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Formação de Palavras

Profa. Geovana
1. (UNICAMP 2014) A sobrevivência dos meios de comunicação TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
tradicionais demanda foco absoluto na qualidade de seu conteúdo. A Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.
internet é um fenômeno de desintermediação. E que futuro
aguardam os meios de comunicação, assim como os partidos Muitos anos mais tarde, Ana Terra costumava sentar-se na
políticos e os sindicatos, num mundo desintermediado? Só nos resta frente de sua casa para pensar no passado. E no pensamento como que
uma saída: produzir informação de alta qualidade técnica e ética. Ou ouvia o vento de outros tempos e sentia o tempo passar, escutava
fazemos jornalismo de verdade, fiel à verdade dos fatos, vozes, via caras e lembrava-se de coisas... O ano de 81 trouxera um
verdadeiramente fiscalizador dos poderes públicos e com excelência acontecimento triste para o velho Maneco: Horácio deixara a fazenda, a
na prestação de serviços, ou seremos descartados por um contragosto do pai, e fora para o Rio Pardo, onde se casara com a filha
consumidor cada vez mais fascinado pelo aparente autocontrole da dum tanoeiro e se estabelecera com uma pequena venda. Em
informação na plataforma virtual. compensação nesse mesmo ano Antônio casou-se com Eulália Moura,
(Carlos Alberto di Franco, Democracia demanda jornalismo filha dum colono açoriano dos arredores do Rio Pardo, e trouxe a mulher
independente. O Estado de São Paulo, São Paulo, para a estância, indo ambos viver num puxado que tinham feito no
14/10/2013, p. A2.) rancho.
Em 85 uma nuvem de gafanhotos desceu sobre a lavoura
Os processos de formação de palavras envolvidos no vocábulo deitando a perder toda a colheita. Em 86, quando Pedrinho se
“desintermediação” não ocorrem simultaneamente. Tendo isso em aproximava dos oito anos, uma peste atacou o gado e um raio matou
mente, descreva como ocorre a formação da palavra um dos escravos.
“desintermediação”. Foi em 86 mesmo ou no ano seguinte que nasceu Rosa, a
primeira filha de Antônio e Eulália? Bom. A verdade era que a criança
2. IME 2015 tinha nascido pouco mais de um ano após o casamento. Dona
Henriqueta cortara-lhe o cordão umbilical com a mesma tesoura de
“Depois, para a prova de francês, não tive escolha...” / “É o quase podar com que separara Pedrinho da mãe.
que me incomoda...” E era assim que o tempo se arrastava, o sol nascia e se
sumia, a lua passava por todas as fases, as estações iam e vinham,
Assinale a opção em que as palavras em destaque nos trechos deixando sua marca nas árvores, na terra, nas coisas e nas pessoas.
acima foram formadas, respectivamente, pelos mesmos processos E havia períodos em que Ana perdia a conta dos dias. Mas
