SEgurança Do E-Sistaf DISSERTAÇAO de Belchior 2018 PDF
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MAPUTO
2018
Trabalho de conclusão de Dissertação de Mestrado a ser submetido ao Instituto
Superior de Relações Internacionais (ISRI) como cumprimento parcial dos requisitos
necessários para obtenção do grau de Mestrado em Administração Pública e Estudos de
Desenvolvimento com Especialização em Finanças Públicas.
O Candidato O Supervisor
__________________________ ________________________
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro por minha honra que o presente trabalho é inteiramente da minha autoria e que
nunca foi anteriormente apresentado para avaliação.
O Candidato
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EPÍGRAFE
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Anónimo.
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AGRADECIMENTOS
À minha família pelo facto de me ter sempre ajudado, estando comigo e incentivando-
me na elaboração desta investigação, até nas alturas em que a motivação diminuia. SIM,
foi ela que me apoiou, nunca contemplando a hipótese de uma possível desistência e, por
isso mesmo, os meus pedidos de desculpa pela ausência.
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DEDICATÓRIA
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LISTA DE ACRÓNIMOS
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INDICE
EPÍGRAFE ............................................................................................................................. 2
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................ 3
DEDICATÓRIA ..................................................................................................................... 4
ACRÓNIMOS………………………..………………………………………………………...v
Lista de tabelas e graficos ....................................................................................................... 9
RESUMO .............................................................................................................................. 10
Abstract ................................................................................................................................ 11i
CAPÍTULO I ........................................................................................................................ 12
1.1 Introdução ....................................................................................................................... 12
1.2 Delimitação temporal e espacial do estudo ......................................................... 15
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 30
2 Quadro Teórico e Conceptual ............................................................................................ 30
2.1 Apresentação das Teorias que norteam a presente pesquisa ......................................... 30
2.1.1 Teoria do D O.............................................................................................. 30
2.1.1.2 Percursoes…………………………………………………………………………………………………………..16
2.1.1.3 Pressupostos……………………………………………………………………………………………………….16
2.1.1.4 Criticas.………………….……………………………………………………………………………………………16
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2.1.1.5 Aplicabilidade………………………………………………..…………………………………………………..16
2.1.2.1 Contextualição…………………………………………………………………………………………..………18
2.1.2.2 Percursoes………………………………………………………………………………………………………….18
2.1.2.3 Pressupostos………………………………………………………………………………………………………19
2.1.2.4 Criticas.…………………….…………………………………………………………………………………………20
2.1.2.5 Aplicabilidade……………………………………………………………………………………………………..20
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4.2.1 Anos de exercício de funções profissionais na Administração Pública por parte dos
funcionários entrevistados. .............................................................................................. 60
4.2.2 Quantidade dos funcionários intervenientes para operar no e-folha .......................... 61
4.2.3 Requisito para operador de e-Folha nas Instituições em análise ............................... 63
4.2.4 Papel de usuários do e-SISTAFE na gestão de pagamento de salário ....................... 65
4.2.5 Vantagens da implentação do e-SISTAFE ............................................................... 67
4.2.5 Trocas de senhas de segurança entre os funcionários ............................................... 56
4.2.6. Garantia da Segurança da senha de acesso ao e-SISTAFE ...................................... 68
4.3 Confrontando o princípio e a realdade observada sobre personalidades
envolvidas na validação de operações do e-SISTAFE no pagamento de salários. .. 70
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1. Tabelas
Conteúdo........................................................................................................................Pg
2. Gráficos
Conteúdo........................................................................................................................Pg
Gráfico-1: Anos de exercício de funções profissionais na Administração Pública por parte dos
funcionários que entrevistados......................................................................................................50
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RESUMO
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Abstract
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CAPÍTULO I
1.1 Introdução
A partir dos contextos supracitados, pode-se ainda afirmar que a Administração Pública
moçambicana tem evoluído de forma significativa na sua actuação para atender às
demandas sociais com o maior nível possível de eficiência para alcançar os resultados
para os quais a mesma se propõe. Assim, sendo que a mesma encontra-se a actuar num
contexto em que impera a diversidade de necessidade de impulsionar os níveis de
instrução dos funcionários para lidarem com as Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs), a Administração Pública procura corresponder de forma impactante
a estas. Este argumento basea-se no facto de as mesmas (TICs) terem um papel de
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Capítulo IV: Apresenta a análise de dados que resultam das entrevistas efectuadas
nos casos de estudo e faz-se a distinção dos casos estudados. Constitui a parte
prática do trabalho;
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Portanto, sendo que este tema constitui uma área específica do campo da Administração
Pública, aplicou-se, com efeito, as teorias científicas que tornaram possível a obtenção de
um olhar para a confrontação entre a realidade teórica e a prática sonante nas Instituições
Públicas em estudo.
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Do ponto de vista espacial, a escolha das Instituições públicas em estudo encontra a sua
justificativa em duas principais linhas de pensamento analítico, nomeadamente:
1.3 Contextualização
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A partir daquele ano, esforços do Governo para a modernização nas áreas do Orçamento
da Administração Pública, impostos indirectos, alfândegas, entre outras, têm sido
desenvolvidos de forma dinâmica e impactante. Neste sentido, existem dois objectivos
sublinháveis no âmbito de transformação das formas de gestão do OE na Administração
Pública. Primeiro, o objectivo dessas reformas é o de melhorar o sistema de programação
e execução orçamental, harmonizar o sistema de impostos e a pauta aduaneira com os
sistemas vigentes nos países da região em que Moçambique se insere. Segundo, é o
delinear circuitos de registo na área da contabilidade pública, visando torná-los mais
eficientes, eficazes e transparentes. Portanto, com a criação do Sistema de
Administração Financeira do Estado (SISTAFE), aprovado através da Lei n.º 9/2002, de
12 de Fevereiro, e a aprovação do respectivo Regulamento, pelo Decreto n.º 23/2004, de
20 de Agosto, entrou-se numa era da reforma do sistema de administração financeira do
país. O objectivo dessa reforma é o de estabelecer e harmonizar regras e procedimentos
de programação, gestão, execução e controlo do erário púbico de modo a permitir o seu
uso eficiente e eficaz. Adicionalmente ao que se referiu acima, há objectivo de produzir
informação concernente à administração financeira dos órgãos e instituições do Estado
de forma integrada e atempada. Para a implementação do SISTAFE, foi desenvolvido um
sistema informatizado designado e-SISTAFE, que permite a execução orçamental via
directa. Anteriormente ao SISTAFE, o sistema de administração financeira apresentava
os seguintes desajustamentos:
“[...] Métodos rudimentares de trabalho;
Incapacidade de cobrir e tratar contabilística e financeiramente mais de um terço de
todos os recursos públicos aplicados em órgãos e instituições do Estado;
Sistema maioritariamente manual, de partidas simples;
Sistema manual, lento, trabalhoso e sujeito a erros;
Gestão de tesouraria ineficaz pela dispersão de fundos públicos e multiplicidade de
contas bancárias distribuídas pelos diversos sectores, [...] (Sal & Cadeiras, 2005: 2).
