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O Songbook de João Donato - Uma Visão Panorâmica

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COMUNICAÇÃO ORAL

VII FESTIVAL DE MÚSICA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA


2020

O Songbook de João Donato: uma visão panorâmica

O Songbook dedicado a obra de João Donato,


Donato publicado em 1999, segundo seu
idealizador, produtor e editor, Almir Chediak, teve a participação dele em todas as
fases de sua produção: desde a escolha do repertório e pesquisa de fotos até as
partituras. Esse fato, acreditamos,
acredit , outorga uma parcela significativa de crédito ao
recorte no nível do repertório.
Isso porque se observam vários casos de Songbooks sobre a obra de
compositores populares que não tiveram educação musical formal, como Djavan ou
João Bosco, ou seja, não haveria possibilidade do próprio autor conferir detalhes da
escritura de suas próprias músicas. Não é o caso aqui, já que Donato além
alé de
compositor e pianista é também arranjador e conhece a escrita musical formal. Sendo
assim pôde, segundo o editor, revisar as partituras de suas músicas.
A tarefa de quantificar sua obra em números tem se mostrado difícil, com
grande disparidade entre as fontes. O dicionário Cravo Albim aponta 163 peças de sua
autoria, o que parece pouco, na medida em que no Wikipédia temos 36 álbuns
atribuídos ao pianista acreano. Claro que seus álbuns apresentam interpretações de
outros compositores, mas, ainda sim,
sim parece
arece que sua obra é um tanto mais extensa. O
songbook propriamente dito contém 52 músicas.
O que interessa aqui,
aqui o centro desta comunicação, é compreender o que esse
recorte expõe e o que esconde sobre o autor e sua obra. A começar pelos textos que
integram
am tal publicação, a saber:
saber um curto texto introdutório do próprio editor;
editor outro
um pouco mais extenso do jornalista Tarik de Souza e ainda uma longa entrevista com
Donato, realizada por Chediak e editada por Sergio Cabral.
O texto introdutório, como não poderia deixar de ser, haja vista que o editor é
aquele que também visa o lucro com a venda do produto, coloca João Donato no
papel de um dos artistas “mais importantes deste país”. Para ratificar tal afirmação,
lembra que “Tom Jobim se referia ao João Donato
Donato como um gênio”. Ora, o
indubitável julgamento daquele que é considerado nosso maior compositor popular dá
certa garantia dessa posição de destaque para muitos.
Outro fato relevante é o de que pelo menos duas fontesi revelem que seu
primeiro LP, “Chá Dançante”, de 1956, foi produzido e teve seu repertório
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selecionado por Tom Jobim. Assim, historicamente o ano de 1957 foi aquele em que
muitos estudiosos apontam como sendo o ano de nascimento da Bossa Nova, nota-se
nota
que a parceria Tom-Donato
Donato precede
preced a inauguração do famoso gênero carioca.
Interessante, pois aquilo que se convencionou chamar de samba-jazz
samba é uma
forma jazzística de abordar, em geral, temas da bossa nova. Como o referido LP,
intitulado “Chá Dançante”, precede
precede o seu repertório usual, o que se ouve nele é uma
abordagem considerada moderna para a época, de clássicos da música brasileira como
No Rancho Fundo (Ary Barroso) ou Carinhoso (Pixinguinha).
Os autores envolvidos com uma análise mais jornalística da carreira
