Cadernos de Resumos 13a Semana de Pc3b3s Da Uerj
Cadernos de Resumos 13a Semana de Pc3b3s Da Uerj
Cadernos de Resumos 13a Semana de Pc3b3s Da Uerj
UERJ
Rio de Janeiro
2017
XIII SEMANA PPGFIL UERJ
CADERNOS DE RESUMOS
Comissão Organizadora
Rio de Janeiro
2017
2
Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Programação Completa –XIII Semana PPGFIL UERJ
Mesa Visitante:
Prof. Alberto Mesa 11 Mesa 20 Mesa 30 Mesa 36
de 14h a López (UNAM) e
15h30 Profª. Viviane
Bagiotto Botton Mesa 12 Mesa 21 Mesa 31
(PUC-SP)
Conferência
Conferência Conferência Conferência
Prof. Renato
18h Prof. Mario Prof. Joana Prof. Marcelo
Noguera
Bruno (UERJ) Toledo (CPII) Araújo (UERJ)
(UFRRJ)
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Segunda-feira dia 24/04 de 9h às 11h30: Mesa 1 e Mesa 2
Mesa 1.
Luciano Gutembergue Bonfim Chaves: A ESTÉTICA DO CANGAÇO À LUZ
DO ‘ANDARILHO’ E SUA SOMBRA. (PUC-RJ)
Kaline Viviane de Souza: Das Considerações Extemporâneas à Genealogia
da Moral: um percurso da apropriação e crítica do sentido histórico na
filosofia de Nietzsche. (USP)
Ádamo Bouças Escossia da Veiga: A necessidade da contingência em
Nietzsche e Meillassoux. (PUC-RJ)
Bruno Abilio Galvão: A genealogia como crítica e autocrítica em Nietzsche.
(UERJ)
Mesa 2.
Bianca Pereira da Silva: Tríplice mimesis: uma tríplice experiência (UFF)
Messias Miguel Uaissone: A interrupção ética da fenomenologia em
presença da alteridade (UERJ)
Rodrigo Viana Passos: ONDE ESTÁ O AUTOR?: Considerações
hermenêutico-filosóficas sobre a experiência estética. (PUC-RJ)
Jacira de Assis Souza: A fenomenologia hermenêutica do si: O paradigma
da tradução Mest. (UERJ)
Mesa 3.
Ravena Olinda Teixeira: A potência da memória em Espinosa. (USP)
Carmel da Silva Ramos: Descartes: do caráter político do amor (PPGLM-
UFRJ).
Kissel Goldblum: A superação da hermenêutica subjetiva na teoria do
conhecimento de Spinoza.. (PPGLM-UFRJ)
Miécimo Ribeiro Moreira Júnior: A servidão e a dominação no pensamento
político de Bento de Espinosa Doc. (PPLM-UFRJ)
Mesa 4.
Serguey Monin: Foucault e a parresía no cinema de Tarkovski: o problema
da coragem da verdade. (UERJ)
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Raquel Rodrigues Rocha: Da sociedade disciplinar à sociedade de controle
digital. (PPGF-UFRJ)
Juliane Bianchi Leão Mendes: Foucault, estruturalismo e maio de 1968.
(UERJ)
Mesa 5.
Sarah Maria Barreto: A poesia como horizonte de emancipação. (UFF)
Braulyo Antonio Silva de Oliveira: Adorno e o progresso musical. (UERJ)
Jessica Di Chiara: O que há no ensaio que possibilita a dialética negativa
como método? (UFF)
Bruno Victor Brito Pacifico: A INDÚSTRIA CULTURAL APÓS O FIM DA
ARTE. (UFF)
Mesa 6.
Rogério Reis Carvalho Mattos: Do museu das espécies à anatomia
patológica: a arte de fabricar doenças (UERJ)
Priscila Céspede Cupello: Debates entre em Nietzsche e Foucault sobre as
últimas palavras de Sócrates. (PPGLM-UFRJ)
CLAUDIO V. F. MEDEIROS: PRÁTICAS DE LIBERDADE E/OU
PRÁTICAS DE LIBERAÇÃO. (UERJ)
Roberta Liana Damasceno Costa: A CRÍTICA AO NOSSO PRESENTE
HISTÓRICO: A ATUALIDADE COMO QUESTÃO EM MICHEL
FOUCAULT (UERJ)
Mesa 7.
Guilherme de Lucas Aparecido Barbosa: Literaturas distópicas e o
desdobramento do programa baconiano de ciência e tecnologia. (UFABC)
Lourenço Fernandes Neto e Silva: O problema da magnitude na metafísica de
Condillac. (USP)
Sacha Zilber Kontic: A passividade do entendimento e a questão da analogia
em Malebranche. (USP)
Fabien Pascal Lins: Michel de Montaigne e o mentir como conhecimento de
si: dissimulação e ficção no capítulo “Dos Canibais” (I,31) dos Ensaios.
(UNICAMP)
Mesa 8.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Michelle Cardoso Montoya: Uma distinção que não deve ser rejeitada:
algumas objeções de Searle ao abandono da distinção analítico-sintético
proposto por Quine.. (PPGLM-UFRJ)
André Moreira Fernandes Ferreira: O Argumento da Linguagem Privada no
Tractatus de Wittgenstein. (UFMG)
Rafael Mófreita Saldanha: A filosofia está mesmo morta? Um olhar sobre o
esgotamento de uma certa prática européia que importamos sem muito
cuidado. (PPGF – UFRJ)
Gustavo Bravo Carvalho: Propriedades disposicionais e causalidade Russel e
Heil (PPGLM-UFRJ)
Mesa 9.
Fernanda Cristina Lima de Oliveira: O problema da subjetividade na filosofia
de Kierkegaard. (UERJ)
Thales Coi mbra Paranhos Cavalcanti de Paiva: SOBRE O PROBLEMA DA
ORIGEM ÚLTIMA DOS POVOS NO SISTEMA FILOSÓFICO TARDIO DE
SCHELLING. (PPGF-UFRJ)
Gabriel Ferri Bichir: Kierkegaard contra Hegel: um embate entre dois
modelos dialéticos. (USP)
Matheus Maia Schmaelter: Ser livre para tornar-se: a condição dialética da
liberdade humana em A doença para a morte, de Søren Kierkegaard (UERJ)
Mesa 10.
Christiane Costa de Matos Fernandes: Linguagem e verdade no pensamento
Martin Heidegger entre os anos 1920 e 1930. (PPGF- UFRJ)
Felipe Maia da Silva: Aspectos do ‘cartesianismo’ moderno segundo
Heidegger. (USP)
Felipe Ramos Gall: Técnica e espírito de vingança: uma aproximação entre
Heidegger e Nietzsche (PUC-RJ)
Mesa 11.
Lucas Macedo Salgado Gomes de Carvalho: O fenômeno do discurso na
ontologia fundamental de Martin Heidegger (UERJ)
Ricardo Pedroza Vieira: Implicações éticas e existenciais da noção de
confiabilidade (Verlässlichkeit”),presente na “Origem da Obra de Arte” de
Heidegger (PPGF- UFRJ e Pedro II)
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Ronnielle de Azevedo Lopes: A EPISTEMOLOGIA DA
INCONTORNABILIDADE EM HEIDEGGER (PUC-SP)
Paulo Henrique Castro: A Aprioridade do Espaço em Kant: análise da
Estética Transcendental a partir da interpretação de H. J. Paton. (PPGF –
UFRJ)
Mesa 12.
Caio Sarack: Metafísica e finitude: um olhar através do ensaísmo de Paul
Valéry e Ernesto Sábato. (USP)
Rafael Zacca: Crítica como “fazibilidade”: as afinidades da crítica literária
em Walter Benjamin com a crítica da economia política de Karl Marx. (PUC-
Rio)
Manoela Paiva Menezes: Lessing e Brecht: o que a peça teatral deve suscitar
no espectador? (UNESP)
Verena Seelaender da Costa: O emudecimento perante a morte enquanto
forma sócio-teológico- jurídica na reflexão sobre a tragédia na obra “Origem
do drama trágico alemão” de Walter Benjamin (UERJ)
Mesa 13.
Roberta Ribeiro Cassiano: O fim da metafísica em questão: Nietzsche e
Heidegger sobre a história. (UERJ)
Rafael Rocha da Rosa: Zaratustra e os exercícios espirituais. (UERJ)
Marcus Vinícius Monteiro Pedroza Machado: Como o esquecimento recria a
memória. (UERJ)
William Mattioli: “Seu pensamento não é tanto descoberta quanto
rememoração”: inatismo e inconsciente na teoria do conhecimento de
Nietzsche (UFF)
Mesa 14.
Gustavo Pereira: Diferença e Evolucionismo: Questões Bergsonianas.
(UERJ)
Maria Fernanda Novo dos Santos: Elementos para uma teoria da
individuação em Bergson. (UNICAMP)
Rafaela Francisco da Nobrega: Intuição e emoção na criação artística: uma
estética bergsoniana. (UERJ)
Natália Ranucci Cheade Fernandes: Vida e Criação: A percepção do artista
em Henri Bergson (UERJ)
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Mesa 15.
Uriel Nascimento: Lacan: teórico da angústia, teórico da indeterminação.
(PPGF - PUC-Rio)
Marcus Vinicius dos Santos Claro: O Processo de Ressignificação como
agente causal no fenômeno da quebra de paradigma (PPGF-UFRJ)
Mônica Ferreira Corrêa: Jaak Panksepp e a perspectiva afetiva da
neurociência das emoções. (UERJ)
Mesa 16.
Gilberto Bettini Bonadio: SUBJETIVIDADE E ARTE: A CONSCIÊNCIA
ÉTICA NO ROMANCE SEGUNDO ALBERT CAMUS. (UNIFESP)
Peter Franco: Tempo e memória, da filosofia como ficção. (UERJ)
Danieli Gervazio Magdaleno: ‘As mãos sujas’, de Jean-Paul Sartre: Dos
conceitos filosóficos à estética teatral. (UNESP Marília)
Filipi Oliveira: VONTADE DE FELICIDADE EM CAMUS. (UERJ)
Mesa 17.
Gabriel Kafure da Rocha: A dialética do Cogitamus: uma leitura
bachelardiana de Hegel. (UFRN)
David Velanes: O realismo instruído da física contemporânea. (UFMG)
Campo Elías Flórez Pabón: Geometría y Física: el nuevo paradigma de
conocimiento en Hobbes. (Unicamp)
Guilherme T M Schettini: A respeito do uso da Matemática nas ciências
políticas. (PPGF – UFRJ).
Mesa 18.
Leandro Rocha dos Santos: Luta por reconhecimento: agenda de lutas, onda
conservadora e ataques às liberdades. (UFRRJ)
Wilker de Carvalho Marques: O conceito de utopia: uma visita a Richard
Rorty e Roger Scruton. (PPGF – UFRJ).
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Ricardo Cezar Cardoso: GILBERT SIMONDON: A Individuação como
Ontologia Genética. (UERJ)
Marcus Eduardo Bissetti Lima: A linguagem imperfeita poderia gerar
conhecimento? Uma análise sobre o verbo mental no livro XV do De Trinitate
de Agostinho. (UFABC)
Mesa 19.
Roberto Nunes Junior: O CONCEITO DE PRÁXIS EM KARL MARX (UFPE-
UFPB-UFRN).
Victor C. F. Rodrigues: O problema da decadência ideológica da filosofia
burguesa pós-1848. A contribuição de György Lukács para a história da
filosofia contemporânea. (UFJF)
Gabriela De Luca: A Verstehen simmeliana e o problema do perspectivismo.
(UFRGS)
André Guimarães Borges Brandão: O CONCEITO DE AUTONOMIA
KANTIANO: AUTONOMIA PLENA E COORIGINARIDADE ENTRE
AUTONOMIA PRIVADA E PÚBLICA EM JOHN RAWLS E JÜRGEN
HABERMAS. (UFRRJ)
Mesa 20.