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1.4 Justificativa
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Como se indica no trecho abaixo, o período de tempo compreendido entre 2007 e 2016
foi, sistematicamente, definido como fulcral para a melhoria da gestão financeira do
Estado moçambicano.
Assim, do ponto de vista de utilidade, esta pesquisa visa iluminar nas seguintes esferas:
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1.5 Problematização
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E, como todo o sistema que é operado por seres humanos, o e-SISTAFE apresenta
algumas potenciais fragilidades que, embora ainda não tenham sido documentadas,
precisam ser verificadas. Por exemplo, apesar de ter sido criado um sistema redundante,
com vários pontos de decisão independentes mas que são operadas separadamente através
de pessoas diferentes com senhas próprias, não há garantia de que uma única pessoa não
possa desempenhar duas ou mais funções operativas no sistema através de acumulação
de senhas.
Há relatos de tais violações e algumas vezes feitas ingenuamente e noutras por real
necessidade, como são os casos em que um dos membros não se encontra disponível para
intervir no processamento de salário, mas para garantir que o mesmo seja pago e com as
devidas correcções, cede a sua senha a outro usuário do e-SISTAFE.
Assim, esta percepção passou a ser consubstanciada como fundamental para a actuação
pública o que, posteriormente, foi incorporada para a Lei n. º 9/2002, instrumento
normativo criado para orientar o funcionamento interno das instituições públicas tendo
como pano de fundo o respeito à observância estrita do princípio de legalidade. Ao abrigo
desta Lei, Título I, Cap. I, art.º 4, alínea b), estabelece-se de forma consistente que:
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Não obstante o que acima se referiu, a realidade prática das instituições públicas
moçambicanas evolui no sentido que contraste os esforços aplicados para a
funcionalidade eficaz tanto da Lei supra referida, como do e-SISTAFE. Esta situação tem
vindo a constituir objecto dos meios de comunicação social que reportam as falhas de
operação do e-SISTAFE nas instituições públicas. E, com efeito, esta disfuncionalidade
percepciona-se, quando se realçou no âmbito da vigência do e-SISTAFE que: “ […] o
pagamento de salários e outras despesas do Estado em quase todas as províncias
moçambicanas está atrasado devido a problemas técnicos no Sistema Electrónico de
Administração Financeira do Estado (SISTAFE) que, há 15 dias, está a ser revisto com
vista a melhorar o seu desempenho […]”2, às vezes sem conta é consubstanciado pela
questão de segurança do próprio e-SISTAFE, pelo facto de partilha das senhas de usuário
do próprio sistema.
2
Jornal@verdade online do dia 30. 09. 2013
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1.6 Objectivos
Os objectivos que orientaram a elaboração deste trabalho são compostos por dois tipos,
designadamente: o objectivo geral e os objectivos específicos.
1.6.1 Geral
1.6.2 Específicos
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1.8 Hipóteses
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CAPÍTULO II
2. Métodos e técnicas
Quanto aos fins, para a realização deste trabalho usou-se a pesquisa aplicada. Segundo
Vergara (2000:47), a pesquisa aplicada é fundamentalmente motivada pela necessidade
de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não. A principal vantagem deste tipo
de pesquisa é, na óptica deste autor, a de prover uma finalidade prática.
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Portanto, este tipo de método ajusta-se aos objectivos propostos, pois na perspetiva de
Marconi (2001: 48), permite obter, de conjuntos complexos, representações simples e
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constatar se essas verificações simplificadas têm relações entre si. Significa redução de
fenómenos a termos quantitativos e manipulação estatística, que permite comprovar as
relações dos fenómenos entre si, e obter generalizações sobre sua natureza ou significado
(Ibid.).
2.5.1 Observação
Dste tipo de técnica de pesquisa constatou-se que embora haja falta de segurança das
senhas por parte dos seus usuários, o problema maior reside no facto de os funcionários
não estarem devidamente preparados para lidarem com a modernização da Administração
Pública em Moçambique.
Entrevista semi-estruturada, para Marconi & Lakatos (2003:196), é aquela está focalizada
num assunto sobre o qual elaboramos um roteiro com perguntas principais,
complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à
entrevista. Para este autor, esse tipo de entrevista pode fazer emergir informações de
forma mais livre e as respostas não estão condicionadas a uma padronização de
alternativas.
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Ausência dos funcionários nos locais de trabalhos para evitarem ser entrevistados
por motivos que eles mesmos preferiram não expressar.
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CAPÍTULO III
Esta pesquisa assentou na aplicação integrada de duas teorias de base, uma das quais é do
campo da administração, a teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO) e outra é a
de campo de desenvolvimento económico, a teoria Neo-institucionalista.
3.1.1 Teoria do DO
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Como se pode notar, a teoria do DO, com as suas respectivas fases, visa permitir que as
organizações observem, na sua actuação um conjunto de etapas para tornar eficiente a
consecução dos objectivos almejados. Ou seja, existe uma preocupação com desempenho
e eficácia organizacional (Kwasnicka, 2006: 145).
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3.1.3 Precursores
3.1.4 Pressupostos
3.1.5 Críticas
3.1.6 Aplicabilidade
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Segundo Hall & Taylor (2003:99), as instituições governamentais têm sido um foco
central da Ciência Política, visto que as políticas públicas são determinadas,
implementadas e executadas por instituições. Como defendem (Ibid:111), o neo-
institucionalismo não constitui uma corrente de pensamento unificada. Neste sentido,
todas as correntes de pensamento que compõem o neo-institucionalismo correspondem,
na realidade, a uma reacção contra as perspectivas comportamentais e buscam elucidar o
papel desempenhado pelas instituições na determinação de resultados sociais e políticos.