carreira de Donato
– inclusive os dois que aparecem neste songbook - parecem concordar em dividir seu
trabalho em três fases: uma fase inicial pré-bossa,
pré bossa, uma segunda fase passada nos
Estados Unidos a partir de 1959 que duraria aproximadamente 12 anos com intervalos
in
e, finalmente seu retorno ao país que coincidiria com fase onde, segundo Souza,
“abandona a atitude jazzística (...) e se dispõe a formatar canções com parceiros,
iniciada em 1973” (SOUZA, 1999)
O recorte aqui adotado se baseou no fato de que todas
todas as composições têm
letra. Isso não significa que os 52 temas foram compostos a partir desta data porque é
recorrente em todas as biografias visitadas que composições anteriores a 1973
ganharam letra posteriormente.
posteriormente. Inclusive, segundo o próprio Donato, muitas
m delas
mudaram até mesmo de nome, mostrando que de certa forma os títulos de suas peças,
inseridas no espectro da música popular instrumental brasileira, MPIB, para empregar
a nomenclatura de Cirino (2009), são aparentemente nominadas ao acaso.
acaso Como
exemplo, O Sapo virou A Rã,
Rã Índio Perdido se converteu em Lugar Comum e Villa
Grazia se tornou Bananeira.
Bananeira
O que se perde de Donato caso se acesse sua obra apenas através das
partituras, é uma parte muito grande de seu trabalho. Afinal, sob o ponto de vista da
Teoria da Formatividade Audiotátil (CAPORALETTI, 2018),, é na gravação que pode
se notar quantos elementos estão presentes que não constam da notação. Ele exprime
sua audiotatibilidade corpórea como pianista e improvisador e nenhuma dessas
competências aparece
parece num songbook ou em qualquer registro que contenha apenas a
escrita musical.
Além disso, não é possível ainda apreciar o Donato arranjador, já que o
songbook,, e é esse seu papel, se restringe a publicar o que se costuma chamar de lead
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sheet, ou seja, apenas a melodia e cifra de suas composições, tal qual se costuma
adotar nas compilações de música popular, jazz e standards norte americanos.
Mas a perda mais significativa talvez se dê no nível das conduções rítmicas e
em dois níveis distintos.
s. No primeiro, quais são as células rítmicas de condução que
ele, ao lado de cada grupo específicoii, emprega. No segundo, com qual “groove”,
entendido ai como a distância entre a possível grafia destas células e todos os sutis
acentos e deslocamentos que aparecem na gravação e vão criar em nossa cognição a
sensação de ginga, swing ou como se queira chamar.. Tais figuras são executadas.
executadas
Este aspecto rítmico é tão sui generis em sua obra como um todo que
mereceria por si só todo um artigo. A soma das bagagens dos gêneros tidos como
brasileiros, com sua vivência jazzística nos EUA e ainda seu background de música
latina (esta pouco conhecida no Brasil),
Brasil , gera um amálgama, ou uma fricção
(PIEDADE, 2005) de elementos que dão certamente um toque único a seu trabalho.
trabal
Mas enfim,
nfim, o que se pode notar em linhas gerais sobre sua obra, ao se observar
o conjunto das 52 peças selecionadas com sua participação? Em primeiro lugar,
chama atenção a questão das tonalidades, que pode ser visto como um relevante
aspecto de “idiomatismo”, neste caso entendido como a relação entre as composições
e o instrumento utilizado para escrevê-las.
escrevê Na tabela abaixo, constam a tonalidade das
52 canções:

