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1 Serie PORTUGUÊS PROF 4ºBI
1 Serie PORTUGUÊS PROF 4ºBI
1 Serie PORTUGUÊS PROF 4ºBI
e Literatura
Professor
Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 04
1ª série | 4° Bimestre
Habilidades Associadas
1. Reconhecer a natureza dialógica da linguagem e os recursos para marcar o locutor e o
interlocutor.
2. Reconhecer as formas de reportar uma fala pelo uso dos discursos direto, indireto e
indireto livre.
3. Reconhecer características estruturais de uma reportagem: manchete, leade corpo do
texto.
2
Caro tutor,
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competências do 4º Bimestre do Currículo Mínimo de Língua Portuguesa
do 1ª Série do Ensino Médio. Estas atividades correspondem aos estudos durante o
período de um mês.
A nossa proposta é que você, Aluno, desenvolva estas Atividades de forma
autônoma, com o suporte pedagógico eventual de um professor, que mediará as trocas
de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no
percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você desenvolver a disciplina e
independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional no mundo do
conhecimento do século XXI.
Neste Caderno de Atividades, vamos aprender o que é reportagem e suas
características estruturais e as marcas linguísticas de impessoalidade, opinião e
generalização, além de aprender a criar uma reportagem. Na segunda parte vamos
aprender sobre o gênero entrevista, os recursos para marcar o locutor e o interlocutor,
assim como o uso dos discursos direto, indireto e indireto livre, além de aprender a criar
uma entrevista.
Este documento apresenta 12 (doze) Aulas. As aulas podem ser compostas por
uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e
atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As
Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar a aprendizagem,
propõe-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto.
3
Sumário
Introdução........................................................................................................ 03
Objetivos Gerais .............................................................................................. 05
Materiais de Apoio Pedagógico ...................................................................... 05
Orientação Didático-Pedagógica..................................................................... 06
Aula 01: O texto da Reportagem...................................................................... 07
Aula 02: As partes da reportagem.................................................................... 11
Aula 03: Os diferentes tipos de reportagem.................................................... 15
Aula 04: A diferença entre notícia e reportagem............................................. 19
Aula 05: Os textos jornalísticos são imparciais?............................................... 22
Aula 06: Título, subtítulo e legenda nos textos jornalísticos............................ 25
Aula 07: Como preparar uma reportagem....................................................... 28
Aula 08: Os Tipos de Discursos......................................................................... 32
Aula 09: Estudando a Entrevista....................................................................... 36
Aula 10: Como se prepara uma Entrevista....................................................... 42
Avaliação.......................................................................................................... 46
Pesquisa........................................................................................................... 50
Referências....................................................................................................... 51
4
Objetivos Gerais
Aula Teleaulas
Referência nº Orientações Pedagógicas do CM Recursos
Digitais
Aula 1 -- http://www.conexaoprofessor.rj.go http://www.conexaoprofes
v.br/ sor.rj.gov.br/downloads/cm
cm_materia_periodo.asp?M=9&P= /cm_12_9_3S_3.pdf
3S
Aula 2 -- http://www.conexaoprofessor.rj.go http://www.conexaoprofes
v.br/ sor.rj.gov.br/downloads/cm
cm_materia_periodo.asp?M=9&P= /cm_12_9_3S_3.pdf
3S
Aula 3 33, 39, 65, http://www.conexaoprofessor.rj.go http://www.conexaoprofes
66, 71 v.br/ sor.rj.gov.br/downloads/cm
cm_materia_periodo.asp?M=9&P= /cm_12_9_3S_3.pdf
3S
Aula 4 58 http://www.conexaoprofessor.rj.go http://www.conexaoprofes
v.br/ sor.rj.gov.br/downloads/cm
cm_materia_periodo.asp?M=9&P= /cm_12_9_3S_3.pdf
3S
5
Aula 5 23, 82, 36, http://www.conexaoprofessor.rj.go http://www.conexaoprofes
41, 67, 09, v.br/ sor.rj.gov.br/downloads/cm
50 cm_materia_periodo.asp?M=9&P= /cm_12_9_3S_3.pdf
3S
Aula 6 58 http://www.conexaoprofessor.rj.go http://www.conexaoprofes
v.br/ sor.rj.gov.br/downloads/cm
cm_materia_periodo.asp?M=9&P= /cm_12_9_3S_3.pdf
3S
Orientação Didático-Pedagógica
6
Aula 1: O texto da Reportagem
7
[...]
De acordo com o diretor do Departamento de Tocoginecologia do Caism (Centro de
Atenção Integral à Saúde da Mulher da Unicamp), João Luiz Pinto e Silva, 55, que
coordenou a primeira pesquisa na década de 80 e orienta o pesquisador e obstetra
Márcio Belo, que faz a análise em conclusão, o crescimento pela consequente falta de
prática no uso de anticoncepcionais aponta para a falta de política de ação
governamental, educação e prática de relações familiares.
Além de diretor do departamento da Unicamp, Silva atuou como presidente da
Comissão Científica do Programa de Assistência Integral à Saúde do Adolescente da
Secretaria de Saúde de São Paulo.