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Carvalho, Viera & Lopes (2001:1) afirma que a concepção tradicional, baseada nos
modelos racionais, começou, a ser desafiada ao rejeitar a concepção racionalista e tratar
como variáveis independentes as instituições, passou a vislumbrar a organização como
expressão de valores sociais, destacando sua relação com o ambiente. Afirma Fonseca
(2003:301) que tais idéias apoiaram o desenvolvimento das pesquisas de autores como
Meyer, Meyer & Rowan, Meyer & Scott e Zucker, cujas duas teorias, a Teoria
Institucional e Neo-institucionalismo semearam as componentes centrais do pensamento
neo-institucionalista, a ser abordado na sequência. Mas mesmo o pensamento neo-
institucionalista teve ramificações e apresentou origens distintas, tal como nos casos das
escolas de institucionalismo identificadas por Hall & Taylor (2003) – que sustentam que
todos aqueles autores surgiram em contraposição às perspectivas behavioristas, influentes
nos anos de 1960 e 1970, buscando elucidar o papel desempenhado pelas instituições na
determinação de resultados sociais e políticos - como histórica, de pensamento racional e
de Sociologia. A escola do institucionalismo histórico desenvolveu-se como reação
contra.
3.2.2 Percursores
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3.2.3 Pressupostos
3.2.4 Críticas
A teoria dá maior enfase a “estruturação” desenvolvida por Giddens para sintetizar acção
e estrutura na análise sociológica, deslocando, contudo, o nível de análise para as
organizações (Powell & DiMaggio 1983:147-160).
Estruturas de dominação e padrões de coalizão, além de um maior conhecimento mútuo
entre os participantes envolvidos no mesmo empreendimento (ibid:148).
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3.2.5 Aplicabilidade
No que tange à aplicabilidade, pode-se referir que, numa primeira fase, as Instituições em
análise aplicam o e-SISTAFE e, de forma específica, o e-Folha, para assegurarem o
pagamento de salários aos funcionários, por parte dos funcionários com perfis para
operarem no sistema, conforme as prescrições legais definidas pelo SISTAFE. No
entanto, a segurança na aplicação do e-SISTAFE depende mais das forças produzidas no
local do desempenho das funções e actividades profissionais por parte dos funcionários.
3
Vide a análise de dados, da páginas 57 e 58.
4
Manual elaborado pelo Ministério da Economia e Finanças, Direção Nacional da Contabilidade Pública,
2009, Pagamento de salários por e-Folha.
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instituição nas novas TICs e a sua modernização, que não é possível sem uma abordagem
centrada no indivíduo com capacidade de modificar a formação de operacionalização
formalmente estabelecida, que, por sinal, é que impulsiona a forma de atuação interna,
referente a aplicação do e-SISTAFE.
3.4 Conceitos
Conforme se pode notar na definição e concepção que apresentamos acima, para os casos
de estudo comparado, o SISTAFE permite viabilizar o pagamento de salário aos
5
Sobre este assunto, vide a Lei n.o 12/2009.
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funcionários através dos princípios jurídicos definidos que, por sua vez, são executados
sistematicamente pelo e-SISTAFE. Desta feita, a funcionalidade do SISTAFE está ligada
ao e-SISTAFE, sem o qual não é possível efectuar operações referentes à execução da
parte financeira do Estado.
Desenvolvimento – na óptica de Todaro & Smith (2006: 15-26), “deve ser concebido
como um processo multidimensional que envolve mudanças profundas nas estruturas
sociais, atitudes das pessoas e instituições nacionais a aceleração do crescimento
económico, a redução da desigualdade, a erradicação da pobreza”.
O conceito de desenvolvimento aplicado é da optica do autor Todaro & Smith visto que,
percebeu-se, ao longo da realização deste trabalho, que a aplicação do e-SISTAFE nos
três casos de estudo visa mudanças e não apenas orientar a actuação interna dos mesmos,
como também o comportamento dos funcionários segundo a dinâmica imprimida pelo no
sector público em Moçambique.
Conforme a Lei n.º 16/2012 (Cap. I, secção I, art.º 3, número 1) Funcionário público é a
pessoa que exerce mandato, cargo, emprego ou formação em entidade pública, em virtude
de eleição, de nomeação, de contratação ou de qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, ainda que de modo transitório ou sem remuneração
Para o presente trabalho, aplicou-se o primeiro conceito dado que, quando entrevistados,
os funcionários destas Instituições, realçaram que os funcionários atribuídos perfis para
execução de pagamento de salários devem ter “visto do Tribunal Administrativo” e são
os que fazem parte do quadro e tem nomeação definitiva ou provisória.
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Sistema “é conjunto de princípios teóricos que formam uma mitologia ou uma doutrina.
[…] é conjunto de elementos interconectados e de estrutura determinada que é capaz de
assegurar um processo e produzir um efeito”, (Leão et al, 2000:223).
Quanto à sua natureza, de acordo com Laudon & Laudon (2004:215)), os sistemas podem
ser:
Neste tipo de natureza dos sistemas, usou-se sistemas abertos porque percebeu-se na
colecta de dados que os funcionários que trabalham no e-SISTAFE trocam o fluxo de
informação proveniente da necessidade de operacionalizarem o SISTAFE.
6
Importa salientarmos que do ponto de vista dos sistemas, existem perfis que só funcionam depois na base
de operação de funcionários com outros perfis.
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A definição deste tipo de sistema permitiu perceber-se que nos casos estudados, existem
computadores à disposição dos funcionários para pagamento de salários e que constituem
o equipamento específico para operacionalização do SISTAFE, na sua componente e-
SISTAFE.
Neste caso, a segurança de sistema informático permite, segundo o que podemos analisar
através do trabalho de colecta de dados nas Instituições em estudo, tornar transparente o
processo de pagamento de salários aos funcionários. Porém, pode-se perceber que as
senhas de segurança aplicadas pelos funcionários usuários do e-SISTAFE.
O’ Brien (2004:98) refer que sistema de informação “é um conjunto formado por pessoas,
software, hardware, procedimentos e dados. O sistema de informação é responsável por
difundir as informações através da organização”. Nesta definição, pode-se salientar que
o sistema de informação nas três Instituições a que nos propomos analisar refere-se a
todos os instrumentos de computadores utilizados e aos funcionários que os utilizam para
o efeito de materialização dos preceitos definidos pela lei, numa perspectiva financeira.
Tomando, ainda, em consideração a definição do sistema de informação que se
supracitou, importa sublinhar que nos casos de estudo referentes a actuação de e-
SISTAFE são difundidas depois de serem produzidas aos superiores hierárquicos, para
além de se permitir todos funcionários tomem conhecimento de todas as etapas através
do resultado final que é o de receberem salários.
