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Técnicas e Procedimentos Terapêuticos

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Técnicas e Procedimentos Terapêuticos

Ilana Figueiredo Brandão


Pensamento

“O que perturba o ser humano não são os fatos, mas a


interpretação que ele faz dos fatos”.
Epictetus - Filósofo grego
(50-130 a.C.)
PRINCÍPIOS CENTRAIS DA TCC

 Nossas cognições (pensamentos) têm uma influência


controladora sobre nossas emoções e comportamentos.

 O modo como agimos ou nos comportamos pode afetar


profundamente nossos padrões de pensamentos e nossas
emoções.

 A atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada.


MODELO COGNITIVO
Exemplo do Modelo Cognitivo
DIAGRAMA DE CONCEITUALIZAÇÃO
COGNITIVA

 “Formulação do caso, embasada na concepção cognitiva dos


transtornos emocionais do paciente” - “Configuração afetivo-
cognitivo-comportamental do paciente”

 *Objetivos: Auxiliar na obtenção de uma concepção mais


ampla e profunda dos mecanismos cognitivos e
comportamentais do paciente, melhorando, assim, o resultado
do tratamento.
 Auxiliar o terapeuta na escolha das intervenções e tarefas a
serem realizadas
DIAGRAMA DE CONCEITUALIZAÇÃO
COGNITIVA
Crenças nucleares
Ativação de esquemas

Crenças Intermediárias

Situação Pensamentos Reações

Emocional
Comportamental
Fisiológica
DIAGRAMA DE CONCEITUALIZAÇÃO
COGNITIVA

Dados relevantes da História

Pensamentos automáticos

Crenças subjacentes

Crenças nucleares

Estratégias Compensatórias
DIAGRAMA DE CONCEITUALIZAÇÃO
COGNITIVA

Situação 01 Situação 02

Pensamentos Pensamentos
Automáticos Automáticos

Significado do P.A. Significado do P.A.

Emoção Emoção

Comportamento Comportamento
APRESENTAÇÃO DAS TÉCNICAS

 Finalidade e relação com o problema do paciente


 Em que consiste a técnica
 Como se procederá nas sessões
 Importância da prática em casa
 Em que consiste a sessão atual
 Assegurar-se que o paciente compreende e aceita a
informação recebida.
O PROCESSO DA PSICOTERAPIA

 O terapeuta e o paciente trabalham juntos para identificar


crenças que a pessoa tem de si e utilizam técnicas que incluem:
 Identificar pensamentos ou cognições disfuncionais,
automonitoração de pensamentos negativos,
 Identificar da relação entre pensamentos e crenças e
sentimentos subjacentes,
 Identificar e aprender padrões de pensamentos funcionais e
adaptativos, teste de realidade dos pressupostos básicos
mantidos pela pessoa sobre si mesma, o mundo e o futuro.
 Segue as principais técnicas utilizadas sob enfoque integrado
cognitivo comportamental.
PRINCIPAIS TÉCNICAS
COGNITIVAS
PSICOEDUCAÇÃO

 FAMILIARIZAÇÃO COM O MODELO COGNITIVO


 Uma das primeiras intervenções usadas na TCC é ensinar o
paciente a:
 Identificar os pensamentos automáticos que ocorrem em
situações problemáticas
 Reconhecer os efeitos que eles produzem em suas
emoções e
comportamentos
 Responder de forma eficaz a esses pensamentos que
causam dificuldades.
REGISTRO DIÁRIO DE
PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS
 Ensina os pacientes a auto-registrar suas cognições com o registro diário de
pensamentos disfuncionais (RPDs).

 A observação e o registro dos pensamentos aumentarão a conscientização do


paciente sobre o “fluxo de pensamentos”.

 Esse registro deve conter a situação, os pensamentos e os sentimentos.

 Baseando-se no auto-registro dos pensamentos automáticos, o terapeuta e o


paciente podem trabalhar juntos para identificar as situações que disparam os
pensamentos automáticos negativos.

 O RPD pode permitir identificar os momentos do dia que são problemáticos e


esboçar planos de enfrentamento.
RPD

Situação Pensamento Emoção Comportamento Reações


automático fisiológicas
RPD
Data/Hora Situação Pensamento Emoção Comportamento Pensamento Comportamento
Automático Alternativo Alternativo
IDENTIFICAÇÃO DE PENSAMENTOS
AUTOMÁTICOS

 Logo após uma importante modificação de humor ou o


surgimento de forte vontade de usar a droga, o terapeuta, ou o
próprio paciente, deve investigar:

 O que estava pensando naquele momento, naquela situação?