"Minha frustração é não ter conseguido estancar de alguma forma a gravidez
na adolescência com as atitudes que foram tomadas ao longo desses anos. Dentro da
universidade criamos serviços e tivemos uma pequena redução, mas do ponto de vista
do país em geral foi um desastre. Temos que refazer o modelo de educação dos nossos
jovens para evitar que esse problema se perpetue", reconhece.
Para o diretor do Departamento de Tocoginecologia, há um aparente avanço
nas ações para tentar controlar a gravidez indesejada na adolescência no Brasil. O
pânico com a Aids foi um fator determinante para manter a situação paralisada nesses
20 anos.
"Tivemos avanços com intenções diferentes. O avanço da informação do uso do
preservativo, do anticoncepcional, não foi realizado no sentido de que havia uma
consciência social de que ele precisava ser feito. Existia um pânico com uma doença
chamada Aids e que você precisava cercar o grupo de risco", observa o pesquisador.
O equívoco, nesse sentido, observa Silva, ficou no fogo pela educação contra a
doença. "A divulgação não se fazia para a prevenção da gravidez entre adolescentes,
para orientação para ele exercer sozinho sua sexualidade, mas sim para prevenir o
aparecimento de doenças, e esse tipo de coisa não está gerando hoje a atitude de
consciência contra a gravidez indesejada", conclui.
[...]
"Isso não serve para nada. Dar camisinhas no Carnaval, jogar no show de rock,
não serve para nada. Isso não está gerando comportamentos. Parece que está, mas
8
não está. Precisamos mergulhar em um processo que tenha uma outra forma de
transferir o conhecimento."
Atividades Comentadas 1
Todo texto tem um sujeito, um autor, um locutor, que fala e escreve e se dirige a
alguém, um interlocutor.
1. Quem é o locutor desse texto?
Resposta comentada:
O locutor, ou seja, o autor do texto é o jornalista ou repórter que assina a
reportagem, MÁRIO TONOCCHI.
9
a) Positivo.
b) Negativo.
c) Indiferente.
d) Excudente.
Resposta comentada: O texto apresenta um ponto de vista negativo em relação às
políticas de prevenção da gravidez na adolescência. Opção correta, letra B.
10
Aula 2: As partes da reportagem
11
Por Guilherme Zocchio
Para João Júlio**, havia mais do que uma pedra no meio do caminho. Eram
centenas, no mínimo. Aos 15 anos de idade, o garoto não ia à escola para, assim
como o pai, quebrar pedaços de basalto com uma marreta. Juntamente a um grupo
de dez homens, ele foi resgatado do regime de trabalho análogo ao de escravo por
uma fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ocorrida no último dia
30 de julho, em uma pedreira situada na zona rural do município de Antônio Prado, a
cerca de 180 km ao norte de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (RS). João Júlio era o
único com menos de 18 anos. [...]
O menino era responsável por extrair pedaços do mineral, um tipo atividade que,
pelo ambiente insalubre e esforço excessivo, poderia lhe causar graves problemas de
saúde. [...]
A iminência de acidentes no ambiente de trabalho no caso de crianças e
adolescentes é maior, conforme explica Ana Maria Mezzomo, enfermeira
coordenadora do Cerest (Centro de Referência em Saúde do trabalhador). As
atividades na pedreira, além disso, poderiam oferecer riscos aos sistemas respiratório
e cardíaco do garoto. “O coração do menino poderia não aguentar o esforço, já que
ainda está em fase de desenvolvimento”, afirma. A ausência de Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs), situação a que todas as vítimas resgatadas na pedreira
estavam submetidas, seria um agravante para problemas de respiração, devido à
poeira provocada e aos resíduos tóxicos depreendidos da extração mineral.
Danos ao sistema psíquico do menino também seriam possíveis, por causa de
traumas, estresse ou outras situações pelas quais o garoto poderia passar enquanto
estivesse precocemente em um ambiente da vida adulta. “A exposição excessiva, e
em horário inapropriado, ao sol também pode causar problemas de pele a crianças e
adolescentes expostos a atividades em ambientes abertos”, acrescenta Ana Maria
Mezzomo.
O serviço de extração de pedras está incluído na lista de piores formas de trabalho
infantil (Lista TIP), reconhecida em 2008 pelo Governo Federal. Entre alguns dos
problemas de saúdes decorrentes desse tipo de atividade, a Lista TIP indica
“queimaduras na pele”, “doenças respiratórias”, “lesões e deformidades
12
osteomusculares” e “comprometimento do desenvolvimento psicomotor”. [...]
** nome fictício para preservar a identidade da vítima
Disponível em: http://reporterbrasil.org.br/trabalhoinfantil/muitas-pedras-no-caminho/
Acesso em: 04/09/13
Atividades Comentadas 2
3. Transcreva do texto:
a. A manchete da reportagem.
b. O subtítulo.
13
Resposta comentada: Resgate de garoto de 15 anos em condições de escravidão
contemporânea no Rio Grande do Sul evidencia outra consequências do trabalho
infantil, além da social: os riscos e danos à saúde da criança e adolescentes.
a. O que aconteceu?
d. Quando foi?
14
Aula 3: Os diferentes tipos de reportagem
15
proporções exageradas ou muito precoces devem ser observadas e merecem atenção
especial da família.