Aparecida Duarte: Hermenêutica e misticismo em Martinho Lutero e
Friedrich Schlegel. (UERJ)
Diogo Santana: Jacob Boehme e o nascimento da filosofia idealista alemã.
(UERJ)
Guilherme José Santini da Silva: A doutrina das Ideias Eternas de Wilhelm
von Humboldt. (PUC-SP e IFMT)
André Christian Dalpicolo: Objetivação e positividade na Vida de Jesus de
G.W.F.Hegel. (PUC-SP)
Mesa 21.
Pablo Baptista Rodrigues: Franz Kafka: diálogos possíveis entre a Literatura
e a Filosofia (UFRJ)
Wallace Lopes: O pensamento no jardim de Cartola. Doc. (IPPUR-UFRJ.)
Eduardo Eudes Prazeres Lopes Junior: Reforma e revolução no romance Os
demônios. (PPGFIL – UFRRJ).
Gisele Batista Candido: O nada que é tudo: a abordagem filosófica do mito na
obra de Fernando Pessoa (USP)
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
16h às 17h30: Mesa 22 e Mesa 23
Mesa 22.
Marcelo de Almeida Silva: O PRENÚNCIO DE UMA NOVA ABORDAGEM
INSTITUCIONALISTA: núcleo normativo e operacional a partir das obras de
Mangabeira Unger e Nancy Fraser. (PPGF – UFRJ)
Celia Mara de Oliveira Keirsbaumer: Nancy Fraser e a unificação questões de
Redistribuição e Reconhecimento. (UERJ)
Johanna Andrea Bernal Mancilla: Matizes da noção de mulher-objeto desde a
perspectiva de Jean Baudrillard e algumas teóricas feministas. (UFMG)
Mesa 23.
Flavio Telles Melo: Democracia e religião em Habermas: uma possibilidade
de convivência em um Estado secular no contexto de uma sociedade pós-
secular. (PUC-RJ e UVA-CE)
Pedro Henrique Ciucci da Silva: A concepção filosófica e antropológica de
Paulo Freire. (PUC-SP)
Danilo Mendes: “O PROTESTO E O PODER DOS OPRIMIDOS”:
CONTRIBUIÇÕES DE RUBEM ALVES PARA UMA HERMENÊUTICA
FILOSÓFICA DA RELIGIÃO (Ciências da Religião – UFJF)
Wands Salvador Pessin: A PARTICULARIZAÇÃO DA IDEIA DE BEM
COMUM FRENTE A COMPLEXIFICAÇÃO DO FATO DO PLURALISMO
MORAL. (UFES)
Mesa 24.
Arthur Catraio: As ruínas da ética na mundialização industrial. (Universidade
Pantheon- Sorbonne Paris I)
Andreia Lima Campos: O FIM DO PARADIGMA CIENTÍFICO VIGENTE
DA CRUELDADE COM ANIMAIS: MÉTODOS SUBSTITUTIVOS EM
PESQUISAS. (PPGF-UFRJ )
Thiago Ferrare: PENSAR A POLÍTICA PARA ALÉM DO IGUALITARISMO
NIVELADOR:A FALÊNCIA DA CRÍTICA NOS MARCOS DO LIBERALISMO
POLÍTICO . (UNB)
Paloma Fernanda Martins Pereira: A teoria do pensamento complexo: uma
tentativa de efetivar direito ao autor de ato infracional. (PPG em Serviço
Social- PUC-Rio)
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Mesa 25.
Roseli Gonçalves da Silva: A palavra por um fio: Um Gesto de voz. (PPGF-
UFRJ)
Rodrigo do Amaral Ferreira: Notas sobre a presença da metáfora no
pensamento de Jacques Derrida. (UERJ)
Victor Galdino Alves de Souza: Outras filosofias, outras universidades:
Partilha do imaginário e organização da vida. (PPGF – UFRJ).
Fábio Borges do Rosario: O conceito de confissão de crimes contra a
humanidade.. (CEFET-RJ)
Mesa 26.
Mirian Monteiro Kussumi: Lógica e historicidade na Filosofia da História
de Hegel. (PUC-RJ)
João Gabriel Paixão: James Blake ou o não-ser como arte. (PPGFil-UERJ).
Reginaldo Raposo: Ritmo, Harmonia e Melodia na Estética de Hegel. (USP)
Ítalo Alves: A capacidade normativa da contingência- Hegel e Kant. (PUC-
RS)
Mesa 27.
Mauro Juarez Sebastião dos Reis Araujo: Képos – a comunidade de amigos
(PPGF- UFRJ)
Matheus Oliveira Damião: Eixos direcionais e funcionalidade no IA de
Aristóteles: uma interpretação teleológica. (PPGF-UFRJ_
Emerson Facão: Natureza, harmonia, convenção e economia: algumas
considerações sobre o tratado econômicos de Aristóteles. (PUC-RJ)
Mariane Farias de Oliveira: A noção de phainomena e a tese da unidade
analógica do método em Aristóteles. (UFSM)
Mesa 28.
Eduardo da Silva Barbosa: A relação entre os simulacros e as perturbações
da alma em Lucrécio. (UFF)
Douglas Ramalho: Alma e Vida no De Anima II 1-3 de Aristóteles (PPGLM-
UFRJ)
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Deysielle Costa das Chagas: ILUMINAÇÃO E GERAÇÃO: O NÃO-SER DA
MATÉRIA E O VIR-A- SER DO SENSÍVEL. (PPGF – PUC-Rio)
Aroldo Mira Pereira: A RETÓRICA EM ARISTÓTELES. (Ciências da
Religião Faculdade Unida de Vitória)
Mesa 29.
Rebeca Louzada: A simpatia no Sentimentalismo Moral de Hume e Slote.
(UERJ)
Cleber de Lira Farias: O deísmo de David Hume. (PPGLM-UFRJ)
Mario Tito Ferreira Moreno: Sobre o princípio da cópia de Hume: o
microscópio das percepções. (UFRRJ)
Carlota Salgadinho Ferreira: Sobre o gosto e a reforma do espírito na
filosofia de Hume. (PUC-Rio)
Mesa 30.
Rineu Quinalia: Argumentum ad hominem e Argumentum ad Publicum: as
possíveis variações interpretativas do Élenkhos. (UFSCAR)
Irlim Corrêa Lima Júnior: Paradoxos do abrupto: o conceito de exáiphnes
em Platão (PUC-Rio)
Danielle Ferreira da Rocha: ENSAIO SOBRE AS NATUREZAS
FILOSÓFICA E NÃO FILOSÓFICA. (PPGFIL – UFRRJ)
André Miranda Decotelli: A feiura socrática (PUC-Rio)
Mesa 31.
Wescley Fernandes Araujo Freire: APRENDIZAGEM SOCIAL E
SOLIDARIEDADE CIVIL NAS SOCIEDADES PÓS-SECULARES: críticas à
reconstrução da Teoria Crítica da religião de Habermas. (UERJ)
Gilmar do Nascimento Santos: Sobre a validade cognitiva de enunciados
normativos: observações críticas acerca do construtivismo de J. Habermas.
(UERJ)
Charles da Silva Nocelli. DIREITOS HUMANOS E SOLIDARIEDADE:
Uma análise a partir da teoria de Jürgen Habermas. (PPGSD-UFF) e
(PPGFil - UERJ).
Diogo Silva Corrêa: A Arte Arquitetônica no Mundo Contemporâneo a
partir do Pensamento de Jürgen Habermas. Uma abordagem estético-
filosófico em meio a uma relação de poder e a crítica à cultura pós-
moderna. (UFPI e UFMA)
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Mesa 32.
Raquel de Azevedo: A cidade de Sócrates: ensaio sobre a natureza da
verdadeira arte política em Górgias. (PPGF – PUC-Rio)
Felipe Ayres de Andrade: A ALMA COMO UMA PÉROLA, UMA NOVA
LEITURA DA IMAGEM DA OSTRA NO FEDRO (250c4-5). (PPGLM-
UFRJ)
Pablo Souto Maior Harduin: Hedonismo Eudemônico: Justiça e Prazer em A
República de Platão. (USP)
Luciana Valesca Fabião Chachá: A noção de aitios e aitía na investigação
teleológica no Fédon. (PPLM-UFRJ)
Mesa 33.
Karoline de Oliveira: As liberdades individuais em John Stuart Mill: uma
análise do problema da passagem do liberalismo ao utilitarismo. (UFFRJ)
Nathan Ramalho Santos: Behemoth versus Leviathan: Carl Schmitt e a
oposição entre terra e mar. (UFF)
Kailla Santos: Desrespeito e Patologias Sociais na Teoria do Reconhecimento
de Axel Honneth. (UFABC)
Pedro Henrique dos Santos Ribeiro: “Carl Schmitt, Donoso Cortés e os limites
do legalismo liberal” (UERJ)
Mesa 34.
Felipe Amancio Braga: A arte e o caos em Bacon e Deleuze: quebra de
clichés e resistência política. (PUC-Rio)
Caio Moreira Bucker: O CONCEITO DE IMAGEM DE GILLES DELEUZE
NO CINEMA DE FLUXO. (UERJ)
Tarsila Costa: As imagens cristalinas em Gilles Deleuze (UERJ)
Diogo Carreira Fortunato: O Jogo da Deformação – um paralelo entre
Deleuze e Rancière. (UERJ)
Mesa 35.
Pablo Barbosa Santana da Silva: Kant sobre analiticidade e conhecimento
conceitual. (PPGLM – UFRJ)
Alessandra Peixoto dos Santos: Do mal radical à banalidade do mal: Uma
questão ética? (UFRJ- Pós Lato Sensu) e (UERJ)
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Wagner de Moraes Pinheiro: A krisis e o Depurar do julgar. (PPFEN –
CEFET)
Dioclézio Domingos Faustino: A noção de homo oeconomicus e a crítica do
neoliberalismo em Foucault . (USP)
Terça-feira dia 02/05 às 14h: Mesa 36
Mesa 36.
Ana Flávia Costa Eccard: UBUNTU E TEKO PORÃ: O OUTRO LUGAR DA
FILOSOFIA. (UERJ)
Adriano Negris: Como pensar a filosofia a partir de uma perspectiva
geopolítica? (UERJ)
Marcelo José Derzi de Moraes: A filosofia como mitologia branca: violência
colonial e epistemicídio. (UERJ)
Felipe Ribeiro Siqueira: Rubem Alves e o ensino de filosofia: liberdade e
afeto. (UERJ)
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Conferências
Segunda-feira - 24/04/2017
14h: Prof. Alberto Constante López (UNAM): "Deep web, saberes profundos"
e Profª Viviane Bagiotto Botton (PUC – SP) “Como dar sentido à existência?
Sobre redes sociais e algumas formas de subjetivação na web”
Terça-feira - 25/04/2017
Quarta-feira - 26/04/2017
Quinta-feira - 27/04/2017
Terça-feira - 02/05/2017
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Resumos
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Adriano Negris
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Alessandra Peixoto dos Santos
DO MAL RADICAL À BANALIDADE DO MAL: UMA QUESTÃO
ÉTICA?
