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Tarefa 1 - Linguística e Antropologia

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Faculdade Unyleya

Antropologia Linguística

Marcos Antonio Mendes

Tarefa 01 apresentado ao curso de


Antropologia Linguística
Faculdade Unyleya
Orientado por: Prof. Paulo Renato
Lima

São Paulo
2019
SUMÁRIO

1. Antropologia Linguística

2. Linguística e Antropologia

3. Referências Bibliográficas
Linguística e Antropologia

O estudo da Antropologia Linguística objetiva primeiramente investigar o ser humano partindo do


princípio da linguagem e como se comunica. Possuem grande conexão, a primeira vista como ciência da
linguagem e a segunda como investigadora dedicada especificamente ao homem, ou seja, uma relação
estreita entre a Linguística e a Antropologia. A linguagem de um grupo é o reflexo do somatório de
conhecimentos que o mesmo possui. A língua é mais do que o simples conjunto de nomes atribuídos às
coisas sendo também uma manifestação cultural aos grupos de pessoas que convivem e ou interagem. A
língua está inserida no campo da Antropologia que visa o estudo da cultura do homem em todas as suas
particularidades e fenomenologia, entretanto, a linguagem em determinados momentos justificam a
existência de uma ciência específica que a estude, a Linguística Geral, no qual o estudioso deve dominar
as técnicas, os princípios e métodos. Interessante que cada comunidade linguística vive em um mundo que
se diferencia de algum modo de outras comunidades, essas diferenças sutis ou explícitas são expressas
tanto por meio da cultura quanto por meio da língua, em suma revelando e conservando-as. As línguas
não são somente nomenclaturas dadas às múltiplas coisas existentes no mundo, mas revelam a cultura e
características de seus usuários.
As palavras carregam significados e sentimentos à cultura da comunidade linguística que a utiliza,
portanto, no momento de traduzi-la para outro idioma, o linguista precisa traduzir e explicar as utilizações
dessa palavra na língua de origem a partir de contextos adequados e compreensível ao momento ou
situação. A investigação antropológica necessita de observação e inquietação no estudo da cultura e da
língua de certas comunidades. Importante ressaltar que a descrição de uma cultura envolve certo
conhecimento acerca da língua desta cultura, sendo importante na descrição de uma cultura, visto que a
língua reflete a cultura. Vale mencionar que o estudo da língua ou da cultura pode ser feito sem a
dependência de uma ou de outra.
Estudar as línguas, em que não há documentos escritos ou quase não existem estudos anteriores é
chamado de Linguística Antropológica. Vale ressaltar a importância para os docentes de línguas esses
estudos lingüísticos, tem como interesse toda e qualquer língua a fim de entender mais sobre a linguagem
em si e sua relação entre as línguas e entre a vida e a linguagem.Nessa perspectiva, contribuição e
colaboração entre a Linguística e a Antropologia, ambas as disciplinas que estudam o homem. A esse
respeito, Robins (1977) cita:

É no estudo de culturas distintas e primitivas, de línguas amplamente desconhecidas e


ainda não estudadas, que o antropólogo e o linguísta mais podem se aproximar um do
outro. Onde inevitavelmente existem poucos que trabalham e os povos e as línguas são
muitos, nosso conhecimento poderá depender dos relatórios e análises de um só ou, na
melhor das hipóteses, de um pequeno grupo de estudiosos.

Franz Boas (1858-1942), cuja tradição holística deste ramo de conhecimento antropológico fora
estabelecida nos EUA no início do século XX. Franz Boas nasceu em 9 de julho de 1858 em Minden , na
Alemanha, mas foi nos Estados Unidos que produziu as suas principais obras, uma das mais relevantes
contribuições à Antropologia Americana, conhecida como a moderna antropologia cultural. Ele trouxe
para a discussão temas até hoje tidos como polêmicos. Dentre eles, o próprio conceito de cultura e seus
desdobramentos, como, por exemplo, raça, linguagem e evolução. Em suas pesquisas de campo redigiu
conclusões importantes sobre as teorias difucionistas e evolucionistas. Esse contato com povos dessa
etnia, e a experiência obtida em campo, foram determinantes para a sua mudança definitiva de área de
pesquisa, iniciando, assim, suas reflexões antropológicas. Um dos legados de Boas para a Antropologia e
demais ciências humanas que utilizam pesquisa de campo, é o seu método de pesquisa. Ele é considerado
um antropólogo de campo e nesse quesito tem muito a nos ensinar.
Edward Sapir foi um antropólogo e linguista norte-americano, nasceu em 1884, Prússia (hoje
Alemanha), na infância emigrou com sua família para os Estados Unidos. Estudante da Universidade de
Colúmbia, em Nova Iorque, formou-se em Filologia Germânica, estudando também antropologia sob a
orientação de Franz Boas, que o motivou para o estudo da Etnolinguística. Franz Boas inspirou também
para o estudo das linguagens nativas do oeste dos EUA, devotaria grande parte dos trabalhos de campo
que efetuou e das monografias que produziu ao longo da vida acadêmica. A partir de 1910, trabalhou
como etnólogo e diretor da secção antropológica do Canadian National Museum, em Otava, no Canadá,
tendo editado, em 1921, aquela que é considerada a sua mais importante obra, Languages: an Introduction
to the Study of Speech, marco histórico no estudo científico das línguas e do seu papel na existência social
e cultural do Homem. Em 1925 priorizou pelo ensino de Antropologia e Linguística na Universidade de
Chicago, continuando a desenvolver as suas pesquisas sobre as linguagens dos índios norte-americanos,
tal como faria na Universidade de Yale (1931-1939), dirigiu e criou o Departamento de Antropologia.
Referências Bibliográficas

Teorias da estrutura e da mudança linguísticas e o contato entre línguas. Disponível em:


<books.scielo.org/id/p5/pdf/lucchesi-9788523208752-07.pdf>.

Linguística. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-


40141994000300069>.

A importância do conhecimento da variação linguística. Disponível em:


<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40601996000100005>.

Linguística Histórica e Filologia. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/67y3k/pdf/lobo-


9788523212308-38.pdf>.

ROBINS, Robert Henry. Linguística Geral. Tradução de Elizabeth Corbetta A. da Cunha. Porto
Alegre: Globo, 1977.
MAIA, C. Linguística Histórica e Filologia. In LOBO, T., CARNEIRO, Z., SOLEDADE, J.,
ALMEIDA, A., and RIBEIRO, S., Orgs. Rosae: linguística histórica, história das línguas e outras
histórias [online]. Salvador: EDUFBA, 2012, pp. 533-542. ISBN 978-85-232-1230-8. Available from
SciELO Books .

BOAS, F. (2010). A mente do ser humano primitivo. Petrópolis, Vozes.

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