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Issu - Operações Unitárias em Sistemas Partículados e Fluidomecânicos PDF
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1
Introdução
Int odução às Ope
Operações Unitárias
Este liv
livro está
está inserido
inseridono
nocampo
campodedeconhecimento
conhecimento Marco Aurélio Cremasco
das ope
operações unitárias relativas ao fenômeno de Marco Aurélio Cremasco é natural de Guaraci (PR).
OPERAÇÕES UNITÁRIAS
separação mecânica de particulados por meio de câmaras de
Caracterização de partículas
poeira e de equipamentos ciclônicos; no escoamento de fluidos
através de leitos fixos e fluidizados; transporte pneumático e
OPERAÇÕES UNITÁRIAS EM
7
hidráulico de sólidos e na separação sólido-fluido por meio da
Fluidodinâmica de uma partícula isolada
sedimentação e da filtração.
8
Separação de particulados por ação gravitacional A proposta desse livro é a de apresentar, de forma simultânea, a SISTEMAS PARTICULADOS
e centrífuga formulação básica dos fenômenos que aparecem nessas
operações unitárias e a sua aplicação tecnológica. Esta obra pode E FLUIDOMECÂNICOS
9 ser utilizada em cursos de graduação e de pós-graduação, bem
Fluidodinâmica em Sistemas Particulados e Granulares como material de apoio aos profissionais de engenharia química,
agrícola, de alimentos, de produção, mecânica, química
10 tecnológica entre outras profissões. MARCO AURÉLIO CREMASCO
Escoamento de fluidos em leitos fixos e
colunas recheadas
11
Fluidização
12
Transporte de sólidos por arraste em fluidos
13 www.blucher.com.br
Sedimentação
14
Filtração
Operações Unitárias em Sistemas
Partículados e Fluidomecânicos
Marco Aurélio Cremasco
Lançamento 2011
ISBN: 9788521205937
Formato: 17x24 cm
Páginas: 424
CREMASCO
1
Introdução
Int odução às Ope
Operações Unitárias
Este liv
livro está
está inserido
inseridono
nocampo
campodedeconhecimento
conhecimento Marco Aurélio Cremasco
das ope
operações unitárias relativas ao fenômeno de Marco Aurélio Cremasco é natural de Guaraci (PR).
OPERAÇÕES UNITÁRIAS
separação mecânica de particulados por meio de câmaras de
Caracterização de partículas
poeira e de equipamentos ciclônicos; no escoamento de fluidos
através de leitos fixos e fluidizados; transporte pneumático e
OPERAÇÕES UNITÁRIAS EM
7
hidráulico de sólidos e na separação sólido-fluido por meio da
Fluidodinâmica de uma partícula isolada
sedimentação e da filtração.
8
Separação de particulados por ação gravitacional A proposta desse livro é a de apresentar, de forma simultânea, a SISTEMAS PARTICULADOS
e centrífuga formulação básica dos fenômenos que aparecem nessas
operações unitárias e a sua aplicação tecnológica. Esta obra pode E FLUIDOMECÂNICOS
9 ser utilizada em cursos de graduação e de pós-graduação, bem
Fluidodinâmica em Sistemas Particulados e Granulares como material de apoio aos profissionais de engenharia química,
agrícola, de alimentos, de produção, mecânica, química
10 tecnológica entre outras profissões. MARCO AURÉLIO CREMASCO
Escoamento de fluidos em leitos fixos e
colunas recheadas
11
Fluidização
12
Transporte de sólidos por arraste em fluidos
13 www.blucher.com.br
Sedimentação
14
Filtração
Conteúdo 11
Conteúdo
3 BOMBAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
3.2 Classificação de bombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
3.2.1 Bombas dinâmicas ou turbobombas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
3.2.2 Bombas de descolamento positivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
3.3 Condições de utilização de bombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
3.4 Altura de projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
3.5 Potência e rendimentos de bombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
3.6 Altura de sucção disponível ou saldo positivo de carga de sucção
(NPSH). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
3.7 Curva característica de bombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
3.8 Acoplamento de bombas a sistemas em série e em paralelo . . . . . 72
3.9 Bibliografia consultada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
3.10 Nomenclatura . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 74
4 COMPRESSORES E SOPRADORES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
4.2 Classificação de compressores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
4.3 Faixas operacionais de compressores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
4.4 Trabalho de compressão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
4.4.1 Compressor de único estágio . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 84
4.4.2 Compressor de múltiplos estágios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
