Livro A Nudez em Cena PDF
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Inclui bibliografia.
ISBN: 978-85-7221-067-6 (eBook)
978-85-7221-068-3 (brochura)
CDU: 7.01
CDD: 701
DOI: 10.31560/pimentacultural/2019.676
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PIMENTA CULTURAL
São Paulo - SP
Telefone: +55 (11) 96766-2200
livro@pimentacultural.com
www.pimentacultural.com 2019
SUMÁRIO
PREFÁCIO.......................................................................................... 7
CAPÍTULO 1
A nudez de um corpo diferenciado
em performance sob as influências
de Antonin Artaud e Frida Kahlo..................................................... 11
Felipe Henrique Monteiro Oliveira
CAPÍTULO 2
O nu Resistente................................................................................ 28
Tiago Herculano da Silva
Nara Salles
CAPÍTULO 3
Abordando a pele como figurino
na performance Macaquinhos......................................................... 48
Tiago Herculano da Silva
Nara Salles
CAPÍTULO 4
Vote nu: por uma política sem vestes................................................. 68
Natasha de Albuquerque
CAPÍTULO 5
O estigma do Super Negão:
sexualidade em debate numa peça
do Bando de Teatro Olodum............................................................... 88
Marcos Uzel
CAPÍTULO 6
Da nudez: a experiência
de ser 58 corpos............................................................................... 104
Guilherme Conrado Pereira Ríspolli
Narciso Telles
CAPÍTULO 7
A ressemantização da escrita
corporal pelos processos
vestimentares e da pele................................................................. 118
Nara Graça Salles
Ewerton Emanoel Fernandes de Medeiros
Jéssica de Lima Torreão Cerejeira
CAPÍTULO 8
O [não] costume de Adão:
nudez somática num processo
criativo de dança cênica................................................................... 136
Diego Pizarro
CAPÍTULO 9
A nudez como campo reativo
e consequente mídia
de experiências pessoais.............................................................. 154
Iara Cerqueira Linhares de Albuquerque
PREFÁCIO
O presente livro é uma reunião de artigos de pesquisadores e
pesquisadoras do Brasil que refletem sobre as ações pertencentes
às insurgências dos corpos nus em cena. A nudez de diferentes
corpos não normativos está se tornando cada vez mais presente em
cenas, abrindo assim pressupostos nos contextos da arte e da vida
legitimadas pelos ideais de contracultura desenvolvidos, sobretudo,
a partir da segunda metade do século XX. Assim, a nudez comunga
com fazeres artísticos que se engajam subjetiva e politicamente em
diferentes propósitos, sejam eles das deficiências, raças, credos,
sexo, gêneros e tantos outros.
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DOI: 10.31560/pimentacultural/2019.676.11-27 nudez em cena
CAPÍTULO 1
A NUDEZ DE UM CORPO
DIFERENCIADO EM PERFORMANCE
SOB AS INFLUÊNCIAS DE ANTONIN
ARTAUD E FRIDA KAHLO
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CAPÍTULO 2
O NU RESISTENTE
Nara Salles
O Nu Resistente
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pés de um corpo nu. No site O Globo, Luiz Felipe Reis afirmou que
“foi o registro e a exibição deste vídeo, fora de contexto da perfor-
mance, que deu origem à onda de acusações de pedofilia” (2018,
s/p). É retirado o contexto questionador da obra artística para uma
criação de uma polêmica com base em uma imagem. O público
que tem acesso a imagem não busca pesquisar aquilo que o artista
tenta expressar pela obra, apenas deseja rapidamente obter a infor-
mação ali contida no compartilhamento e proferir sua opinião sobre
o assunto. Opinião que termina por ser desinformada e carregada
de um discurso opressor.
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Federal em São Paulo pelo PSL, uma lição de moral ao afirmar que o
artista desta obra é um vagabundo e que bateria nele. Este vídeo em
nossa visão só tem objetivo de propagar um discurso que incentiva
a intolerância perante a nudez na arte e a violência contra o artista.
