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O Que o ITIL Não Faz

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O que o ITIL não faz

(http://cio.uol.com.br/gestao/2005/10/08/idgnoticia.2005-10-
10.9109064228)
Rachel Rubin e Ben Worthen
Publicada em 08 de outubro de 2005 às 00h00

Este modelo de referência não oferece uma resposta sobre


como colocar em prática o que está escrito nos livros

Implementar ITIL não é fácil. Os especialistas dizem que a mudança


de processos que o conceito requer é tão substancial que os CIOs
deveriam tratar um projeto de ITIL da mesma maneira
que lidam com implementações de ERP (sistemas de gestão
integrada), medindo o progresso em anos, não em meses.
As expectativas dos CIOs de encontrar respostas fáceis para suas
perguntas sempre "cabeludas" costumam ser desapontadas: o ITIL
não aconselha sobre como implementar as melhores práticas
catalogadas, uma lacuna que pode entrar em choque com o hábito
dos CIOs de contar com detalhadas metodologias de desenvolvimento
de software.
ITIL é uma maneira de ajudar a criar uma mudança organizacional.
Ou seja, não oferece uma resposta sobre como colocar em prática o
que está escrito nos livros; cada empresa deve planejar seus próprios
processos com base nos princípios do ITIL.
Talvez por esse motivo uma pesquisa recente da Forrester Research
junto a CIOs de 65 grandes empresas globais tenha descoberto que,
apesar do grande interess em ITIL, apenas 3% a consideram uma
metodologia principal em suas organizações.
Para muitas companhias, no entanto, ITIL se tornará em breve bem
mais evidente. Tanto o governo dos Estados Unidos quanto do
Canadá vão requerer que seus fornecedores de TI utilizam ITIL. E os
benefícios potenciais de ITIL - incluindo melhorias na satisfação dos
clientes e eficiência operacional - parecem bons a ponto de a
Forrester concluir que é apenas uma questão de tempo para o ITIL
tornar-se o padrão para todas as compras em TI.

A origem do ITIL
(http://cio.uol.com.br/gestao/2005/10/09/idgnoticia.2005-10-
10.6769622853)
Rachel Rubin e Bem Worthen
Publicada em 09 de outubro de 2005 às 00h00

Desenvolvido no fim da década de 80 pelo governo britânico, o


ITIL vai agora para sua terceira versão

O ITIL foi desenvolvido no fim da década de 80 pela Agência Central


de Computação e Telecomunicações do governo britânico para servir
como um catálogo de melhores práticas para os departamentos de TI
dos órgãos governamentais.
Não demorou para que o setor privado inglês demonstrasse simpatia
pelo conceito, ainda mais por ter nascido com o ponto de vista do
usuário, não de fornecedor.
Nos últimos cinco anos, o ITIL começou a aparecer nos Estados
Unidos e na América Latina. Agora em sua segunda versão,
compreende sete livros, cada um com cerca de 200 páginas, e custa
cerca de 115 dólares.
Cada volume é dedicado a uma das seguintes áreas: suporte, entrega
de serviços, planejamento de implementação de gestão de serviços,
gestão de segurança, ICT (tecnologia de informação e comunicações),
gestão de infra-estrutura e perspectiva de negócios.
Temas relacionados à terceirização de serviços de TI e aos padrões de
cumprimento de leis regulatórias são algumas das questões
abordadas na nova versão da biblioteca, a terceira, prevista para o
ano que vem.
Por enquanto, na região das Américas, a maioria das empresas adota
ITIL para duas dessas áreas: suporte e entrega de serviços. Isso
acontece porque a área de suporte é considerada a mais fácil de
passar por mudanças e se aprimorar. Daí sua indicação como o ponto
inicial de um projeto do gênero.

Garanta o sucesso da implementação


(http://cio.uol.com.br/gestao/2005/10/08/idgnoticia.2005-10-
10.0575492809)
Rachel Rubin e Bem Worthen
Publicada em 08 de outubro de 2005 às 00h00

Mapeamento de processos, configuração do banco de dados,


sensibilização das pessoas são os fatores básicos

Para o ITIL dar certo, é preciso analisar os processos internos,


mapeá-los, identificar o que é ou não crítico. É preciso também zelar
pela gestão da configuração da base de dados, o fator técnico crucial
em um projeto desses. Trata-se, essencialmente, de um mapeamento
de cada pedaço de tecnologia que a empresa possui - sistemas,
roteadores, servidores, PCs etc. As informações de cada mudança
realizada em cada ativo se relacionam com os incidentes relacionados
a esses ativos e com todo o ambiente tecnológico.
Fazer essa gestão, segundo Christine Rose, diretora de TI da Finisar,
fabricante norte-americana de computadores que adota ITIL desde
2002, permite lidar melhor com os recursos disponíveis e contar com
um histórico de tudo o que já foi feito. Assim, o modelo de gestão de
mudanças do ITIL também requer que o alerta aos usuários de
negócios antes de qualquer alteração seja feito 72 horas antes de
ocorrer. "Isso permite um maior alinhamento entre as áreas, em vez
de os usuários de negócios ficarem bravos quando algo que eles
precisam não está disponível".
Finalmente, a terceira maior providência é fazer um cuidadoso
trabalho de gestão de mudanças. "Sem o apoio das pessoas, o
projeto não vai dar certo. A gestão de mudanças não garante o
sucesso da implementação, mas sem ela o fracasso é certo", define
Gajamiro, da CSC. Nessa etapa, mais do que nunca, é uma boa idéia
pedir ajuda ao diretor de RH da empresa.
Feita a auto-análise e a arrumação da casa, com a participação ativa
de todos, é hora de partir para a busca de como fazer a
implementação, o que pode ser feito com a ajuda de uma consultoria
e com soluções de software já disponíveis no mercado.
Cada caso é um caso, e o CIO deve saber reconhecer, juntamente
com sua equipe, o que mais bem se aplica à sua organização. Depois
de todo o trabalho e tendo chegado lá, deve haver um estudo
permanente de como os processos internos se adaptam às constantes
mudanças pelas quais a empresa e o segmento a que pertence
passam. "ITIL é um projeto de vida", resume Gajanigo.