daquelas destacadas nos trechos a seguir: entre as cenas que nunca mais lhe saíram da memória estavam as da
tarde em que dona Henriqueta fora para a cama com uma dor aguda no
a) “Em todos os cenários, ela não mostrou nenhum medo” / “Agora, lado direito, ficara se retorcendo durante horas, vomitando tudo o que
o estudo envolvendo essa paciente”. engolia, gemendo e suando de frio.
b) “ O nada não ilumina, ...” / “...o amor enlouquece, ...”
c) “Ter uma doença pequena...” / “De nada adianta cercar um Érico Veríssimo. O tempo e o Vento, “O Continente”, 1956.
coração vazio ou economizar alma”.
d) “Estudos anteriores com a mesma paciente...” / “Ainda pior que a
convicção do não, ...” 4. (Fgv 2017) Leia o trecho do 1º parágrafo: “Horácio deixara a
e) “Desconversava, lia outra coisa.” / “Com cada coisa em seu fazenda, a contragosto do pai, e fora para o Rio Pardo, onde se
lugar.” casara com a filha dum tanoeiro e se estabelecera com uma
pequena venda. Em compensação nesse mesmo ano Antônio
3. (FUVEST 2001) casou-se com Eulália Moura, filha dum colono açoriano dos
Só os roçados da morte arredores do Rio Pardo, e trouxe a mulher para a estância, indo
compensam aqui cultivar, ambos viver num puxado que tinham feito no rancho”.
e cultivá-los é fácil:
simples questão de plantar; a) Explique os processos de derivação das palavras destacadas no
não se precisa de limpa, trecho.
de adubar nem de regar; b) Considerando a organização das informações no trecho, explique a
as estiagens e as pragas diferença de sentido que se tem com o emprego da preposição “com”
fazem-nos mais prosperar; nas expressões presentes na passagem “onde se casara com a filha
e dão lucro imediato; dum tanoeiro e se estabelecera com uma pequena venda”.
nem é preciso esperar
pela colheita: recebe-se TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
na hora mesma de semear. Evidentemente, não se pode esperar que Dostoiévski seja
(João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina) traduzido por outro Dostoiévski, mas desde que o tradutor procure
penetrar nas peculiaridades da linguagem primeira, aplique-se com
afinco e faça com que sua criatividade orientada pelo original permita,
O mesmo processo de formação da palavra sublinhada em “não se paradoxalmente, afastar-se do texto para ficar mais próximo deste, um
precisa de limpa” ocorre em: passo importante será dado. Deixando de lado a fidelidade mecânica,
a) “no mesmo ventre crescido”. frase por frase, tratando o original como um conjunto de blocos a serem
b) “iguais em tudo e na sina”. transpostos, e transgredindo sem receio, quando necessário, as normas
c) “jamais o cruzei a nado ”. do “escrever bem”, o tradutor poderá trazê-lo com boa margem de
d) “na minha longa descida”. fidelidade para a língua com a qual está trabalhando.
e) “todo o velho contagia”. Boris Schnaiderman, Dostoiévski Prosa Poesia.