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ciações que nele são impostas e para com toda essa perseguição
aos artistas e obras que utilizam da nudez como um elemento
poético. O artista tem o direito de usar sua pele como figurino e
seu corpo como obra poética sem todas essas associações retró-
gadas de uma sociedade hipócrita e normativa. Que a nudez dispa
as pessoas dos padrões sociais e permita que o corpo seja visto
por um olhar artístico diferenciado e que esteja a disposição total
em prol da ação cênica.
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REFERÊNCIAS
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globo.com/cultura/artistas-atacados-em-2017-criam-peca-em-resposta-
agressoes-22394490>. Acessado em: 20/03/2018.
SALLES, Nara. Integrando ensino, pesquisa e extensão: instaurações
cênicas urbanas como processos de criação da encenação “Carmin”. In:
Organizadoras, OLIVEIRA, Urânia Auxiliadora Santos Maia de; FIGUEIREDO,
Valéria Maria Chaves de; OLIVEIRA, Felipe Henrique Monteiro [et al.].
Processos de Criação em Teatro e Dança: construindo uma rede de saberes
e múltiplos olhares. Goiânia: FUNAPE; UFG/CIAR, 2013. pp. 75-96.
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CAPÍTULO 3
Nara Salles
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está isenta dessas associações feitas por aqueles que não tem
acesso a obra completa e contextualizada.
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CAPÍTULO 4
VOTE NU
Natasha de Albuquerque
Natasha de Albuquerque
VOTE NU:
POR UMA POLÍTICA
SEM VESTES
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Oswald de Andrade
1. Grifo nosso. As citações que possuírem a palavra homem para designar o genérico de ser
humano serão tachadas.
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OFICINA DE NUDISMO
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OFICINA DE NUDISMO
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Figura 2: Ocupação FUNARTE com cartazes VOTE NU. Colagem por Lúcio de
Araújo. Brasília, 2016.
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Figura 3: Nessas eleições vote nu. Proposta de Zmário para transeuntes. Mostra
OSSO de Performances. Salvador, 2014.
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indígena, que nasce nu, que toma banho nu - mas que abomina
a nudez entendida como corporeidade, como expressão artística,
como poética.
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https://instagram.com/votenu (censurado 1)
https://instagram.com/vote_nu (censurado 2)
https://instagram.com/votenuvotenu (atual)
https://votenu.tumlr.com (censurado)
https://WWW.facebook.com/VOTE-NU-1442691615828811/
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Figura 5: #votenu no Instagram. Postado por perfis diversos. Brasil, 2012 - 2019.
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CAPÍTULO 5
Marcos Uzel
Marcos Uzel
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que tu tá fazendo aqui uma hora dessas? Calma aí, meu senhor, eu
explico. Eu sou artista, trabalho numa peça”. Em outra sequencia,
Abará faz questão de responder para a plateia se o negro é bom de
cama. O personagem ironiza:
Claro que é! Os dois. Tanto o negro quanto o negro fodido. Vou
explicar: o negro está no seu escritório, digitando no seu compu-
tador (...). Aí, chega em casa, toma um banho de ducha. Olha a
referência: de ducha. Deita na cama redonda com espelho no teto.
Aí, ó... Tá descansado... Agora, o negro fodido: levantando muro,
virando massa, batendo laje (e olhe que bater laje cansa, que eu sei
que cansa), chega em casa, toma um banho de cuia. Olha a refe-
rência: de cuia. Vai pro quarto com a nega, deita e dorme. É ou não
é bom de cama? E é nessa categoria que eu tô classificado.
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A Transgênero Empoderada
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REFERÊNCIAS
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UBERSFELD, Anne. Para ler o teatro. Tradução de José Simões. São Paulo,
Perspectiva, 2001.
UZEL, Marcos. Guerreiras do Cabaré: a mulher negra no espetáculo do
Bando de Teatro Olodum. Salvador: EDUFBA, 2012.
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DOI: 10.31560/pimentacultural/2019.676.104-117 nudez em cena
CAPÍTULO 6
Narciso Telles
DA NUDEZ:
A EXPERIÊNCIA DE SER 58 CORPOS
Resquicios de 58 Indicios sobre
o Corpo (Versão Brasil)
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1. A proposta da realização desta Ação em Uberlândia foi gestada e produzida pelo Coletivo
Teatro da Margem movido pela necessidade de criar um lugar de diálogo da produção cênica
uberlandesense com as práticas artísticas mais híbridas e contemporáneas. Assim buscamos
juntos aos Projetos ‘O artista cênico em desalinho’ que coordeno na UFU e DINTER UFU-UNIRIO
financiados respectivamente pelo CNPq e CAPES o aporte necessário e o apoio institucional do
Instituto de Artes, dos Cursos de Teatro e Música e do Programa de Pós-Graduação em Artes
Cênicas (PPGAC).