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Em suma, tendo por base esta reflexão, torna-se clara a importância da introdução de
novas tecnologias e suportes comunicacionais digitais nas organizações públicas,
estando-lhes associadas potencialidades que contribuem positivamente no apoio ao
desenvolvimento das práticas organizacionais.
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(2005:450) referem que entre os principais aspectos que incentivaram o surgimento dessa
inovação, pode ser citado, pela ordem de relevância para os governos:
As pressões da sociedade para que o governo melhor seus gastos e actue, cada vez
mais, com transparência, qualidade e de modo universal na oferta de serviços aos
cidadãos e às organizações em geral.
Esta evolução gerou uma autêntica revolução nos processos e modelos de funcionamento
da Administração Pública e pretende essencialmente oferecer serviços públicos eficazes,
eficientes com o objectivo de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, reduzir os custos
das operações da própria Administração Publica mobilizando recursos em torno de
objectivos comuns e criar valor acrescentado à economia, (Cardoso, 2012:45). Portanto,
a partir desta discussão, fica evidente que o governo electrónico serve para melhorar a
forma de actuação da Administração Pública.
44
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Nessa busca por flexibilização e transparência, os governos têm adoptado as TICs como
importantes instrumentos para mudarem a maneira de prestar o serviço público, (Mazzei
& Castro, 2016:50). Em termos gerais, ao que salienta (Cardoso, 2012:90), o e-gov
consiste em optimizar a prestação de serviços públicos, tendo como factores de impulsão
e suporte de desenvolvimento e tomada de decisão a utilização de tecnologias, internet e
novos meios de comunicação. É assim que a aplicação da plataforma do e-SISTAFE
aparece como componente do governo que visa materializar, de forma eficaz as
directrizes definidas dentro das componentes electrónicas aplicadas no sector público
Moçambicano.
De acordo com Sharme (2007:19), a utilização das TICs pela Administração Pública pode
possibilitar não apenas a gestão de informações e serviços, mas a abertura do Estado à
sociedade, fomentando a interação e a participação do cidadão no processo decisório. O
desafio posto a esse instrumento é o de inserir mecanismos participativos que privilegiem
relações mais democráticas e transparentes entre decisores e cidadãos.
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Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Um dos grandes desafios das nações modernas é a construção de uma sociedade na qual
todos os indivíduos ou grupos sociais sejam capazes de criar, utilizar e acessar informação
e conhecimento de modo eficiente, (Sharme, 2007: 32) A realização deste efeito está
fortemente relacionada às tecnologias da informação e do conhecimento, uma vez que o
progresso da TI vem mudando a forma como a sociedade usa a informação e se relaciona
com ela (ibid.).
Em função deste contexto, nota-se que o pagamento de salário aos funcionários públicos
na Administração Pública (em Moçambique) visa assegurar o controlo de actuação do
executivo dentro de princípios de transparência e imprimir uma dinâmica no alcance dos
objectivos desejados, quais reflectem, irrefutavelmente, uma melhoria dos serviços
públicos e a forma pela qual os mesmos são prestados.
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Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Sal & Cadeiras (2005: 1-10) afirma que o sistema vigente antes da introdução do
SISTAFE era inadequado pelas seguintes razões:
Métodos rudimentares de trabalho;
Incapacidade de cobrir e tratar contabilística e financeiramente mais de um terço
de todos os recursos públicos aplicados em órgãos e instituições do Estado;
Sistema maioritariamente manual, de partidas simples;
Sistema manual, lento, trabalhoso e sujeito a erros;
Gestão de tesouraria ineficaz pela dispersão de fundos públicos e multiplicidade
de contas bancárias distribuídas pelos diversos sectores, entre outros.
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
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Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Recolha do mapa de efectividade do periodo que vai do dia 21 do mês anterior até
a 21 do corrente,
Analisa a informação;
Introdução da informação no sistema;
Correcção da informação em caso de erro;
Fechar o mapa de efectividade;
O registo de efectividade no sistema no período de 21 a 30/31 de cada mês,
referente a efectividade do mês anterior antes da data do cálculo automático, dias
1 e 2 de cada mês;
Registo de efectividade dentro do prazo estabelecido;
Registo de horas extras, horas por turno, horas nocturnas para nos casos de
instituições que observam estes regimes;
Envio ao DAF dos documentos que influenciam o processamento de salários, tais
como, despachos de nomeação, promoção ou progressão, despachos de fixação de
vencimentos excepcionais para o cálculo das diferenças salariais, despachos que
fixam os abonos ou descontos de cálculos não automáticos.
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Fixação de abonos e de descontos que por sua natureza, o sistema não fixa
automaticamente;
Envio a documentação que permite a verificação pelo Supervisor Sectorial da
folha,
Proceder a correção no caso erro;
Conformidade da fixação de abonos/descontos;
Impressão das subfolhas de vencimento;
Emissão de talões de vencimento, guias de vencimentos bem como das
Declarações anuais de vencimento; e
Envio de informação para a verificação do Supervisor.
AME é responsável pelas seguintes actividades no e-Folha, até o dia 21 a 30/31 de cada
mês (CEDSIF, 2010:15):
Controlo de efectividade;
Controlo de horas extras;
Junção e envio dos documents justificativos de qualquer variação de vencimento
ou suplementos, ao agente sectorial do DAF;
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Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Conforme CEDSIF (2010:15) o ASF nos dias 3 a 6 de cada mês, no e-folha, é responsável
pelas seguintes actividades:
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
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Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
CAPÍTULO IV
7
Como indicador do desenvolvimento dos sistemas electrónicos em Moçambique, Marisa, Uate & Perreira
(2014: 12) apontam os seguintes: portal do governo, portal dos governos provinciais, rede electrónica do
governo e, por último, o e-SISTAFE.
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Os pilares que orientam a actuação desta instituição pública, enquanto dotada de uma
necessidade de implementar e aplicar de forma sistemática os objetivos prioritários da
reforma do sector público são conforme o Decreto n.° 21/2015, de 9 de Setembro os
seguintes:
Estes pilares, como se pode notar, mostram como a DPIC deve actuar de modo a
corresponder as expectativas do ambiente do público externo através do interno e por
meio ede filosofias definidas como pressuposto para actuação do seu aparato burocrático.
Director Provincial
Secção de
Secção de Secção de Secção de
Secretaria Administração e
Patrimonio Escrituração Fomação
Gestão do pessoal
Fonte: DPIC.