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nossas existências dramaticamente para pior. De potenciais
5. (Fuvest 2017) O prefixo presente na palavra “transpostos” tem o cidadãos, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer
mesmo sentido do prefixo que ocorre em diante desse quadro de insegurança e pânico, denunciado
a) ultrapassado. diariamente pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual
b) retrocedido. tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no Estado de
c) infracolocado. direito?
d) percorrido.
e) introvertido. (Violência urbana, 2003.)

7. (Unesp 2017) As palavras do texto cujos prefixos traduzem ideia de


6. (Unicamp 2017) negação são
a) “desvirtua” e “transforma”.
b) “evite” e “isolamento”.
c) “desfigura” e “ameaça”.
d) “desconhecido” e “insegurança”.
e) “subverte” e “dilacera”.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o trecho do conto “A igreja do Diabo”, de Machado de Assis
(1839-1908), para responder à(s) questão(ões) a seguir:

Uma vez na terra, o Diabo não perdeu um minuto. Deu-se pressa


em enfiar a 1cogula beneditina, como hábito de boa fama, e entrou a
espalhar uma doutrina nova e extraordinária, com uma voz que
reboava nas entranhas do século. Ele prometia aos seus discípulos
e fiéis as delícias da terra, todas as glórias, os deleites mais íntimos.
Confessava que era o Diabo; mas confessava-o para retificar a
noção que os homens tinham dele e desmentir as histórias que a
seu respeito contavam as velhas beatas.
– Sim, sou o Diabo, repetia ele; não o Diabo das noites sulfúreas,
Do ponto de vista da norma culta, é correto afirmar que “coisar” é dos contos soníferos, terror das crianças, mas o Diabo verdadeiro e
a) uma palavra resultante da atribuição do sentido conotativo de único, o próprio gênio da natureza, a que se deu aquele nome para
um verbo qualquer ao substantivo “coisa”. arredá-lo do coração dos homens. Vede-me gentil e airoso. Sou o
b) uma palavra resultante do processo de sufixação que transforma vosso verdadeiro pai. Vamos lá: tomai daquele nome, inventado
o substantivo “coisa” no verbo “coisar”. para meu 2desdouro, fazei dele um troféu e um 3lábaro, e eu vos
c) uma palavra que, graças a seu sentido universal, pode ser darei tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo...
usada em substituição a todo e qualquer verbo não lembrado. Era assim que falava, a princípio, para excitar o entusiasmo,
d) uma palavra que resulta da transformação do substantivo “coisa” espertar os indiferentes, congregar, em suma, as multidões ao pé de
em verbo “coisar”, reiterando um esquecimento. si. E elas vieram; e logo que vieram, o Diabo passou a definir a
doutrina. A doutrina era a que podia ser na boca de um espírito de
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: negação. Isso quanto à substância, porque, acerca da forma, era
Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo Sérgio Pinheiro e umas vezes sutil, outras cínica e deslavada.
Guilherme Assis de Almeida, para responder à(s) questão(ões) Clamava ele que as virtudes aceitas deviam ser substituídas por
abaixo. outras, que eram as naturais e legítimas. A soberba, a luxúria, a
preguiça foram reabilitadas, e assim também a avareza, que
De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite declarou não ser mais do que a mãe da economia, com a diferença
falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar, principalmente que a mãe era robusta, e a filha uma 4esgalgada. A ira tinha a
se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, melhor defesa na existência de Homero; sem o furor de Aquiles, não
tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, não pare em haveria a Ilíada: “Musa, canta a cólera de Aquiles, filho de Peleu”...
sinal vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo. [...] Pela sua parte o Diabo prometia substituir a vinha do Senhor,
É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir várias expressão metafórica, pela vinha do Diabo, locução direta e
dessas recomendações. Faz tempo que a ideia de integrar uma verdadeira, pois não faltaria nunca aos seus com o fruto das mais
comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um belas cepas do mundo. Quanto à inveja, pregou friamente que era a
coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das virtude principal, origem de prosperidades infinitas; virtude preciosa,
grandes cidades brasileiras. As noções de segurança e de vida que chegava a suprir todas as outras, e ao próprio talento.
comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e As turbas corriam atrás dele entusiasmadas. O Diabo incutia-lhes, a
pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser visto como grandes golpes de eloquência, toda a nova ordem de coisas,
parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido é encarado como trocando a noção delas, fazendo amar as perversas e detestar as
ameaça. O sentimento de insegurança transforma e desfigura a vida sãs.
em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, Nada mais curioso, por exemplo, do que a definição que ele dava da
participação coletiva, as moradias e os espaços públicos fraude. Chamava-lhe o braço esquerdo do homem; o braço direito
transformam-se em palco do horror, do pânico e do medo. era a força; e concluía: Muitos homens são canhotos, eis tudo. Ora,
A violência urbana subverte e desvirtua a função das cidades, ele não exigia que todos fossem canhotos; não era exclusivista. Que
drena recursos públicos já escassos, ceifa vidas – especialmente as uns fossem canhotos, outros destros; aceitava a todos, menos os
dos jovens e dos mais pobres –, Dilacera famílias, modificando que não fossem nada. A demonstração, porém, mais rigorosa e