Curso de Filosofia Moderna e Contemporânea - UERJ
(Mestre em Filosofia/UFRJ)
Orientador: Fabiano Lemos
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Ana Flávia Costa Eccard
UBUNTU E TEKO PORÃ: O OUTRO LUGAR DA FILOSOFIA
Doutoranda em Filosofia UERJ e Direito UVA
Orientador: James Arêas
Bolsista CAPES
O atual estudo visa aprofundar filosofias não ocidentais como forma de resistência e
desobediência epistêmica do regime logocêntrico estabelecido pelos povos
colonizadores. Importante se faz ressaltar que há um ponto de convergência dessas
filosofias, ambas são pautadas em uma cosmovisão da coletividade que se contrapõe
radicalmente ao individualismo resultado de uma sociedade capitalista. Essas filosofias
orientam uma forma de viver que contempla uma ligação com o ser humano e a
natureza e ainda enfraquece os discursos egoístas que se compõe de ter em detrimento
de ser. Como aporte teórico temos pensadores como Walter Mignolo, Nelson
Maldonado Torres, Anibal Quijano e Bartolomeu Méllia. Estudar essas duas filosofias é
dar voz a uma filosofia não contemplada pela academia extremamente eurocêntrica, que
produziu e reproduz em sua geopolítica um racismo epistemológico. Tanto Teko porã
como o Ubuntu apresentam práticas éticas que valorizam a ancestralidade e a
multiplicidade do conhecimento, um enaltecimento do próprio lugar de fala a partir do
reconhecimento da sua identidade como legítima, esta manifestada pelo seu próprio
povo e não pelo de fora, colonizador que dita o que é certo para colônia. Trata-se de um
estudo descolonizador dentro da academia que apresenta a riqueza de outro
conhecimento até então desconsiderado, mas possui uma força hermenêutica
fundamentada nas singularidades presentes em seus povos o que nos aproxima de
entender nosso lugar de origem e não o lugar contado pelos outros ora dominantes.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
André Guimarães Borges Brandão
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
André Christian Dalpicolo
OBJETIVAÇÃO E POSITIVIDADE NA VIDA DE JESUS DE G.W.F.HEGEL
Professor do Centro Universitário Paulistano (Unipaulistana) e da Faculdade Interação
Americana (FAINAM)
Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-SP
Bolsista da CAPES na época do Mestrado
Orientador do Mestrado: Benedito Eliseu Leite Cintra
Este trabalho pretende dissertar sobre os termos objetivação e positividade na obra Vida de
Jesus (1795), de G.W.F. Hegel. Para que isso aconteça, faz-se necessário estabelecer uma
linha de raciocínio que se desdobrará em dois planos. O primeiro plano demonstrarácomo
a objetivação representa a faculdade humana de se exteriorizar junto ao meio circundante em
sua totalidade (natureza e sociedade). Vale frisarque o desenvolvimento pleno dessa
faculdaderevela a verdadeira comunhão entre homem e Deus, uma vez que especifica a
autêntica face da objetividade. Logo, a tarefa essencial de Jesus Cristo na Terra é ensinar a
condição humana a importância de realizar adequadamente sua objetivação, visto que
somente assim suplantará o mal que a circunda. O segundo plano detalhará como a
positividade (falsa objetividade) significa o resultado final de uma exteriorização incompleta
do homem junto ao ambiente (meio circundante). É importante ressaltar que a gênese dessa
positividade se radica no desejo do povo judeu de recuperar o esplendor do seu Estado diante
do império romano. De certo modo, pode-se dizer que esse desejo consolidou leis estatutárias
que aprofundaram a cisão entre homem e Deus, ao invés de realizar a união de ambos. Além
disso, promoveu a crucificação do filho do Artífice por intermédio das autoridades judias.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
André Miranda Decotelli
A FEIURA SOCRÁTICA
Doutorado em Filosofia/ Programa de Pós-graduação em filosofia PUC-RIO
Orientadora: Luisa Buarque
Bolsista CAPES
Nietzsche certa vez afirmou ser significativo que Sócrates tenha sido o primeiro grande
heleno feio. Tal afirmação se assenta na tradição, a partir da qual a imagem do filósofo
grego foi cristalizada como sendo a de um homem feio. Seja nas Nuvens, de
Aristófanes, no qual ele é descrito como um homem pálido ou no Banquete de
Xenofonte, a noção a respeito da imagem de Sócrates parece corroborar com a sua
definição nas obras de Platão, nosso principal campo de análise. No Banquete de Platão,
a feiura física de Sócrates surge na comparação feita por Alcibíades com as estátuas de
silenos e com os sátiros. Essas estátuas, que não eram atraentes no seu exterior,
escondiam imagens de deuses no interior. Segundo esse relato se pode entender a
relação de Sócrates com os silenos como uma aparência que esconde outra coisa. O
rosto de Sócrates transmite uma mensagem, e ao que nos parece, a associação que
Alcibíades estabelece aponta que sua pessoa real se distingue do que sua aparência
denota. Nesse sentido, objetivamos em nossa comunicação apresentar algumas das
razões pelas quais Sócrates é caracterizado como sendo um homem feio e como tal
aspecto se relaciona com a estranheza da sua filosofia.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
André Moreira Fernandes Ferreira
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Andreia Lima Campos
O FIM DO PARADIGMA CIENTÍFICO VIGENTE DA CRUELDADE COM
ANIMAIS: MÉTODOS SUBSTITUTIVOS EM PESQUISAS
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Doutorado em Filosofia/ Programa de Pós-graduação em Filosofia (PPGF)
Orientadora: Profª Drª Maria Clara Dias
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Aparecida Duarte
HERMENÊUTICA E MISTICISMO EM MARTINHO LUTERO E
FRIEDRICH SCHLEGEL
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Filosofia (doutoranda)- PPGFIL
Orientador: Prof. Dr. Fabiano de Lemos Britto
A filosofia que surge com o romantismo de Iena, leu na crítica kantiana uma ironia: o
rigor das delimitações categoriais do conhecimento havia servido de reforço àquilo que
escapava de seu domínio – a liberdade criadora da imaginação. Observamos no
processo de confecção dos textos românticos, um obramento do autor e um
desobramento da obra; igualmente o leitor, ao se identificar com as personagens e com
o autor, no ato da leitura, se reconfigura na autonarrativa. Autor, obra e leitor são um
mesmo elemento. Essa dissolução das identidades rompe com as noções de evidência,
com o princípio da não contradição e com as categorias. O objetivo geral desse trabalho
é, partindo do texto Sobre a incompreensibilidade, analisar de que maneira Friedrich
Schlegel apresenta como objeto de interesse filosófico a reconfiguração do sistema
hermenêutico clássico fundado sobre o triângulo das identidades categóricas: autor-
leitor-obra. Apontaremos também para o modo como essa reconfiguração – operada
como protocolo de leitura – coloca em questão os limites da própria filosofia, em uma
tentativa de buscar novos domínios para sua instauração, incluindo o do misticismo.
Para isso, abordaremos especificamente a proposta de Schlegel da substituição do
modelo lógico pelo modelo performático; como a filosofia nesse momento procura
ultrapassar a dicotomia filosofia- não filosofia; e, por fim, como essa reconfiguração
hermenêutica pode ser associada à tradição luterana, em aproximações e
distanciamentos.
Palavras-chave: Schlegel; Lutero; hermenêutica.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Aroldo Mira Pereira
A RETÓRICA EM ARISTÓTELES
Faculdade Unida de Vitória Espírito Santo
Mestrado Profissional em Ciências das Religiões
Orientador: Kenner Roger Cazotto Terra
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Arthur Augusto Catraio
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Bianca Pereira da Silva
Na obra Tempo e Narrativa, o filósofo Paul Ricoeur pretende analisar as razões que
mostram o porquê de as narrativas fazerem parte da vida humana. Para ele, elas
correspondem às nossas vidas, nos fazem ver outras possibilidades de viver e, mais que
isso, podem responder às nossas perguntas mais profundas e anseios dos mais diversos
modificando-nos. Ou seja, elas tanto podem fazer parte da fruição, como podem
transformar nosso modo de ver e agir no mundo. Por isso, essa comunicação tem como
objetivo relacionar esse aspecto da teoria narrativa desenvolvida por este filósofo,
chamada de Tríplice mímesis ou arco hermenêutico, com as experiências causadas pelas
leituras de narrativas. Esse aspecto da teoria consiste em apontar as operações existentes
no ato de ler uma história. Essas operações são chamadas por ele (após análise da
Poética de Aristóteles) de: pré-configuração narrativa (mimesis I), a configuração
narrativa (mimesis II) e a refiguração narrativa (mimesis III). Essa tríplice operação
revela que o ato de ler necessita de um antes, um durante e um depois para ser
plenamente concretizado. O antes refere-se aos elementos já existentes na vida real e
que são transfigurados para as narrativas; o durante é o ato de criar propriamente, o ator
e sua obra; o depois é, após finalização material da obra, o encontro com o leitor. Essas
operações, como podem parecer, não são separáveis umas das outras, elas formam uma
espiral sem começo ou fim. E, enfatiza nosso autor, essa espiral só, verdadeiramente, se
concretiza quando a obra, em sua completude, encontra o leitor, pois assim as
experiências, tanto do leitor quanto a da obra, são atualizadas. Para mostrar como essa
operação age, utilizaremos três experiências. As experiências levadas em consideração
serão as do romancista Gustave Flaubert, que segundo suas cartas, fazia questão de
escrever histórias bem próximas da vida real, quando escrevia colocava-se na “pele” de
suas personagens e não vivia sem a leitura e a escrita de romances; as experiências da
personagem Emma do clássico Madame Bovary, de Flaubert, em que ela tenta realizar
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
na sua existência o que as heroínas de suas leituras faziam; e as experiências do próprio
Mario Vargas Llosa ao ler o clássico citado. Llosa, em Orgia Perpétua, conta sua
própria experiência da leitura de romances, em especialmente do Madame Bovary. Com
isso, queremos mostrar o quanto esse aspecto da teoria da tríplice mimesis nos revela
uma tríplice experiência.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Braulyo Antonio Silva de Oliveira
1
ADORNO. Reaccion y progresso. 1984, p.13.
2
Idem, p.14.
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Bruno Abilio Galvão
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Bruno Victor Brito Pacifico
A INDÚSTRIA CULTURAL APÓS O FIM DA ARTE
Universidade Federal Fluminense
Programa de Pós-Graduação em Estética e Filosofia da Arte
Orientação: Vladimir Vieira
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Caio Moreira Bucker
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Caio Sarack
METAFÍSICA E FINITUDE: UM OLHAR ATRAVÉS DO ENSAÍSMO DE
PAUL VALÉRY E ERNESTO SÁBATO
FFLCH/USP
Filosofia/Estética
Orientador: Márcio Suzuki
Bolsista CAPES
Esta comunicação tem como objetivo expor uma maneira de enxergar a interface
metafísica e finitude. Concordando com Merleau-Ponty em seu texto O Homem e a
adversidade, acreditamos que a cisão ultrapassada de corpo-alma não foi resolvida
simplesmente pelo apaziguamento dessas questões metafísicas, porém o que poderemos
observar no ensaísmo exemplar de nossos dois autores, o argentino Ernesto Sábato
(1911-2011) e o francês Paul Valéry (1871-1945), é que o espaço dessas discussões se
tornará por excelência um espaço de debate estético. A escolha dos dois autores é
estratégica: Sábato observa em Valéry uma pretensão abstracionista e cientificista da
autoria, o que coloca o argentino numa posição de antípoda. Para tanto, elegemos um
objeto a que ambos os autores se propuseram em seus ensaios: Leonardo da Vinci. O
tema do renascimento na figura de Leonardo nos ajudará a contar uma história
subjacente (que irá ultrapassá-lo): a do próprio desenvolvimento histórico e social do
pensamento humano, tendo as criações intelectuais e artísticas como a cristalização
desse processo. Desta forma, traremos de duas proposições: (1) avaliar o símbolo criado
pelos dois autores da persona de Leonardo segundo a própria produção do gênio italiano
e (2) apresentar como essas apropriações demonstram, social e historicamente, a
interação que sugerimos no título desta comunicação.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Campo Elías Flórez Pabón
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Carlota Salgadinho Ferreira
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Carmel da Silva Ramos
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
consciência da posse dessas, faz com que a composição deste todo seja do interesse do
indivíduo que ama. Desassociando interesse de egoísmo, tal aliança conceitual permitirá
reverter a lógica do contrato social, pois, diferentemente do caso hobbesiano, não
exigese a abdicação do bem individual para a composição de um estado civil.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Celia Mara de Oliveira Keirsbaumer
No decurso das últimas décadas do século XX, o âmbito normativo das sociedades
pluralistas do Ocidente passou a ser caracterizado por uma tensão cada vez mais
acentuada, qual seja: a tensão entre propostas e perspectivas de cunho liberal
redistributivista, por um lado, e propostas de viés comunitarista-reconhecimentista, por
outro lado. A supracitada tensão evidencia uma fratura, por assim dizer, no que
concerne à elaboração de concepções de justiça. As concepções de justiça
redistributivistas tendem a enfatizar as desigualdades socioeconômicas. Seu escopo é a
defesa de que uma sociedade justa é, precipuamente, uma sociedade no interior da qual
exista o mínimo possível de desigualdade de ordem material entre os cidadãos. As
propostas teóricas redistributivistas, assim, enxergam na estrutura socioeconômica
assimétrica, historicamente constituída, o problema básico a ser superado para a
consecução de uma sociedade efetivamente justa. As teorias da justiça do
reconhecimento, por outro lado, assinalam que, para a consecução de uma sociedade
efetivamente justa, a ênfase no aspecto estritamente material, socioeconômico, se
afigura, no mínimo, insuficiente. As propostas dos teóricos do reconhecimento chamam
a atenção para toda sorte de injustiças não decorrentes das assimetrias materiais, e que
constituem, essas sim, o verdadeiro obstáculo à consecução da justiça. O verdadeiro
problema a que se reportam essas teorias diz respeito às assimetrias de ordem
simbólico-cultural, a toda ordem de vexações, humilhações e ofensas a que são
submetidos cidadãos pertencentes a segmentos culturais socialmente estigmatizados.
