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Treinamento e Desenvolvimento Case Natura
Treinamento e Desenvolvimento Case Natura
Treinamento e Desenvolvimento Case Natura
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A visão de Presidente sobre a atuação do Treinamento e Desenvolvimento
nas organizações: O case Natura
Com uma responsabilidade que ultrapassa a atuaçã o empresarial, acreditamos que
as empresas podem gerar uma influência muito positiva ao formar líderes do
futuro alinhados a valores colectivos para conduzir a transiçã o para um mundo
mais sustentá vel (Abreu, 2006).
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Outro pilar fundamental em nossa plataforma é promover a educaçã o para a
sustentabilidade como forma de impulsionar uma cultura transformadora, quer
promova a excelência em nosso negó cio e ajude a formar indivíduos conscientes e,
portanto, capazes de promover uma sociedade mais justa e sustentá vel. A
compreensã o desses conceitos por toda a Natura, por si só , é um desafio (Boog &
Boog, 2013 e Andrade et al. 2006).
Nosso propó sito de educar tem, ainda uma visã o ampliada e inclui os principais
pú blicos com os quais nos relacionamos. Nosso modelo de negó cio nos coloca em
relacionamento directo com uma rede de 1.5 milhã o de consultoras e consultores
Natura (CNs), que sã o, por sua vez, nossa ligaçã o com os milhõ es de consumidores
da marca. Por esse canal, podemos transmitir nossas crenças, como valor que
damos à sustentabilidade, e, dessa forma, contribuir para a evoluçã o que
desejamos ver na sociedade. Esses sã o de facto, objectivos audaciosos, mas
entendemos que a formaçã o de indivíduos conscientes é o ponto de partida para a
promoçã o das transformaçõ es que esperamos ver no mundo (Andrade et al. 200,
Boog & Boog, 2013).
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nos diversos temas ou competências para todos. Ao respeitar o nível de
aprendizado de cada colaborador, nó s o valorizamos como indivíduo, criando um
ambiente propicio para que ele possa alcançar resultados ainda melhores (Abreu,
2006).
O resultado final foi uma proposta abrangente que baliza nossos valores e
estratégias. A arquitectura foi construída de forma colaborativa, com a
participaçã o de colaboradores e parceiros externos, também nos apoiamos em
teorias de diversos educadores para subsidiar a fundamentaçã o, de entre os quais
Lev S. Vigotsky, Paulo Freire, Celestin Freinet, Edgar Morin, Fritjof Capra e já
citado, Ken Wilber. Levamos em consideraçã o também os 4 pilares de educaçã o da
Unesco: saber fazer, saber ser, saber conviver e saber conhecer ( Boog & Boog,
2013).
Princípios
- Criaçã o de ambientes e conteú do de aprendizagem em linha com e essência
Natura.
- Criaçã o de ambientes que propiciem a aceleraçã o d aprendizagem por meio da
cocriaçã o e do desafio continuo.
- O processo de aprendizagem integral para os indivíduos permite o
aperfeiçoamento continuo da organizaçã o na conquista de resultados
econô micos, sociais e ambientais superiores.
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- Garantia de que a aprendizagem se entrelace de forma indissociá vel aos
negó cios.
- A conexã o entre o aprendizado e o desafio prá tico deve nortear a educaçã o.
- A educaçã o extrapola as fronteiras da organizaçã o.
- Autoconhecimento como base do desenvolvimento.
- O aprendizado deve ser transversal (entre hierarquias e publicos), em que
todos ensinam e aprendem, fazendo e experimentando de forma simples e
rá pida.
- Educaçã o é um veículo de desenvolvimento e expansã o do nível de maturidade
e consciência, da atitude e da atuaçã o para as relaçõ es, a organizaçã o e
processos.
Direcionadores
- Sermos diferenciados em nossa aprendizagem porque nossas acçõ es mplicam
resultados para o negó cio, conexã o para s demais stakeholders,
autoconhecimento como pilar, inovaçã o nas abordagens e excelência
operacional.