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profunda, foi a da 5venalidade. Um 6casuísta do tempo chegou a moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na
confessar que era um monumento de lógica. A venalidade, disse o roda.
Diabo, era o exercício de um direito superior a todos os direitos. Se Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI
tu podes vender a tua casa, o teu boi, o teu sapato, o teu chapéu, educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e
coisas que são tuas por uma razão jurídica e legal, mas que, em “folia do livro” (biblioteca em forma de festa) para ajudar na
todo caso, estão fora de ti, como é que não podes vender a tua alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”,
opinião, o teu voto, a tua palavra, a tua fé, coisas que são mais do após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode [fazer
que tuas, porque são a tua própria consciência, isto é, tu mesmo? tal coisa], Tião?” Seguida da resposta certeira: “Pode, pode tudo”.
Negá-lo é cair no absurdo e no contraditório. Pois não há mulheres Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não
que vendem os cabelos? não pode um homem vender uma parte do existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem
seu sangue para transfundi-lo a outro homem anêmico? e o sangue com todas as ferramentas possíveis e necessárias para os
e os cabelos, partes físicas, terão um privilégio que se nega ao estudantes aprenderem.
caráter, à porção moral do homem? Demonstrando assim o “Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico
princípio, o Diabo não se demorou em expor as vantagens de ordem aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de
temporal ou pecuniária; depois, mostrou ainda que, à vista do sala, precisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos
preconceito social, conviria dissimular o exercício de um direito tão de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos
legítimo, o que era exercer ao mesmo tempo a venalidade e a ter todos os instrumentos possíveis que levem o menino a
hipocrisia, isto é, merecer duplicadamente. aprender.”
Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna
(Contos: uma antologia, 1998.) para dizer que “terceira idade é para fruta: verde, madura e podre”,
Tião diz se sentir “privilegiado” de viver o que já viveu e acreditar na
1cogula: espécie de túnica larga, sem mangas, usada por certos utopia de não haver mais nenhuma criança analfabeta no Brasil.
religiosos. “Isso não é uma política de governo, nem de terceiro setor, é uma
2desdouro: descrédito, desonra. questão ética”, pontua.
3lábaro: estandarte, bandeira.
4esgalgado: comprido e estreito. (Qsocial, 09/12/2014. Disponível em
5venalidade: condição ou qualidade do que pode ser vendido. http://www.cpcd.org.br/portfolio/e_possivel_fazer_educacao_de_qual
6casuísta: pessoa que pratica o casuísmo (argumento fundamentado idade_100_escola/.)
em raciocínio enganador ou falso).
9. (Unicamp 2016) Em relação ao trecho “E ainda colocou em uso
8. (Unifesp 2017) As palavras do texto cujos prefixos traduzem, termos como ‘empodimento’, após várias vezes ser questionado
respectivamente, ideia de repetição e ideia de negação são pelas comunidades: ‘Pode [fazer tal coisa], Tião?’ Seguida da
a) “reabilitadas” (4º parágrafo) e “infinitas” (4º parágrafo). resposta certeira: ‘Pode, pode tudo’”, é correto afirmar:
b) “desmentir” (1º parágrafo) e “indiferentes” (3º parágrafo). a) A expressão “Seguida da resposta certeira” indica a elipse de
c) “deslavada” (3º parágrafo) e “preconceito” (6º parágrafo). uma outra expressão.
d) “extraordinária” (1º parágrafo) e “desdouro” (2º parágrafo). b) A criação da palavra “empodimento” é resultado de um processo:
e) “reboava” (1º parágrafo) e “perversas” (5º parágrafo). sufixação.
c) A repetição do verbo no enunciado “Pode, pode tudo” exemplifica
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: o estilo reiterativo do texto.
É possível fazer educação de qualidade sem escola d) O discurso direto presente no trecho tem a função de dar voz às
comunidades.
É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é,
como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Bissau e Moçambique. Leia o poema para responder à(s) questão(ões).
Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Mãe
Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP
(Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD Mãe – que adormente este viver dorido.
(Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento). E me vele esta noite de tal frio,
Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que E com as mãos piedosas até o fio
abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e Do meu pobre existir, meio partido...
envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um
lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Que me leve consigo, adormecido,
Todos são educadores, porque estão preocupados com a Ao passar pelo sítio mais sombrio...
aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica. Me banhe e lave a alma lá no rio
O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo Da clara luz do seu olhar querido...
processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é
educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu Eu dava o meu orgulho de homem – dava
alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a Minha estéril ciência, sem receio,
aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu E em débil criancinha me tornava,
ritmo, não podemos uniformizar.”
Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de Descuidada, feliz, dócil também,
terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu Se eu pudesse dormir sobre o teu seio,
a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do Se tu fosses, querida, a minha mãe!
sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que
um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma (Antero de Quental. Antologia, 1991)

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10. (Fgv 2016) Analisando os termos empregados no texto, explique
Suma ciência 
a) o sentido que assumem os termos “vele” (primeira estrofe) e 
   Suma felicidade
“débil” (terceira estrofe);
b) o processo de derivação do termo destacado em “Do meu pobre Suma potência 
existir, meio partido...” (primeira estrofe) e o sentido que o sufixo
confere ao termo destacado em “E em débil criancinha me E durante dias, do Odeon à Sorbona, foi louvada pela
tornava,” (terceira estrofe). mocidade positiva a Equação Metafísica de Jacinto.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Eça de Queirós, A cidade e as serras.