A psicóloga de família Maria Luiza Lara, considera que a preocupação com o
corpo em jovens é motivada por toda uma valorização excessiva da imagem presente
na sociedade de uma forma geral e que essa carga de informações vem afetando,
inclusive, crianças abaixo dos 10 anos, o que era incomum. De acordo com a psicóloga,
a influência de filmes e ídolos pode incentivar esse comportamento, mas neste caso a
principal influência vem dos pais.
A pediatra Maria Cristina Duarte, integrante da Sociedade Brasileira de
Pediatria, explica que a adolescência é uma fase em que há uma preocupação maior
com a aparência e com a aceitação no meio social e, mesmo crescendo, o jovem ainda
tem uma mente infantil, o que torna difícil certos entendimentos. No entanto, a partir
do momento que o jovem deixa de fazer atividades que eram prazerosas, se alimentar
ou estar em meio aos amigos por uma preocupação muito acentuada com a aparência,
o caso pode se tornar preocupante e deve ser considerado.
– Uma coisa é ouvir uma menina reclamando do corpo ao botar um biquíni,
mas ver que quando vai à praia fica bem e se diverte com o coleguinhas. Outro caso é
quando apresenta uma visão corporal errada e de forma tão acentuada que se tranca,
não conversa, não expõe o corpo e tende a um isolamento constante, que começa a
ser prejudicial a ela – pondera a pediatra.
[...]
E não são apenas os quilinhos a mais que atormentam os pensamentos dos
jovens, mas também aspectos na aparência relacionados a orelhas de abano, nariz,
altura, sinais na pele, entre outros. O psiquiatra infantil Fabio Barbirato relata que um
de seus pacientes andava com todo o cabelo cobrindo o rosto por ter vergonha do
nariz.
De acordo com o psiquiatra, se o incômodo começa a trazer transtornos ao
paciente, há motivo de preocupação, já que sintomas de privações por conta da
preocupação com o corpo aparecem em até 18% das crianças que apresentam quadro
depressivo ou de ansiedade.
– É preciso um acompanhamento para evitar complicações desse quadro que
chamamos de dismorfobia corporal, ou seja, se ver diferente do que é, exaltar defeitos
16
de forma exagerada. Isso pode levar o jovem ao isolamento, perda do ano escolar e,
em casos mais graves, um sofrimento que pode até provocar suicídio – informa. [...]
Acesso em 21/09/2013
Atividades Comentadas 3
1. Pode-se afirmar que o tema e o meio que a veiculou estão adequados? Justifique.
Resposta comentada: Estão adequados já que a educação física se ocupa do cuidado
com o corpo e com a saúde.
3. O texto “Preocupação excessiva com o corpo coloca pais em alerta” traz opiniões de
alguns especialistas. Leia as questões e responda:
a) Que argumento a psicóloga Maria Luiza Lara utiliza para falar da precocidade das
preocupações com o corpo?
Resposta comentada: A supervalorização da imagem na sociedade atual e a
influência dos filmes e ídolos.
17
Resposta comentada: Da menina que vai à praia e não consegue se divertir, não
conversa e se esconde em suas roupas.
c) Segundo o psiquiatra infantil Fabio Barbirato, quais são os principais sintomas que
afetam crianças que sofrem por causa da aparência física?
Resposta comentada: Quadro depressivo como isolamento e ansiedade, podendo
até, em casos extremos levar ao suicídio.
18
Aula 4: A diferença entre notícia e reportagem
NOTÍCIA REPORTAGEM
Pode ser mais ou menos longa, dependendo
É breve, escrita em linguagem simples. do assunto (nas revistas é comum haver
reportagens longas, que aparecem em
destaque na capa, são chamadas dossiês).
19
Agora você vai ler um texto e depois realizar as questões propostas.
Pele e osso, 1m80 de altura, 49 quilos de peso, índice de massa corporal 15,1
(enquanto a média de uma mulher magra é de 18). Com essas credenciais a modelo
Stefhanie Naumoska, de 19 anos, se apresentou para as finais do concurso de miss
Austrália. O bom senso dos jurados impediu-a de levar o título, mas sua simples
presença nas passarelas já foi motivo de polêmica.
Stefhanie afirma que nunca foi anoréxica ou bulímica. É difícil acreditar, dadas
as mirradas medidas. A aparência esquálida continua na moda. Na Inglaterra a modelo
Jade McSorely, 21 anos, participa da nova edição do concurso Britain’s Next Top
Model. A jovem admite publicamente a batalha contra os distúrbios alimentares desde
o 8 anos de idade, diz o jornal The Sun. Para muitos especialistas em nutrição o
programa peca em glamorizar uma imagem negativa.
[...]
Não existem estatísticas confiáveis, mas estima-se que 7 milhões de mulheres e
1 milhão de homens sofram do problema nos Estados Unidos.
Atividades Comentadas 4
20
Reposta comentada: A reportagem precisa ter um caráter objetivo e ser imparcial, o
que traz credibilidade ao texto.
3. O texto foi escrito na variedade linguística padrão. Por que ela foi a mais adequada?
Reposta comentada: Essa variedade é empregada para que o texto fique acessível a
qualquer público leitor.
21
Aula 5: As reportagens são imparciais?
22
Deusa já quis sentar nos bancos de uma universidade e por duas vezes foi
aprovada para Pedagogia e Serviço Social. Não sabia que, para entrar nos programas de
bolsas, precisava pagar a matrícula e a primeira mensalidade, por isso desistiu.