2. Amparo-me na obra de Daniel Lins, Antonin Artaud – O Artesão do Corpo sem Órgãos (2011),
para este processo no texto discursivo. O autor bebe em Artaud para erguer seus pensamentos.
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5. O CTM interrompeu seus trabalhos em 2017 e a partir dessa data fundamos o Núcleo 2 –
Coletivo de Teatro. Cf. https://www.facebook.com/nucleo2.coletivo
6. A obra em questão intitula-se 58 Indícios Sobre o Corpo presente na obra Corpo, Fora (2015)
com tradução e organização de Márcia Sá Cavalcante Schuback.
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E vomita realidade.” 18
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22. Segundo o autor, todo o nosso pensamento ocidental foi construído com base nas neces-
sidades de dominação colonial, o que nos leva a um modus operandi de pensamento abissal.
Pensamento este que não consegue se colocar de ambos os lados da linha demarcatória. O
professor português trabalha com a metáfora cartográfica das linhas (o lado de lá e o lado de
cá), que estão inteiramente ligadas à construção de saberes e experiências. É própria da nossa
cultura, que ainda busca referências no Norte (Europa, Estados Unidos), e não reconhece os
potenciais que tem. Neste sentido, ele propõe a busca de um pensamento pós-abissal.
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CAPÍTULO 7
A RESSEMANTIZAÇÃO
DA ESCRITA CORPORAL
PELOS PROCESSOS
VESTIMENTARES E DA PELE
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mais percebida como o invólucro das formas. Tal qual uma super-
fície com seus próprios relevos, ela transforma o corpo-objeto em
corpo-texto” (2002, p. 84). Neste sentido, quando criamos interfe-
rências sobre a pele primeira: epiderme1, o que Jeudy denominou
de “invólucro do corpo”, acontece um processo de ressemantização
da escrita corporal através do uso de vestes, pinturas corporais,
procedimentos de camuflagem. Segundo Silva (2010), a matéria do
figurino é um incômodo para o corpo, além de cobri-lo, o penetra,
perfura, marcheta ou o invade, é também um topo de criação.
Primeira Pele
1. Citando Nietzsche, Jeudy afirma que a epiderme tem por função esconder a “feiúra” do interior
do corpo: “o que há de esteticamente ofensivo no interior do homem sem epiderme: massas
sangrentas, intestinos carregados de excrementos, vísceras, todos esses monstros que sorvem
e aspiram e sugam, informes ou feios ou grotescos, e dos mais terríveis ao olfato” (2002, p.122).
O que Jeudy chama de “feiúra” é a degeneração do corpo em estado de putrefação. Segundo
ele, a arte não deve nos revelar essa verdade orgânica.
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e o que ele fazia com o que encontrava no Hospital. Tudo virava arte.
Ouvindo atentamente, cada uma recebeu a sua boneca e começou
a desenvolver a sua assemblage com o auxílio da equipe de psicó-
logos e demais integrantes da Residência.
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CAPÍTULO 8
Diego Pizarro
Diego Pizarro
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Figura 1 – Cena da obra coreográfica O [não] costume de Adão. Foto: Diego Bresani.
Dançarinos: (esq. para a dir.) Rosana Gontijo, Victória Oliveira, Lisiane Queiroz, Thaís
Cordeiro, Thainara Moraes, Gregório Benevides, Nininha Albuquerque, Flávia Cruz.
1. “The problem of nudity is, hence, the problem of human nature in its relation with grace.”