Leia o texto para responder a(s) questão(ões).
12. (Fuvest 2014) Sobre o elemento estrutural “oni”, que forma as
Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? palavras do texto “onipotente” e “onisciente”, só NÃO é correto
afirmar:
Uma organização não governamental holandesa está propondo um a) Equivale, quanto ao sentido, ao pronome “todos(as)”, usado de forma
desafio que muitos poderão considerar impossível: 1ficar 99 dias reiterada no texto.
sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o b) Possui sentido contraditório em relação ao advérbio “quase”,
grau de felicidade dos usuários longe da rede social. antecedente.
O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológicos c) Trata-se do prefixo “oni”, que tem o mesmo sentido em ambas as
realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que o palavras.
teste é completamente voluntário. d) Entra na formação de outras palavras da língua portuguesa, como
Ironicamente, para poder participar, o usuário deve trocar a foto do “onipresente” e “onívoro”.
perfil no Facebook e postar um contador na rede social. e) Deve ser entendido em sentido próprio, em “onipotente”, e, em
Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade dos sentido figurado, em “onisciente”.
participantes no 33º dia, no 66º e no último dia da abstinência.
Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam em Gabarito
média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso, a 1. Para se formar o termo, o prefixo –inter e o sufixo formador de
soma média seria equivalente a mais de 28 horas, 2que poderiam substantivo -ção foram agregados ao verbo “mediar”, formando
ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”. “intermediação”. A esse vocábulo, acrescentou-se o prefixo –des
que denota “negação”.
(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.) 2. D
3. C
11. (Unifesp 2015) Considere o enunciado a seguir:
4. a) Em “venda”, ocorre derivação regressiva, uma vez que o
[...] ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. (ref. 1) substantivo “venda” deriva do verbo “vender”. Já em “puxado”,
[...] que poderiam ser utilizadas em “atividades emocionalmente ocorre derivação sufixal, uma vez que o sufixo –ado, relacionado à
mais realizadoras”. (ref. 2) formação de um adjetivo, está unido ao radical “pux”; é possível
também indicar a derivação imprópria neste caso, uma vez que o
Analisando-se o emprego e a estrutura das palavras “olhadinha” e adjetivo “puxado” é empregado como substantivo, determinado
“emocionalmente”, é correto afirmar que os sufixos nelas presentes inclusive por um artigo.
indicam, respectivamente, sentido de
a) morosidade e intensidade. b) A primeira ocorrência indica sentido de companhia; a segunda, modo.
b) modo e consequência. 5. A
c) rapidez e modo. 6. B
d) intensidade e causa. 7. D
e) afeto e tempo. 8. A
9. A
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 10. a) O verbo “velar”, segundo o contexto, significa “zelar por alguém”.
Leia o texto: O adjetivo “débil” significa “frágil”.
b) Ocorre derivação imprópria em “Do meu pobre existir, meio
Ora nesse tempo Jacinto concebera uma ideia... Este Príncipe partido...”, uma vez que o verbo “existir” foi empregado como
concebera a ideia de que o “homem só é superiormente feliz quando substantivo, inclusive acompanhado pelo adjetivo “pobre”.
é superiormente civilizado”. E por homem civilizado o meu camarada O sufixo diminutivo em “criancinha” confere afetividade ao substantivo
entendia aquele que, robustecendo a sua força pensante com todas criança, caracterizada no poema como alguém frágil.
as noções adquiridas desde Aristóteles, e multiplicando a potência 11. C
corporal dos seus órgãos com todos os mecanismos inventados 12. E
desde Teramenes, criador da roda, se torna um magnífico Adão,
quase onipotente, quase onisciente, e apto portanto a recolher [...] Exercícios extras:
todos os gozos e todos os proveitos que resultam de Saber e
Poder... [...] Apostila de sala, página 23, exercício 3; página 24, exercício 6.
Este conceito de Jacinto impressionara os nossos camaradas de Livro 1, frente 1, capítulo 2
cenáculo, que [...] estavam largamente preparados a acreditar que a Exercícios propostos: 30,32 e 34
felicidade dos indivíduos, como a das nações, se realiza pelo Exercícios complementares: 15, 16, 17, 21 e 22.
ilimitado desenvolvimento da Mecânica e da erudição. Um desses
moços [...] reduzira a teoria de Jacinto [...] a uma forma algébrica:

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