Com efeito, as duas propostas normativas supracitadas mobilizam esforços para atacar
dois tipos aparentemente distintos de obstáculos à justiça: as desigualdades econômicas,
para os autores da redistribuição, e as desigualdades culturais, para os do
reconhecimento. Assim, parecem constituir duas concepções de justiça irreconciliáveis.
As duas concepções de justiça parecem, pois, realmente partir o cenário normativo
contemporâneo em dois conjuntos de propostas fadados a não configurar uma proposta
unificada de justiça. A filósofa americana Nancy Fraser discorda frontalmente da
asserção feita acima. Ela se propõe a articular as duas concepções de justiça em uma
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
proposta normativa que se pretende um encaminhamento teórico satisfatório para as
limitações das duas propostas acima mencionadas. Fraser busca articular as duas
propostas numa teoria de justiça unificada, fundada na complementaridade promissora
(identificada pela autora) entre redistribuição e reconhecimento. Nossa esforço será em
demonstrar como Nancy Fraser pretende articular essas duas propostas unificando-as.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Charles da Silva Nocelli
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Christiane Costa De Matos Fernandes
Bolsita CAPES
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
com a busca do vestígio de negatividade do acontecimento, ou seja, apontar para algo
que há, mas que não é como o ente. Possibilidade realizada, em última medida, pela
linguagem poética, ou lógos poético, pois esse acaba por se mostrar mais fundamental.
Aqui reside um ponto crucial da investigação: o lógos poético seria, então, uma
“correção” ao privilégio outorgado ao lógos apofântico em Ser e Tempo? O lógos
poético seria uma superação do lógos que exige a caracterização de toda enunciação
como síntese e diérese?
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Claudio V. F. Medeiros
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Cleber de Lira Farias
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Danieli Gervazio Magdaleno
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Danielle Ferreira Da Rocha
ENSAIO SOBRE AS NATUREZAS FILOSÓFICA E NÃO FILOSÓFICA
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
PPGFIL-UFRRJ
Orientadora: Alice Bitencourt Haddad
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Danilo Mendes
O PROTESTO E O PODER DOS OPRIMIDOS: CONTRIBUIÇÕES DE RUBEM
ALVES PARA UMA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA DA RELIGIÃO
UFJF
Mestrando em Ciência da Religião
Orientador: Frederico Pieper
Bolsista CAPES
Esta comunicação visa apresentar de que forma as releituras que Rubem Alves (1933-
2014) faz das críticas à religião de Feuerbach (1804-1872), Marx (1818-1883) e Freud
(1856-1939) contribuem para uma hermenêutica filosófica da religião. É possível notar
que Alves incorpora aos seus escritos os pressupostos destes autores, entretanto,
formula outras conclusões. Desta forma, pode-se dizer que suas considerações a cerca
do significado do fenômeno religioso são de altíssima importância, principalmente
frente à noção de que o "desencantamento do mundo" e a "secularização" não condizem
com as previsões da superação da religião anunciados por tais críticos. Assim, a
discussão e reinterpretação de tais teorias fez-se possível em Alves, não de modo a
revelar as "falsidades" presentes em cada uma delas, antes salientando o que em cada
uma parece condizer com sua leitura.Apresenta-se, então, de qual forma a crítica se faz
fértil para uma hermenêutica filosófica da religião que vá para além do posicionamento
apriorístico moderno, perpassando uma espécie de hermenêutica funcionalista e
chegando, enfim, a uma tradição que seja justa com o fenômeno e suas possíveis
compreensões. No limite, as contribuições de Rubem Alves para esta hermenêutica não
se justificam apenas no ato filosófico de interpretar uma das esferas sociais mais
complexas da atualidade - que acaba por perpassar diversos outros estudos. Justificam-
se também pela instrumentalidade na ação de transformar o mundo interpretado.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
David Velanes
O REALISMO INSTRUÍDO DA FÍSICA CONTEMPORÂNEA
Doutorando Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
Programa de Pós-Graduação em Filosofia.
Orientadora: Profa. Dra. Patrícia Kauark Leite
Este trabalho tem como objetivo demonstrar a natureza da Física contemporânea a partir
da epistemologia de Gaston Bachelard. Para tanto, caracterizaremos a noção
bachelardiana de realismo instruído como ponto fundamental para se compreender a
nova base epistemológica da Física. A Física contemporânea instituiu um novo tipo de
realismo como base de pensamento em ruptura com o espírito científico clássico.
Bachelard afirma que é possível considerar o ano de 1905 como o marco de um novo
espírito científico, uma vez que a Relatividade rompeu com conceitos sedimentados e
tomados como inquestionáveis. Bachelard aponta que a Relatividade e Mecânica
Quântica não somente modificaram a forma de se pensar os fenômenos físicos, mas
também instituíram, como inovação, novos métodos de investigação. Então, rompe-se
com o mundo comum ao não exigir o real imediato para sua aplicação. A Física rompe
com o natural e institui o modelo teórico-matemático como instrutor da experiência
enquanto a atividade técnica apenas se aproxima indiretamente da Natureza. Então, a
nova Física se trata de uma ciência inventiva, que não tem como objeto de estudo os
fenômenos da realidade natural. Os corpúsculos são construções que não se tratam de
pequenos sólidos da realidade comum. Eles são fenômenos induzidos matematicamente.
Pode-se dizer que a nova Física é uma ciência artificial, pois seus objetos são
construídos através de técnicas totalmente novas e muito peculiares.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Deysielle Costa das Chagas
O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma reflexão acerca da possibilidade da
geração, natureza e função da matéria sensível no sistema filosófico de Plotino. Para
tanto, utilizaremos os tratados presentes nas Eneadas, em especial o tratado Sobre a
Materia (II, 4 [12]) e Contra os Gnósticos (II, 9 [33]). Plotino, ao discorrer sobre a
ordem existente das realidades, apresenta-nos uma hierarquia das realidades
suprassensíveis originadas no Uno, seguidas pela Inteligência e pela Alma e a relação
desta com a matéria sensível. A matéria sensível, no tratado II, 4, é apresentada como
aquilo que é desprovido de função ontológica, de “ser algo”, ou seja, ela “é” um “não
ser”. Porém, esta mesma matéria é necessária na constituição da realidade sensível para
que ela possa ser distinta daquela realidade suprassensível que lhe atribui formas. Aqui
se revela o problema da conciliação da ideia de matéria sensível, enquanto
“privação/irrealidade”, ser condição necessária para geração da realidade sensível. Para
compreender essa ambiguidade, Plotino nos apresenta, em seu outro tratado (II, 9 [33]),
a relação entre as realidades sensível e inteligível como uma eterna iluminação da
matéria por intermédio da Alma. Por fim, analisar-se-á se esta eterna iluminação pode
ser compreendida como geração atemporal e constante dos seres sensíveis e, inclusive,
da própria matéria sensível.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Dioclézio Domingos Faustino
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Diogo Silva Corrêa
Mestre em Filosofia
Docente UFMA
O presente trabalho parte de uma análise da relação de poder, tendo em vista a tese
habermasiana acerca da colonização do Mundo da Vida, no que tange algumas
intervenções de ordem estético-filosófico sobre a arquitetura como arte herdeira de uma
modernidade cultural e como representação ligada a fins sob o prisma do mundo
sistêmico, que inclui a economia, a administração bem como a função técnica e política
da engenharia civil na sociedade. Em escassos escritos de Habermas sobre uma crítica
da arquitetura pós-moderna evidenciou-se algumas análises na dimensão de uma relação
de poder, que por meio da arquitetura se amplia para as questões culturais e sistêmicas
no mundo contemporâneo. Com a proposta da Racionalidade Comunicativa, o
pensamento habermasiano, atrelado à questão do poder comunicativo e da distinção
Mundo Sistêmico e Mundo Vida, levando em consideração o funcionalismo
arquitetônico, obteve uma constituição de relações conceituais que provocam
significativas intervenções acerca dos desafios funcionalistas da arquitetura no mundo
atual diretamente voltados para a cultura e o homem do mundo atual a partir das
proposições de Jürgen Habermas.
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Diogo Carreira Fortunato
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Diogo Alves da Conceição Santana
JACOB BOEHME E O NASCIMENTO DA FILOSOFIA
IDEALISTA ALEMÃ
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Filosofia. Orientador (a): Regina Schopke
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Douglas Ramalho
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Eduardo da Silva Barbosa
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Eduardo Eudes Prazeres Lopes Junior
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Emerson Facão
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Fabien Pascal Lins
No capítulo ‘Dos Canibais’, Montaigne nos apresenta diversas informações acerca dos
costumes indígenas. Não tendo ele nenhuma experiência in situ da realidade ameríndia,
nosso filósofo funda seu conhecimento à luz dos testemunhos das “pessoas simples”,
cujo saber “topográfico” seria mais digno de confiança que o saber livresco das
“pessoas finas”, que “mentem cosmograficamente”. Todavia, ao consultar as fontes
bibliográficas inerentes ao texto, assim como a realidade histórica à qual remete,
percebe-se o quão Montaigne reproduz o que ele mesmo condena: após ter duvidado da
honestidade intelectual dos Cosmógrafos, ele mesmo não teria resistido “ao prazer de
alterar um pouco a História”.Em que medida, pois, poder-se-ia justificar a paradoxal
coexistência, no seio de um mesmo capítulo, dessa explícita exigência de honestidade e
de um conteúdo repleto de meias-verdades, intencionalmente elaboradas? “Meio mau,
para um bom fim”, parece-nos que o “mentir” seria o meio de alcançar o conhecimento
de si (objetivo maior ‘Dos Canibais’), e que se expressaria: a) como forma de
dissimulação. Procedimento estratégico relacionado ao contexto histórico no qual se
encontra Montaigne, que o leva a “mentir de boa fé”, elaborando um discurso de cunho
heterológico; b) como expressão da ficção. Postura epistemológica oriunda da relação
cética que nosso filósofo entretém com o conceito de verdade, que o leva a elaborar um
“mentir verdadeiro”, graças à força da imaginação.
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Fábio Borges do Rosario
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Felipe Amancio
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Felipe Ayres de Andrade
No Fedro, Platão retrata os seres humnos como viventes compostos de corpo e alma.
