Freemasonry">
Conteudo Loja Azul Rito Emulação Craft York Ingles
Conteudo Loja Azul Rito Emulação Craft York Ingles
Conteudo Loja Azul Rito Emulação Craft York Ingles
Do Aprendiz ao Mestre
Parece que a primeira fase lida da saída da escuridão para ir de encontro à luz. É
a caminhada da ignorância em direção ao conhecimento, o primeiro passo no caminho
para a autoconhecimento. Uma fórmula diz: “Não existe escuridão tão negra que nos
impeça de avançar para a luz.” Em seguida, o segundo grau integra em mais de uma
maneira, toda a jornada da vida. Assim, o companheiro maçom (em Inglês, Fellow
Craft, o homem do ofício) é, por isso, às vezes conhecido em outras jurisdições
fora da Inglaterra, sob palavras que dão a ideia de “viajante” ou de “caminhante”
(em Inglês journeyman, em alemão, Geselle; termos que os franceses podem traduzir
no dia a dia como jornaleiro ou simplesmente trabalhador.) O homem que viaja para
adquirir conhecimento, a fim de progredir a sua aprendizagem até um nível superior.
Na França, evidentemente, o maçom do segundo grau é chamado, portanto, de
“Compagnon”, ou seja, “Companheiro”, porque ele viaja na companhia de seus irmãos.
O terceiro grau trata da transição da vida terrena para o Eterno, e em síntese
deste grau, o candidato é chamado de Mestre Maçom, uma vez que agora ele se tornou
“mestre” de si mesmo.
Durante a cerimônia do terceiro grau, o Venerável Mestre apresenta um resumo dos
graus anteriores. Esta parte do ritual é útil para compreender bem o progresso
necessário entre os três graus. O Venerável indica que o primeiro grau é uma
“representação simbólica da entrada de qualquer ser humano em sua existência
mortal” e que lhe ensina “os princípios ativos da beneficência e caridade”. Então,
ele continua: Prosseguindo em seu caminho, sempre guiado em seu progresso pelos
princípios da verdade e da virtude moral, você passou ao segundo grau, onde ele o
levou a contemplar as faculdades intelectuais e a acompanhar o seu desenvolvimento
pelas vias da ciência divina e mesmo até o trono do próprio Deus. Os segredos da
natureza e os princípios da verdade intelectual foram, então, revelados aos seus
olhos. E para o homem cuja mente foi formada pela virtude e a ciência, a natureza
apresenta uma outra grande e útil lição.
Ela vos ensina, pela contemplação, a preparar as horas finais de sua existência. E
quando, através dessa contemplação, ela vos guiou através dos caminhos sinuosos
desta vida mortal, ele vos ensina finalmente … como… morrer.
Luzes e escuridão
Para a recepção no primeiro grau, somos preparados na Inglaterra de uma forma
semelhante ao que se pratica em França – uma venda nos olhos, uma parte de nossas
roupas em desalinho, a parte inferior da perna desnudada. Em seguida, penetramos no
templo como um candidato humilde na escuridão – mas essa escuridão nos é própria;
nós mesmos somos nela mergulhados, porque esta viagem das trevas à luz é uma
jornada individual, pessoal. No entanto, os irmãos reunidos no templo nos
acompanham em um espírito de fraternidade, em primeiro lugar para garantir que nada
nos suceda de mal, seja no plano físico ou espiritualmente. Segundo, eles também
estão lá para garantir que nossa iniciação seja regular e corretamente executada.
E, em terceiro lugar, eles também estão presentes para “revisitar” a experiência
fundamental de suas próprias iniciações e meditar sobre as lições que eles mesmos
aprenderam.
Mas quando adentramos o templo para nossa cerimônia do segundo grau, o contraste é
total. É certo, que fomos preparados de um modo semelhante ao do primeiro grau, mas
não mais temos os olhos vendados. Assim, embora não houvesse ali nenhuma luz – fora
aquele que podemos encontrar nas profundezas de nós mesmos – ela agora resplandece;
é a luz do dia de que todo companheiro pode precisar para se deslocar à frente em
seu caminho. A sensação geral deste grau é uma impressão de luz, de alegria e paz.
Considerando que no primeiro grau, fisicamente colocado em dificuldades e
mentalmente desorientado, tropeçamos e cambaleamos; aqui estamos na situação de
viajar e apreciar plenamente a beleza e a alegria da Natureza, uma alegoria de
nossa própria natureza – esta verdadeira natureza que estamos em vias de descobrir
e de medir a precisão.
Então, quando somos admitidos no templo no terceiro grau, o contraste é ainda mais
impressionante. Desta vez, tudo está mergulhado em trevas. Não só para nós, os
candidatos, mas para todos os presentes. Os irmãos compartilham com o candidato a
privação de luz, de toda luz, com exceção de um brilho muito tímido no Oriente.
Para todos os irmãos, essa escuridão quase total é um lembrete sombrio de que a
busca da nosso Ser, livre de qualquer preocupação ou obsessão materialista pelas
provas enfrentadas nos dois primeiros graus, é um assunto sério e que o seu
objetivo é aquele que todos aspiramos ao final: primeiro vislumbrar a ideia de ser
um só com a Eternidade, em seguida, totalmente a experiência … se tivermos a
oportunidade chegar até lá. Esta ideia ecoa uma das instruções do primeiro grau: E
como o fabricante levanta sua coluna por meio do nível e da perpendicular assim
deve se conduzir o maçom em relação ao mundo. Ele deve observar um equilíbrio justo
entre avareza e a prodigalidade, manter em equilíbrio os pratos da Justiça em um
equilíbrio e conter suas paixões e preconceitos dentro dos limites de uma conduta
justa; e em todas as ocupações, ter em vista a Eternidade.