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Segundo uma das funcionárias desta Instituição, “a DPIC é internamente constituído por
uma quantidade estatística de 56 funcionários públicos e Agentes do Estado, dos quais 24
homens e 32 mulheres, desempenhando, evidentemente, as suas actividades profissionais
em escalões diferentes”8. Com efeito, este total de funcionários é suportado pela actuação
proficiente dos funcionários responsáveis pela execução do e-folha através da planilha
electrónica do e-SISTAFE.
A Escola Primária Completa Unidade 19 é uma escola pública do segundo grau do ensino
primário do Sistema Nacional de Educação moçambicana (SNE), com o controlo da
execução do seu orçamento é gerido por outra instituição (UGB), no caso sob “a tutela
do Ministério da Educação e Cultura, Direcção Provincial da Educação e Cultura e
Serviços de Educação, Juventude e Tecnologia da Cidade de Maputo e é regido por
regulamento Interno, no seu Capitulo 1, artigo 1, nº2 e demais documentos do Estado que
regulam a função pública”. Esta Instituição de ensino situa-se geograficamente ao
extremo Sul da Cidade de Maputo, Distrito de Ka-mubucuane, bairro Jorge Dímetrov.
8
Naila Fernandes;
57
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Organograma da EPCU19
Fonte: EPCU19
A partir deste organigrama pode-se concluir que a EPCU19 comporta, no que tange a
natureza, uma hierarquia composta, a qual influencia na operação dos funcionários
incumbidos a responsabilidade de operarem no e-SISTAFE.
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
9
Art. n.o 2, Decreto n.o 67/2009, de 11 de Dezembro.
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Na ANEA: cerca de 70% dos funcionários têm mais de 10 anos de serviços e 30%
com menos de 10 anos;
Na DPIC: cerca de 60% dos funcionários têm mais de 10 anos de serviços e 40%
com menos de 10 anos e, finalmente; e
10
Dados fornecidos pelo ANEA.
60
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Gráfico-1: Anos de exercício de funções profissionais na Administração Pública por parte dos
funcionários entrevistados.
CHART TITLE
ANEA DPIC EPCU19
80%
60%
70% 20%
40%
EPCU19
30%
DPIC
ANEA
Mais de 10 Menos de 10
61
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
CHART TITLE
ANEA DPIC EPCU19
50% 50%
50%
20% 0% 0% EPCU19
0% DPIC
0% ANEA
Como pode-se evidenciar, nenhum funcionário sabe dizer quantos intervenientes são
necessários para operar no e-folha e, de acordo com o fenómeno observado nos locais do
estudo, os intervenientes limitam-se a entrar no sistema nas datas da sua intervenção sem
saber quem antecedeu ou quem irá prosseguir, permitindo concluir que os usuários não
tem domínio dos passos no procedimento de processamento de salários por meio de e-
SISTAFE.
Na ANEA: cerca de 30% dos funcionários não conhecem os requisitos, 60% dos
funcionários conhecem os requisitos, 10% responderam apenas basta ser
funcionário público;
63
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Na DPIC: cerca de 30% dos funcionários não conhecem os requisitos, 50% dos
funcionários responderam conhecem os requisitos, 10% responderam apenas
basta não ser utilizador com outro perfil; e
CHART TITLE
ANEA DPIC EPCU19
100%
60%
60%
30%
0% 0% 0% EPCU19
30% 10%
0% DPIC
10%
0% ANEA
Como se pode verificar, a condição primária para que os funcionários das Instituições em
estudo sejam eleitos usuários do e-Folha é sabjamente conhecida por todos os
entrevistados, isto vem a comprovar que os funcionários no desempenho das suas
actividades não pautam com as normas do SISTAFE, não por desconhecimento, mas sim
por ignorância da norma. Esta situação pode estar a revelar uma situação de
desorganização das estratégias internas para o pagamento de salários por parte dos
funcionários com essa responsabilidade, para além de ser uma pista para percebermos que
estes não estão devidamente capacidos para trabalhos em conjunto no sistema electrónico.
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Entrevistados sobre os seus papéis enquanto membros responsáveis pela aplicação das
normas relativas à dinâmica do funcionamento do e-SISTAFE, os funcionários afirmaram
de forma consensual que conhecem e observam os passos do e-folha. Entretanto, estes
funcionários, de forma repetitiva mostraram-se incapazes de explicar as mesmas etapas e
que, de forma complexa, estes só se dão conta de falta de conhecimento a que estão
sujeitos quando são colocados questões relativas ao que “acontece quando uma das etapas
da falha”. Assim, a questão 4, organizou-se à resposta em grupo de usuários do e-Folha,
num universo de 18 entrevistados, sendo que quando questionados sobre o papel dos
intervenientes na, gestão de pagamento de salário, as respostas mostraram-nos com
frequência que:
Dos 04 SSF do nosso estudo, onde dois são da ANEA e os restantes dois da DPIC
e EPCU19, respectivamente, apenas 25 % não respondeu correctamente e os
restantes responderam correctamente;
Dos 04 ASD do nosso estudo, onde 02 são da ANEA e os restantes dois da DPIC
e EPCU19, respectivamente, apenas 01 respondeu correctamente e 75% não
respondeu correctamente;
Dos 04 RSF do nosso estudo, ondo 02 são ANEA e os restantes dois da DPIC e
EPCU19, respectivamente, 50% respondeu correctamente e os restantes 50% não
responderam correctamente;
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
75% 75%
75%
50%
50%
25%
25% 25%
Total
44%
56% Respondeu correctamente
Não respondeu correctamente
66
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
100%
100% 78%
90% 78%
80%
70%
60%
50%
22%
40% 0% 0%
30% 22% EPCU19
0%
20% DPIC
10% 0%
ANEA
0%
Tem vantagem Não tem vantagem Não sabem
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
falou no anonimo disse: “ […] não cedo e nem cederia por nada, porque durante
a formação o formador foi claro quanto a esta questão […]”;
Na EPCU19: 50% dos entrevistados cedem as senhas, 25% dos entrevistados não
cedem e 25% dos entrevistados interrompem as ferias.
50%
60%
67%
70%
60% 25% 25%
50%
20% 20%
40%
EPCU19
30%
13%
20% DPIC
10% 0%
ANEA
0%
cede Não cede Interrope o que
esta fazendo
O estudo permite concluir que os funcionários cedem as senhas para garantir que durante
a sua ausência, o salário não seja pago tarde e que venham introduzidas todas
efectividades do mês em pagamento. Eis algumas declarações dos entrevistados quando
questionados sobre a questão em apreço:
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Do grafico-6, pode se entender que a maior parte dos funcionários olham para as senhas
como sujeitas a manipulação por partes dos seus utentes.