Hoje diz que não tem muitos sonhos e ambições além dos livros e da biblioteca:
fica feliz ao saber que duas crianças instruídas por ela estão na faculdade e gostaria que
a filha mais velha realizasse o sonho de cursar Direito.
Atividades Comentadas 5
Se for preciso, retome a leitura do texto acima para responder às questões propostas.
1. Há no texto, uma outra voz além da voz do jornalista que noticia o fato. Identifique,
no segundo parágrafo, os trechos que se referem ao discurso de Deusa Maria dos
Santos.
Resposta comentada: Os trechos são os seguintes “As crianças e jovens de hoje leem
e passam a escrever errado de tanto usarem o computador” e “Nos últimos dias eu li
Turma da Tia e os Bilhetes Misteriosos. São crianças fazendo a história. Eu dei uma
risada”...
23
Resposta comentada: Predomina a 3ª pessoa conforme mostram as formas verbais
está, é, diz, afirma, conta, foi, sabia, etc.
4. Com base no texto lido e nas respostas anteriores, responda: Que meios a
imprensa utiliza para citar de modo fiel o discurso das pessoas?
Resposta comentada: Utiliza a 3ª pessoa, aspas para indicar a fala de alguém
reproduzida fielmente, reforça a autoria do discurso com expressões como segundo
fulano, de acordo com beltrano.
24
Aula 6: Título, subtítulo e legenda no texto jornalístico
Nesta aula você vai aprender sobre a função dos títulos, subtítulos e legendas
em textos jornalísticos.
TÍTULOS
A primeira página de grande parte dos jornais apresenta o resumo das principais
notícias do dia. Com a finalidade de chamar a atenção do público, essas notícias vêm
acompanhadas de títulos (manchetes) em letras bem grandes, chamadas de caixa alta
(maiúsculas) ou letras garrafais. Essas mesmas notícias são encontradas pelo leitor no
interior do jornal, acrescidas de informações.
Seguem abaixo algumas dicas para escrever um título jornalístico:
LEGENDAS
A maior parte das matérias jornalísticas é ilustrada com fotografias, gráficos e
desenhos. Essas ilustrações vêm acompanhadas de legendas. A legenda é uma frase
curta, que descreve a ilustração e dá apoio à matéria jornalística, informando sobre os
fatos noticiados. Assim como os títulos, geralmente, emprega verbos no presente do
indicativo.
25
Atividades Comentadas 6
Fonte: http://zankyou.terra.com.br/p/seu-casamento-na-capa-do-jornal-o-globo
26
4. Abaixo você vai ler um trecho de uma reportagem retirada de um jornal. Sua tarefa
é dar-lhe um título que seja adequado.
Título:
Três filhotes de leão com uma mutação genética que os torna
brancos nasceram na semana passada no zoológico de Olmen, na
Bélgica. Na verdade, a fêmea do zoológico deu à luz três filhotes,
mas dois não resistiram. Os outros três foram levados para uma
incubadora. Não se trata de animais albinos – a cor é resultante de
mutação genética. Os casos de leão branco são raríssimos. Existem
apenas 200 deles em todo o mundo e todos vivem em cativeiro.
(O Estado de S. Paulo)
5. Observe a foto abaixo e crie uma legenda, se julgar necessário, releia a explicação.
Resposta pessoal. Professor, o aluno deve observar o contexto da foto, onde está a menina,
o que está a volta dela e sua expressão facial.
27
Aula 7: Como se produz uma reportagem
1. Deixe claro, no início da pauta, a retranca, ou seja, o assunto de que deverá tratar a
reportagem.
2. Pesquise sobre o assunto: anote o que você acha relevante e que já estão disponíveis em
algum lugar. Hoje em dia, além dos jornais, a internet e sites de busca como o Google são
boas fontes para essa primeira etapa do trabalho;
3. Em seguida, aponte os elementos a serem problematizados. Esclareça para o repórter – no
caso de estar elaborando uma pauta – ou para você mesmo – em se tratando de um roteiro –,
o que a matéria vai acrescentar às informações já disponíveis;
4. A seguir, indique fontes a serem ouvidas, ou seja; as pessoas que podem ser entrevistadas
sobre o assunto. Sugira as possíveis perguntas a serem feitas pelo repórter e, por fim, anote
nomes e, na medida do possível, e-mails e telefones das fontes. Neste ponto, lembre-se que
nem sempre apenas as autoridades são ouvidas. Sugira também entrevistas com pessoas do
povo, e aí nem sempre você precisa citar nomes;
5. Se você dispuser de equipamento fotográfico, não deixe de sugerir ou roteirizar fotos e
imagens que devem, junto com o texto, ilustrar o trabalho.
28
Leia a manchete, o subtítulo e o corpo do texto da reportagem abaixo, eles
foram originados de uma notícia publicada dois dias antes, em 15/08/2012. Veja como
o jornalista seguiu uma pauta: acrescentou fatos novos à notícia publicada dias antes,
entrevistou autoridades no assunto, produziu um infográfico para auxiliar na
informação.
REPORTAGEM
Médicos explicam como é possível sobreviver a
barra de ferro no crânio
Operário no Rio foi atingido por vergalhão na quarta-feira
(15) e passa bem. Segundo cirurgiões, pode haver alterações
emocionais e comportamentais.