 Que pensamento você acha que lhe passou pela cabeça?
 O que essa situação significou para você?
 Será que você pensou............? (O terapeuta propõe um
pensamento neutra ou oposto ao esperado.)
AVALIAÇÃO E QUESTIONAMENTO
DE PA

 Quais as evidências reais a favor deste pensamento?


 Quais as evidências reais contra este pensamento?
 Poderia haver outra explicação? Outra hipótese?
 Se o PA fosse verdadeiro, o que de pior poderia acontecer?
Você conseguiria superar isto?
AVALIAÇÃO E QUESTIONAMENTO
DE PA

 O que de melhor poderia acontecer?


 Qual o resultado mais provável?
 O que você deveria fazer a esse respeito?
 Qual a consequência de você acreditar neste pensamento?
 O que poderia fazer para modificar este pensamento?
 O que você diria para um amigo ou parente que estivesse
nessa situação?
AVALIAÇÃO E QUESTIONAMENTO
DE PA

 Após a identificação de um ou mais pensamentos


automáticos, o terapeuta vai auxiliar o paciente a avaliar a
sua veracidade, utilidade e consequências.
 Utiliza o Questionamento Socrático
 O paciente deve avaliar, de 0 a 10, o quanto acredita em seu
pensamento e depois questioná-lo
EMPIRISMO COLABORATIVO

 Terapeuta e paciente  equipe de trabalho.

 O terapeuta e paciente trabalham como dois cientistas,


levantando hipóteses e testando empiricamente cada
uma delas.

 Fundamental importância BOA RELAÇÃO entre


terapeuta e paciente (aliança terapêutica).
QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO

 Técnica pela qual o paciente é ensinado a desafiar


pensamentos distorcidos, evocando, por parte
dele, estratégias alternativas através de um
questionamento sistemático, usando exemplos de
sua própria experiência, não havendo um
oferecimento de opções através de doutrinação,
debates ou interpretação.
QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO
E DESCOBERTA GUIADA

 Na TCC, o terapeuta não provê as soluções nem persuade o


paciente da incorreção dos pensamentos.

 O terapeuta guia o paciente para a descoberta, ao invés de entrar


em debate ou confronto direto para desfazer as cognições
distorcidas.

 O terapeuta orienta o paciente de forma que ele entenda o


problema, explore possíveis soluções e desenvolva um plano para
lidar com as dificuldades.
QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO

 (1) Quais são as evidências de que o pensamento automático é


verdadeiro?
 (2) Não ser verdadeiro?
 (3) Há uma explicação alternativa?
 (4) Qual é o pior que poderia acontecer?
 (5) Eu poderia superar isso?
 (6) Qual é o melhor que poderia acontecer?
 (7) Qual é o resultado mais realista?
 (8) Qual é o efeito da minha crença no pensamento automático?
 (9) Qual poderia ser o efeito de mudar o meu pensamento?
 (10) O que eu deveria fazer em relação a isso?
 (11) Se _______ [nome do amigo] estivesse na mesma situação
QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO

 Características-Chave:

 As perguntas devem ser desafiadoras, mas dentro das


capacidades do paciente

 Evitar fazer perguntas de comando

 Fazer perguntas abertas


QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO

 Seta Descendente
 Sequência de perguntas que assumem que a crença negativa
é verdadeira, com o objetivo de revelar crenças subjacentes
mais profundas do esquema
 Tende a provocar reações emocionais intensas no paciente
 Não deve ser utilizada antes de haver uma boa relação
terapêutica
SETA DESCENDENTE

 Esta técnica visa identificar as crenças intermediárias (e


centrais) do paciente.

 A partir do pensamento automático, o terapeuta faz


questionamentos a respeito do sentido daquela cognição,
até chegar à crença do paciente.
SETA DESCENDENTE

 Pensamento Automático: “Não dá para ir a uma festa e


não beber”
 Se isto é verdade, significa o quê? “Que eu não consigo
me divertir sem não beber”.
 E não se divertir na festa, significa o quê? “Não vou poder
falar com ninguém, dançar”.
 E se for assim, significa o quê? “Que eu sou uma porcaria,
não sou de nada”.
IDENTIFICAÇÃO DE CRENÇAS

 As crenças intermediárias e centrais do paciente podem


ser identificadas pelo uso das seguintes técnicas.
 Observando quando um PA expressa uma crença;
 Usando a técnica da seta descendente a partir de um PA;
 Examinando diversos PA e encontrando uma temática
comum;
AVALIAÇÃO E MODIFICAÇÃO DE
CRENÇAS