2. Todas as traduções contidas neste trabalho foram realizadas por mim.
3. CEDA-SI é um grupo de pesquisa registrado no CNPQ e sediado no Instituto Federal de
Brasília, vinculado à área de Dança do Campus Brasília, Curso de Licenciatura em Dança. O
grupo se propõe a produzir pesquisa artística e somática relacionada aos processos de prepa-
ração, formação e composição em dança. Vide: www.cedasi.com.br
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4. “The art and science of the interrelational process between awareness, biological function and
environment, all three factors understood as a synergistic whole”.
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5. Data de estreia: 06/12/2013. Local: Teatro Eva Herz – Livraria Cultura Shopping Iguatemi
– Brasília-DF; Apresentações: Sala Loyola – Centro Cultural Brasília – CCB e IX CONNEPI –
Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação. 2014. Centro de Convenções Pedro Neiva
de Santana – São Luís-MA. Para apreciação de um registro em vídeo da Versão 2 da obra coreo-
gráfica, vide: <https://vimeo.com/215927611>.
6. Música Me Derramar, na versão brasileira de Beto Tavares, após a versão em língua inglesa de
Craig Musseau, Pour out my heart (2000).
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8. Como desdobramento deste projeto de extensão realizado entre 2013 e 2014, com apoio
do Edital PROEXT MEC/SESu 2013, a questão do figurino e suas camadas poéticas, tanto
nos palcos como na vida docente, deram origem a um programa de extensão também com
apoio do Edital PROEX/MEC SESu 2015, denominado de “As Peles Comunitárias do Dançarino
Contemporâneo: integrando os sentidos, a somática e o figurino no contexto artístico-social da
Educação Profissional e Tecnológica”, realizado entre 2015 e 2016. Este programa deu origem
a diversas atividades, pesquisas, publicações e obras coreográficas nos anos subsequentes.
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dera que a nudez não era comum na dança cênica9 tanto quanto
no teatro e no cinema – mesmo que, segundo ele, estas últimas
geralmente não tinham muita justificativa dramática para tal.
“Dançarinos, mais do que atores, conservam no palco suas iden-
tidades pessoais, porque, mesmo que eles estejam interpretando
uma personagem, são deles a dança que estamos assistindo, não
dos personagens”10. Contribuindo para esse pensamento, Jaeger
(2009, p. 37), afirma:
Em comparação com a fotografia ou a pintura, o desejo ou a intenção
do dançarino nunca desaparece por completo na apresentação ao
vivo de uma dança; nem é o dançarino parecido com um ator, cujo self
parece estar imerso na apresentação da personagem em uma peça.
Os dançarinos geralmente têm visivelmente músculos tonificados
bem desenvolvidos e atípicos poderes corporais de movimento, e
expressam gestos além do que uma pessoa normalmente pode fazer11.
9. Toepfer (1996, p. 83) menciona os coreógrafos Hans Van Manen (Países Baixos, 1932-), Pina
Bausch (Alemanha, 1940-2009) e Flemming Flindt (Dinamarca, 1936-2009) como representantes
de uma “nudez balética”. A coreógrafa estadunidense Anna Halprin (1920-), fundadora da dança
pós-moderna americana na costa oeste, também utilizava nudez em algumas de suas obras dos
anos 1960 e 1970.
10. “Dancers, more than actors, retain on stage their personal identities because even if they are
in character it is they whose dancing we are watching, not the characters”.
11. “In comparison with a photograph or painting, the dancer’s will or intentionality never enti-
rely disappears in a live performance of a dance. Nor is the dancer quite like an actor, whose
self seems submerged in the presentation of a character in a play. Dancers usually have visibly
well developed, toned muscles, untypical physical powers of movement, and expressive gestures
beyond what the average person can do”.
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12. “[…] although looking at nude bodies is pleasurable for any reasons, in theater dance some of
the pleasure is derived from the meanings nudity can contribute to the work as a whole”.
13. “They watch the viewers watching, shut off their gaze and turn their eyes away. A strange
barrier seems to rise up between species”.
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14. Na crença pré-lapsariana, entende-se que Jesus encarnou com uma natureza humana seme-
lhante à de Adão antes da queda, ou seja, diferente de nós. Na crença pós-lapsariana, Jesus teria
encarnado com natureza semelhante à de Adão após a queda, ou seja, com tendências pecami-
nosas como todos os humanos, o que não quer dizer que era pecador, mas simplesmente que
possuía tal tendência e nesse caso todos teríamos que passar pelas mesmas provações de Cristo.