29
dessa área afetada, não é nítida. Mas não adianta fazer
testes nessa fase, isso fica para a reabilitação. Se tiver
alguma alteração percebida pela família que atrapalhe a
vida do paciente, aí serão indicados exercícios específicos de
neuropsicologia", detalha Monteiro.
Segundo o neurocirurgião Nilton Lara Junior, da
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, se fosse se
manifestar alguma sequela grave, isso ocorreria
imediatamente. Com o tempo, a tendência da situação
cerebral é melhorar, e não piorar.
"Mas, como não existe nenhuma parte 'silenciosa' ou
sem função no cérebro, esse rapaz precisa passar por uma
avaliação posterior", reforça Lara Junior. radiografia do crânio do operário
Entre as áreas do operário que podem ter sido Eduardo Leite
30
Atividades Comentadas 7
c. Quantas fontes foram ouvidas para dar credibilidade ao fato, à reportagem em si?
Quem são essas fontes, o que fazem?
Resposta comentada: foram citadas duas fontes. São dois médicos. Um é chefe do
serviço de neurocirurgia do Hospital Miguel Couto, o outro é neurocirurgião Nilton
Lara Junior, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
d. O que poderia ter acontecido com o operário caso o objeto o tivesse atingido 1 cm
mais atrás do crânio?
Resposta comentada: “poderia teria ficado com o lado esquerdo paralisado”.
e. O que disse o médico Ruy Monteiro caso o operário venha a ter alguma alteração
percebida pela família?
Resposta comentada: “Se tiver alguma alteração percebida pela família que
atrapalhe a vida do paciente, aí serão indicados exercícios específicos de
neuropsicologia".
31
Aula 8: Tipos de discursos
32
construí-lo. Para isso, o repórter, serve-se das modalidades discursivas a que estamos
estudando, o discurso direto e o indireto.
Abaixo apresentamos uma reportagem em que observamos os discursos
inseridos. Leia com atenção.
Bistrô favela
Simplicidade e sabor. Essas são as principais marcas dos lugares e das comidas
que se come nas periferias, favelas e bairros populares das capitais brasileiras. O
tempero especial, o carinho, o cuidado dos donos e os ingredientes são elementos que
contribuem para a produção de uma comida especial, brasileira, carregada no sabor e,
aos olho de muitos, pesada. [...]
Nordeste na Holanda (RJ). Nova Holanda é uma favela do Complexo da Maré,
que tem, no total, 18 favelas. À beira da Avenida Brasil, uma das portas de entrada do
Rio de Janeiro, Nova Holanda, como várias outras do Rio e São Paulo, é uma favela
cheia de nordestinos, principalmente da Paraíba. “Aqui é quase uma colônia de Serra
Branca”, informa Elionalva, a Nalva, do Observatório das Favelas, ONG instalada na
favela. A própria Nalva é da cidade paraibana de Serra Branca, como a Galega, dona do
bar-restaurante mais movimentado do lugar.
Rejane de Souza Barreto, a Galega, tem 41 anos e está ali há 20. Quando
chegou, olhou para um lado, pro outro, viu aquela quantidade enorme de gente da sua
região e quatro anos depois abria o seu bar, que logo ficaria famoso pela quantidade e
qualidade de comida servida com aquele sabor todo especial do Nordeste.
“O bode, a buchada, os pratos preferidos dos clientes, como carne –de -sol, a
macaxeira, o jerimum e o feijão, claro, não podem faltar”, explica Galega. Mas quando
a buchada falta, ela prepara para convidados especiais um guisadinho feito com
miúdos de bode, ingredientes da buchada. Um must.
33
Atividades Comentadas 8
Direto.
Indireto.
Indireto livre.
Resposta comentada: Opção A - Direto.
4. Os trechos abaixo foram retirados de textos narrativos, sua tarefa é identificar qual
discurso (direto, indireto ou indireto livre) foi utilizado.
a) [...] – Por que veio tão tarde? perguntou-lhe Sofia, logo que apareceu à porta do
jardim, em Santa Teresa.
– Depois do almoço, que acabou às duas horas, estive arranjando uns papéis. Mas não
é tão tarde assim, continuou Rubião, vendo o relógio; são quatro horas e meia.
– Sempre é tarde para os amigos, replicou Sofia, em ar de censura. [...]
(Machado de Assis, Quincas Borba, cap. XXXIV)
34
Resposta comentada: Discurso direto.
c) “D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando
defeitos no próximo? Eram todos irmãos. Irmãos.” (Graciliano Ramos)
35
Aula 9: A entrevista e sua estrutura
36
por transcrevê-las usando um discurso indireto, ou, até mesmo, muitas trazem um
texto introdutório e mais detalhado, com informações sobre o local, a data e duração
da entrevista.
A seguir você vai ler uma entrevista com Elisabeth Dangelo Serra, secretária
geral da Fundação do Livro Infantil e Juvenil.
37
Como nos tornamos leitores, como desenvolvemos o gosto pela leitura?