4.5 Curva característica de sopradores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
4.6 Lei dos sopradores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
4.7 Bibliografia consultada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
4.8 Nomenclatura . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 98
11 FLUIDIZAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269
11.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269
11.2 Regimes fluidodinâmicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269
11.3 Fluidodinâmica da fluidização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271
11.3.1 Fluidização homogênea . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 272
11.3.2 Fluidização heterogênea. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
11.4 Elutriação (arraste de partículas). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285
11.5 Leito de jorro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287
11.5.1 Curva característica do leito de jorro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 288
11.5.2 Fluidodinâmica do leito de jorro em colunas cilíndricas. . 290
11.6 Bibliografia consultada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295
11.7 Nomenclatura . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 297
13 SEDIMENTAÇAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
13.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
13.2 Fatores que afetam a sedimentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331
13.3 Tipos de sedimentadores . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 332
13.4 Fluidodinâmica da sedimentação. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 334
13.5 Projeto de um sedimentador convencional contínuo. . . . . . . . . . . . . 337
13.5.1 Cálculo da área do sedimentador. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 337
13.5.2 Cálculo da altura do sedimentador . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 349
13.6 Bibliografia consultada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 354
13.7 Nomenclatura . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 356
14 FILTRAÇÃO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359
14.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359
14.2 Tipos de filtros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360
14.2.1 Filtros de pressão ou simples. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 360
ul o
p í t
Ca
1 Introdução às operações
unitárias
1.1 Introdução
É fundamental para o(a) profissional de engenharia e de tecnologia com-
preender a natureza de um processo produtivo, desde aspectos microscópicos (pro-
priedades físico-químicas da matéria envolvida em etapas de produção; grandezas
termodinâmicas e fenomenológicas etc.), até aspectos macroscópicos (balanço de
matéria e de energia, detalhamento de equipamentos e acessórios, instrumentação
etc.). Assim, um dos elementos-chave na formação e na atuação desse(a) profis-
sional é a compreensão do processamento de uma determinada matéria-prima para
obter certo produto, conforme esquematizado na Figura 1.1.
Rio
Coagulação
Elevatória
da água Agitação
bruta
Tela de Floculação
Agitação
contenção
Adução de
água bruta
Filtração Decantação
Cloração Fluoretação
Agitação Rede de
distribuição
Adução de
água tratada
Tanque de
distribuição Tanque de
água tratada distribuição
água tratada
Figura 1.2 Processo simplificado de tratamento de água
(baseada em O2 Engenharia e Saneamento Ambiental, 2011).
ulo
p í t
Ca
2 Princípios
de sistemas
fluidomecânicos
2.1 Introdução
A essência das operações unitárias associadas aos sistemas fluidomecânicos é
a movimentação de matéria (fluido ou sólido e da mistura entre ambas). No caso
do transporte de fluidos, este normalmente ocorre no interior de tubulações, en-
tendendo-as como o conjunto formado por dutos (usualmente tubos), acessórios
(cotovelos, tês etc.) e dispositivos de controle de fluxo (válvulas). Esse tipo de
transporte é responsável pelo deslocamento de fluidos entre os tanques de estoca-
gem e as unidades de processamento nas plantas industriais e entre grandes dis-
tâncias, tais como minerodutos, oledutos e gasodutos. O deslocamento de fluidos
é promovido por bombas, no caso de fluidos incompressíveis, e compressores (ou
ventiladores), no caso de fluidos compressíveis, os quais oferecem energia neces-
sária para que se promova tal escoamento. O dimensionamento desses equipamen-
tos depende do conhecimento das perdas de cargas ocasionadas nas seções retas e
nos acessórios que compõem o sistema de escoamento (tubulação), bem como da
própria natureza do fluido.