15. “[…] the nudity of the human body is, in Western culture, always already prisoner of a cultural
and theological apparatus – a power apparatus – which essentially calls it into question and
makes it unthinkable”.
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16. Ao seu projeto, Agamben dá o nome de biopolítica, termo que já havia sido introduzido por
Michel Foucault. A intenção fundamental do projeto é tentar entender “[…] as relações entre o
homem e o poder, a política e a teologia” (ÔSTMAN, 2009, p. 71).
17. “Nudity is thus defined by non-nudity, by the clothing from which it has been stripped. Nudity is therefore
impossible: only denudation exists, only baring, and the naked body remains obstinately unattainable”.
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19. BMC foi criado pela estadunidense Bonnie Bainbridge Cohen e colaboradores a partir dos
anos 1960. É uma prática transformadora que inclui a anatomia corporalizada (sistemas corpo-
rais), o desenvolvimento do movimento da criança (linguagem do movimento) e a embriologia
dos processos de corporalização de espaços.
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Referências
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CAPÍTULO 9
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E, em consequência:
O corpo tornou-se um aplicativo (corpo apps) da biopolítica que
nos governa. Não é prudente, portanto, pensar a dança fora dessa
moldura. (Idem)
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4. Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1992),
mestrado em Letras Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho (1998) e doutorado em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho (2003). Tem experiência na área de Artes, atuando principalmente nos seguintes
temas: teatro, expressão corporal, interpretação teatral, semiótica e discursos interartísticos.
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5. Fato ocorrido em 2 de outubro de 1992, no Brasil, em São Paulo. Uma intervenção da Polícia
Militar para conter uma rebelião na Casa de Detenção causou a morte de 111 detentos.
6. Impossível reproduzir essa atrocidade que assombra a todos os viventes desde meados do
século XX. O diretor faz uma reprodução ficcional como tentativa para chamar atenção para o
momento político que estamos vivendo.
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7. Exemplos de memes são melodias, idéias, slogans, as modas nos vestuários, as maneiras de
fazer potes ou de construir arcos. (DAWKINS, 2007, p.330).
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CONCLUSÕES EM ANDAMENTO
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9.Segundo Boaventura de Souza Santos (2007): ““(...) as linhas cartográficas “abissais” que demar-
cavam o Velho e o Novo Mundo na era colonial subsistem estruturalmente no pensamento moderno
ocidental e permanecem constitutivas das relações políticas e culturais excludentes mantidas no
sistema mundial contemporâneo. Disponível em: http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/
Para%20alem%20do%20pensamento%20abissal_CEBRAP_2007.pdf. Acesso em 05/11/2018.
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REFERÊNCIAS
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Felipe Monteiro
Fundador do Centro Internacional de Pesquisas Artísticas e
Acadêmicas sobre Antonin Artaud. Performer. Pós-doutorando
do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP,
sob a supervisão da Profa. Dra. Elisabeth Silva Lopes, com bolsa
pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
Doutor em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, com
bolsa pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia.
Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, com bolsa pela Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior. Graduado em Licenciatura em Teatro
pela Universidade Federal de Alagoas. Autor do livro Corpos dife-
renciados: a criação da performance “Kahlo em mim eu e(m) Kahlo”
(EDUFAL, 2013) e organizador dos livros Corpos diferenciados em
performance (Fonte Editorial, 2018) e Antonin Artaud e a América
Latina (Fonte Editorial, 2018). Tem experiência nas áreas de Estudos
Teatrais e Estudos da Performance, atuando principalmente nos
seguintes temas: Corpos diferenciados, Performance, Artivismo,
Cenas pós-dramáticas, Ensino, Direção e Interpretação Teatral,
Antonin Artaud e Frida Kahlo. E-mail: fhmoal@hotmail.com
AUTORES E AUTORAS
Diego Pizarro
Professor do Instituto Federal de Brasília (IFB), no Curso de
Licenciatura em Dança. Mestre em Arte Contemporânea pela
Universidade de Brasília, Doutorando em Artes Cênicas na
Universidade Federal da Bahia sob a orientação da Drª Maria
Albertina S. Grebler. Realizou estágio de pesquisa na University
sumário 169
nudez em cena
Ewerton Medeiros
Artista, estilista, professor de moda. Mestre em Artes Cênicas pelo
Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (2019). Especialista em Cinema pela
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2015). Bacharel em
Moda pela Faculdade Santa Marcelina (2013). Atuou como docente
no SENAI - Departamento Regional do Rio Grande do Norte e na
UnP - Universidade Potiguar, ministrando disciplinas de Desenho
de Moda, História da Moda, Visual Merchandising, Introdução ao
Design de Moda, Planejamento e Desenvolvimento de Coleção,
Laboratório de Práticas Criativas, Projeto Interdisciplinar, Styling e
Eventos de Moda, Tecnologia e Aspectos de Materiais, Ateliê de
Forma e Modelagem Plana. E-mail: ewertonrangel@hotmail.com
sumário 170
nudez em cena
Jéssica Cerejeira
Estilista, figurinista e artista visual. Especialista em Design de
Produtos de Moda pelo SENAI Cetiqt (2019). Licenciada em Artes
Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2017).