Só há uma maneira de nos tornarmos leitores: lendo. E essa atitude é cultural, ela não
nasce conosco, tem que ser desenvolvida e sempre alimentada. O entorno cultural em
que a pessoa vive é determinante para que a habilidade de ler tenha chances de
crescer.[...] Cabe aos professores brasileiros uma carga muito pesada, já que a maioria
das famílias não tem chances de comprar livros, jornais diários e revistas semanais,
dificultando o acesso ao texto escrito nas casas. Para que os professores possam
desempenhar essa função, as escolas devem oferecer as condições para eles agirem de
maneira a suprir essa falta, o que significa oferecer meios para uma formação
continuada, ter bibliotecas com livros novos e variados e um projeto pedagógico em
que o convívio com os livros e a leitura esteja no centro dos trabalhos e dos interesses
de todos.
Há exemplos de projetos eficazes de leitura que acontecem no Brasil?
Inspirada no exemplo do International Board on Books for Young People (IBBY), a
Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) criou, em 1994, o primeiro
concurso para os melhores programas de incentivo à leitura. Estamos já na 13ª edição
do concurso que serviu de base para o Prêmio Viva Leitura. Os vencedores desses
concursos são projetos com perfis diferentes (escolas, bibliotecas e sociedade civil) e
mostram experiências em que os livros e a literatura são o centro do trabalho e
apresentam como resultados o interesse por livros e o desempenho dos alunos e dos
que frequentam ambientes de leitura. [...]
Qual a realidade e quais os desafios colocados para as bibliotecas escolares e
comunitárias?
Ao tomarmos como referência a situação dos sistemas de bibliotecas escolares,
públicas e mesmo comunitárias em países desenvolvidos, a realidade de nossas
bibliotecas é desanimadora. [...] Houve um momento em que algumas experiências
com bibliotecas escolares e públicas tiveram sucesso em alguns estados, mas, como
não temos o hábito de aprender com a história, elas ficam esquecidas. Não há, ainda,
em nosso país, uma valorização do uso coletivo de livros como a maneira de se
partilhar acervos para que todos possam usufruir dos mesmos livros. Portanto não há
uma política pública que, de fato, esteja interessada em oferecer Bibliotecas, com B
maiúsculo, para todos.
38
Que projetos a escola pode implantar para garantir a promoção da leitura?
A escola deve iniciar o projeto pela criação de uma biblioteca, por menor que seja,
abri-la todos os dias e todos os horários e orientar os professores para que a usem
como fonte de referência para seus planejamentos e para suas leituras, além de ser
local de visita livre, e também obrigatória, por parte dos alunos. O projeto pode
contemplar grupos de leitura livre para os professores e grupos de estudo na
biblioteca. Ela deve estar aberta às famílias que deverão ser convidadas a participar de
suas atividades e mesmo contribuir, como voluntárias, para a sua organização. [...]
Como a literatura impressa está convivendo com o advento da internet e das novas
tecnologias?
Acho que nunca houve tanto livro de ficção impresso como agora. Como é natural, há
coisas com qualidade e outras não. [...] Sou do grupo que acha que as novas
tecnologias não tiraram, nem vão tirar, o prazer de ler um livro de literatura. Pode ser
uma certeza das gerações que tiveram o livro como principal referência cultural, mas
não sou radical. Se alguém sentir a mesma emoção ao ler um texto literário na tela do
computador que uma pessoa sente lendo no livro, e se isto possibilitar que ambos
pensem sobre o que leram e possam trocar suas opiniões, sentimentos e idéias, é o
que importa. Essa é a função integradora da literatura. [...] Ler um texto literário é uma
experiência única e intransferível cujas impressões e reflexões ganham novas
interpretações quando podem ser compartilhadas.
Quais livros seriam importantes que os jovens lessem no Brasil?
Os livros que qualquer jovem de qualquer parte do mundo não podem deixar de ler
são os clássicos universais e os de seus países e, assim, conhecer a história do
pensamento e o patrimônio universal da humanidade. Devem procurar conhecer
também o que há de novo e aqueles que ganharam prêmios. [...] A construção do
leitor passa por ler coisas sem qualidade também. Ouvir as sugestões de professores,
pais e amigos, é mais um caminho. No site da FNLIJ (www.fnlij.org.br) está a lista dos
livros premiados, desde 1974, por categoria: jovem, tradução jovem, informativo,
poesia e teatro... Enfim, cada um deve ir construindo o seu próprio acervo de livros.
Todo bom professor é um bom leitor?
Eu acredito firmemente que todo bom professor é um bom leitor e vice-versa. [...]
Formar professores leitores é dar condições para que eles tomem a leitura literária
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como parte das suas vidas. Sem desfrutar dessa leitura, dificilmente o professor
contribuirá para que seus alunos sejam leitores.
(Entrevista publicada na edição nº 394, março de 2009 do jornal Mundo Jovem da PUCRS.)
Disponível em http://www.mundojovem.com.br/entrevistas/edicao-394-entrevista-leitura-quem-
comeca-nao-para-mais
Acessado em 06/09/2013.
Atividades Comentadas 9
(A) Foi entrevistada uma autoridade, conhecida do público da revista, para obter sua
opinião sobre um fato em destaque no momento.
(B) Foi entrevistada uma especialista em certo assunto. A especialista é desconhecida
do público em geral e, por esse motivo, há um parágrafo introdutório antes da
entrevista propriamente dita.
(C) Foi entrevistada uma pessoa pública (políticos, artistas, figuras em destaque na
sociedade e na mídia, etc.), com objetivo de promovê-la ou levar o publico da revista a
conhecê-la melhor.