ITIL na prática
(http://cio.uol.com.br/gestao/2005/10/09/idgnoticia.2005-10-
10.1960175980)
Rachel Rubin e Ben Worthen
Publicada em 09 de outubro de 2005 às 00h00

Empresa norte-americana economiza 100 mil dólares com


ajuda do ITIL

Quando a Mead e a Westvaco - as duas maiores empresas de


embalagens e produtos químicos dos Estados Unidos - se fundiram
em 2002, Jim McGrane, então o vice-presidente de desenvolvimento
de processos da Mead, foi promovido a CIO e assinou o acordo
aparentemente inviável de padronizar a MeadWestvaco, a nova
empresa formada, avaliada em 7,2 bilhões de dólares, em um único
sistema de ERP (gestão empresarial), da alemã SAP. McGrane
começara a redesenhar os processos de finanças da Mead quatro
anos antes, então parecia natural que o novo emprego coubesse a
ele.
Mas algo no projeto não parecia bem. Apesar dele ter padronizado os
processos de negócios que ofereceriam aos usuários um sistema mais
eficiente, seu próprio departamento continuava a operar da mesma
maneira. "Não havia foco em processo para TI", diz McGrane.
A contradição era óbvia: o grupo responsável pelo desenvolvimento
de processos de negócios não tinha pensado em processos para si.
Consequentemente, o departamento de TI não estaria apto a
assegurar-se os mesmos padrões que aplicava ao resto da
organização.
McGrane e sua equipe gastaram a maior parte daquele 2002
construindo uma visão para o futuro departamento de TI e
levantando quais processos críticos seriam necessários mapear para
chegar num entendimento ideal.
McGrane queria um departamento que antecipasse e resolvesse
problemas antes que eles acontecessem e se adaptasse a mudanças
nos negócios de forma tão ágil quanto o próprio negócio.
O time começou a missão com os frameworks de governança
disponíveis no mercado, mas nunca chegava a um consenso.
"Analisávamos propostas de consultorias, mas nunca pareciam estar
no nível de algo que poderíamos implementar", disse McGrane. "Eram
propostas que abordavam coisas como disponibilidade de
gerenciamento. Mas nunca nos explicavam o que eram esses termos
na prática."
Até que um dos funcionários de McGrane descobriu a coleção ITIL,
relativa a melhores práticas para operações de TI desenvolvidas
inicialmente pelo governo britânico 20 anos antes. Era diferente de
outros frameworks de processos: parecia ter detalhes o suficiente
para tornar o significado de cada termo claro e mostrar como
poderiam ser aplicados a uma organização.
Intrigado, McGrane comprou dez cópias da colação (ITIL está
disponível como um conjunto de livros ou em CD-ROMs) para que
todos da equipe a lessem durante as férias de dezembro.
No fim do primeiro trimestre de 2003, McGrane formalizou um plano
de reconstruir seu departamento de TI usando ITIL. Resultado:
eliminou mais de 100 mil dólares anuais em contratos de manutenção
de TI e obteve 10% de aumento na estabilidade operacional.

ITIL ganha destaque na era pós-bolha


(http://cio.uol.com.br/gestao/2005/10/08/idgnoticia.2005-10-
10.5510688475)
Rachel Rubin e Ben Worthen
Publicada em 08 de outubro de 2005 às 00h00

No Brasil, nove entre dez grandes empresas têm algum


projeto de ITIL em andamento, ainda que a maioria em
estágio inicial

Hoje é preciso demonstrar a contribuição de TI para a empresa. O


momento é de desgaste, causado por investimentos precipitados em
sistemas integrados, pela euforia pontocom. Mais do que nunca, fala-
se em outsourcing, cumprimento de requisitos regulatórios
como Sarbox. E o CIO, pressionado para comprovar investimentos na
área de TI, parece cada vez mais atento a frameworks de processos
para a área de TI. Tais frameworks trazem consistência, habilidade de
medir a performance e um rigor científico que muitas vezes a área de
TI - e seus projetos "intangíveis" - não tem.
Frameworks populares como Capability Maturity Model (CMM), Six
Sigma e Control Objectives for Information and Related Technology
(Cobit) têm, cada um, uma área específica de ênfase. O que
diferencia o ITIL das demais é seu foco restrito a operações de TI. O
apelo é irresistível: é o conjunto de melhores práticas que ajuda a
rodar a área de TI como se fosse um negócio, fazendo-a reconhecer
seus serviços-chave, saber priorizar as coisas certas e tornar todo o
trabalho mais visível e transparente, mais fácil de ser medido.
"O retorno de projetos de ITIL é qualitativo e quantitativo. Alguns
resultados são mais fáceis de serem medidos, como fazer a
comparação relativa a número de incidentes resolvidos na primeira
ligação e tempo de atendimento, mas o retorno depende de
uma estratégia de implementação adequada", conta Mário Gajanigo,
diretor da CSC Brasil.
Quando utilizado apropriadamente, ITIL ajuda o departamento a
melhorar sua qualidade de serviço, como resolução mais rápida de
problemas e maior segurança.
O conceito é popular há algum tempo na Europa e agora está
ganhando espaço nas Américas. No Brasil, segundo Gajanigo, nove
entre dez grandes empresas têm algum projeto de ITIL em
andamento, ainda que a maioria em estágio inicial.

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