Viagens…
Mas a ressonância entre os graus não se restringe às suas respectivas cerimônias
introdutórias. Se vemos toda a Maçonaria como a alegoria de uma viagem que vai do
nascimento até a morte e à perfeição depois de ter percorrido toda a sua
existência, então cada grau incorpora pequenas viagens como fases da “Grande
Viagem”. No primeiro grau, começamos por dar a volta ao templo para mostrar que
merecemos ter acesso aos mistérios da Maçonaria, em seguida, uma segunda viagem
deve nos permitir demonstrar o que aprendemos. No segundo grau, primeiro fazemos a
prova de que somos maçons, em seguida mostramos que realizamos o trabalho
necessário para nosso avanço e, finalmente, após o avanço, um novo exame nos põe à
prova mais uma vez. O terceiro grau é decididamente diferente. Empreendemos três
viagens. As duas primeiras estão ligadas aos dois primeiros graus. Mais uma vez, é
nos solicitado que provemos ser um maçom do primeiro grau e depois, do segundo
grau. Quanto à terceira viagem, ela deve mostrar que somos qualificados para sermos
promovidos – exaltados – ao terceiro grau e, em particular, que estamos na posse da
senha que nos permite fazê-lo. No entanto, o que falta aqui é a última viagem,
aquela no decorrer da qual somos examinados para mostrar nossa competência e
demonstrar o nosso conhecimento. Todavia, os segredos expressos pelos Vigilantes
durante a cerimônia de encerramento dos trabalhos do terceiro grau são apenas
segredos substitutos. O verdadeiro segredo, aquele que está em nossos corações, é
tão íntimo que é incomunicável a um terceiro, e é assim que deve ser, porque esse
segredo diz respeito à eternidade; e isso não pode e não deve ser descoberto a não
ser por nós mesmos.
O meio de progredir em cada grau em direção à luz no Oriente é interessante. No
primeiro grau, estamos mergulhados na escuridão completa, de modo que os passos que
damos são necessariamente hesitantes e que somente vamos conseguir dá-los com a
ajuda do Diácono (correspondente ao Experto no rito francês), que permanece ao
nosso lado. À medida que avançamos, ganhamos mais confiança, de modo que cada passo
é um pouco mais seguro do que o anterior. Note-se que todos os passos do primeiro
grau são em linha reta e no mesmo plano.
Ao contrário, no segundo grau, nós não só nos desviamos da linha reta, mas também
começamos a subir, o que é uma alegoria óbvia da ascensão que deve nos levar do
campo das aspirações materiais à união esperada na Câmara do Meio. Estes passos são
seguros e determinados e eles refletem a nova confiança que o segundo grau permite.
No terceiro grau, as dificuldades são muito maiores do que aquelas que encontramos
no primeiro. É verdade que dessa vez podemos ver o caminho que devemos tomar. Mas,
esta estrada está bloqueada por um obstáculo. E este obstáculo sobre a qual devemos
passar, é um caixão, a própria negação da vida. É, em suma, por esses passos que
enterramos alegoricamente nosso Ser materialista afim de nos aproximarmos da
perfeição.
As ferramentas
As ferramentas dos três graus fornecem outra percepção significativa da correlação
do conjunto do percurso maçônico. Estas ferramentas são: no primeiro grau, a régua
de 24 polegadas, o formão e o malho; no segundo grau, o esquadro, o nível e o prumo
(ou perpendicular); e no terceiro grau é o cordel, o lápis e o compasso. Diz-se que
as únicas ferramentas da verdadeira construção são aqueles do segundo grau. As do
primeiro grau são ferramentas de preparação – com a ajuda do malho, do cinzel e da
régua, preparamos e talhamos a boa dimensão e embelezamos as diferentes pedras.
Quanto às ferramentas do terceiro grau, elas são instrumentos de criatividade que
permitem traçar o plano do solo corretamente estudado para determinar as proporções
e projetar o edifício, antes de transferir tudo isso sobre a prancha de traçar.
Mas, de fato, são as ferramentas do segundo grau que são as mais reveladoras. Já
temos à nossa disposição as pedras, devidamente preparadas e prontas para serem
colocadas no lugar para formar o edifício. Já temos os planos e o própria terreno
foi preparado para nos permitir começar. Através do esquadro, do nível e do prumo –
as ferramentas do segundo grau, que seremos capazes de posicionar as pedras. Então,
essas são os instrumentos de controle da qualidade que asseguram que a base está no
nível, que as pedras estão perfeitamente formadas, como nos prova o esquadro, vão
se montar perfeitamente e que elas vão se ajustar verticalmente conforme demonstra
o prumo.
No primeiro grau, uma das primeiras coisas que notamos depois de encontrar a luz
material, é o pavimento mosaico sobre o qual nos colocamos. O preto e o branco nos
lembram conscientemente os contrastes da alegria e da tristeza, da luz e da
escuridão, da fortuna e do infortúnio, e até mesmo da vida e da morte. Assim, mesmo
que a luz física seja restaurada, podemos continuar a encontrar a prosperidade e a
adversidade no curso de nossas existências. Portanto, no segundo grau, mesmo que o
Companheiro caminhe em um novo ambiente de alegria e fecundidade, ele é
constantemente lembrado que a escuridão é uma oposição e um perigo onipresentes. Em
certo sentido, elas podem aparecer nesta fase como um aviso, uma vez que quando ele
atinge o terceiro grau, vai encontrar escuridões muito mais sombrias do que
qualquer coisa que ele tenha experimentado no primeiro grau. Tem-se a esperança de
que os “alimentos” do segundo grau – o trigo, o vinho e o azeite – serão
suficientes para o sustentar na última e suprema prova.