A Administração Pública moçambicana, além do facto de ser global em termos dos seus
princípios básicos, actua numa linha de ajustamento dos pressupostos definidos nos
documentos oficiais do Governo aos conteúdos exigíveis para a melhoria da prestação de
serviços públicos orientados para satisfazer com eficiência as demandas sociais. Com
efeito, esta componente consubstancia-se em várias vertentes, qual sublinha-se para a
presente análise. Nestas Instituições, a expressão da dinâmica executada na função
pública reside, essencialmente, no ajustamento às novas formas de pagamento de salários
através da aplicação da plataforma e-SISTAFE em determinados períodos de tempo,
dentro de um mês, nos moldes previamente definidos no sistema. Para alcançar-se este
objectivo, organiza-se funcionários provenientes de Repartiçãoes de Finanças e Recursos
Humanos que, de forma prática, lidam com o referido plataforma do e-SISTAFE, na
componente e-Folha.
70
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
1. ANEA
2. DPIC
3. EPCU19
71
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Destes quadros fica evidente, que a partir da quantidade de funcionários com perfis para
operarem no sistema: alguns perfis, como é o caso do SSF, ASD e por último, RSF, está
sujeito a cedência de senha, “sobretudo durante o período em que estão de férias, dado
que não existe ninguém para os substituir” 11 . Outros funcionários entrevistados
afirmaram que na ausência dos funcionários com perfis e capacitados, “faz-se arranjos
com funcionário que não estão cadastrados para o e-Folha”12. Portanto, a quantidade dos
funcionários com perfis para operarem no sistema pode estar no centro da problemática
da falta de confidencialidade das senhas de seguranças no local de trabalho nesta
Instituição.
11
Entrevistado que pediu anonimato da DPIC.
12
Entrevistado que pediu anonimato da ANEA.
13
Funcionário que pediu anonimato da DPIC.
72
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
apenas a quantidade de funcionários com perfis para operarem no sistema, mas também
ao seu carácter e a obediência aos superiores hierárquicos.
Com efeito, se constitui verdade afirmar que os funcionários têm perfis diferentes,
importa salientar que a cada um deles compete desempenhar funções diferentes e
específicas que correspondem ao conteúdo das senhas de segurança. Entretanto, os
funcionários entrevistados ao longo do processo da recolha de dados mostraram-se
propensos a violação dos princípios estipulados na Lei do SISTAFE. Neste caso, tendo
em conta que os funcionários violam tais normas a qual é lhes incumbido na
Administração Pública, pode-se salientar que, mais do que procurarem produzir
resultados no “seu local”, conforme mostra a teoria neo-institucionalista, eles promovem
14
Como é o caso do Sr. Rafael Chongo.
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
um senso de atraso das instituições públicas mesmo tendo tudo o que necessitam para o
seu avanço.
Esta secção reserva-se a uma relação de comparação entre os três casos em análise,
designadamente, DPIC, EPCU 19 e, finalmente, ANEA. Neste sentido, se extrai as
semelhanças, diferenças e, posteriormente, em linhas gerais, as conclusões obtidos entre
as mesmas que resultam do trabalho de recolha e análise de dados referentes ao horizonte
temporal que escolhemos para os efeitos.
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
UGA UGB
1-SSF, 1- 1-SSF; 1 2-SSF; 02-ASD; 02-ARS; AME, ARS, ACI
ASD, 1 ARS; ASD; 1 02-AME; e Agente de ASD, AME, ASD
1.Personalidades e 2 AME ARS; e 1 confirmidade sectorial da SSF, AF
(perfis) envolvidos AME folha (ACS)
1 Por cada 1 Por cada 2 Por cada perfil e somente 02 Para cada perfil
2. Número de perfis perfil e 2 perfil 01 para ACS
AME
3. Existência de terminal Sim Não Sim Existência de terminal
de e-SISTAFE de e-SISTAFE
Na ANEA, da tabela acima fica claro que relativamente as personalidades envolvidas que
operam no e-folha, há uma tendência de se ter o número desejados dos intervenientes,
porém, das entrevistas efectuadas constatou-se que, foi fornecido uma actividades do
ASD, (conformidade sectorial da folha) como sendo um perfil que intervém no processo
de pagamento de salário, por e-folha, por outras palavras, nesta instituição pode-se
concluir que, uma vez o salário sendo pago todos os meses, os operadores do e-SISTAFE,
75
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Na DPIC, bem como na EPCU19, concluiu-se do estudo efectuado que, para cada perfil,
somento só há um usário por cada perfil o que concorre para que haja trocas e ou
empréstimos de senhas de acesso ao e-SISTAFE, em casos de ausência de um dos
usuários. Este procedimento vincula uma desordem profissional e viola, com efeito, as
normas do funcionamento da Administração Pública endossadas no e-SISTAFE. Na
ANEA, pode-se verificar que relativamente a este aspecto cumpri-se com o estipulado,
de para cada perfil haver pelo menos dois usários, possibilitando que não haja trocas de
senhas na ausência de um dos usários, pese embora, mesmo observando-se este aspecto,
os funcionários entrevistados em anonimato frisaram que cedem as senhas quando seu
colega está bloqueado porque ele não tem o dominio do e-SISTAFE para não
comprometer a data de pagamento de salário. Esta situação mostra evidentemente que as
instituições públicas integram-se com uma maior dinâmica no contexto em que vigora o
uso das Tecnologias de Informação e comunicação (TICs), qual componente reflecte-se
nas mudanças defendidas de forma sistemática pela Teoria do DO, segundo as quais
sublinha-se a preponderância das “tecnologias para o benefício das organizações” 15 .
Porém, como os funcionários com perfis para operarem no sistema optam por práticas
que violam os instrumentos e programas normativos definidos pelo Governo, isso está
em consonância com a teoria neo-institucionalista. Esta teoria, conforme ficou claro, olha
para o comportamento dos funcionários das instituições públicas em estudo como produto
das próprias circunstâncias. Salienta-se ainda, nesta linha de pensamento, segundo a
teoria neo-institucionalista que se percebem fundamentos de utilidade em tais afirmações
e principalmente, uma base funcional que propõe que toda estrutura tende a ser
15
Para o aprofundamento do conhecimento em torno deste ponto, referente ao impulso da teoria do DO que
se pode aplicar às instituições públicas em Moçambique, conforme se procura estudar neste trabalho,
sugere-se a leitura do “Manual de Gestão de Recursos Humanos: uma abordagem conceptual e prática”,
escrita por Caixote & Monjane (2014: 225).
