Instrumentação - Temperatura
Instrumentação - Temperatura
Instrumentação - Temperatura
Medição de Temperatura
Caio Cabral de Araújo
Instrumentação Industrial
Professor: MsC. Selmo Eduardo Rodrigues Júnior
RESUMO
• CONCEITOS
• INDICADORES DE TEMPERATURA
• MEDIDORES TRADICIONAIS
• TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA
• TERMOPARES
• PIROMETROS DE RADIAÇÃO
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 2
CONCEITOS
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 4
CONCEITOS
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 5
CONCEITOS
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 6
Escalas Termométricas
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 7
Escalas Termométricas
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 8
Especificação do Sistema
• Faixa de Temperatura
Escolher o atendimento a faixa requerida para cada aplicação
especifica;
• Precisão e Repetibilidade
Variam bastante, em função do sensor, estando muitas vezes o mesmo
tipo disponível com diferentes classes.
Tanto a precisão como a repetibilidade devem atender as
necessidades da aplicação, porém a escolha de um sensor que
exceda em muitos requisitos exigidos pode elevar desnecessariamente
o custo, além de sacrificar outras características.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 9
Especificação do Sistema
• Proteção
• Em geral, os sensores de temperatura são mecanicamente delicados
e não resistem a ambientes agressivos.
• São protegidos por tubos ou poços. Que são providos de rosca ou
flange para conexão ao processo.
• São confeccionados com ligas metálicas ou materiais cerâmicos.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 10
Especificação do Sistema
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 11
Especificação do Sistema
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 12
INDICADORES DE TEMPERATURA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 13
Indicadores Cromáticos
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 14
Indicadores Cromáticos
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 15
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 16
Indicadores Pirométricos
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 17
MEDIDORES TRADICIONAIS
Termômetro Bimetálicos
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 19
Termômetros Bimetálicos
• A lâmina bimetálica é enrolada
na forma de espiral e
acondicionada em um tubo
protetor.
• O movimento provocado pela
dilatação desigual é transmitido
a um ponteiro que se desloca
sobre uma escala.
• Estes termômetros são apenas
indicadores locais, desprovidos
de facilidades para transmissão
de sinal.
• De baixo custo.
• Podem medir temperaturas na
faixa de -50°C a 500°C.
• Com precisão de ±1%.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 20
Termômetros Bimetálicos
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 21
Termômetros Bimetálicos
Os elementos bimetálicos também são muito aplicados
na construção de termostatos, dispositivos que ligam ou
desligam um circuito elétrico em função da temperatura.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 23
Sistema de Bulbo-Capilar
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 24
Sistema de Bulbo-Capilar
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 25
Termômetros Bulbo-Capilar
Alguns termômetros necessitam de compensação de
temperatura. Isso pode ser feito diretamente na caixa,
através de um bimetálico acoplado ao ponteiro (classe
IB).
Para medições mais exatas (ou longos
capilares) utiliza-se a compensação total,
que emprega
um segundo Bourdon diferencial ligado a
um capilar sem bulbo (classe IA).
O bulbo-capilar também é utilizado
em termostatos, para o
acionamento de sistemas de
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 26
aquecimento e refrigeração
TERMOMETROS DE RESISTÊNCIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 27
Bulbos de Resistência de Fio Metálico
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 28
O sensor Pt 100
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 29
O sensor Pt 100
De -200oC a 0oC
Os valores das constantes
R = R [1+ AT + BT 2 + CT 3 (T −100)] do material para o Pt-100:
t 0
0
50
100
150
200
250
350
400
450
300
-200
-180
-160
-140
-120
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
O sensor Pt 100
180
200
220
240
260
280
300
320
340
360
380
400
420
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL
440
Temperatura (oC)
460
480
500
520
540
560
580
600
620
640
660
Curva (temperatura x resistência) de um termorresistor Pt-100
680
700
720
740
760
780
800
820
840
31
O sensor Pt 100
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 33
O sensor Pt 100
RS Pt-100 RT TIT
RC2
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 36
O sensor Pt 100
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 37
O sensor Pt 100
Conexão a quatro
fios: O Pt-100 é alimentado
C pelos terminais A e B,
A
Pt-100 TIT conectados a um
B circuito que mantém a
D corrente constante.