DÓ LÁ FÁ RÉ SOL Do SÍ MI Dó FÁ RÉ
menor menor bemol bemol menor menor bemol
17 1 14 3 2 4 3 3 1 1 2
(1?)

Tabela 1: tonalidades das peças do Songbook

A canção Nãna das Águas,


Águas, em parceria com Geraldo Carneiro,
Carneiro é de difícil
atribuição da tonalidade, na medida em que o modalismo, presente em várias de suas
peças, aqui aparece um tanto mais extremado.
extremado Tal qual Maiden Voyage,
Voyage de Herbie
Hancock, a peça é quase que inteiramente construída de acordes suspensos que, no
entanto, apresenta uma centralidade. Sendo assim, embora fosse possível atribuir a
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centralidade de Mí Bemol, melhor não inseri-la


inser na contagem de tonalidades aqui
realizada.
Mas há algumas conclusões passíveis de serem alcançadas através da
observação da Tabela 1.. A mais óbvia
óbvia reside no fato de que, num conjunto de 52
músicas, a soma das peças em Dó maior/Lá menor e Fá maior/Ré menor totalizam
totaliza 35
peças, ou seja, quase 70% das músicas estão em tonalidades bastante pianísticas, de
pouquíssimos acidentes.
Além disso, excluindo as seis que estão em tonalidades à direita no ciclo das
quintas, partindo de Dó Maior, há a presença de duas músicas em Sol maior
m e quatro
em Ré maior – de fato, na tabela colocamos entre parênteses uma das que estão em
Sol (Bruxa de Mentira,, página 34) porque, apesar de a armadura afirmar tal
tonalidade, quase todas as notas Fá da melodia aparecem neutralizadas com um
bequadro – todo resto do repertório se realiza a esquerda do ciclo das quintas,
quintas com a
presença extensiva de 27 peças em tonalidades com Bemol na armadura de clave, ou
seja, mais da metade, excluindo as peças em Dó Maior.
Aparentemente isso se deve ao fato de que, na
na música popular de orientação
jazzística, a presença de instrumentos de sopro é muito mais abundante do que a de
cordas friccionadas, seja no nível dos solistas, seja nos pequenos agrupamentos
conhecidos como comboss, com trompete, trombone e saxofone. O fato é que estes
instrumentos têm muito mais facilidade de tocar e afinar em tonalidades com
tendência para o bemol na medida em que são transpositores,
tran positores, ou seja, quando uma
música é tocada na tonalidade de Mi Bemol maior, por exemplo, o saxofone-alto
saxofone
estariaa em Dó Maior, o tenor e trompete em Fá maior e assim por diante.
Poder-se-ia
ia dizer que, mesclado a certo idiomatismo ligado ao piano, temos
aqui algo recorrente no universo do jazz: a tendência a tonalidades bemol devido à
presença de solistas de sopro. Em sua própria discografia, por exemplo, encontram-se
discos ao lado de Bud Shank (sax e flauta), Paulo Moura (sax e flauta) e Ricardo
Pontes (sax e flauta) e Raul de Souza (trombone),
(trombone) entre muitos outros.
Mais uma generalidade facilmente observável nas peças
peças selecionadas para o
songbook são as fórmulas de compasso. Há 46 peças em 4/4, três em 2/4, duas em 3/4
e uma em 5/4. Chama atenção o fato de 46 músicas,
músicas num universo de 52,
52 signifique
quase 90% das peças. Ora, sabe-se
sabe que a tradição no Brasil é de escrever
ever a maioria de
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seus gêneros em compasso binário e não quaternário como nos EUA. Tentaremos
levantar algumas hipóteses deste traço marcante do recorte.
Em outras publicações (Xxxx) discutiu-se que muitas das peças de Jobim
presentes nos cinco volumes dos songbooks da bossa nova foram escritas
escrit em 2/4 e
que, ao revisá-las
las para os três livros de seu próprio conjunto de canções (1990),
optou-se por reescrevê-las
las em 4/4. A razão disso parece ser a visão mercadológica de
Tom, ciente de que nos EUA a leitura musical no mundo do jazz se dá quase que
invariavelmente em 4/4 como demonstram os Real Book,, em suas diversas edições,
Book, etc. Como Donato também viveu naquele país por
The New Real Book, Fakee Book,
mais de 10 anos, a motivação pode ser a mesma.
Outra possibilidade é a presença significativa da música latina em seu
trabalho, que também tem a colcheia como figuração de subdivisão recorrente na
escrita.
ita. Interessante ainda que se notem
not realmente poucas sincopas típicasiii no ritmo
de suas melodias, muito embora esse possa ser mais um traço de uma escrita
“paradigmática”, por assim dizer, do que uma escrita que pretende se aproximar da
execução real. Valee dizer,
dizer, a escrita sem muitas síncopes dá margem para que o
intérprete a execute das mais diversas formas.
Apenas em seis peças se encontram a figura
semicolcheia/colcheia/semicolcheia e cinco em que se pode ver a mesma figura
multiplicada por dois, ou seja,
seja, colcheia/semínima/colcheia. Isso porque essa figuração
rítmica é tão presente em muitos gêneros nacionais populares e folclóricos que Mario
de Andrade chegou a chamá-la
chamá de “brasileirinha” (ANDRADE,
ANDRADE, 1962).
1962 Em nosso
conjunto de canções aqui abordado temos
temos seis onde aparecem a primeira e cinco onde
aparecem o segundo tipo de sincopa respectivamente,
respectivamente ou seja, 11 em 52, portanto
pouco recorrente.
Outro aspecto tratado como importante no nível composicional,
composicional porém de viés
mais estético, dentro do universo aqui
aqu recortado é descrito pelo próprio Chediak da
seguinte maneira:

As composições de Donato, em sua maioria, possuem uma característica


bastante marcante e interessante de se observar: a primeira frase rítmica se
repete no decorrer da música, como em A Rã, Até quem sabe,
sabe Lugar
comum Amazonas, Cadê você,, entre outras (CHEDIAK, 1999, p. 4)
comum,
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Ora, parece quase ingênuo afirmar que a noção de “motivo”, tão cara a uma
visão eurocêntrica da música,
música que tem em Beethoven o compositor paradigmático na
exploração desse recurso na música tonal ocidental, seja uma característica específica
de João Donato. Segundo Schoenberg, “usado de maneira consciente, o motivo deve
produzir unidade, coerência, lógica, compreensibilidade e fluência do discurso”
(1991, p. 35), entretanto, o que se passa é que essas canções fazem uso de um único
motivo ou de uma única frase que se repete em variações que, desse modo, poderiam
ser chamadas de “mono-motívicas”
motívicas” ou “mono-frásicas”.
“mono
Este
ste também não é um recurso exclusivo de João, como se pode notar em
inúmeras músicas
úsicas como “Autumn Leaves” (J. Kosma) ou “Imagem” de Luiz Eça.
Talvez a singularidade esteja
este na junção insistente desse recurso com o aspecto
rítmico, o que aponta mis uma vez para o elemento imponderável do swing.
swing
Além disso, o que se poderia detectar como características generalistas do
Donato compositor? Assim como no nível da improvisação, há uma afirmação de que
o acreano carioca trabalhe numa estética de “simplicidade
“simplicidade e beleza”, segundo Souza
(1999), Chediak (1999) e ainda, como se pode ler no verbete dedicado a ele na
Enciclopédia Itaú Cultural, “quando improvisa é simples, tocando poucas notas, e
sofisticado, escolhendo com cuidado as notas que vai tocar”.
Pelo que se afirma há uma relação estreita entre a maneira como que se
entende seu universo composicional e,
e ao mesmo tempo, como se interpreta sua
habilidade como improvisador. Mas seria isso verificável composicionalmente?
As melodias várias vezes mantém a mesma
mesma estrutura rítmico-fraseológica,
rítmico
inclusive nas partes “B” das peças, onde se esperaria um contraste. Tal contraste
acontece, mas se verifica muito mais no
n nível harmônico,, como em A Bruxa de
sabe Nua Ideia, e ainda estamos na letra
Mentira, A Rã, Até quem sabe, tra “a” do índice de
nosso objeto.
Outro aspecto que chama atenção é um detalhe em particular em cada peça
que adiciona certa personalidade as mesmas.. Como exemplos, podemos citar a quebra
métrica de Bananeira,, onde no último compasso do ciclo de oito da parte “A”, temos
o movimento dominante/tônica no mesmo compasso, quando seria de se esperar que a
tônica
nica só aparecesse novamente no primeiro compasso do ciclo.
ciclo
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Isso pode ser atribuído a certo ajuste ao deslocamento


mento métrico proposto pela
melodia, talvez oriundo de características afro aculturadas das polirritmias
ritmias presentes,
presentes
através do procedimento chamado de ritmo cruzado pelos etnomusicólogos.
etnomusicólogos De
qualquer forma, soa inusitado.
Em Minha saudade,
saudade uma de suas peçass mais conhecidas, dentro de cadências
harmônicas bastante usuais, temos notas “alteradas” na melodia fora da tonalidade
original, mas que são dissonâncias possíveis àqueles
àquele acordes,, como por exemplo,
sexta menor (13-)) e nona menor (9-)
(9 no acorde dominante da tonalidade maior. Isso
mostra que Donato provavelmente incorporou um olhar norte-americano,
americano, muito mais
focado na relação escala/acorde
acorde, do que em considerar a tonalidade geral da peça.
Temos ainda o caso de “A Rã”. Em primeiro lugar, como já visto acima,
aci a
motivo e a frase se repetem por toda a peça. Em segundo lugar, trata-se
trata de uma
canção de uma só parte estruturada em aab, ou seja,, uma estrutura ternária cuja
totalidade do número de compassos seria 24 quando se considera a repetição. Isso
dentro de um universo onde quase que sempre impera o aaba ou a canção de uma só
parte estruturada assim.
Há uma diferença harmônica na segunda frase a que nos obrigaria, no nível
harmônico, de chamá-lo
lo de a`. Na frase b acontece uma cadência bastante típica da
música popular brasileira (IV/ivm6/III7/VI7/II7/IIm7/V7)
(IV/ivm /III7/VI7/II7/IIm7/V7) que se encerra com uma
pequena surpresa da resolução sendo, para usar o termo de Schenker (1980), uma
tonicalização no VI grau, ou aquilo que Xxxx chamou de “picardia
picardia na Submediante
Maior”.
O fato é que ao analisar seu trabalho nesta comunicação quase que
exclusivamente através de seu songbook,, ao mesmo tempo em que se perde algo só
passível de registro via gravações, pode-se
pode se sim elucidar uma série de aspectos
interessantes na construção de sua obra. Optou-se
se aqui por não tratar da questão das
letras, inclusive porque o universo de seus parceiros é bastante eclético, de Haroldo de
Campos a Paulo Cesar Pinheiro, passando por Moraes Moreira e Cazuza. Sendo
assim, não parece que traria algo passível
passível de ser tratado como uma generalidade
interessante.
Entretanto a consistência do recorte apresentado se fundamenta no fato de que
este não foi manipulado pela pesquisa, uma vez que é dado pelo próprio songbook.
Foi aceito pelo próprio compositor como significativo, na medida em que ele fez parte
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do processo tanto de seleção quanto de correção. Com