Resposta comentada: letra B.
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publico alvo a quem se destina a entrevista?
41
Aula 10: Como se prepara uma entrevista
As perguntas abertas começam com “como”, “por que”, “o que pensa de”, etc.
Essas perguntas fazem com que o entrevistado tenha espaço para dar sua opinião.
Já as perguntas fechadas são aquelas que pedem do entrevistado uma
resposta: Sim ou Não.
As perguntas devem ser claras e objetivas (não misture assuntos, não faça
perguntas longas e evite a ambiguidade da linguagem) e devem seguir certa lógica
(evite repetições ou fazer perguntas cujas respostas já foram dadas; descubra em cada
pergunta algo que encaminhe para as outras).
O entrevistador deve obter informações prévias sobre o entrevistado e o
assunto da entrevista; seja gentil, escolha dia e horário; peça licença para filmar ou
gravar; durante a entrevista não acrescentar comentários às respostas nem demonstre
sua opinião pessoal; pode manter um tom informal, mas com delicadeza; não deixe
que o entrevistado se alongue demais nas respostas.
Redação da entrevista
Após a gravação de sua entrevista, é hora de redigir o texto da entrevista.
Faça uma introdução (apresente brevemente o entrevistado, destaque o tema da
conversa etc.);
Transcreva as perguntas e respostas ou reportar a entrevista de forma indireta,
eventualmente fazendo a seleção das partes mais importantes;
Faça uma conclusão destacando ideias importantes.
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Atividades Comentadas 10
Leia uma entrevista feita com uma aluna de 13 anos, observe o tipo de
pergunta, o tipo de resposta, em seguida responda as questões.
Isadora Faber: 'Só porque é escola pública tem que ser ruim?'
A estudante Isadora Faber, 13 anos, autora da página “Diário de Classe” Acervo pessoal
RIO — “Olha, a Isadora escreve bem, é articulada na internet, mas é muito, muito
tímida para dar entrevistas”, adverte a mãe da jovem Isadora Faber, de 13 anos, antes
de passar o computador conectado ao Skype para a filha. A produtora Mel Faber não
tentava apenas protegê-la do assédio da imprensa. Depois que a jovem, inspirada
numa blogueira escocesa de 9 anos, criou uma página no Facebook em agosto para
denunciar as condições precárias da escola pública que frequenta, em Florianópolis,
forçando a prefeitura a providenciar melhorias, a mãe também a prepara para
enfrentar as consequências do seu ato. O que significa, no mínimo, encarar muitas
entrevistas.
Em pouco mais de dois meses, a página de Isadora já recebeu 322 mil curtidas. Sua
iniciativa repercutiu em todo o país, levando outros estudantes a criarem páginas
semelhantes. Até o jornal francês “Le Monde” elogiou a disposição da pequena Lisa
Simpson catarinense. Mas este foi o lado bom da história. Isadora enfrentou críticas de
muitos colegas de classe, pais e professores, que não aprovaram tanta exposição.
Acusada de calúnia por uma professora, teve de prestar depoimento numa delegacia,
acompanhada de seu pai. Tímida, sim, mas nada acuada, Isadora diz que ainda há
muito o que fazer.
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bebedouros trocados e professores contratados), você ainda foi parar numa
delegacia para se defender. Isso te desanima a continuar?
Tem muita gente que me apoia, diz que o que estou fazendo está certo, então vou
seguir fazendo. O que mais quero é que outros alunos de escolas públicas também
façam o mesmo para arrumarem suas escolas. Só porque é escola pública tem que ser
ruim?
Como é na sala de aula? Seus colegas ficam com medo de você escrever tudo o que
acontece na página?
Na minha sala, pelo menos, meus colegas me apoiam. É mais chato no recreio. Eu
percebo que os alunos mais velhos ficam comentando...
Eu acho que ainda dá para melhorar muito. Essa situação dos professores que faltam,
principalmente.
Não. Sigo indo normal. Gosto mais das aulas de História, Geografia e Educação Física,
menos das de Matemática. Continua tudo normal.
Eu tô sempre com alguns amigos, a gente sai pra passear com meu cachorrinho... Só
tenho que separar um tempinho no dia para dar uma olhada na página (Isadora tenta
responder a cada uma das centenas de mensagens que recebe por dia).
Eu gosto de denunciar os problemas, para tentar arrumar as coisas. Eu quero muito ser
jornalista.
(...)
a) Quem é o entrevistado?
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Resposta comentada: Isadora Faber.
b) Quem é o entrevistador?
2. Sobre o título da entrevista, com que intenção a jornalista teria escolhido esse
título?
Resposta comentada: O título 'Só porque é escola pública tem que ser ruim?' foi
utilizado por causa da notoriedade que a entrevistada teve ao relatar fatos de sua
escola, é uma fala da própria Isadora Faber.
Resposta comentada: sim, pois foram direto ao ponto e respeitaram a sua idade.
b) Para que tipos de assuntos se direcionam?
Resposta comentada: para o fato que gerou notícia: a escola onde estuda, os
problemas divulgados pela entrevistada em seu blog.
c) São assuntos polêmicos? Justifique.
Resposta comentada: as perguntas têm uma variedade padrão, mas as respostas têm
variedade informal.
