Atividades Com Contos - Clarice Lispector PDF
Atividades Com Contos - Clarice Lispector PDF
Atividades Com Contos - Clarice Lispector PDF
Cadernos PDE
ODETE GUALBERTO
CURITIBA
2013
2
ODETE GUALBERTO
CURITIBA
2013
3
Fundamentação Teórica
A estrutura do enredo
Introdução ou apresentação – geralmente
coincide com o começo da história; é o momento em
que o narrador apresenta os fatos iniciais, as
personagens e, às vezes, o tempo e o espaço.
Desenvolvimento ou complicação – é a parte do
enredo em que é desenvolvido o conflito.
Clímax – é o momento culminante da história,
ou seja, aquele de maior tensão, no qual o conflito
atinge o seu ponto máximo.
Conclusão ou desfecho – é a solução do
conflito, que pode ser surpreendente, trágica,
cômica, etc., e corresponde ao final da história.
FELICIDADE CLANDESTINA
Felicidade => qualidade ou estado de feliz;
ventura; contentamento.
18
Tipo de conto:
Título:
Lugar:
Tempo:
Personagens:
Enredo:
Clímax:
Expansão dos fatos:
Como você já viu, a estrutura do conto pode
apresentar uma situação inicial, um conflito e uma
estrutura tão simples. É preciso despertar o
interesse do leitor e, para isso é importante o modo
como se desenvolve ou se expande cada uma
dessas partes. Expansões são ações que ampliam
ou desenvolvem uma ação fundamental.
1 – Em que parte do conto – início, conflito,
resolução – o relato se deteve?
2 – Que tipo de expansão – descrição, comentário
ou explicação – predomina no conto? Por quê?
3 – Fazer um grande círculo para comentários e
debates sobre o conto.
24
O PRIMEIRO BEIJO
Os dois mais murmuravam que conversavam:
era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
- Vá nunca beijou uma mulher antes de me beijar?
- Sim, já beijei antes uma mulher.
- Quem era ela?
Não sabia como dizer.
O ônibus da excursão subia lentamente a serra.
E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva,
e foi o que fez.
O ônibus parou, todos estavam com sede, mas
ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de
pedra, antes de todos.
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-
os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água.
Era a vida voltando e com esta encharcou todo o
seu interior arenoso até se saciar (fluxo de
consciência). A vida havia jorrado dessa boca de
uma boca para outra. Intuitivamente, confuso na sua
inocência, sentia intrigado: mas não é de uma
mulher que sai o líquido vivificador, o liquido
germinador de vida... Olhou a estátua nua.
Ele a havia beijado.
Perplexo, num equilíbrio frágil.
Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou
de uma fonte oculta nele à verdade. Que logo o
encheu de susto e logo também de um orgulho
antes jamais sentido. Ele... (fluxo de consciência).
25
1. Unicidade do ser e
do evento; Base da concepção
2. Relação eu/outro; dialógica da linguagem.
3. Dimensão axiológica
X. Produção de conto:
Propor aos alunos que produzam o seu próprio
conto com tema escolhido por eles.
REFERÊNCIAS
BARTHES, R. (1993) Mitologias, Bertrand Brasil,
São Paulo.
BARTHES, R (2002) O Prazer do Texto, Ed. Elos,
São Paulo.
BAKHTIN, M. (2003) Estética da Criação Verbal.
Martins Fontes, São Paulo.
BAKHTIN, M. (1988) Marxismo e Filosofia da
Linguagem. Hucitec, São Paulo.
GNERRE, M. (1985) Linguagem, Escrita e Poder.
Martins Fontes, São Paulo.
32