 O questionamento socrático
 O exame das vantagens e desvantagens de
acreditar na crença
GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS
RACIONAIS

 Formas de elaborar pensamentos alternativos


racionais:

 Não se trata apenas de “pensar positivo”

 Estimular o paciente a considerar diversas


possibilidades

 Rememorar antigos padrões de interpretação mais


adaptativos
GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS
RACIONAIS

 Formas de elaborar pensamentos


alternativos racionais:

 Estimular o brainstorm

 Estar atento a boas opiniões dos outros


REATRIBUIÇÃO

 Definindo objetivos
 Quando o paciente tem dificuldades para especificar seus
problemas e as mudanças que gostaria de fazer na sua vida ou
quando não tiver insight sobre o desequilíbrio na sua vida, ele
poderá se beneficiar com uma representação gráfica

 Determinando responsabilidade
 Permite que o paciente visualize graficamente as possíveis
causas de um determinado resultado.
REATRIBUIÇÃO

 Torta de Responsabilidade
DESCATASTROFIZAÇÃO

 Consiste em desafiar os pacientes a levar seus medos


até o mais alto grau de ansiedade por entrar em
contato imaginário com as consequências futuras
últimas de determinadas situações temidas.

 “Qual a pior coisa que pode acontecer? E se isso for


acontecer, será assim tão horrível?”
DESCATASTROFIZAÇÃO

 Faça uma estimativa da probabilidade de ocorrer o evento catastrófico


 Avalie as evidências a favor e contra a probabilidade de acontecer um
evento catastrófico
 Revise a lista de evidências e peça aos pacientes para refazerem as
estimativas da probabilidade
 Avalie percepção do controle – classificação
 Crie um plano de ação, brainstorm de estratégias para redução da
probabilidade de que a catástrofe ocorra
 Desenvolva um plano para enfrentar a catástrofe
 Reavalie novamente a percepção de catástrofe
 Faça uma análise sobre falar dos pensamentos catastróficos
DESCATATROFIZAÇÃO

 Resumidamente, pode-se conceber a descatastrofização como


a técnica de “reduzir ao absurdo” as conceitualizações do
paciente para que ele possa perceber os possíveis exageros
de sua interpretação.
 Técnica muito utilizada em Transtorno de Ansiedade e
Depressão:
 Análise Lógica
 Coping Cards
 Teste de Hipóteses
 Projeção no Tempo
 Descatastrofizar Imagens
QUESTIONAMENTO DAS EVIDÊNCIAS

 Questiona o paciente a respeito das evidências reais


que ele possui em relação às suas declarações.

 A comprovação da realidade o ajuda a obter uma


perspectiva mais realista dos acontecimentos.
TOMADA DE DECISÃO

 Consiste em fazer com que os pacientes deixem de


lado os padrões de pensamentos dicotômicos,
ensinando-os a relacionar as vantagens e
desvantagens de uma situação, afim de que, com
isso, eles consigam mudar suas perspectivas e
equilibrar as alternativas.
TOMADA DE DECISÃO

Vantagens de se manter no Desvantagens de se manter no


emprego emprego

Vantagens de sair do emprego Desvantagens de sair do emprego


SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

 Identificar e delimitar o problema;


 Pensar nas diversas soluções possíveis (tempestade de
ideias).
 Examinar os prós e os contras para cada solução
pensada.
 Escolher a melhor solução disponível;
 Colocá-la em prática;
 Avaliar a efetividade e a adequação da solução escolhida.
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

 Déficit de desempenho – as pessoas podem ser ajudadas


por meio da identificação e modificação dos fatores que
impedem que elas utilizem habilidades existentes.

 Déficit de habilidade – as pessoas tem problemas para


resolver problemas em muitas áreas específicas de suas
vidas ou repetidamente escolhem soluções que não
funcionaram ou que pioraram as coisas
Déficit de desempenho

 Trabalhando a resolução de problemas – déficit de desempenho


 Comprometimento cognitivo: baixa concentração,
pensamento lento
 Sobrecarga emocional: sobrecarregado, disfórico
 Distorções cognitivas: catastrofização, desesperança
 Evitação: procrastinação, esquecimento
 Fatores sociais: críticas, falta de apoio
 Problemas práticos: tempo insuficiente, recursos limitados
 Fatores estratégicos: tentar achar a solução perfeita
Déficit de habilidade