C isso, foi possível alçar
pequenos vôos em direção a um possível entendimento de parte de sua obra.
E há sim,, indiscutivelmente, interesse, simplicidade e beleza nela. Não como
algo genérico, categórico ou mesmo reincidente enquanto solução,, que se possa
inferir do conjunto de partituras aqui visitado. João Donato consegue inserir um
elemento sutil, porém surpreendente,
surpreendente a cada uma de suas peças,, o que claramente
incrementa o interesse de analisá-lo,
analisá estudá-lo, interpretá-lo e, principalmente, de
ouvi-lo.

- Livro
ANDRADE, Mario de. Ensaio sobre a Música Brasileira.
Brasileira. São Paulo: Livraria
Martins Fontes, 1962

CIRINO, Giovanni. Narrativas Musicais: performance e experiência na música


popular instrumental brasileira. São Paulo: Annablume Editora, 2009.

SCHENKER, Heinrich. Harmony. Chicago: University of Chicago Press, 1980.

SCHOENBERG, Arnold. Fundamentos da composição musical. São Paulo: 1991,


Edusp.
SONGBOOK de João Donato. Rio de Janeiro: Editora Lumiar, 1999
SONGBOOK de Tom Jobim, Volumes I, II e III. Rio de Janeiro: Editora Lumiar,
1990
SOUZA, Tarik de. Impressionismo no Telecoteco.
Telecoteco In Songbook de João Donato. Rio
de Janeiro, Editora Lumiar, 1999

- Artigo em Periódico

CAPORALETTI, Vincenzo, “Uma musicologia audiotátil”, trad. de Fabiano A. Costa e Patrícia


de S. Araújo, RJMA – Revista de estudos do Jazz e das Músicas Audiotáteis, Caderno em
Português, nº 1, CRIJMA – IReMus – Sorbonne Université, Abril 2018, p. 1-17.
17. Disponível em:
<https://www.nakala.fr/nakala/data/11280/08eefd43>.

PIEDADE, A.T.C..Jazz,
Jazz, música brasileira e fricção de musicalidades. Opus: Revista
da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação
Pós em Música – ANPPOM,
ANPPOM/Ed da Unicamp, v. 11, n. 1, p. 113-123,
113 2005.

- Trabalho em Anais de Evento


xxxx-

- On-line
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Dicionário Cravo Albim. Disponível em http://dicionariompb.com.br/joao


http://dicionariompb.com.br/joao-
donato/obra Acessado em 07 de Nov. de 2019

Wikipedia. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Donato e


acessado dia 07 de Nov. de 2019

JOÃO Donato. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São
Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa12534/joao donato>. Acesso em: 09 de
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa12534/joao-donato>.
Nov. 2019. Verbete da Enciclopédia.
i
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa12534/joa
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa12534/joao-donato , acessado em 15/11/2019 e
https://osomdovinil.org/joao-donato
donato-quem-e-quem-2/, acessado em 15/11/2019.
ii
Cada músico ou agrupamento traz diferentes células rítmicas ou mesmo diferentes nuances na
execução destas.
iii
Àquelas de subdivisão de semicolcheia,
semicolcheia, ou seja, semicolcheia/colcheia/semicolcheia.
semicolcheia/colcheia/semicolcheia

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