ul o
p í t
Ca
7 Fluidodinâmica
de uma
partícula isolada
7.1 Introdução
Na separação de sólidos de tamanho distintos por meio da ação centrífuga
e ação gravitacional, como são os casos de emprego de ciclones e elutriadores,
por exemplo, torna-se essencial tanto o conhecimento das características físicas
e morfológicas das partículas envolvidas (Capítulo 6) quanto da descrição do
escoamento das fases fluida e particulada associado a tal separação. No que se
refere à descrição do escoamento da fase fluida (gás ou liquido), esta foi apre-
sentada no Capítulo 2; já para a descrição do escoamento da fase particulada,
tornam-se imprescindíveis informações fundamentais sobre a dinâmica de uma
partícula isolada.
instantes será
Lp1 – Lp2 = mp1up1 – mp2up2 (7.2)
Como a partícula apresenta massa constante, tem-se na Eq. (7.2)
Lp1 – Lp2 = mp(up1 – up2) (7.3)
up1; t1
up2; t2
ul o
p í t
Ca
8 Separação de
particulados por
ação gravitacional
e centrífuga
8.1 Introdução
A separação de particulados é essencial, além da obtenção do produto de-
sejado, para evitar o desperdício de materiais de alto valor agregado e para o
controle da poluição nos mais diversos ambientes. Existem vários tipos de equi-
pamentos que permitem a separação de partículas, cabendo destacar os sepa-
radores centrífugos (centrífugas, ciclones e hidrociclones), câmara de poeira e
elutriadores. Todos eles guardam um princípio em comum: a decantação, que se
refere à deposição do sólido ou a sua captura, tendo como base o conhecimento
da sua velocidade terminal.
1
0=
2 p D
(
A ρC U U + ρp − ρ Vp b ) (8.1)
B
L
x H
y
u
Gás/partículas
Componente na direção y
1
0=
2 p D
( ) (
A ρC U 0 − upy + ρp − ρ Vp g
) (8.3)
ul o
p í t
Ca
9 Fluidodinâmica
em sistemas
particulados
e granulares
9.1 Introdução
As operações de separação mecânica apresentadas no Capítulo 8 foram de-
lineadas pelo estudo da fluidodinâmica da partícula isolada em um referencial
lagrangeniano, por meio da sua velocidade terminal. Por outro lado, o conheci-
mento da interação fluido/partícula não é importante tão somente para o pro-
jeto de equipamentos de separação, como também para aqueles equipamentos
os quais, ainda que não sejam direcionados para a separação de particulados,
são fundamentais como contactores, ou seja, possibilitam o contato sólido/fluido
para diversas aplicações, tais como adsorção, secagem, reatores catalíticos. Nes-
se grupo de contactores podem ser citados: os leitos fixo, fluidizado e de jorro;
riser (reator pneumático com fluxo ascendente das fases fluida e particulada),
downer (reator pneumático descendente das fases fluida e particulada), ciclones
(enquanto reator).
No estudo da fluidodinâmica que envolve o contato sólido-fluido, a descrição
do movimento do fluido poderia ser descrito pela equação de Navier-Stokes, Eq.
(2.24), ou seja por um referencial euleriano, enquanto se utilizaria o referencial
lagrangeniano para acompanhar partícula por partícula (ou seja, cada partícula
isolada) utilizando-se a definição explicitada na Eq. (2.12) em um meio discreto
(Figura 9.1). Contudo, tendo em vista o número considerável de partículas que
constitui a fase particulada, dever-se-ia utilizar n-equações lagrangenianas para
essa fase, tornando quase impraticável o manuseio matemático. Para contornar tal
situação, lança-se mão da teoria das misturas da mecânica do contínuo. A par-
tir dessa teoria, assume-se que a população de partículas em uma dada região do
espaço comporta-se feito fluido, em que cada partícula perde a sua identidade, e a
população de partícula comporta-se feito um fluido hipotético, assumindo-se para
tanto a hipótese do contínuo (Figura 9.2) e, por via de consequência, viabiliza-se a
t u l o
ap í
C
10 Escoamento de fluidos
em leitos fixos e colunas
recheadas
10.1 Introdução
O leito fixo, ilustrado na Figura 10.1, é formado por uma coluna preenchida
pela fase sólida (partículas) que permanece imóvel quando posta em contato com
o escoamento de uma fase fluida. É empregado como reator catalítico, reator enzi-
mático, reator nuclear, secador, combustor, gaseificador, adsorvedor, incinerador,
extrator entre outros tipos de contactores.
