente, radioterapia, doenças
exantemáticas, problemas nutricionais
(hipovitaminoses), intoxicações
medicamentosas (fluorose), dentre outras.
 Congênita: ocorre principalmente com
portadores de sífilis congênita como parte
da tríade de Hutchinson (surdez, labirintite e queratite
intersticial).

 Hereditária (amelogênese imperfeita):


anomalia rara de natureza totalmente
ectodérmica. Se divide em:
 Hipoplásico: quando há uma
preponderância de defeito na sua
formação de matriz orgânica do esmalte 
sem alterar necessariamente sua  Dentinogênese imperfeita: desordem hereditária
mineralização. que resulta na formação de dentina defeituosa nas
 Hipomineralizado: alteração na fase de dentições decídua e permanente, na ausência de
mineralização, quando existe maior qualquer desordem sistêmica.
alteração no conteúdo de minerais
durante a formação da matriz orgânica.
 Hipomaduro: há um defeito na
maturação da estrutura dos cristais de
esmalte.

 Displasia Dentinária: distúrbio hereditário raro


caracterizado pela formação de dentina irregular e
polpa com morfologia modificada.
 Dente de Turner: relacionada a um processo  Tipo I (radicular): a dentina é opalescente e
inflamatório severo nos decíduos na dentição permanente é normal. As raízes
predecessores, conhecida como hipoplasia de se formam curtas e as lesões periapicais
Turner ou dente de Turner. Quando ocorre favorecem a perda precoce dos dentes.
infecção, devido à presença de cárie no dente
decíduo e o sucessor permanente está em
formação, a infecção bacteriana pode envolver
o tecido periapical do dente decíduo, podendo
alterar a camada ameloblástica do
permanente, resultando numa coroa
hipoplásica.
 Tipo II (coronária): as alterações incluem
coroas bulbosas, constrição cervical, raízes
delgadas e obliteração precoce da polpa. Nos
permanentes, as câmaras pulpares mostram
aumento significativo e extensão apical (forma
de chama).

 Odontodisplasia regional (dentes fantasmas):


alteração na forma de todos os tecidos do dente,
com perda de forma e pouca mineralização. Tem
relação com síndromes, distúrbios neurais,
deficiências vasculares, traumas ou ainda invasões
viróticas nos germes dentários.

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