Sua ênfase no estatuto metafísico da alma, enquanto fonte tanto do movimento
corpóreo, quanto do agenciamento da personalidade, é amiúde correlacionada a uma
visão inescapavelmente depreciativa do corpo e daquilo tudo que lhe é associado. Para
rechaçar essa leitura algo ascética do diálogo, eu me debruçarei sobre uma imagem, a
qual é costumeiramente considerada como um dos alicerces dessa vertente
interpretativa, a famosa metáfora da ostra (250c405), em que o corpo supostamente
seria comparado a uma tumba e a uma outra que enclausuram a alma. Um tratamento
tão abrasivo do corpo, argumentarei, não é exigido pela sua precedência metafísica
sobre o corpo, nem se sustenta a partir de uma leitura cuidadosa das imagens
encontradas alhures no mito da palinóda sobre a queda da alma e sua subsequente
encarnação. A alma cai porque perde suas asas, por conta dos conflitos entre suas
partes. Sem as asas, ela cai dos céus e, ao chegar na terra, encarna em um corpo. A
pessoa formada por essa união tem, então, duas opções. Ela pode esperar por quase dez
milênios, segundo a temporalidade do mito, para recuperar suas asas ou pode praticar a
filosofia a fim de reduzir drasticamente esse período para “apenas” três mil anos. Para
filosofar, no entanto, a alma precisa se valer das percepções sensoriais do corpo para
rememorar as Formas. Já que o corpo não tem influência alguma na queda da alma e, na
verdade, colabora para que seja superada, ele se mostra menos um obstáculo para a
contemplação do que uma ferramenta, conquanto limitada, para a rememoração. O
corpo, então, não seria como uma ostra porque aprisiona a alma e ativamente a limita.
Ao contrário, a metáfora apenas ressaltaria como o corpo protege a sua “pérola”, a alma,
conforme instaura uma relação cooperativa que permite à pessoa, à composição, como
um todo, recuperar suas asas psíquicas. O corpo não é algo que deve ser rejeitado o
quanto antes, mas um instrumento indispensável para a alma recobrar seu aspecto e
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
capacidade prévias à encarnação. A imagem, ao aconselhar uma certa relação entre as
componentes humanos, permite que se advogue em prol de uma nova noção de
personalidade, do “si mesmo”, baseada nessa dinâmica. A alma desempenha um papel
tão importante na vida humana, no mito platônico, que não seria possível conciliar tal
primazia com qualquer tipo de influência corpórea no desenrolar dos perigos que a
cercam. Ao rejeitar a leitura tradicional e negativa acerca do papel do corpo na vida
humana, em prol de uma bem mais neutra, tornar-se-ia mais fácil apreciar plenamente a
precedência metafísica da alma sobre o corpo e, outrossim, como ambos devem
cooperar para que a pessoa, formada por essas componentes, possa viver de maneira
verdadeiramente filosófica.
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Felipe Maia da Silva
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Felipe Ramos Gall
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Felipe Ribeiro Siqueira
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Fernanda Cristina Lima de Oliveira
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Filipi Oliveira
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Flávio Telles Melo
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traduza a linguagem religiosa à uma linguagem universalmente aceita por todos os
cidadãos e apoiada numa base de entendimento comum.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Gabriel Ferri Bichir
A presente comunicação tem como objetivo propor uma análise crítica dos modelos
dialéticos de Hegel e de seu antípoda, Kierkegaard. O aspecto lógico-dialético rigoroso
da obra kierkegaardiana foi por muito tempo ignorado pela tradição de comentários, que
se focava, sobretudo, em seu momento “existencial”, desprezando a centralidade de seu
embate com Hegel. Desde os anos 1990, observou-se um renascimento dessa temática
(sobretudo com o comentário-referência de Jon Stewart, Kierkegaard’s relations to
Hegel reconsidered) e a constante tentativa de precisar em que termos esse confronto
entre os dois pensadores deve ser entendido. Resgatando alguns elementos importantes
desse debate, buscaremos problematizar até que ponto é possível falar de duas dialéticas
distintas ou de um mesmo modelo com diferentes ramificações. Para tanto, dividiremos
a exposição em três momentos: no primeiro, tratar-se-á de introduzir a concepção
kierkegaardiana de dialética e como ela deve ser compreendida no interior de sua
produção como um todo; em seguida, apresentaremos suas principais críticas a Hegel,
tendo por guia problemas eminentemente lógicos (como a questão do início sem
pressuposição da Lógica hegeliana, seu conceito de movimento e de contradição etc);
por fim, buscar-se-á apontar a dimensão da dívida kierkegaardiana a Hegel, ressaltando
tanto os aspectos conflituosos como aqueles convergentes em suas filosofias.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Gabriela DeLuca
A VERSTEHEN SIMMELIANA E O PROBLEMA DO PERSPECTIVISMO
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Programa de Pós Graduação em Filosofia
Orientador: Felipe Gonçalves Silva Co-Orientador: Eros Moreira de Carvalho
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Gilberto Bettini Bonadio
Este trabalho pretende investigar a reflexão de Camus sobre o romance enquanto obra
de arte e intervenção corretiva da inteligência do artista em relação às suas vivências.
Na obra O Homem Revoltado, o capítulo “Revolta e arte” evidencia a significação ética
e metafísica do romance que em seu próprio movimento criativo propõe a “correção” do
mundo real para que o homem encontre os limites e a forma que atribuiriam um sentido
às suas vivências; uma vez que Camus enxerga na atividade artística uma forma que
sugere outro valor à vida humana, a criação estética constitui-se então como a atividade
suprema pela qual o homem confere sentido à existência marcada pelo absurdo. Assim,
no chamado romance clássico francês, tal como o entende Camus, pode-se notar a
presença de inteligência ordenadora e exemplar que, à maneira de uma consciência que
age no mundo, confere uma forma ao sofrimento e às paixões humanas ao dominá-los
pelo discurso, oferecendo, com isso, a ilustração de uma conduta a ser seguida e o
estreitamento das relações entre arte e vida que, segundo o autor, o romance realiza. A
partir da investigação sobre a criação artística, podemos já vislumbrar as implicações
éticas para as quais a estética de Camus se inclina em vista de uma filosofia prática,
voltada eminentemente para questões que estimulem e possibilitem a reflexão e a ação
moral do homem frente ao sentimento do absurdo e da revolta.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Gilmar do Nascimento Santos
SOBRE A VALIDADE COGNITIVA DE ENUNCIADOS NORMATIVOS:
OBSERVAÇÕES CRÍTICAS ACERCA DO CONSTRUTIVISMO DE J.
HABERMAS
Doutorado em Filosofia/ PPGFIL UERJ
Orientador: Marcelo de Araújo
Bolsista CAPES
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Gisele Batista Candido
O NADA QUE É TUDO: UMA ABORDAGEM FILOSÓFICA DO MITO NA
OBRA DE FERNANDO PESSOA
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Guilherme de Lucas Aparecido Barbosa
LITERATURAS DISTÓPICAS E O DESDOBRAMENTO DO PROGRAMA
BACONIANO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Universidade Federal do ABC (UFABC)
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Filosofia
Orientador: Prof.ª Dra. Luciana Zaterka
Bolsista UFABC
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Guilherme José Santini da Silva
PUC-SP e IFMT
Bolsita CAPES
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Guilherme T M Schettini
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Gustavo Bravo Carvalho
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como o faz Daviz Lewis, para evitar o compromisso ontológico com a existência de
disposições – é um beco sem saída porque não resolve a questão dos veridadores destes
condicionais, mesmo que a redução dos enunciados seja bem-sucedida (e Heil entende
que ela não é). Neste sentido, Heil é um realista acerca de disposições, porém, ele não
pensa que disposições sejam propriedades distintas das chamadas propriedades
categoriais ou ocorrentes. Propriedades são atributos de substâncias que as sustentam e
possuem tanto um aspecto categorial plenamente manifestado, quanto um aspecto
disposicional responsável por seus poderes causais.
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Gustavo Pereira
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Irlim Corrêa Lima Júnior
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Ítalo Alves
A contingência pode ser normativa? Em outras palavras, aquilo que tanto pode ser como
pode também não ser tem a capacidade de determinar o que deve ser? A questão, que
aqui perscruto com vistas à filosofia política, remonta à filosofia moral de Kant, para
quem a resposta era, basicamente, não – a lei moral é imperativa, necessária, não há
espaço para a contingência. Em Hegel, porém, duro crítico de Kant, a contingência
adquire papel central, servindo de motor para o desenvolvimento de todo seu edifício
filosófico. Neste trabalho, proponho uma investigação do papel da contingência no
sistema hegeliano com vistas a responder à questão inicial: a contingência é capaz de
normatividade política? Procedo, inicialmente, com uma exposição da dialética das
modalidades, seção da Lógica que demonstra que necessidade e contingência
imbricamse mutuamente. Em seguida, busco demonstrar como essa imbricação se
apresenta na Filosofia Real, primeiro na Filosofia da Natureza e depois, num grau
maior, na Filosofia do Espírito, reino da liberdade humana. Abordando especificamente
a Filosofia do Direito, argumento pela possibilidade de uma leitura em que: (1)
compreenda-se a normatividade processualmente, em níveis progressivos de
determinação do Conceito; (2) a contingência, embora passível de mitigação, nunca seja
extirpada do sistema e sirva como garantia da liberdade; e (3) a presença da
contingência nos permita inserir elementos como o dissenso e o conflito no próprio
processo de formação normativa.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Jacira de Assis Souza
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coloca a nota moral sobre o desejo e o prazer de traduzir. Em Tempo e Narrativa III
Ricoeur introduz sua concepção de identidade narrativa, na obra Soi-même comme um
autre essa noção é desenvolvida numa reflexão radical do sujeito de modo não
subjetivista, Le juste 2 “o paradigma da tradução”. Pretendo demonstrar que o confronto
entre identidade e diferença se coloca na tradução.
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Jessica Di Chiara
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matéria (entre forma e conteúdo, entre sujeito e objeto)? Por que uma aposta no ensaio?
O que, por fim, há no ensaio que possibilita a dialética negativa como método?
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
João Gabriel Paixão
O ponto de partida desta pesquisa é o trabalho do músico James Blake cuja obra é feita
com grandes zonas de silêncio que são como buracos vazios impostos no interior das
composições. Somando-se a este vazio, ainda estão o uso de graves muito profundos,
mais tácteis do que melódicos, e de distorções e ecos nos sons em geral, o que abre a
uma atmosfera sonora menos lúgubre do que árida, devido à “pobreza” de sons ali
trabalhados. A partir daí, este projeto quer articular o trabalho deste silêncio com o
conceito de negatividade, do não-ser, caro particularmente a Hegel, através da seguinte
lógica conceitual: (1) a música de Blake é atraída para o silêncio, ou seja, para o que é
negativo à música, como se essa atração levasse-a a sair do terreno propriamente
musical; (2) a música é incapaz de “sair” da música, porque obviamente deixaria de ser
música, de forma que esta atratividade do vazio é uma reflexão da música sobre si
mesma (porque passa a compreender seus limites). Este percurso realizado, do vazio à
reflexividade, espelha ao percurso da própria consciência, tal como demonstra Hegel,
avançando através de um momento de negatividade para uma síntese posterior de
reflexividade. A arte, sendo assim um espelho da consciência, pode pensar?
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Johanna Andrea Bernal Mancilla
A partir das teorizações da troca simbólica e da sedução, Jean Baudrillard mostra que na
história existe, pelo menos, três modos de produção: o intercâmbio primitivo, o
capitalismo e o post-fordismo, e que cada um deles configura três ordens econômicas
com diferentes regras e leis. De maneira que, nas sociedades originarias se configura a
ordem do intercâmbio primitivo com seu princípio de reversibilidade: dar, receber e
retribuir, nesta ordem se diz que circula um objeto-símbolo; nas sociedades capitalistas
se configura uma ordem regida pela lei de equivalência: valor de uso/valor de troca e
um princípio de acumulação que põe em circulação um objeto-mercadoria; por último,
nas sociedades post-fordistas configuram uma ordem do consumo na qual o valor-signo
põe em circulação um objeto-signo. Nessas três ordens econômicas as relações entre
sujeito e objeto se modificam, pois no intercâmbio primitivo das sociedades originarias
e no intercâmbio das sociedades post-fordistas entram em relações que Baudrillard vai
chamar como relações de sedução, a diferencia das relações de poder e negação que
surgem nas sociedades modernas e capitalistas. Para o pensador francês, se o objeto
pode adquirir diferentes conotações quando entra em outras ordens de intercambio
diferentes à ordem mercantilista e capitalista, então não resulta tão contraproducente
pensar à mulher como objeto, já que este lugar não assinalaria simplesmente uma
relação de dominação ou opressão. Neste projeto de pesquisa procura-se ampliar a
perspectiva da noção de mulher-objeto que tem sido trabalhada por algumas teóricas
feministas como Luce Irigaray, Celia Amorós, Catherinne Mackinnon e Carole
Pateman, as quais enfatizam na ideia de que no momento em que as mulheres não
podem ser sujeitos de direitos, sujeitos nos intercâmbios e, pelo contrário, elas são
assumidas como objetos pelos homens, então surgem as relações de opressão. A
intuição que seguimos com as teorias de Baudrillard é que resulta possível pensar à
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
mulher no estatuto do objeto como uma mulher objeto-símbolo ou uma mulher objeto
signo, sem que este lugar remita a um estado de opressão ou exploração.