Saída
de fluido
Entrada
de fluido
t u l o
Ca pí
1 2
Transporte de sólidos
por arraste em fluidos
12.1 Introdução
O transporte de sólidos se refere, como o próprio termo o indica, ao arraste
da fase particulada, presente em uma coluna ou em uma tubulação, por ação da
fase fluida. Esta operação é encontrada em diversos setores industriais. No caso
do transporte pneumático, em que se emprega gás (usualmente ar) como agente
de arraste, é possível encontrá-lo nas indústrias alimentícia, química; na mineração
de carvão, de ferro; em fundições, siderurgias e usinas termoelétricas. No caso
de transporte hidráulico, cujo fluido de trabalho é líquido (normalmente água),
pode-se empregá-lo em vários segmentos industriais, podendo-se citar: indústrias
químicas; beneficiadoras de areia, de carvão; na mineração de fosfato; em sistemas
de decantação e nas usinas termoelétricas e de processamento de lixo.
Além do transporte de sólidos, tais contactores podem ser empregados em ou-
tras operações unitárias, feito a secagem (Figura 12.1) em leitos fluidizados circu-
lantes. Estes, por sua vez e como contactores, podem ser utilizados, por exemplo,
como reatores para craqueamento catalítico na indústria do petróleo (Figura 12.2).
No caso do contato gás/sólido no transporte pneumático o tempo de residência das
partículas no contactor é relativamente menor quando comparado, por exemplo,
ao do leito fluidizado. Essa característica possibilita, no caso dos secadores, a uti-
lização de temperaturas elevadas dos gases de processo (ar de secagem), enquan-
to a temperatura do sólido permanece em um valor relativamente baixo quando
comparado ao do ar de secagem. O secador pneumático é indicado para remoção
da umidade superficial e apropriado para a secagem de sólidos sensíveis a tempe-
raturas elevadas, facilmente oxidáveis, inflamáveis e explosivos. Há uma variedade
considerável de materiais que podem ser secos em secadores pneumáticos, tais
como: carvão ativado, ácido adípico, ácido bórico, sulfato de alumínio, sulfato de
amônia, corante de anilina, farinha de pão, carbonato de cálcio, fosfato de cálcio,
t u l o
Ca pí
1 4
Filtração
14.1 Introdução
A operação unitária da filtração se refere à separação mecânica entre as fases
particulada e fluida, presente em uma determinada suspensão, utilizando-se um
meio poroso, o qual retém a fase partícula e é permeável à fase fluida (Figura 14.1).
Na filtração o meio poroso recebe o nome de filtro ou de meio filtrante, enquanto
o fluido que abandona o filtro é reconhecido como filtrado. Na dependência da sus-
pensão a ser processada, a fase particulada poderá acumular-se sobre o filtro, atu-
ando também como meio filtrante, e recebendo a denominação torta de filtração.
A fase particulada característica da torta apresentará gradiente de concentração e
o meio, assim constituído, é deformável.
Suspensão
Suspensão
Torta
Meio filtrante
Filtrado
exigirá a lavagem do meio filtrante por meio da inversão do fluxo do filtrado (água)
ou retrolavagem. Para tanto, injeta-se o filtrado na base do equipamento em tal
fluxo que se permita a fluidização do meio filtrante.
1
2
4
5
9
Figura 14.2 Filtro de areia em dupla camada: 1. orifício de entrada do efluente a ser
tratado; 2. tampa do filtro de areia; 3. espaço a ser ocupado do efluente a ser tratado;
4. placa de distribuição; 5. rede de suporte; 6. camada de areia de menor granulo-
metria; 7. camada de areia de maior granulometria; 8. crepina; 9. orifício de saída do
filtrado. (Baseada em DIOGO, 2010).