 Acalme-se e tente discernir


 Escolha um alvo
 Defina o problema
 Gere soluções
 Selecione a solução mais razoável
 Implemente o plano
 Avalie o resultado e repita as etapas, se necessário
ANÁLISE DE RISCOS E RECURSOS

 Fazero paciente analisar os riscos da


decisão tomada e os recursos
emocionais e cognitivos que ele dispõe
para por em prática o que foi decidido.
PARADA DO PENSAMENTO

 Reconheça que está ativo num processo de pensamento


disfuncional
 Dê um autocomando para interromper o pensamento
 Evoque uma imagem visual

 Mude a imagem de um sinal de “pare” para uma cena


agradável ou relaxante
DISTRAÇÃO

 Geraçãode imagens mentais ajuda o paciente a criar


cenas positivas e calmantes que ele possa usar para
relaxar
 Ajuda a atenuar a intensidade dos pensamentos
guiados pela ansiedade.
 Cuidar para que o paciente não evite as situações
temidas
 Monitorar as atividades
DISTRAÇÃO

 É utilizada em pacientes com sintomas de ansiedade.


 Essa técnica se baseia na mudança do foco da atenção do mundo interno
para ambiente externo.
 1ª - Prestar atenção no meio ambiente, especialmente em detalhes do
mesmo;
 2ª - Iniciar uma conversa neutra;
 3ª - Sair do ambiente;
 4ª - Envolver-se em tarefas domésticas como uma fonte de distração
positiva e que também aumenta a auto-estima;
 5ª - Declamar um poema;
 6ª - Iniciar atividades lúdicas com jogos que exijam atenção.
CONTINUUM COGNITIVO

 Útil para crenças que refletem os pensamentos ou


avaliações em forma de “tudo ou nada”.
 O terapeuta constrói um continuum, situando no extremo
mais baixo 0% de sucesso e no mais alto 100% de
sucesso. Após solicita ao paciente características ou
comportamentos que se incluem nas classificações mais
baixa e mais alta do continuum.
 De maneira bem realista, o paciente pode avaliar
características e comportamentos, percebendo que pode
ser bem sucedido mesmo não atingindo o nível extremo
do continuum.
ENSAIO COGNITIVO

 Refere-se ao ensaio detalhado e imaginário de uma


determinada tarefa, inclusive dos detalhes dos passos tomados
e de suas consequências.

 A tarefa pode ser decomposta em passos manejáveis, o que


torna possível antever obstáculo e, o que é mais importante, dá
ao paciente a sensação de que ele pode realizá-la.

 Exemplo: Para sair de casa, os pacientes podem imaginar-se


passando por cada fase da tarefa de um modo sistemático e
focalizado.
ENSAIO COGNITIVO

 Sequência típica:

1. Descrição da situação-problema;
2. Representação do que o paciente normalmente faz na situação;
3. Identificação das possíveis cognições mal adaptativas que
estejam influenciando o comportamento socialmente inadequado
do paciente;
4. Identificação dos direitos humanos básicos implicados na
situação;
ENSAIO COGNITIVO

5. Identificação de um objetivo adequado para a resposta do


paciente.
6. Sugestão, pelo terapeuta, de respostas alternativas;
7. Demonstração de uma destas respostas (MODELAÇÃO);
8. O paciente pratica encobertamente o comportamento que vai
realizar;
9. Representação pelo paciente da resposta escolhida;
10. Avaliação da efetividade da resposta.
AGENDAMENTO e MONITORAÇÃO

 Registrar e monitorar as atividades realizadas e o grau


de satisfação e de competência percebidos em cada
atividade e o estado de humor.
AGENDAMENTO e MONITORAÇÃO

 Esta técnica visa:


 Tornar claro o dia a dia do paciente, suas atividades reais
durante a semana e como elas se relacionam.
 Programar atividades futuras – agendamento –
partindo do registro das atividades semanais
(monitoração) e planejando atividades;
 Acompanhar o cumprimento das atividades agendadas.
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES

 Ajude o paciente a entender toda a variação das


escalas de habilidade e prazer.
 Quando o paciente está com muita dificuldade de
sentir prazer, incentive-o a atribuir um grau de 1 a 3
se tiver sentimentos mínimos de prazer.
 Peça para o paciente classificar seu humor em um
escala de 0 a 10, ao se envolver em cada atividade.
Aumentando as habilidades e o prazer

 Após a conclusão do registro, verifique as previsões


do paciente quanto ao sucesso em modificar seu grau
de atividade.
 Avaliar os pensamentos negativos relatados.
 Pergunte sobre os fatores que poderiam interferir na
capacidade do paciente de cumprir a programação
 Prepare uma estratégia para superar qualquer
obstáculo à adesão e crie um plano B.
 Combine uma nova programação
PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES

 Aplicada em pacientes com depressão moderada a grave


 Pode acontecer no tratamento de outros pacientes para
organizar seus dias ou se envolver em atividades
produtivas.
 A programação de atividades foca-se na avaliação de ações
e no aumento de habilidades e de prazer.
Avaliação das atividades

 O registro semanal de atividades combinado com a tarefa


de casa.
 Se optar por aplicar o registro no dia da terapia, peça ao
paciente para preenchê-lo com suas atividades para cada
espaço de tempo antes da sessão.
 Escrever realmente o que ocorreu.
 Caso o paciente sinta-se sem energia, recomendar que ele
escreva um dia ou parte de um dia.
 Definir o grau de prazer em cada atividade
PRINCIPAIS TÉCNICAS
COMPORTAMENTAIS
TÉCNICAS BASEADAS NO
CONDICIONAMENTO

 Procedimentos para aumentar o comportamento


 Reforço positivo e negativo
 Modelagem
 Procedimentos para diminuir o comportamento
 Extinção
 Punição
 Economia de fichas
REFORÇO POSITIVO

 O papel do reforço positivo


 Os parentes e amigos podem elogiar o paciente
 O próprio paciente pode elogiar a si mesmo por suas
realizações
 Pode ser qualquer coisa que o paciente considere positivo
 O tamanho é proporcional ao tamanho da realização
TÉCNICAS DE
CONDICIONAMENTO OPERANTE

 Economia de Fichas
 É utilizada com pacientes em instituições psiquiátricas
 Consiste em facilitar ao paciente a obtenção de diferentes
reforçadores, que podem ser trocados por uma quantidade de fichas.
 As fichas são obtidas quando o paciente engaja-se em
comportamentos adequados e são retiradas quando engaja-se em
comportamentos inadequados.
 O valor das fichas pelo comportamento adequado é maior do que das
fichas pelo comportamento inapropriado.
 O paciente é informado sobre quais reforçadores estão disponíveis e
sobre a quantidade de fichas que deverá obter para conseguir cada um
deles
TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS
 Role-Play

 É utilizado para a identificação de pensamentos


automáticos, para o desenvolvimento de uma resposta
racional e para a modificação de crenças intermediárias e
centrais.
 O paciente representa a parte emocional do seu
pensamento, usando argumentos que sustentam a crença
disfuncional, e o terapeuta representa a parte racional do
pensamento do paciente, usando argumentos racionais.
 Depois os papéis são invertidos.
Exercício
 Role-Play
 Fazer um role play de um questionamento socrático do caso
abaixo:
 Joana é casada e tem 36 anos, procura tratamento por sofrer de
tricotilomania desde os 14 anos. Arranca cabelos, principalmente da parte
próxima a nuca, e em menor frequência do corpo. Após arrancar um fio da
cabeça, coloca-o na boca, passando entre os dentes até quebrar em
pequenos pedaços para depois cuspir. Embora bem sucedida
profissionalmente, sente vergonha de seu “hábito ridículo”. Em dias
estressantes, arranca mais fios e, quando está de férias, reduz o hábito.
Quando se dá conta de que está arrancando pensa “sou fraca, não consigo
nem controlar a minha própria mão”. “Os outros devem me achar
estranha”. Fica ansiosa quando tenta controlar o problema e sente-se triste.
Evita situações sociais para não se expor ao ridículo da tricotilomania.
TÉCNICAS BASEADAS NA TEORIA DE
BANDURA

 Modelação
 Bandura descreveu a modelação como uma forma de
aprendizagem por observação.
 O paciente aprende o comportamento observando no outro, sendo
que não necessariamente este precisa ser repetido da mesma
forma que a resposta do modelo.
 O modelo costuma ser o terapeuta ou alguma outra pessoa de seu
relacionamento, que foi escolhida pelo terapeuta e pelo paciente,
por possuir características de comportamento adequados para a
solução de problemas do paciente.
 Pode ser apresentado ao vivo ou gravado em vídeo.
Modelação

 Mais eficaz quando os modelos são da mesma idade e sexo e


quando o comportamento do modelo se encontra mais
próximo ao do observador, em vez de ser altamente
competente.

 Exposições mais longas trazem mais resultados.

 Ilustra também componentes não verbais.