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Juliane Bianchi Leão Mendes
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Kailla Santos
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Kaline Viviane de Souza
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Karoline de Oliveira
AS LIBERDADES INDIVIDUAIS EM JOHN STUART MILL: UMA ANÁLISE
DO PROBLEMA DA PASSAGEM DO LIBERALISMO AO UTILITARISMO
Mestranda em Filosofia no PPGFIL-UFRRJ
Orientador: Walter Valdevino Oliveira Silva
Bolsista CAPES
A fim de pensar como a equação composta por Estado, sociedade e indivíduo pode se
organizar para tornar-se equilibrada, o filósofo liberal inglês John Stuart Mill (1806-
1873) escreveu em 1859 o ensaio Sobre a Liberdade, no qual nos apresenta argumentos
que tentam demarcar os limites das intervenções do Estado e da sociedade na vida do
indivíduo. Se considerarmos apenas a concepção política liberal de Mill, não teríamos
grandes problemas para defender que situações em que as ações dizem respeito a um
indivíduo adulto e em pleno gozo de suas faculdades mentais – sendo ele diretamente o
único afetado/prejudicado por suas ações – devam ser livres de intervenções estatais. O
grande problema surge quando o filósofo inglês assume um posicionamento ético
utilitarista, que estabelece que uma atitude moralmente correta é aquela que maximiza a
felicidade do maior número de pessoas. Ora, se, por um lado, Mill defende que o
indivíduo deve ter liberdade irrestrita para agir quando o principal afetado por suas
decisões é ele próprio, por outro lado, ao assumir uma postura utilitarista, parece que a
liberdade individual, sempre vista como algo a ser defendido acima da tirania de
qualquer governo e da opinião pública, é colocada em risco. O presente trabalho
pretende analisar passagens contidas nas obras On Liberty (1859) e Utilitarismo (1861)
e apresentar duas das possíveis formas de encarar o problema.
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Kissel Goldblum
A SUPERAÇÃO DA HERMENÊUTICA SUBJETIVA NA TEORIA DO
CONHECIMENTO DE SPINOZA
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais,
Programa de Pós-Graduação em Metafísica e Lógica
Orientador: Dr. Ulysses Pinheiro
Na primeira parte da Ética, na qual Spinoza trata sobre Deus3, o autor expõe a estrutura
ontológica do mundo, baseada em uma substância única composta por infinitos
atributos, cada um dos quais modificados por infinitos modos: “Pois além da substância
e dos modos nada existe, e os modos nada mais são do que afecções dos atributos de
Deus.” (SPINOZA, 2007, p. 51). Se além de Deus não pode existir outra substância,
devemos compreender o homem como um modo de um atributo de Deus e não como
uma substância separada da Natureza. Parte essencial da Ética, os gêneros de
conhecimento4, são as maneiras pelas quais é possível conhecer a substância e seus
atributos. Estes mesmos gêneros do conhecimento têm sido, tradicionalmente,
analisados da perspectiva de faculdades humanas e consequentemente são
compreendidos como interpretações de uma hermenêutica subjetiva. Pretendo expor
uma linha de análise que revela o processo de conhecer de maneira distinta, a saber:
tomando-o como o próprio meio pelo qual Deus conhece a si mesmo, isto é,
compreendendo o estudo da epistemologia spinozana como inerente à sua teoria
ontológica. “Seus três gêneros do conhecimento não se referem a três gêneros de
alguma faculdade humana; ao contrário, eles são as três maneiras pelas quais Deus
conhece a sua própria natureza.” (VINCIGUERRA, 2012, p.136)5.
3
Vale ressaltar aosnãofamiliarizados com o conceito de Deus na obra de Spinoza - endende-se Deus como Natureza
ou Substância, ou seja, Spinoza não conserva nenhuma característica religiosa ou antropomórfica de Deus.
4Cf. SPINOZA B. Ética, Parte II, Proposição 40 (2007, pp. 130-134). Os trêsgêneros do conhecimento, a saber, a
imaginação, a razão e intuição estruturam aquilo que podemos chamar de teoria do conhecimento de Spinoza.
5“His three kinds of knowledge do not refer to three different human faculties; instead, they are the three ways in
which God knows his own nature, modified as it is by infinite and finite modes, some of them human ones.”
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Leandro Rocha dos Santos
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Lourenço Fernandes Neto e Silva
Ao contrário do que em geral se toma como dado, o século XVIII não simplesmente
abandonou a metafísica do XVII: as disputas em torno do legado dos grandes sistemas
metafísicos daquele século continuam se desenvolvendo ao longo do século das luzes.
Este trabalho apresentará o rearranjo por Condillac de um problema que aparece a
princípio em Leibniz mas terá profundas repercussões: a questão dos diferentes graus de
magnitude dos fenômenos do universo, e as relações estabelecidas entre tais graus. Para
esta análise, veremos o legado de uma disputa entre Clarke (um newtoniano) e Leibniz,
na sua interpretação por Voltaire, e na forma que Condillac lhe dá afinal em sua
dissertação anônima intitulada As Mônadas, de 1747. A questão aqui trabalha o
problema da relação entre o tempo e o espaço rumo à refutação de algo de absoluto: o
universo agora deverá ser equacionado numa rede de relações recíprocas. Trata-se de
fato das origens da importantíssima noção de “sistema” na forma como a entenderam os
enciclopedistas. Mostraremos ainda a relação desses problemas com as tecnologias
desenvolvidas na mesma época, particularmente com os instrumentos ópticos, e como
este cenário molda em grande medida o desenvolvimento futuro das investigações
científicas ao reformular a estrutura semiótica da compreensão humana.
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Lucas Macedo Salgado Gomes de Carvalho
O FENÔMENO DO DISCURSO NA ONTOLOGIA FUNDAMENTAL DE
MARTIN HEIDEGGER
UERJ PPGFIL
Orientador: Marco Casanova
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Luciana Valesca Fabião Chachá
A NOÇÃO DE AITIOS E AITÍA NA INVESTIGAÇÃO TELEOLÓGICA NO
FÉDON
Programa de Pós-Graduação lógica Metafísica UFRJ
Orientador: Carolina de Melo Bomfim Araújo
Bolsista CAPES ,
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Luciano Gutembergue Bonfim Chaves
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Manoela Paiva Menezes
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Marcelo José Derzi Moraes
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Marcelo de Almeida Silva
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Marcus Eduardo Bissetti Lima
Uma das bases centrais para a filosofia medieval, a linguagem busca compreender
melhor a relação entre os fenômenos linguísticos e as coisas significadas. Agostinho
quando interpreta certos princípios da filosofia grega pagã aliado a moral cristã, cria um
modelo de pensamento em que o sucesso e o fracasso das ações humanas dependem da
Vontade da alma estar inclinada ou não aos vícios. O verbo para Agostinho é a efetiva
produção de um pensamento verdadeiro que pode ser comunicado. Na filosofia
apresentada pelo autor, a linguagem também sofrerá o efeito da condição humana, que
viciosa gerará incongruências entre os sinais, sejam falados ou escritos, e o que eles
pretendem significar, tornando muitas vezes a comunicação do verbo algo impossível.
Vemos essas limitações apresentadas com grande habilidade no De Magistro, mas é em
uma de suas últimas obras, o De Trinitate que o autor expõe bases para que possamos
pensar que é pelo bom ou mau uso da Vontade humana que ocorreriam erros de
significação. É pelo desvio moral que o verbo do homem se distancia do conhecimento
verdadeiro do que os signos apontam. Agostinho demonstrará que é por meio do
exercício de amor a Deus que a Vontade do homem pode comprovar o valor dos sinais
da linguagem e tratá-los de fato como meios para o conhecimento. Assim temos a
produção do verbo verdadeiro. Compreender o princípio da vontade será, portanto,
fundamental para justificar o sucesso da linguagem.
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Marcus Vinicius dos Santos Claro
O PROCESSO DE RESIGNIFICAÇÃO COMO AGENTE CASUAL NO
FENOMENO DA QUEBRA DE PARADIGMA
Instituição: UFRJ/IFCS/PPGF
Orientador: Jean-Yves Beziau
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
estabelecido. O despertar de uma revolução científica, como a Revolução Copernicana,
é o modelo para disparar o processo de ressignificação provocado pelo surgimento ou
descoberta da anomalia, elemento fundamental para a instalação da crise, do momento
crítico e decisivo. No caso de Galileu, temos o agravante da doutrina religiosa,
dogmática por excelência, diametralmente oposta à defesa racionalista que Galileu
propunha. Este caráter racional imprimiu tamanha força, que o racionalismo adotou a
ciência de forma avassaladora até nossos dias. Disso podemos inferir imediatamente
que a evidência pode se apresentar sob bases perceptivas diferentes. Primeiro, por
crença em uma constatação apriorística, imediatista e puramente empírico-
fenomenológica; segundo, acreditando-se nas evidências como resultado de
investigações e verificações empíricas complementares, analisadas metodicamente
(como através de instrumentos de medição e de cálculos matemáticos). Somente com o
deslocamento de uma Terra central para uma Terra planetária e consequente
ressignificação é que se tornou compreensível e, portanto, dotado de significado
verdadeiro o modelo astronômico proposto por Copérnico (1543).
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Marcus Vinícius Monteiro Pedroza Machado
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Maria Fernanda Novo dos Santos
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Mariane Farias de Oliveira
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Mario Tito Ferreira Moreno
SOBRE O PRINCÍPIO DA CÓPIA DE HUME: O MICROSCÓPIO DAS
PERCEPÇÕES
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Mestrado Filosofia/ PPGFIL
Orientador: Alessandro Bandeira Duarte
O princípio da cópia é uma máxima humeana que não comporta exceções. Tal princípio
diz que toda ideia simples tem uma impressão simples a qual se assemelha, por
exemplo, a ideia de vermelho que formamos não se difere da impressão da cor vermelha
em natureza, apenas em graus de força. Tal princípio é referente à ideias/impressões
simples, que seriam pra Hume àquelas que não podem ser divididas, uma cor, por
exemplo. Tal princípio operaria como uma espécie de microscópio, ou alguma
ferramenta do tipo, que analisaria ideias e as tornaria mais claras e precisas, descobrindo
assim de quais impressões elas são originárias. Toda ideia/impressão composta é feita
de um agrupado de ideias/impressões simples, por isso o Princípio da Cópia possui a
função de garantir o projeto filosófico de Hume, na medida em que vai até a impressão
originária pra justificar qualquer tipo de ideia, seja ela complexa (por meio de
verificação de sua composição) ou simples. O intuito da presente inquietação é tentar
provocar, de certa forma, possíveis problemas dentro do próprio princípio da cópia
relatados pelo próprio autor, e apontar possíveis defesas para o argumento humeano. A
presente inquietação é um esboço de um trabalho que pressupõe certa compreensão
prévia da filosofia de Hume.