A tensão no sensor é medida entre os terminais C e D
por um circuito de alta impedância, tornando a
resistência dos condutores totalmente desprezível.
Conhecida a corrente e a tensão, o transmissor calcula,
pela lei de ohm, a resistência do sensor.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 38
Termistores
Os termistores se caracterizam
por possuir grande variação da
resistência elétrica em função da
temperatura (faixas de -100oC a
300oC).
Embora empreguem materiais semicondutores, os
termistores não possuem junções P-N e por isso não
possuem polaridade.
Existem dois tipos de termistores: os NTC (Negative
Thermal Coefficient), cuja resistência decresce com o
aumento da temperatura e os PTC (Positive Thermal
Coefficient), no qual a resistência aumenta com a
temperatura. INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 39
Termistores
Resistência(Ω)
variação de temperatura,
porém sua curva é não NTC PTC
linear, o que limita sua
aplicação a faixas estreitas
de temperatura.
Temperatura (oC)
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 40
Termistores
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 42
Termistores
Apesar da crescente
aplicação do Pt-100, os
termopares ainda são os
sensores mais
empregados nas
indústrias.
Isso se justifica pela confiabilidade, baixo custo,
padronização, exatidão, estabilidade e repetibilidade.
O funcionamento dos termopares é caracterizado
por um efeito termelétrico conhecido como Efeito
Seebeck. INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 45
Efeito Seebeck
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 46
Efeito Seebeck
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 49
Efeito Thompson
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 50
Temperatura
7) Termopares
Montagens típicas de Termopares
Metal A Cobre
Tmed Tref V
Metal B Cobre
Tmed Metal A
Metal B V
Tref Metal A
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 51
LEIS BÁSICAS
Lei do Circuito Homogêneo
Se houver algum ponto em um dos condutores sujeito a uma
terceira temperatura T3, esta não irá interferir na tensão gerada
no circuito pelas temperaturas nas junções T1 e T2.
T1 T2
V1 T3
T1 T2
V1 = V2 independente de T3 V2
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 52
LEIS BÁSICAS
Lei dos Condutores Intermediários
Se um terceiro metal é inserido no circuito, basta que as novas
junções T3 e T4 estejam à mesma temperatura para que não
haja qualquer modificação na saída do termopar.
Metal Int.
T3 T4
T1 T2 T1 T2
V1 V2
T3
T1 Metal Int.
Se T3 = T4 então V1 = V2
V2
T4
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 53
LEIS BÁSICAS
V1 V2
T1 T3
V3
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 52
Associação de Termopares
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 53
Associação de Termopares
Série:
A associação em série é utilizada quando se deseja ampliar o
sinal elétrico gerado pelo termopar.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 54
Associação de Termopares
Paralelo:
A associação em paralelo é utilizada para medir a temperatura
média tendo como entrada diversos pontos.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 55
Associação de Termopares
Oposição:
A associação em oposição faz a medição diferencial da
temperatura em dois pontos.
E = E1 – E2
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 56
Tipos de Termopares
TIPO “T”
-Liga: ( + ) Cobre / ( - ) Constantan
- Identificação da polaridade: o positivo (cobre) é avermelhado.
- Características:
• Faixa de Utilização: - 184 a 370oC;
• FEM produzida: -5,333 a 19,027 mV;
• Potência termoelétrica média: 5,14 mV / 100oC;
•Em temperaturas acima de 310oC o cobre começa a se oxidar
e próximo de 400oC, oxida-se rapidamente;
• Com certas precauções pode ser utilizado até -262oC.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 60
Tipos de Termopares
• TIPO "J”
- Liga: ( + ) Ferro / ( - ) Constantan
- Identificação da polaridade: o positivo (ferro) é
magnético.
- Características:
• Faixa de utilização: 0 a 760oC;
• FEM produzida: 0 a 42,922mV;
• Potência termoelétrica média: 5,65mV/100oC;
• Baixo custo (um dos mais utilizados industrialmente);
• Utilizar tubo de proteção acima de 480oC.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 61
Tipos de Termopares
TIPO "E"
-Liga: ( + ) Cromel / ( - ) Constantan
- Identificação da polaridade: o positivo (cromel) é mais duro.