CARTÕES DE ENFRENTAMENTO

 São cartões com lembretes que o paciente pode carregar consigo ou


afixar em locais frequentemente visíveis (espelho do banheiro, porta
da geladeira, agenda, painel do carro);
 Os lembretes podem ser elaborados na sessão ou pelo paciente, como
tarefa de casa.
 Normalmente constituem:
 Respostas funcionais a pensamentos automáticos disfuncionais ou a
crenças;
 Estratégias de enfrentamento;
 Pensamentos ou crenças que fortalecem a motivação.
 Os cartões de enfrentamento são instrumentos importantes no
enfrentamento dos comportamentos compulsivos
CARTÕES DE ENFRENTAMENTO

 “Lembretes” que o paciente carrega consigo para relembrar


pensamentos ou estratégias de enfrentamento mais adequados

 O paciente deve estar pronto para usar o cartão

 Instruções específicas para situações específicas

 Cuidado em sugerir estratégias eficazes

 Reforçar o uso do cartão


RELAXAMENTO

 Treinamento de relaxamento
 Explique a linha de raciocínio do treinamento de relaxamento
 Ensine os pacientes a classificarem a tensão muscular e a
ansiedade
 Explore a amplitude
 Ensine o paciente métodos para reduzir a tensão muscular
 Ajude o paciente a relaxar sistematicamente cada um dos grupos
musculares do corpo
 Sugira imagens mentais que possam ajudar no relaxamento
 Peça ao paciente para praticar a método de indução de relaxamento
regularmente
RELAXAMENTO

 Aspectos referentes à avaliação:


 A habilidade de relaxar vai ser um fator importante na resolução do
problema?

 Relação paciente-terapeuta
 Importante:
 Saber como aplicar a técnica
 saber por que e quando aplicar a técnica
 saber comunicar ao paciente
 saber instruir o paciente a utilizar a técnica sem o auxílio
do terapeuta
RELAXAMENTO

 Técnicas de Mindfulness

 Ajudam o paciente a observar e aceitar sem julgamento


suas experiências internas, sem avaliá-las ou tentar mudá-
las.
Ambiente Físico - Relaxamento

 Para aprender a técnica:


 a. Utilizar um ambiente tranquilo, confortável, luz tênue,
ruídos ambiente.
 b. Roupas confortáveis, livre de acessórios que possam ser
obstáculos na tensão-relaxamento. Voz do terapeuta:
 Tom normal, um pouco baixo e pausado
TERAPIA IMPLOSIVA
(INUNDAÇÃO)
 Primeiro deve se determinar quais os estímulos aversivos que estão
provocando o comportamento sintomático.

 Técnica eficaz nas situações de ansiedade, fobias, TOC, depressão,


para eliminar sintomas psicóticos, incluindo reações afetivas,
esquizofrênicas e paranóicas.

 Consiste na exposição prolongada do paciente ao estimulo fóbico na


sua máxima intensidade, podendo ser ao vivo ou imaginária.
DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA

 Consiste em remover ou enfraquecer a ansiedade por meio


da inibição recíproca, que se chama supressão condicionada
(estabelecer uma resposta antagonista à ansiedade na
presença do estímulo provocador da ansiedade, que é o
relaxamento). Utiliza-se o treino em técnicas de
relaxamento e o paciente deve ser capaz de visualizar as
situações temidas

 *Dessensibilização sistemática
Situação ansiogênica + relaxamento
= dessensibilização
EXPOSIÇÃO GRADATIVA

 Objetivo: Diminuir a ansiedade em determinadas


situações através do princípio da HABITUAÇÃO
EXPOSIÇÃO GRADATIVA

 Continuum da ansiedade

 Escala hierárquica

 Aproximações sucessivas a situações enumeradas


na escala hierárquica
EXPOSIÇÃO GRADATIVA

 *Exposição gradativa
Situação ansiogênica + enfrentamento
= habituação
EXPOSIÇÃO GRADATIVA

 Seja específico. Ajude o paciente a colocar no papel


descrições claras e descrições claras e definitivas dos
estímulos para cada etapa na hierarquia
 Classifique as etapas por grau de dificuldade ou
quantidade de ansiedade esperada
 Desenvolva uma hierarquia que tenha múltiplas etapas de
graus variados de dificuldade
 Escolha etapas de maneira colaborativa
EXPOSIÇÃO GRADATIVA