76
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
acompanhada de função e que se caracteriza ainda, como algo cuja finalidade, seja atender
uma necessidade.
Aos factos acima elencados importa afirmar que a Teoria do DO logra sistematicamente
um relativo fracasso nas instituições em análise dado que nota-se uma discrepância em
torno do nível de ajustamento das instituições públicas não só à forma de aplicação das
Tecnologias de Informação de Comunicação (TICs), como também às dinâmicas
multifacetadas da Reforma do Sector Público moçambicano; e ha também uma aceitação
retardada das práticas das instituições públicas ``os conceitos de mudança e de capacidade
adaptativa à mudança´´, (Caixote & Monjane, 2014: 223), dentro do contexto em que se
encontram enquadrados e a actuarem. Portanto, a partir deste contexto evidencia-se uma
dupla significação da teoria Neo-Institucional da seguinte maneira: (i) a apropriação da
significação desta teoria depende, basicamente, da forma pela qual as instituições
públicas estão viradas para actuarem dentro dos novos contextos; (ii) que, como viu-se
acima, a modificação do comportamento dos funcionários com perfis que operam no
sistema tem produz-se, em parte, a partir desta forma de configuração das instituições em
estudo. Assim, como não se pode deixar de olhar para avanços notáveis nestas
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Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
instituições, pode-se realçar, como o faz a teoria do DO, segundo Dalpozzo (1994: 79) 16
citado por Caixote & Monjane (2014: 223) que há:
Existência de uma nova concepção do homem baseada num conhecimento
acrescido de suas complexas e mutáveis necessidades, que substitui uma ideia do
homem ultra-simplicada e ingénua;
Existência de um novo conceito de poder baseado na colaboração e na razão, que
substitui um modelo de poder baseado na coação e na ameaça;
Um novo modelo de valores organizações baseado em ideais humanísticos-
democráticos, que substitui o sistema de despersonalizados e mecânicos da
burocracia.
Sendo assim, a integração de aplicação das duas teorias para resposta aos propósitos da
presente pesquisa visa, essencialmente, produzir uma mente dinâmica e eficiente do
funcionário com poder para transformar as instituições públicas em fóruns de valores para
resposta dos anseios não só dos funcionários, como também, em perspectiva holística,
dos cidadãos em Moçambique.
4.4.1 Semelhanças
16
Dalpozzo, Marco (1994), Administração de Recursos Humanos, Psicologia Social Publicações, São
Paulo, Brazil.
78
Segurança do e-SISTAFE na Gestão de Pagamento de Salários aos Funcionários Públicos. 2017
Estudo Comparado dos Casos da DPIC, EPCU 19 e ANEA (2007-2016).
Assim, importa referir que estas exigências e filosofias dizem respeito a aplicação do
Governo eletrónico operacionalizado sistematicamente através dos sistemas informáticos
para assegurar os princípios de uma Administração Pública moderna orientada para o
desenvolvimento, cujos funcionários desempenham as suas funções e actividades
profissionais na base dos seguintes valores defendidos: “moralidade”, transparência,
imparcialidade e probidade públicas”18, quais devem ser assumidos com conhecimento e
proficiência transformadoras. Entretanto, descorrendo o teor da teoria neo-
institucionalista, poude-se perceber a discrepância em termos de conflito entre o legal e a
prática faz-se sentir em grande peso nas Instituições públicas em análise na medida em
que, os funcionários com perfis preocupam-se mais pela praticabilidade “da coisa” do que
por qualquer outro procedimento, seja ele legal ou formal.
Analisando pelo resultado produzido que é o de pagamento de salário que é, afinal das
contas, infalível, no sentido acima proposto, destaca-se que os funcionários de todas as
Instituições públicas em análise encarram o pagamento de salários como uma das
componentes prioritários para garantir o funcionamento interno das próprias Instituições
e não operacionalizam apenas e simplesmente os conceitos da informação digital das
novas eras impostas na forma de prestação de serviços públicos internos e externos
17
Os funcionários entrevistados nos três casos de estudo afirmaram trabalham no sistema bem antes de se
escalar uma equipa para a formação. Em razão disto, selecionou-se a aplicação do conceito de capacitação
em substituição ao conceito de formação.
18
Cf. Lei n° 16/2012, de 14 de Agosto (Lei da Probidade Pública).
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através de funcionamento interno visto como ideal. Colocam em prática, de igual forma,
o sentido do servir aos cidadãos como vector prático de uma Administração Pública nova
que aplica a informação como vector principal para humanizar os serviços públicos como
elemento essencial para o desenvolvimento nacional e amplifica o rumo das mudanças
desejadas.
Nesta posição, as Instituições em estudo são vistas como epicentro para execução de
práticas orientadas para promover a satisafação das nessecidades colectivas dos cidadãos
a partir de uma abordagem que sublinha o funcionamento dinâmico como condição
essencial da Reforma do Sector Público.
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4.4.2 Diferenças
Enquanto nalgumas Instituições em estudo as senhas de segurança não podem ser cedidas
a quaisquer outros funcionários seja para que tipos de efeitos e, noutra, esta é uma prática
necessária dada a sua submissão (a que as mesmas estão sujeitas) à carência de um
número considerável de funcionários com os mesmos os perfis 19, nomeações definitivas,
falta de funcionários e divisão das tarefas profissionais, como é o caso da EPCU19. Esta
posição encontra o seu enfoque na teoria Neo-Institucionalista, pois esta anuncia, à luz
do que se pode compreender através dos seus postulados, uma análise de fenômenos
sociais na medida em que a homogeneidade do que define em procedimentos formais
ganha o seu adversário no campo da actuação por parte dos funcionários públicos.
19
Um exemplo deste caso é a EPCU 19.