Designer de Moda pela Universidade Potiguar/RN (2017). Estilista
pelo SENAI - Departamento Regional do Rio Grande do Norte. Atuou
como docente no SENAI - Departamento Regional do Rio Grande
do Norte, ministrando a disciplina de Produção de Moda (2016) e
no Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, ministrando o módulo de Desenho de Moda Aplicado
ao Figurino na disciplina de Figurino e Maquiagem (2014 - 2016).
Atua no ramo de figurinos desde 2013 e como designer da marca
Cerejeira LAB desde 2015. E-mail: cerejeiralima@gmail.com
Nara Salles
Artista, Psicanalista, Antropóloga. Professora Associada IV no
Centro de Artes da UFPEL e do Programa de Pós-Graduação em
Artes Cênicas da UFRN. Coordenadora do Grupo de Pesquisas
na UFPEL “Processos de Criação e Alfabetização Estética: Arte é
Loucura”. Implantou a Residência Artistica do Hospital Psiquiátrico
Dr. João Machado em Natal, RN. E-mail: narasalles@hotmail.com
Natasha de Albuquerque
É artista de Brasília com trabalhos em Arte Contemporânea,
performances, fotografias e vídeos. Possui mestrado em Arte
Contemporânea na linha de Poéticas Contemporâneas e gradu-
ação em Artes Plástica licenciatura/bacharelado pela Universidade
de Brasília. Sua produção perpassa questões como corporeidade,
crítica da normalidade, sexualidade, deboche, ironia e hibridização
das linguagens. Já participou de 40 exposições coletivas com
obras individuais e também participou em dezenas de eventos de
arte como membro do grupo Corpos Informáticos desde 2011.
Possui artigos científicos e capítulo de livro publicados na área de
Artes. https://natashadealbuquerque.hotglue.me/ E-mail: natasha-
dealbuq@gmail.com
sumário 171
nudez em cena
Marcos Uzel
Professor, jornalista e escritor com pós-doutorado pelo Programa de
Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia.
Doutor e mestre em Cultura e Sociedade pela UFBA. Jornalista com
mais de 25 anos de experiência profissional, atuando como repórter
especial, editor, articulista e crítico teatral em veículos de comuni-
cação de grande porte. É autor dos livros “Guerreiras do Cabaré - A
mulher negra no espetáculo do Bando de Teatro Olodum”; “A Noite
do Teatro Baiano” e “O Teatro do Bando: negro, baiano e popular”.
