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Propagação de Erros e Densidade
Propagação de Erros e Densidade
Propagação de Erros e Densidade
Engenharia Elétrica
Física Experimental 1
Cornélio Procópio
2019
1. TÍTULO DO EXPERIMENTO
Propagação de erros e densidade.
2. OBJETIVO
Familiarizar com a teoria de propagação de erros.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 ERROS
O ato de medir é, em essência, um ato de comparar, e essa comparação
envolve erros de diversas origens (dos instrumentos, do operador, do processo
de medida etc.). Quando se pretende medir o valor de uma grandeza, pode-se
realizar apenas uma ou várias medidas repetidas, dependendo das condições
experimentais particulares ou ainda da postura adotada frente ao experimento.
Em cada caso, deve-se extrair do processo de medida um valor adotado como
melhor na representação da grandeza e ainda um limite de erro dentro do qual
deve estar compreendido o valor real.
3.1.1 TIPOS DE ERROS
Erros grosseiros: são erros que resultam de uma desatenção do
experimentador.
Erros sistemáticos: são erros oriundos de causas constantes e que afetam as
medidas de um modo uniforme, deslocando o melhor valor sempre de uma
constante.
Erro estatístico: mede de alguma forma a dispersão dos dados ao redor da
média.
Erro absoluto: Diferença entre o valor exato de um número x e o seu valor
aproximado x’.
Erro relativo: como dependendo das grandezas envolvidas o erro absoluto
pode não ser muito significativo, portanto empregamos o erro relativo que é o
erro absoluto dividido pelo valor aproximado x’.
3.2 INCERTEZAS
Quando a medição de uma grandeza R de interesse é feita de maneira
indireta, sendo esta grandeza obtida a partir de medidas de n grandezas
primárias {a1, a2, a3, ..., ak, ..., an}, o cálculo de R é feito a partir de uma função
conhecida das grandezas primárias.
Estas grandezas são também denominadas grandezas de entrada, enquanto
a grandeza R é denominada grandeza de saída.
Fazendo um desenvolvimento matemático apropriado, temos uma expressão
para o cálculo da incerteza padrão da grandeza de saída.
2
RELATÓRIO – FISÍCA EXPERIMENTAL 1
𝜕𝑅 2 2 𝜕𝑅 2 2 𝜕𝑅 2 2
𝜎𝑅 = √( ) ∗ (𝜎𝑎1 ) + ( ) ∗ (𝜎𝑎2 ) + ⋯ + ( ) ∗ (𝜎𝑎𝑛 )
𝜕𝑎1 𝜕𝑎2 𝜕𝑎𝑛
Equação 1: Cálculo da incerteza.
σV 2 σV 2
σV = √ ( 2
) ∗ σD + ( ) ∗ σE²
σD σE
2 2
π ∗ D2 ∗ E π ∗ D2
σV = √ ( ) ∗ σD2 + ( ) ∗ σE²
2 4
Equação 3 – Calculo da Incerteza Propagada
−𝑚 2 1 2
σρ = √( ) ∗ σV 2 + ( ) ∗ σM 2
𝑣2 𝑉
3
RELATÓRIO – FISÍCA EXPERIMENTAL 1
𝑚 −1 2 1 2
σρ = ∗ √( ) ∗ σV² + ( ) ∗ σM²
𝑣 𝑣 𝑀
−σV 2 σM 2
σρ = ρ ∗ √( ) + ( )
𝑣 𝑀
Equação 5. Equação para obtenção do desvio da densidade.
π ∗ 11,922 ∗ 1,69 2 2 1 2
σV = √
∗ ( ) ∗ 0,05² + ( ) ∗ 0,05²
4 11,92 1,69
Após feitos os cálculos, o valor encontrado para o desvio do volume foi de:
σV = 188,60580 cm³.
Assim temos que a variação do volume foi igual a:
VOLUME = (189 ± 6) cm³.
A partir da equação 4 temos que a densidade do corpo de prova foi de:
1509,22
ρ = 188,594532
𝑔
O valor da densidade encontrado foi de ρ = 8,00245 𝑐𝑚³.
2
−6 0,01 2
√
σρ = 8,00245 ∗ ( ) + ( )
188,594532 1509,22
4
RELATÓRIO – FISÍCA EXPERIMENTAL 1
𝑔
O valor obtido do desvio da densidade foi de σρ = 0,25459 .
𝑐𝑚³
5.2 PAQUÍMETRO
Os valores mostrados abaixo foram medidos a partir do uso do
paquímetro.
Espessura: E = (1,72 ± 0,005) cm
Diâmetro: D = (12,20 ± 0,005) cm
Massa: M = (1509,22 ± 0,01) g
π ∗ (12,20)2 ∗ 1,72 2 2 1 2
σV = √
∗ ( ) ∗ 0,005² + ( ) ∗ 0,005²
4 12,20 1,72
Após feitos os cálculos, o valor encontrado para o desvio do volume foi de:
σV = 0,607 cm³.
Assim temos que a variação do volume foi igual a:
VOLUME = (201,1 ± 0,6) cm³.
A partir da equação 4 temos que a densidade do corpo de prova foi de:
1509,22
ρ = 201,065699
𝑔
O valor da densidade encontrado foi de ρ = 7,50610 .
𝑐𝑚³
−0,6 2 0,01 2
√
σρ = 7,50610 ∗ ( ) + ( )
201,065 1509,22
𝑔
O valor obtido do desvio da densidade foi de σρ = 0,02239 .
𝑐𝑚³
5
RELATÓRIO – FISÍCA EXPERIMENTAL 1
𝑔
DENSIDADE = (7,51 ± 0,02) 𝑐𝑚³.
6. DISCUSSÕES E CONCLUSÕES
Nesta aula prática aplicamos a teoria da propagação de erros para calcular o
valor mais provável e a incerteza propagada. Apesar de se parecer simples, o
ato de medir envolver diversas condições, podendo ser observado que a
qualidade do instrumento utilizado influi muito no resultado da experiência. O
método científico empregado nesse experimento é bem claro e relativamente
simples, mas não pode ser ignorado, pois traz maior precisão na coleta dos
valores.
Conclui-se novamente neste experimento, que o paquímetro é um
instrumento para realizar medições com um grau de precisão maior do que a
régua milimétrica por aferir mais casas decimais. A régua milimetrada mostrou-
se eficaz para realizar a medida a ela atribuída, mas quando se tratar de medição
que exija um maior grau de precisão, ela não deve ser utilizada. Verificou-se com
a teoria da propagação de erros uma margem muito menor quando usadas as
medidas obtidas com o paquímetro no lugar das medidas obtidas com a régua.
7. BIBLIOGRAFIA
JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao Laboratório de Física
Experimental: métodos de obtenção, registro e análise de dados experimentais.
EDUEL, 2009.
VUOLO, J. H. Fundamentos da Teoria de Erros. 2. ed. São Paulo: Blucher,
1996.
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RELATÓRIO – FISÍCA EXPERIMENTAL 1