- Nosso papel é desenvolver indivíduos alinhados a essência Natura, com
oportunidades para cocriaçã o, inclusã o e negó cios.
- Desejamos ter na natura um estrutura especifica para dar diretrizes sobre
educaçã o e um conselho de educadores, que atuará como guardiã o da estratégia,
dos princípios e dos direcionadores.
- As acçõ es de educaçã o da Natura, como funçã o de investimento social privado,
que tiverem interseçã o com acçõ es de interesses corporativos devem estar
integradas a arquitectura de educaçã o.
- Desejamos estabelecer e formar uma equipe de educadores com papekl de
buscar parcerias e desenvolver conteú dos específicos e diferenciadores da
Natura.
- Avançar na utilizaçã o da tecnologia de informaçã o como canal de
aprendizagem em especial para treinamentos com grande abrangência.
Fonte: Boog e Boog, 2013.
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Na ó ptica de Boog e Boog (2013) e Andrade et al. (2006), Para fazer frente ao
desafio de sustentar nosso crescimento e à necessá ria formaçã o de lideranças e
sucessores sem nos distanciarmos da nossa essência e da nossa razã o de ser,
elaboramos um programa pró prio de desenvolvimento de líderes: O cosmos, que
teve início em 2011 e já treinou 60% dos gestores da companhia. Alinhado a nossa
arquitectura de educaçã o, o programa prevê o acesso dos nossos colaboradores a
uma diversidade de pensamentos e estilos, de maneira a contribuir para a
qualificaçã o das competências e, também, gerar ampliaçã o da consciência de cada
indivíduo.
Por sua relevâ ncia estratégica, o cosmos foi desenvolvido por um grupo de cerca
de 80 pessoas, entre profissionais e executivos da Natura, o conselho de
administraçã o e uma consultoria externa. De forma paralela também
desenvolvemos programas de coaching e mentoring. Nestes ú ltimos os gestores
sã o acompanhados e aconselhados pela diretoria executiva e pelo conselho de
administraçã o, mantemos ainda um programa de trainees para atrair e
desenvolver talentos e líderes globais (Boog & Boog, 2013).
Educação transversal
O facto de trabalharmos por meio de venda directa envolve em nossos negó cios,
além dos cerca de 7 mil colaboradores, mais de 1.5 milhã o de consultoras e
consultores da Natura, no Brasil. O desenvolvimento das consultoras vai além de
mó dulos de capacitaçã o técnica e inclui uma vivencia mais profunda dos conceitos
atrelados a nossos produtos e serviços e, também acçõ es de conscientizaçã o sobre
impostos socioambientais da empresa e da nossa atuaçã o como cidadã os (Boog &
Boog, 2013).
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aceleraçã o da carreira dos líderes com alto potencial e a aquisiçã o de novas
competências. Também temos indicadores que nos ajudam a criar programas de
educaçã o mais eficientes, como avaliaçã o de satisfaçã o dos colaboradores em os
treinamentos, segundo dados de 2012, nossos treinamentos foram bem recebidos,
com índices de satisfaçã o em cerca de 90%.
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Conclusão
A visã o do presidente da Natura sobre a actuaçã o do treinamento e
desenvolvimento é das melhores, com o treinamento e desenvolvimento dos
colaboradores, a Natura conseguiu superar-se no seu mercado de actuaçã o,
melhorando os seus serviços significativamente e subindo os índices dos níveis de
satisfaçã o face aos seus pú blicos.
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Referências Bibliográficas
Abreu, R. C. L. (2006). Treinamento e desenvolvimento: uma abordagem
organizacional por gerenciamento de projectos. Rio de Janeiro, Brasil:
QualityMark.
Andrade, J. B., Abbad, G. S., e Mourã o, L. (2006). Desenvolvimento e educação em
organizações e trabalho: fundamentos para a gestão de pessoas. Sã o Paulo,
Brasil: Artmed Editora.
Boog, G. G., & Boog, M. (2013). Manual de treinamento e desenvolvimento e
desenvolvimento: gestão e estratégias (6ª. ed.). Sã o Paulo, Brasil: Pearson.
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