Data Atividade Nível de Nível factual Predições


ansiedade de
previsto ansiedade
0-100 0-100
EXPOSIÇÃO NO IMAGINÁRIO

 Formular gatilhos ambientais para criar imagens vívidas dos


estímulos temidos
 Utilizar reestruturação cognitiva, relaxamento, parada de
pensamentos ou outros métodos da TCC para diminuir a
ansiedade e dissipar a imagem negativa
 Apresentar as imagens de maneira hierárquica, pedindo ao
paciente para assumir a liderança na escolha dos alvos específicos
 Orientar o paciente nos modos de lidar com a ansiedade
 Repetir a exposição no imaginário até que a ansiedade tenha se
extinguido.
EXPOSIÇÃO IN VIVO

 Consiste na confrontação com o estímulo que suscita medo


no paciente.
 Fazer exposição hierárquica
 Avaliar o grau de ansiedade antes e depois do exercício
 Peça ao paciente para fazer previsão do grau de ameaça
 Pode ser realizada como tarefa de casa
 Se o mais difícil foi aplicar as estratégias de
enfrentamento, pratique-as na sessão.
 Se obstáculos imprevistos tornaram a situação mais
complexa, procure ajudar o paciente a encontrar uma
maneira de superar esses problemas.
DANDO RITMO DA TERAPIA DE
EXPOSIÇÃO

 Para tomar decisões sobre o ritmo da terapia de exposição,


leve em conta:
 O diagnóstico
 A presença ou ausência de comorbidades
 Pontos forte do paciente
 Ao implementar protocolos de exposição, os terapeutas
precisam determinar o andamento das intervenções a um
ritmo que force os pacientes sua capacidade de mudar, mas
que os desafie e inspire a romper padrões de evitação e
superam seus medos.
EXPOSIÇÃO INTEROCEPTIVA

 Técnica de exposição mais provocação de respostas


fisiológicas, como tonteira, taquicardia, tensão
muscular, por meio de exercícios e técnicas
específicas. Utilizada no tratamento da síndrome do
pânico, com o objetivo de diminuir ou romper a
associação entre indicadores fisiológicos e reações de
pânico.
TREINO DE INOCULAÇÃO DE
ESTRESSE

 Objetivo: Levar o paciente a ir se defrontando com


os estímulos aversivos (ansiogênicos)
gradativamente, levando-o a dessensibilizar-se a
estas estímulos, modificando suas representações
mentais sobre suas capacidades de enfrentamento.
ENSAIO COMPORTAMENTAL

 Esta técnica é a contraparte do ensaio cognitivo. A diferença é


que os comportamentos reais são ensaiados.

 São focalizadas a modelagem de estratégias que o paciente


poderá empregar em determinadas situações, como, por
exemplo, auto-afirmar-se em público, sair de casa.

 O terapeuta fornece ao paciente subsídios para que ele possa


seguir uma direção e desenvolver respostas e estilos eficazes.
ENSAIO COMPORTAMENTAL

 Limitar o problema a uma situação. Não tentar resolver tudo


ao mesmo tempo.
 Limitar-se ao problema exposto.
 Escolher uma situação recente ou que ocorrerá em um futuro
próximo.
 A representação de papéis não deve durar mais de 3 min.(de 3
a 10X).
Os Passos

 1. Descrição da situação problema


 2. Representação do que o paciente faz normalmente
 3.Identificação das possíveis cognições desadaptativas
 4. Identificação de um objetivo adequado para a resposta do
paciente (solução do problema curto/longo prazo).
Os Passos

 5. Role Play
 6. Feedback
 7. Repete-se a cena quantas vezes forem necessárias.
 8. Orientações sobre a prática na vida real do comportamento
ensaiado, as consequências positivas e/ou negativas que pode
defrontar-se. O importante é que tente, não que tenha êxito
 Tarefas de casa.
ENSAIO COMPORTAMENTAL

 O primeiro ensaio deve ser realizado na sessão


 Tem muitas aplicações na TCC

 Verificar a capacidade do paciente de realizar a atividade


 Praticar as habilidades comportamentais
 Dar feedback ao paciente
 Identificar possíveis obstáculos
 Treinar o paciente para garantir que o plano terá resultado
positivo
EXPERIMENTOS
COMPORTAMENTAIS

 São usados para testar tanto a validade de


pensamentos e crenças sobre o uso de drogas
como as crenças centrais do paciente;
 O paciente escolhe o pensamento ou a crença
que quer testar (por sua importância),
planeja seu experimento cuidadosamente e o
implementa;
 Posteriormente, examina seus resultados e a
possibilidade de modificar sua crença.
TREINAMENTO DE HABILIDADES
SOCIAIS (THS)

 Envolve desenvolver habilidades interpessoais (iniciar e


manter conversações, defender os próprios direitos,
expressar sentimentos, criticar e receber críticas, pedir,
negar, etc.), bem como falar em público (construção da fala,
pronúncia, concentração no conteúdo da fala, etc).