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Matheus Oliveira Damião
O presente trabalho tem dois objetivos: apresentar a exposição que Aristóteles faz das
διαστάσεις, ou eixos direcionais, no De Incessu Animalium (IA) e mostrar como a
teleologia possui importante papel na definição destas estruturas. Neste tratado elas são
anunciadas como um das premissas para o estudo da marcha dos animais e são
definidas- apesar de seu caráter formal- a partir da existência de funções orgânicas
específicas de cada grupo de ser vivo, a saber, as funções de alimentação, percepção e
locomoção. Assim, se estabelece uma relação de dependência entre os eixos direcionais
e as funções que determinado ser vivo possui, apontando como a estrutura enquanto
forma de um ser vivo, em Aristóteles, é determinada pelas funções que o definem. Tal
modo funcional de definição dessas estruturas parece ser oriundo do princípio
teleológico da natureza, que delimita segundo o télos de um ente, na teoria hilemórfica
de Aristóteles, sua configuração espacial e a relação entre forma (eidos) e matéria
(hyle). Em outras palavras é à partir do télos, entendido como efetivação da função
definidora do ente, que se torna possível compreender melhor a dependência entre a
presença das funções no ser vivo e os eixos direcionais, já que é este télos que seleciona
determinadas configurações físicas para o ente. Deste modo, este trabalho propõe
entender a definição funcional dos eixos direcionais no IA como uma consequência
direta da teleologia na filosofia da natureza de Aristóteles.
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Mauro Juarez Sebastião dos Reis Araujo
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Messias Miguel Uaissone
A INTERRUPÇÃO ÉTICA DA FENOMENOLOGIA EM PRESENÇA DA
ALTERIDADE
Mestrado em Filosofia
Filosofia/ Programa de Pós-graduação em Filosofia/ IFCH/ UERJ
Orientadora: Profa Dra Elena Moraes Garcia
Bolsista CNPq
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Michelle Cardoso Montoya
UMA DISTINÇÃO QUE NÃO DEVE SER REJEITADA: ALGUMAS
OBJEÇÕES DE SEARLE AO ABANDONO DA DISTINÇÃO ANALÍTICO-
SINTÉTICO PROPOSTO POR QUINE
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Mestrado em Filosofia - Programa de Pós-Graduação Lógica e Metafísica (PPGLM)
Orientador: Prof. Dr. Dirk Greimann
Bolsista CAPES
Em Speech Acts (1969), John Searle procurou tratar da linguagem de um modo geral,
sobretudo daquela que é capaz de produzir verdades, declarações ou promessas,
independente de se tratar da linguagem natural ou da de algum idioma em específico.
Sendo assim, ao longo de Speech Acts, o autor buscou dividir suas análises em dois
âmbitos: o das caracterizações linguísticas e o das explanações linguísticas que
buscaremos esclarecer ao longo da apresentação do presente trabalho. Destarte,
tomando tal divisão como ponto de partida, apresentaremos a leitura de Searle sobre a
distinção kantiana clássica, a saber, a de analítico-sintético , proposta pela primeira vez
por Immanuel Kant (1724-1804),na Crítica da Razão Pura (1781- 1a versão; 1787- 2ª
versão) .Contudo, antes disso, apresentaremos brevemente as críticas de Willard Von
Quine a distinção analíticosintético presente em seu artigo “Dois Dogmas do
Empirismo”, em que propõe o abandono desta distinção, bem como a tese do
naturalismo biológico de Searle, que será fundamental para algumas de nossas
considerações. Por fim, pretendemos analisar a crítica de John Searle ao abandono da
distinção analítico-sintético proposto por Willard Von Orman Quine em “Dois Dogmas
do Empirismo”. A partir disso, suscitaremos as seguintes questões: A distinção
analítico-sintético deve ser rejeitada? Ou devemos reconhecê-la? Caso optemos em
reconhecê-la, qual seria sua finalidade filosófica?
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Miécimo Ribeiro Moreira Júnior
A SERVIDÃO E A DOMINAÇÃO NO PENSAMENTO POLÍTICO DE BENTO
DE ESPINOSA
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Programa de Pós-graduação Lógica e Metafísica
Orientador: Ulysses Pinheiro
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
LÓGICA E HISTORICIDADE NA FILOSOFIA DA HISTÓRIA DE HEGEL
Puc-Rio Programa de pós-graduação em Filosofia
Orientador: Pedro Duarte
Bolsista CAPES
Diante do sistema filosófico de Hegel, duas atribuições que lhe concedemos são 1- seu
caráter essencialmente intelectualista e 2- a eclosão da filosofia da história que marcou
não só o pensamento filosófico posterior à Hegel, mas também o político e social. Se
por um lado a Ciência da Lógica surge a ontologia hegeliana, por outro, é na Filosofia
da História que observamos uma possível exteriorização das categorias e elementos do
pensamento – Ser, dialética, conceito. Segundo Marcuse em Razão e Revolução, “a
lógica demonstrou a estrutura da razão; a filosofia da história expõe o conteúdo
histórico da razão”. O desenvolvimento da razão explicaria o desenvolver histórico, na
medida em que atualiza o que Hegel conceitualizou como Espírito. Contudo, certas
questões surgem: como seria possível que a história se organizasse não como narração
de fatos, mas como seguindo o fio condutor da razão? Seria possível pensar a totalidade
da história como organizada pela racionalidade, esta que sempre aparece como
permeada por um teor subjetivo e interno ao intelecto humano? Como a razão, algo
inerente ao homem de modo individual, poderia se manifestar exteriormente na história?
Ora, não haveria uma inadequação em associar o modo de funcionamento da
intelectualidade humana com a própria realidade (aquilo que acontece e aconteceu no
mundo)? É pelo entendimento dos próprios conceitos de Lógica e de História que
podemos compreende a associação entre o histórico e o racional em Hegel.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
JAAK PANKSEPP E A PERSPECTIVA AFETIVA DA NEUROCIÊNCIA DAS
EMOÇÕES
Doutorado em Filosofia/PPGFIL UERJ
Orientador: Karla Almeida Chediak
Bolsista CNPq
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
VIDA E CRIAÇÃO: A PERCEPÇÃO DO ARTISTA EM HENRI BERGSON
Programa de Pós-graduação em Filosofia - Mestrado UERJ
Orientador: Prof. Dr. James Bastos Arêas
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
indivíduo ao se apresentarem ao limiar da consciência. Já aquele que vive no passado,
no qual as lembranças invadem livremente a consciência, não está adaptado à ação. Esta
relativa desatenção à vida caracteriza indivíduos como o artista e o filósofo, que são
capazes de nos conduzir à uma percepção mais completa da realidade, desviando a
atenção aos aspectos práticos da vida. Bergson esclarece que ainda que possa parecer
contraditório, o artista mesmo sendo um distraído, percebe mais aspectos da realidade
que um homem de ação porque não necessita agir de acordo com seu apego à realidade,
o que contrairia sua percepção, de forma a limitar o campo de visão. Assim, Bergson
estabelece como a função da Arte e do próprio Artista, fazer ver aquilo que os outros
indivíduos não perceberam naturalmente. Ainda que abstenha-se da atenção ao que pode
ser útil a vida, a desatenção do artista não se caracteriza por um desligamento total do
mundo, mas por uma atitude voltada a buscar o que pode ter passado despercebido por
aqueles que não conseguem orientar-se senão pela ação. Na concepção de Bergson
acerca do que é Arte, o artista, assim como sua obra, são veículos da criação universal,
uma extensão do próprio ato criador, colocando-se no mesmo sentido do impulso vital.
Os movimentos das duas formas extremas da duração, através da contração e distensão,
apresentam sua vitalidade, e sendo assim, a vida é, sem dúvida, criação. E em meio ao
movimento criador que impulsiona a própria vida, o artista é aquele que encontra-se no
seio da criação da natureza, onde seu próprio modo de ação é diferente dos outros seres
vivos da mesma espécie.
A partir das obras Land und Meer e Der Nomos der Erde do jurista e filósofo político
alemão Carl Schmitt, visamos examinar a oposição conceitual proposta pela filosofia
política schmittiana entre os conceitos de land (terra) e meer (mar), e apresentá-los
como categorias histórico-filosóficas fundamentais para a compreensão da dinâmica
histórica da modernidade. Uma das imagens usadas por Schmitt para indicar a dimensão
conflitiva existente entre a terra e o mar foi a imagem mítica do combate entre o
monstro terrestre, o Behemoth, e o monstro marítimo, o Leviathan, do livro bíblico de
Jó. Essa oposição se tornou profícua na obra de Schmitt por apresentar a terra como
princípio de ordem política baseada na espacialidade com territórios e fronteiras bem
delimitados e uma lógica que faz clara distinção entre guerra e paz, política e comércio,
em oposição ao mar como princípio de ordem política que se estabelece como uma
espacialidade sem limites e fronteiras, sem solidez e estabilidade, sem uma
determinação espacial concreta. A partir dessa oposição conceitual, Schmitt nos oferece
uma chave para a compreensão da formação da ordem geopolítica da modernidade e da
questão da atual ordem internacional.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
KANT SOBRE ANALITICIDADE E CONHECIMENTO CONCEITUAL
Cursa doutorado em Filososofia no Programa de Pós-graduação Lógica e Metafísica
(PPGLM) UFRJ.
Orientador: prof. Dirk Greimann,
Bolsista CAPES
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ALLISON: (1992, p. 130). In: El idealismo trascendental de Kant: una interpretación y defensa.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Pablo Souto Maior Harduin
HEDONISMO EUDEMÔNICO : JUSTIÇA E PRAZER EM A REPÚBLICA DE
PLATÃO
Universidade de São Paulo; Mestrado em Filosofia; Programa de Pós-Graduação em
Filosofia da Faculdade de Letras, Ciências Humanas e Filosofia
Profº. Drº. Mário Mirando Filho
Bolsista CAPES/PROEX
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Pablo Baptista Rodrigues
FRANZ KAFKA: DIÁLOGOS POSSÍVEIS ENTRE A LITERATURA E A
FILOSOFIA
Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Teoria da Literatura/Programa de Pós-graduação em Ciência da Literatura
Orientador Professor Doutor Ricardo Pinto de Souza
Bolsista CNPq
“Só se pensa por imagens. Se você quiser ser filósofo, escreva romances”. A afirmação
citada foi feita pelo romancista e filósofo Albert Camus em seu livro Esperança do
mundo (Editora Hedra, 2014). A premissa se encontra em um dos cadernos do autor de
língua francesa, e por meio dela corroboramoso presente diálogo entre a Filosofia e a
Literatura. Somente a crença na Literatura e na Filosofia permitem a escritura e rasura
de um trabalho como este, que busca olhar a Literatura com forma de pensar a vida,
portanto, Filosofia por meio da Literatura. Em nosso caso escolhemos um dos autores
caros a Camus, Franz Kafka. Buscaremos em nosso trabalho observar o texto kafkiano
como forma singular de se “fazer” Filosofia. Se o lugar do romance para pensar a
Literatura e Teoria literária está mais que evidenciado, cabe nos agora perguntar o que
em Franz Kafka nos desperta o questionamento ao filosofar. Partindo dos principais
leitores do autor de A metamorfose, entre eles Walter Benjamin, Gilles Deleuze, entre
outros autores, observaremos o método narrativo de Franz Kafka para problematizar a
literatura e a tradição literária, e a filosofia e seu de . Tendo como premissa que é por
meio da inversão das categorias que Franz Kafka trabalha sua Literatura e nos auxilia a
perceber a conexão do literário com o filosófico. Inverter as noções dos clássicos de
uma dita “literatura universal”, bem como inverter as formas explicativas de nossas
vivências e anseios, como a busca do homem em ser livre.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Paloma Fernanda Martins Pereira
A TEORIA DO PENSAMENTO COMPLEXO: UMA TENTATIVA DE
EFETIVAR DIREITO AO AUTOR DE ATO INFRACIONAL
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Programa de Pós-graduação em Serviço Social – Mestrado
Orientadora: Irene Rizzini
Bolsita CNPq
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Pedro Henrique Ciucci da Silva
A CONCEPÇÃO FILOSÓFICA E ANTROPOLÓGICA DE PAULO FREIRE
Mestrando em Filosofia-PPGF PUC-SP
Professor: Antonio Valverde
Bolsista CAPES
A presente pesquisa visa a análise filosófica e antropológica nas obras de Paulo Freire,
onde o autor nos mostra a importância da alfabetização política e a participação do
homem no mundo, ou seja, não basta estar no mundo, mas construí-lo. O principal
equívoco que emana da obra freireana, é a falta de uma leitura aprofundada e com olhar
filosófico, pois um dos principais erros postulados a este autor é nomeá-lo simplesmente
como um mero pedagogo, ou um alfabetizador, e até muitas vezes mal interpretado
como alguém que, simplesmente, desenvolveu um método de alfabetização. Nas obras
de Freire fica claro que a alfabetização política está relacionada com a
transcendentalidade do homem neste mundo para com os problemas que o envolvem. A
importância filosófica acerca deste problema é a postura que o indivíduo tem na
construção do mundo e de suas relações com os outros. Paulo Freire em suas obras
justifica a importância de alfabetizar o outro não simplesmente pelas letras, mas para
uma consciência política que tem sua relação na transcendentalidade. A principal
preocupação de Freire está em mostrar para o outro um mundo de possibilidades, nunca
de forma adversa a isso. Esta possibilidade de poder ser no mundo é elucidar àqueles
mais oprimidos, mais esquecidos, a ideia de que ele está e pode construir e intervir neste
mundo, não em outro. O método freireano não se esgota tão somente, na proposta da
alfabetização política, mas também na relação do homem com este mundo e a sua
transcendentalidade sócio-historico-cultural. A importância de tal estudo está no fato de
afirmar as ideias de Freire e torná-las atuais, pois estamos vivendo numa perspectiva de
individualidade humana, nos afastando cada vez mais da proposta que não só Freire nos
mostra, mas outros autores que falam da noção de transcender em nós mesmos enquanto
seres humanos, pois é esta a ideia que o autor nos encarrega de entender, ou seja, é nos
preocuparmos que somos indivíduos políticos, temos o poder de construir, de fazer, de
escolher, de agir, de ser ator, pois o mundo contemporâneo nos mostra uma ideia
inversa desta perspectiva apontada pelo nosso autor, pois tenta nos tirar a ideia de
sermos atuantes, nos colocando em um mundo de inúmeras fragmentações, mas nunca
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
em um mundo de realizações; como diz Freire temos que marchar para alcançar os
nossos anseios, temos que buscar as nossas principais necessidades.