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Avaliação
1° Possibilidade:
As disciplinas nas quais os alunos participam da Avaliação do Saerjinho, pode-se utilizar
a seguinte pontuação:
Saerjinho: 2 pontos
Avaliação: 5 pontos
Pesquisa: 3 pontos
Participação: 2 pontos
Avaliação: 5 pontos
Pesquisa: 3 pontos
Cecília Ritto
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despertando a atenção dos pesquisadores do IBGE, que agora se debruçam em busca
de explicações. "Ainda estamos verificando o que levou a essa variação, já que o
porcentual vinha caindo há tanto tempo", diz Maria Lucia Vieira, coordenadora da
pesquisa e gerente do IBGE.
Com a lupa sobre cada região brasileira, o que se observa é que o Nordeste foi
o principal responsável por elevar a taxa nacional - é onde moram 53,8% de todos os
analfabetos do país, ou 7,1 milhões. No mesmo período de um ano, a taxa local
passou de 16,9% para 17,4%. No Centro-Oeste, também houve crescimento, de 6,3%
para 6,7% entre 2011 e 2012. Já no Sudeste, os números estão estagnados, enquanto
o Norte e o Sul conseguiram manter a redução. "O analfabetismo tem endereço no
Brasil: está concentrado na população mais velha e nordestina", frisa Maria Lucia.
O alagoano José Carlos Vieira dos Santos, de 54 anos, se encaixa no perfil
observado pelo IBGE. Morador da cidade de Murici, começou a trabalhar aos 14 anos
no corte de cana. Não teve tempo de frequentar a escola e chegou à idade adulta sem
qualquer intimidade com as letras. "Ele escreve o nome todo, devagar, e se aborrece
porque tem dificuldade", conta a mulher, Maria Cícera Guedes, da mesma idade, que
cursou até a 5ª série do Ensino Fundamental (hoje 6º ano). Dos quatro filhos do casal,
a mais velha largou a escola ainda na 1ª série. Atualmente com 30 anos, também não
sabe ler nem escrever.
Maria lamenta. Diz que tem o sonho de ver os filhos concluindo os estudos.
Mas apenas o de 18 anos lhe dá esperanças. No 2º ano do Ensino Médio, é o único
com disposição de conquistar o diploma. Os outros dois irmãos, de 16 e 21 anos,
ainda frequentam as salas de aula do primário. "Vejo muita coisa errada por aqui -
drogas, por exemplo. Coloquei meus filhos no colégio para que aprendessem alguma
coisa e ficassem longe da rua", diz a matriarca da família que exemplifica bem outra
constatação do estudo: a dificuldade dos adultos em ultrapassar a barreira do
analfabetismo.
Disponível http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/brasil-ganha-300000-analfabetos-em-
apenas-um-ano
A) Reportagem
B) Entrevista
C) Artigo enciclopédico
D) Tirinha
Resposta comentada: A
2. O texto acima apresenta duas partes destacadas por letras e fontes diferenciadas.
Essas partes simultaneamente, constituem:
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A) Lead / manchete (título)
B) Manchete (título) / subtítulo
C) Legenda/ subtítulo
D) Corpo do texto/ manchete
Resposta comentada: B
3. Leia o trecho:
"Ainda estamos verificando o que levou a essa variação, já que o porcentual vinha
caindo há tanto tempo", diz Maria Lucia Vieira, coordenadora da pesquisa e gerente
do IBGE.”.
Ele apresenta a forma de se reportar à fala pelo uso do discurso:
A) Direto
B) Indireto livre
C) Indireto
D) Direto e indireto
Resposta comentada: A
A) Do uso da 1ª pessoa.
B) Do uso da 3ª pessoa.
C) Do discurso indireto.
D) Do discurso direto.
Resposta comentada: B
5. Observe o trecho: “Maria lamenta. Diz que tem o sonho de ver os filhos concluindo
os estudos. Mas apenas o de 18 anos lhe dá esperanças.” , ele constitui um exemplo
de:
A) Discurso direto.
B) Discurso indireto livre.
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C) Discurso indireto.
D) Discurso político.
Resposta comentada: C
Resposta comentada: B
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Pesquisa
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Referências
[1] ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M.; PONTARA, Marcela.
Português: contexto, interlocução e sentido. São Paulo: Moderna, 2010. 2º vol., p. 174-
230.
[2] BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
[3] GERALDI, João Wanderley (org.) O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997.
KOCH, Ingedore Vilaça. A coesão textual. 8 ed. São Paulo: Contexto , 1996.
[4] MARCHUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gênero e compreensão.
São Paulo: Parábola, 2008
SITES PESQUISADOS:
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/brasil-ganha-300000-analfabetos-
em-apenas-um-ano
http://www.jornaljovem.com.br/edicao4/editorial_dicas01.php)
http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=4597
http://zankyou.terra.com.br/p/seu-casamento-na-capa-do-jornal-o-globo
http://www.educacaofisica.com.br/index.php/lutas/canais-artes-
marciais/outras-lutas/4635-preocupacao-excessiva-com-o-corpo-coloca-pais-
em-alerta
http://www.mundojovem.com.br/entrevistas/edicao-394-entrevista-leitura-
quem-comeca-nao-para-mais
http://reporterbrasil.org.br/trabalhoinfantil/muitas-pedras-no-caminho/
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Equipe de Elaboração
PROFESSORES ELABORADORES
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