 O paciente desenvolve um repertório novo e mais aceito


socialmente, que vai capacitá-lo a influenciar seu ambiente
social, para finalmente alcançar suas metas específicas.

 Geralmente acontece por meio do uso da modelação, da


dramatização.
TREINAMENTO
HABILIDADES SOCIAIS
 Procedimentos:

 1. Identificar as áreas específicas de dificuldade.

 2. Analisar os motivos da dificuldade (ex. déficit em habilidades,


ansiedade condicionada, cognições desadaptativas,
discriminação errônea).

 3. Psicoeducação sobre a técnica.

 4. Motivar o paciente.
TREINAMENTO DE ASSERTIVIDADE

 Espera-se que o indivíduo seja capaz de expressar e defender com


clareza e firmeza suas decisões;
 Afim de capacitá-lo para isso, utilizando diversas técnicas:
 Dramatização;
 Solução de problemas;
 Exposição gradual;
 Experimentos comportamentais.
 A assertividade deve ser dirigida não apenas à capacidade do
paciente de “dizer não” nas diversas áreas da sua vida – familiar,
afetiva, profissional – nas quais o paciente necessita fazer reajustes
que, em conjunto, vão configurar uma modificação no seu estilo de
vida.
ATIVAÇÃO COMPORTAMENTAL

 Procedimento que envolve o paciente:


 Em processo de mudança
 Estimula o movimento positivo
 Estabelece a esperança

 O terapeuta ajuda o paciente a escolher uma ou duas


atitudes que poderiam fazer diferença no modo como ele se
sente e, em seguida, ajudar a trabalhar em um plano breve
para realizar a atividade.
Dicas para ativação comportamental

 Desenvolva um relacionamento colaborativo antes de


tentar a ativação comportamental
 Deixe o paciente decidir
 Avalie se o paciente está pronto para a mudança
 Prepare o paciente para a ativação comportamental
 Elabore tarefas que sejam administráveis
PLANEJAMENTO DE TAREFAS
GRADUAIS

 É um método para fazer com que as tarefas muito grandes


pareçam mais administráveis mediante da divisão em partes
menores.
 Pode ser aplicada juntamente com o registro de atividades.
 Comece o planejamento de tarefas graduais
 Observe os pensamentos automáticos e avalie sua validade
 Peça aos pacientes para anotarem os pensamentos
modificados e revisarem essa análise cognitiva antes de
iniciarem os exercícios comportamentais.
 Deve elogiar seus esforços
 Reforce o modelo cognitivo
 Pergunte sobre a motivação para a próxima tarefa
TAREFAS DE CASA

 1. Acesso aos comportamentos não observados em sessão.


 2. Aumento na eficácia do tratamento, potencializando os
seus efeitos.
 3. Maior autocontrole e percepção de que podem ser os
responsáveis pelas mudanças.
 4. Transferência do conhecimento advindo do THS para a
vida real
PREVENÇÃO DE RESPOSTA

 Métodos utilizados para ajudar os pacientes a interromper


comportamentos que estejam perpetuando seu transtorno.
 Os pacientes são encorajados a se exporem à situações
temidas, ao mesmo tempo concordando em não utilizar sua
resposta habitual de evitação.
 Paciente e terapeuta devem trabalhar juntos de forma
colaborativa.
AVALIAÇÃO DO PROCESSO
TERAPÊUTICO

 A partir da análise dos testes, como um respaldo objetivo


para verificar a melhora do paciente

 Quando a lista de problemas e metas for toda resolvida

 Quando o paciente desiste do processo

 Realização do protocolo de tratamento


ÉTICA PROFISSIONAL

 Ética e formação acadêmica

 Supervisão

 Sigilo

 Equidade e Universalidade
ÉTICA PROFISSIONAL

 Código de ética do psicólogo

 Princípio II - O psicólogo trabalhará visando promover a


saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e
contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade
e opressão
Referências
Referências
Referências
Referências
Referências
Mensagem final

 “Se pudermos reorientar nossos


pensamentos e emoções e reorganizar
nosso comportamento, então poderemos
não só aprender a lidar com o sofrimento
mais facilmente, mas, sobretudo e em
primeiro lugar, evitar que muito dele surja.”
Dalai Lama (1999)
Muito Obrigada
pela atenção!
AVALIAÇÃO FINAL

 Caso Alex

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