E-mail: marcosuzel@gmail.com
sumário 172
nudez em cena
ÍNDICE REMISSIVO
A branqueamento 89, 100
afrodescendente 8, 89 C
animal 53, 54, 55, 93 campanha 8, 69, 80, 81, 83, 84, 86
animalesco 55, 99, 126 carne 50, 140, 162
ânus 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 61, cena 7, 8, 9, 18, 19, 20, 21, 24, 25,
62, 66, 67, 95, 97 27, 29, 30, 31, 34, 37, 39, 41, 42,
43, 44, 45, 49, 51, 52, 55, 58, 63,
aparências 7, 29
89, 90, 94, 95, 96, 97, 99, 105, 108,
arma política 8, 69, 73 109, 117, 119, 120, 121, 122, 123,
124, 125, 126, 128, 131, 135, 137,
arte 7, 8, 13, 14, 17, 18, 19, 20,
140, 142, 143, 144, 147, 148, 149,
21, 25, 26, 27, 30, 32, 33, 34, 35,
150, 151, 153, 158, 159, 162
36, 37, 38, 39, 40, 41, 45, 46, 49,
51, 58, 59, 61, 62, 65, 67, 69, 70, cenas 7, 60, 90, 92, 98, 138, 144,
71, 72, 73, 74, 80, 86, 90, 115, 120, 149, 159, 160, 161, 165
121, 123, 127, 132, 135, 138, 139,
complexidade 9, 137, 139, 143, 157
142, 152, 166, 171
contexto 8, 9, 10, 20, 37, 38, 39,
arte contemporânea 32, 33, 37, 65,
49, 51, 58, 63, 64, 65, 79, 84, 90,
70, 121
100, 111, 115, 121, 137, 139, 142,
Artes Cênicas 16, 17, 20, 27, 29, 30, 143, 144, 152, 167
31, 44, 106, 143, 169, 170, 171, 172
contrassexualidade 57, 58
artista 7, 8, 9, 13, 17, 18, 19, 20,
corpo 7, 8, 9, 11, 12, 15, 18, 19, 20,
21, 26, 29, 30, 31, 33, 34, 37, 38,
21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 29, 30,
39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 49, 51,
31, 32, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40,
60, 66, 72, 73, 80, 89, 94, 95, 106,
41, 42, 43, 44, 45, 46, 50, 51, 52,
107, 119, 122, 124, 126, 128, 131,
53, 54, 55, 56, 57, 58, 61, 62, 63,
143, 144, 159, 160, 163, 166, 171
69, 70, 71, 72, 73, 74, 76, 77, 79,
artivista 13, 14 81, 84, 86, 89, 91, 93, 95, 98, 99,
101, 105, 106, 107, 108, 109, 110,
associações 7, 29, 30, 44, 45, 50,
111, 113, 114, 115, 116, 117, 120,
63, 64
121, 122, 124, 125, 126, 127, 128,
B 131, 135, 137, 138, 139, 141, 143,
144, 147, 148, 149, 151, 152, 156,
beleza 17, 81, 86, 93, 101, 147, 164
157, 158, 159, 161, 162, 163, 164,
bom de cama 91, 93, 95 165, 166, 167, 168, 170
sumário 173
nudez em cena
sumário 174
nudez em cena
imposições 43, 152 32, 33, 34, 36, 37, 40, 41, 43, 45,
46, 49, 50, 51, 60, 61, 63, 69, 70,
indecente 30, 50
71, 73, 74, 79, 80, 81, 84, 86, 87,
indícios 105, 107, 108 91, 92, 95, 97, 98, 101, 116, 124,
125, 137, 138, 139, 140, 141, 142,
instauração cênica 27, 31, 34, 42,
143, 144, 145, 146, 147, 148, 149,
123, 126, 131
151, 152, 153, 154, 156, 157, 160,
interpretações 38, 65, 89 162, 163, 165
J nudismo 75, 79
julgamento 7, 29, 143 O
L objetificação 91
lei 31, 50, 60, 61, 114 obra 8, 9, 31, 32, 33, 34, 37, 38,
39, 40, 41, 42, 44, 45, 49, 50, 51,
liberdade 8, 34, 42, 44, 51, 61,
52, 53, 54, 55, 56, 58, 59, 60, 62,
69, 73, 81, 84, 86, 124, 151, 161,
63, 64, 65, 66, 73, 76, 90, 105, 106,
165, 167