- Características:
• Faixa de utilização: 0 a 870oC;
• FEM produzida: 0 a 66,473mV;
• Potência Termoelétrica média: 7,64mV/100oC;
• Possui a maior potência termoelétrica dentre os termopares;
•Possui alta estabilidade na f.e.m. devido à sua resistência à
oxidação.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 62
Tipos de Termopares
TIPO “K"
-Liga: ( + ) Cromel / ( - ) Alumel
-Identificação da polaridade: o negativo (alumel) é levemente
magnético.
- Características:
• Faixa de utilização: 0 a 1260oC;
• FEM Produzida: 0 a 50,990mV;
• Potência Termoelétrica média: 4,05mV/100oC;
•Em altas temperaturas é mais resistente do que os tipos S e R,
tendo uma vida útil superior ao tipo J.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 63
Tipos de Termopares
TIPO "S"
- Liga: ( + ) Platina 90% Ródio 10% / ( - ) Platina 100%
- Identificação da polaridade: o positivo é mais duro.
- Características:
• Faixa de utilização: 0 a 1480oC;
• FEM produzida: 0 a 15,336mV;
• Potência termoelétrica média: 1,04mV/100oC;
• Utilizado como padrão na calibração de outros termopares;
• Se submetido acima de 1480oC deve ser recalibrado.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 64
Tipos de Termopares
TIPO “R"
- Liga: ( + ) Platina 87% Ródio 13% / ( - ) Platina 100%
- Identificação da Polaridade: o positivo é mais duro.
- Características:
• Faixa de utilização: 0 a 1480oC;
• FEM produzida: 0 a 17,163mV;
• Potência termoelétrica média: 1,16mV/100oC;
• Possui as características semelhantes ao tipo S;
• É um tipo recente, surgido a cerca de 40 anos atrás.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 65
Tipos de Termopares
TIPO “B"
- Liga: ( + ) Platina 70% Ródio 30% / ( - ) Platina 94% Ródio 6%
- Identificação da Polaridade: o positivo é mais duro.
- Características:
• Faixa de utilização: 870 a 1705oC;
• FEM produzida: 3,708 a 12,485mV;
• Potência termoelétrica média: 1,05mV/100oC;
•Mais estável e robusto que os tipos “S” e “R” a temperaturas
elevadas.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 66
Temperatura
Exemplo da tabela de correlação do termopar tipo K (conforme ITS-90)
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 57
Construção de Termopares
Para isolar os fios do termopar é possível utilizar um tubo
isolante ou miçangas, geralmente de cerâmica ou alumina, de
um a seis furos onde se introduz os pares termelétricos.
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 59
Construção de Termopares
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 60
Tipos de junções
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 61
Tipos de junções
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 63
Junção de Referência
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 64
Junção de Referência
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 65
Junção de Referência
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 66
Junção de Referência
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 67
Calibração
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 68
Interligação de Termopares
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 69
Cabos de extensão:
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 70
Cabos de compensação:
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 71
Codificação para cabos de extensão e de
compensação
ANSI: Americana
DIN: Alemã
JIS: Japonesa
BS: Britânica
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 72
PIRÔMETROS DE RADIAÇÃO
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 84
Principios
𝑊 = 𝜀. 𝑘. 𝑇 4
Onde :
W = energia irradiada( ou emitida) por unidade de área;
𝜀 = emssividade do corpo;
K = constante de Stefan-Boltzman
T = temperatura em K
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 85
Pirômetros óticos
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 86
Pirômetros infravermelhos
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 87
Semicondutores
• Tanto os diodos como os transistores apresentam
características da corrente com a temperatura, e
quando corretamente polarizados podem ser
usados como sensores. Dependendo da escolha
do semicondutor, pode ser abrangida a faixa de -
200°C a 140°C.
• Nos transistores os melhores resultados são
obtidos usando-se a corrente de polarização de
base como medida da temperatura, mantida
constante a corrente do coletor. A sensibilidade
chega a 0,005°C.
• A principal limitação desta aplicação está na
dispersão das características dos semicondutores,
tomando obrigatória a calibração individual. Além
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 88
disso, não existe normalização a respeito.
Semicondutores
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL 89