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Ainda, constata-se que na EPCU19, pese embora, o pagamento de salário é feito por via
de e-SISTAFE, contudo não dispõem de uma terminal de e-SISTAFE (laboratório de e-
SISTAFE), para a prossecução das actividades financeiras, bem como, para a gestão de
pagamento de salários, sendo obrigados a processarem junto a Direcção Provincial da
Educação e, segundo o Regulamento do SISTAFE aprovado pelo Decreto 23/2004, de 20
de Agosto, no seu artigo 99, n.º 3, estabelece que o e-SISTAFE “é desenvolvido, mantido
e disponibilizado a todos os órgãos do Estado para operação dos procedimentos do
SISTAFE. Ainda de acordo com o mesmo Regulamento, os artigos 105 e 106 no seu n.º
1, apresentam que o SISTAFE e o e-SISTAFE foram implantados em 2004 em todos os
órgãos do Estado, para poder apoiar a gestão dos recursos financeiros públicos. Nesta
ordem de constatação, é oportuno neste momento dizer que este aplicativo informático
devia estar a funcionar em todas as instituições públicas, uma vez que passa mais de uma
década deste a implementação do SISTAFE.
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CAPÍTULO V
5 Conclusão
À esta questão, as respostas obtidas foram diferentes em função das exigências especificas
e próprias de cada Instituição pública. Mas também, importa sublinhar que as mesmas
foram semelhantes em função de pagamento de salários aos funcionários enquanto
resultado final das operações efeituadas ao sistema. Em todos os três casos de estudos,
constatou-se que existem observância e seguimento dos passos necessários para o
pagamento de salários aos funcionários que são responsáveis por exercer estas funções
profissionais e são indicados pelos superiores hierárquicos e são provenientes de unidades
orgânicas diferentes, conforme a configuração de cada uma das Instituições. Porém, esta
prática é condicionada pela vontade dos funcionários com perfis para operarem no
sistema, qual situação constitui um dos pressupostos básicos da teoria neo-
institucionalista.
No tocante aos papéis dos funcionários, está evidente que a divisão das tarefas em função
dos perfis atribuídos a cada um deles para operarem no e-SISTAFE é que permite
imprimir uma coerência no referente ao pagamento de salários destes aos outros
funcionários.
Quanto à questão de segurança do uso de senhas por parte dos funcionários destas
Instituições, chegou-se à conclusão de que as mesmas, embora garantam o pagamento de
salários, não fornecem segurança posto que todos os funcionários dos três casos em
estudo, incluindo os superiores hierárquicos permitem as passagens de senhas de um
funcionário para outro o que, analiticamente, a aplicação das mesmas de forma benéfica
para as Instituições dependa mais da vontade dos funcionários que as têm, e não como
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dever para estes efeitos. Esta prática está associada à insuficiência quantitativa dos
funcionários com perfis para o efeito e ignorância de aplicação dos conhecimentos nos
locais de capacitação o que torna-se cada vez mais agrado em casos de ausências de
funcionários. Em outros termos, desta sujeição das senhas de seguranças aos
“empréstimos” não existe nenhuma garantia da inviolabilidade dos princípios que regem
a actuação dos funcionários, conforme defende o manual de Formação e do utilizador do
e-folha.
20
Vide os pressupostos essenciais destas teorias, arroladas, de forma integrada, ao longo da realização da
presente pesquisa com o intuito de demonstrar avanços práticos e desafios.
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Nota-se ainda que da parte considerável dos funcionários entrevistados nenhum referiu à
incidências negativas que resultam do empréstimo de senhas de seguranças, o que dá
abertura de espaço para o fluxo tendencialmente maior de cedência de senhas,
constituindo um acto ilegal e contrário aos preceitos estabelecidos na Lei do SISTAFE.
Esta situação suscita debates cada vez maiores na medida em que, no âmbito da sua
capacitação para operarem no sistema, a nenhum funcionário é permitido a ceder as suas
senhas21 em todos os perfis, conforme referiram os funcionários entrevistados em todas
as três Instituições.
Uma outra questão que se pode abrir para debate é a necessidade de compreender-se a
interface existente entre os níveis de capacitação dos funcionários selecionados pelos
superiores hierárquicos e o comprometimento que estes têm em relação às funções
incumbidas de modo a tornarem execuível o ideário de serviços públicos desejados.
Portanto, podemos realçar, a partir deste contexto que as questões colocadas ao nível de
exploração de uma abordagem centrada na análise dos sistemas de governo electrónico
na Administração Pública em Moçambique é, fundamentalmente, marcado por
complexidades inerentes aos objectivos definidos e à realidade que se verifica na esfera
prática que, como consequência, mobiliza todo um conjunto de ferramentas teóricas e
práticas para determinados e diferentes contextos.
21
Durante a capacitação, os funcionários recebem exemplos práticos nocivos que ocorrem na
Administração Púbica moçambicana como resultado passagem de senhas de segurança para mão alheia.
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Do que acima ficou exposto depreende-se que o trabalho efectuado de recolha de dados
reflecte a realidade das instituições públicas em estudo sob uma perspectiva comparativa
porque o sistema de segurança do e-SISTAFE apresenta sérias vulnerabilidades,
sobretudo no que toca a escalões de acesso através de senhas para diferentes decisores na
cadeia de autorizações de pagamento de salário (e-folha). Assim, coloca-se em questão a
visão segundo a qual “as tecnologias de informação e comunicação são ferramentas
transversais e facilitadoras que oferecem oportunidades de soluções a todas as áreas de
desenvolvimento” (MCTESTP, 2015). Ainda, se constitui verdade que a teoria do DO é
uma “resposta às mudanças e que exige que os seus sujeitos sejam activos ao seu
processo”22, também constitui verdade que a mesma é uma reacção contra as práticas
negativas que se assitem nas instituições públicas analisadas neste trabalho. Portanto, em
função disso, propõe-se as seguintes medidas para o aumento de segurança na
operacionalização do e-SISTAFE:
À luz das constatações identificados como corolário do trabalho de colecta de dados para
esta pesquisa, suger-se as seguintes sugestões que, quando aplicadas de forma prática,
podem melhorar a forma de actuação de uma Administração Pública do âmbito de
governação digital desejada.
Recomemdações
O e-SISTAFE, não deve permitir que cada usário introduza sua senha sem antes
escrever o nome do seu perfil, para permitir que todos os usários conheçam seus
perfis;
O e-SISTAFE, deve ter uma janela de consulta das tarefas de cada perfil, para
permitir uma melhor fixação das tarefas.
22
Orlando (2017: 20), acessado atraves do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_desen
volvimento_organizacional.
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Deve-se prover o e-SISTAFE, de modo que na sua página inicial venham alistados
todos os nomes dos perfis intervenientes, bem como as tarefas por eles executadas,
para que antes que cada usuário acesse o e-SISTAFE ser obrigado a seleccionar o
nome do seu perfil e de seguida a visualizar as tarefas deste.
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CAPITULO VI
6. Referência Bibliográfica
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6.2. Legislação
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