107, 108, 115, 120, 123, 124, 126,
linguagem 8, 13, 49, 51, 72, 86, 95, 128, 137, 138, 139, 140, 141, 143,
96, 98, 102, 106, 122, 135, 151 145, 146, 147, 148, 150, 166
M ódio 37, 39, 40, 41, 45, 61, 64, 65,
66, 80, 126, 163
machista 62, 100
ofensivo 7, 8, 29, 30, 31, 45, 49,
marcas 9, 44, 93, 99, 106, 108, 50, 51, 57, 121
119, 120, 125, 140, 144
oficina 75, 76, 79, 131, 153
masculino 43, 82, 83, 84, 91, 93,
95, 100 opressor 32, 39, 63
mídia 34, 35, 36, 53, 62, 96, 125, ordem pública 30, 31
154, 159, 165, 167
órgão 43, 59, 61, 76, 125
N
P
narrativas 9, 119
padrões 7, 24, 29, 30, 35, 36, 37,
negro 52, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 63, 93, 149,
97, 98, 99, 100, 101, 102, 172 152, 164
normas 32, 35, 42, 50 padrões sociais 7, 29, 30, 35, 41,
45, 50
nu artístico 8, 30, 41, 49, 66, 153
pecado 7, 14, 29, 31, 50, 71,
nudez 7, 8, 9, 11, 24, 29, 30, 31, 148, 149
sumário 175
nudez em cena
pele 7, 8, 9, 29, 34, 39, 42, 44, pudores 42, 54, 101
45, 49, 50, 51, 52, 66, 71, 84, 92,
R
105, 113, 119, 120, 121, 122, 124,
125, 131, 132, 135, 144, 149, 151, realidade 8, 10, 14, 18, 90, 94, 95,
152, 162 96, 99, 114, 115, 139, 143, 144,
155, 159, 163, 166
performance 7, 11, 12, 13, 14, 20,
21, 22, 23, 25, 26, 27, 37, 38, 39, 51, recursos 34, 51, 160
52, 53, 54, 55, 58, 60, 62, 63, 64, 65,
redes sociais 38, 40, 58, 59, 60,
66, 74, 76, 84, 107, 108, 109, 110,
65, 66, 70, 81, 84, 86, 157, 162,
122, 126, 135, 145, 146, 147, 157,
163, 165
158, 159, 160, 163, 168, 169
repercussão 17, 32, 40, 58, 59, 60,
performer 13, 14, 20, 24, 26, 44,
62, 63, 86
108, 109, 121, 122, 135, 158,
161, 162 repressão 32, 34, 45, 51, 58, 73, 124
poder 14, 38, 53, 55, 56, 58, 72, repúdio 38, 125
73, 92, 94, 97, 98, 99, 101, 105,
revolta 59, 156, 162
148, 149, 166
roupas 32, 41, 42, 44, 71, 75, 76,
poética 13, 18, 30, 34, 42, 44, 45,
77, 81, 84, 108, 114, 123, 124, 125,
51, 73, 81, 86, 108, 135
142, 144, 148, 152
polêmica 33, 37, 39, 46, 56, 60, 162
S
política 8, 13, 14, 52, 54, 56, 61,
sexo 7, 43, 55, 56, 63, 90, 93, 100,
69, 70, 71, 72, 73, 74, 82, 84, 86,
101, 105, 162
102, 149, 152, 157, 160, 161, 162,
167, 168 sexual 31, 37, 39, 41, 42, 43, 46,
50, 51, 56, 57, 58, 61, 62, 67, 80,
potência 72, 73, 74, 91, 93, 112,
91, 92, 93, 94, 97, 99, 100, 101
143, 157, 166
sexualidade 30, 54, 57, 58, 62, 63,
preconceitos 17, 18, 56, 63, 165
64, 73, 87, 89, 91, 93, 97, 99, 100,
preparação 138, 170 102, 140, 171
problematização 70, 80 sexualizado 8, 43, 49, 57, 91
processo 6, 9, 10, 14, 16, 17, 20, simbolismo 42
22, 24, 25, 30, 31, 34, 35, 36, 40,
sobrevivência 81, 114, 160, 161
44, 57, 89, 92, 101, 106, 108, 114,
115, 121, 124, 126, 128, 136, 137, sociedade 14, 24, 30, 32, 34, 35,
138, 139, 140, 141, 142, 143, 144, 36, 40, 42, 43, 45, 50, 51, 62, 63,
146, 149, 151, 152, 155, 157, 159, 64, 67, 72, 90, 92, 96, 125, 155,
160, 161, 167 156, 157, 158, 161, 164, 168
sumário 176
nudez em cena
sumário 177