Palavras-Chave: antropologia; educação; praxis.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Pedro Henrique dos Santos Ribeiro
CARL SCHMITT, DONOSO CORTÉS E OS LIMITES DO LEGALISMO
LIBERAL
PPGFIL / Mestrado em Filosofia UERJ
Orientador: Prof. Dr. Luiz Bernardo Leite Araújo
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Peter Franco
TEMPO E MEMÓRIA, DA FILOSOFIA COMO FICÇÃO
PPGFIL-UERJ
Orientadora: Izabela Bocayuva
Albert Camus abre seu livro O Mito de Sísifo com a sentença: só há um problema
filosófico realmente sério: o suicídio. Suicídio em nossa compreensão de Camus não
quer dizer o mesmo que já ter suicidado, não está falando necessariamente de tirar a
própria vida; uma diferença sutil, porém crucial. É preciso compreender que suicídio é a
experiência mais próxima do que Camus quer chamar de uma reavaliação de todas as
coisas,o que para Nietzsche seria a transvaloração detodos os valores e, com mais
precisão;os dois pensadores querem chamar atenção para o instante, aquele
extraordinário momento representado pelo suicida, em Camus, que decide de uma vez
por todas viver ou morrer, e pelo demônio em Nietzsche. A imagem do suicida traz
consigo os aspectos do silêncio, da escolha, da possibilidade, em suma: do poder-ser.
Esta imagem muito se aproxima de dois momentos da obra de Nietzsche que traremos
para o diálogo com Camus: A passagem Da visão e do enigma, de Zaratustra, e O maior
de todos os pesos, em A gaia ciência. Em ambas as passagens Nietzsche nos apresenta
momentos cruciais, momentos-limite nos quais seus personagens reavaliam todo o
percurso de vida caminhado até ali e sobre sua necessidade, finalidade, qualidade e,
consequentemente, seu retorno. Analisaremos as semelhanças entre as obras desses
pensadores começando pela 1. Avaliação de suas filosofias por meio de personagens
que suscitam conceitos, 2. Implicações morais e éticas no jogo da vida e, por fim 3. Nas
questões de temporalidade, relacionando tempo individual e tempo cósmico.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Priscila Céspede Cupello
DEBATES ENTRE EM NIETZSCHE E FOUCAULTSOBRE AS ÚLTIMAS
PALAVRAS DE SÓCRATES
Programa de Pós Graduação em Lógica e Metafísica UFRJ
Orientador: Alice Haddad
Bolsista FAPERJ
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Rafael Rocha da Rosa.
7
HADOT, P. Exercícios espirituais e filosofia antiga. P.22.
8
NIETZSCHE. Assim falou Zaratustra. Prólogo, §3.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Rafael Zacca
Certas obras se apresentam com tamanha autoridade diante de alguém ou de uma época,
que nada, nesses casos, nenhuma fala ou gesto, parece estar à altura de seu poder
fascinante, e condicionam, dessa maneira, uma recepção servil. Existe um conceito na
obra de Walter Benjamin que nos ajuda a pensar uma relação mais criativa com a arte: o
conceito de “poetificado”, das Gedichtete. Encontramo-lo no ensaio sobre “Dois
poemas de Friedrich Hölderlin”. E se, frequentemente, poetas queixam-se de que uma
definição qualquer de poesia ou de poema (mesmo quando “abertas” e cheias de
abstrações vagas o suficiente para não liquidarem uma potência criativa) tende a esgotar
cedo demais as possibilidades de atuação artística, a nossa hipótese aqui é a de que o
conceito de “poetificado” abre não apenas um vastíssimo horizonte poético, como
também, no seio de cada poema, a possibilidade de um fazer sempre renovado. Isto é, o
conceito de “poetificado” autoriza uma recepção não servil dos poemas. O jovem
Walter Benjamin, ainda distante de seu marxismo da década de 1930, colocou no
coração do poema uma questão fundamental para qualquer teoria engajada com a
transformação do mundo: “Que fazer?” Com isso, quero propor que o conceito
consequente de crítica (de poesia) que se erige do conceito de “poetificado” guarda, não
obstante Benjamin ainda não tivesse travado contato com a literatura marxista, algum
parentesco com o conceito de crítica (da economia política) erguido pelos escritos de
maturidade de Karl Marx – ou seja, se assemelham na exigência de um abandono de
uma postura contemplativa passiva diante de um “objeto” do saber e na busca dos
possíveis prognósticos diante de uma determinada “situação” do saber.
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Rafaela Francisco da Nobrega
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Rafael Mófreita Saldanha
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Raquel de Azevedo
Cálicles, célebre interlocutor de Sócrates com quem a dialética não funciona, ocupa uma
posição peculiar no esquema analógico de Platão em Górgias. Enquanto os demais pares
de personagens do diálogo parecem indicar uma relação entre mestre e discípulo, entre
uma determinada arte e aquilo que ela produz – vejam-se Górgias e Polo, Sócrates e
Querofonte –, Cálicles, terceira figura a ser submetida ao elenchos socrático, tem como
par o não-diálogo, aquilo que ele produz é precisamente o não funcionamento da
dialética. Mas o que exatamente falha quando a dialética falha? Minha hipótese é que
essa é a forma negativa de se perguntar em que consiste a arte de Sócrates. Cálicles,
como o próprio Sócrates reconhece, é sua pedra de toque (486d2-e2), mas só pode dizer
algo sobre a arte socrática às avessas, perturbando e inviabilizando completamente o
processo de homologia. Pela correspondência entre a alma e a cidade, podemos assumir
que o não-diálogo também se desdobra em duas cidades distintas, uma sendo o avesso
da outra, como na anedota acerca dos dois discursos sobre Helena proferidos por
Górgias. A diplomacia entre essas cidades não é, porém, “como um brinquedo”, tal qual
a conclusão do Elogio, não há indiferença entre os dois modos de vida. Sua relação é de
uma guerra em que uma das cidades, a de Sócrates, tem de lutar no interior da topologia
da outra, a saber, nos discursos.
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Raquel Rodrigues Rocha
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Ravena Olinda Teixeira
Espinosa nos diz, na segunda parte da Ética, que a memória é resultado das afecções do
corpo. No escólio da proposição XVIII, a memória é definida quando ele nos explica
que as imagens são formadas na mente quando um corpo é afetado e arranjado pelos
traços de um corpo exterior. No final da última parte da Ética, o filósofo fala em duas
partes da mente: uma que perece e outra que permanece, apesar da morte do corpo. Em
seguida, ele coloca a imaginação e a memória como partes da mente que perecem com o
corpo e que são insignificantes em relação àquilo que subsiste dela. O problema surge
porque Espinosa jamais rejeita por completo a verdade que a experiência nos impõe.
Nesse sentindo, a memória é um critério legítimo, fornecido pela experiência, para
determinar a individualidade de um ser humano. No entanto, há quem defenda que essa
individualidade, percebida pelo primeiro gênero do conhecimento (imaginação) seja
ilusória. Chantal Jaquet, por exemplo, interpreta que embora o eu não seja odioso como
em Pascal, ele simplesmente não existe. Além disso, muitos intérpretes da filosofia
espinosana consideram que a salvação que Espinosa propõe pelo terceiro gênero do
conhecimento não envolve relação com o corpo; pelo contrário, parece ser uma negação
do corpo e, de certa forma, da memória. Não obstante, nosso trabalho pretende analisar
os textos da Ética sobre a memória para entender qual a sua potência e o seu papel no
projeto ético espinosano.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Rebeca Louzada
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Reginaldo Rodrigues Raposo
O intuito deste trabalho é discutir a maneira peculiar através da qual a Estética de Hegel
(tanto a célebre edição Hotho quanto os demais cadernos de alunos) se insere na questão
que se tornará a mais decisiva para o século XIX no âmbito artístico - a autonomia. Os
elementos estritamente musicais presentes num discurso de caráter acima de tudo
metafísico especulativo evidenciam a particularidade que delineia essa temática em
Hegel. Entre esses elementos, podemos sublinhar “medida temporal, compasso e
ritmo”, “harmonia” e “melodia”, que são tratados com algum destaque no interior dos
textos sob a égide de uma oposição aos elementos oriundos daquilo que Hegel
denomina de Espírito Subjetivo9 - principalmente “sensação”, “sentimento de si”
(antropologia filosófica), “intuição” e “representação” (psicologia filosófica). Hegel,
muito embora nossa orientação seja a de que sua sistematização estética se dê através da
sistematização filosófica mais ampla da Enciclopédia das Ciências Filosóficas, nesse
sentido dá um passo decisivo para que se possa verdadeiramente falar de uma “ciência
da música” ou musicologia de meados do século XIX.
9
Primeira seção do terceiro volume de sua Enciclopédia das Ciências Filosóficas.
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Ricardo Cezar Cardoso
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Ricardo Pedroza Vieira
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Rineu Quinalia Fh
ARGUMENTUM AD HOMINEM E ARGUMENTUM AD PUBLICUM:
Élenkhosé principalmente sinônimo de inspeção. Tudo tem início com uma simples
pergunta: “que é?” (ti estí;). O ti estí basicamente estabelece a relação entre o sujeito
que aplica a pergunta (Sócrates) e outro que deve defendê-la (quase sempre um
renomado interlocutor). O modelo tradicional do élenkhosé o seguinte:1) O interlocutor
propõe uma tese X, Sócrates decide refutá-la;2) Sócrates cria um estado de
homologia (um acordo) com o principal interlocutor para que a discussão prossiga
mediante o fornecimento de outras premissas ligadas à tese X, por exemplo, premissas
Y e/ou Z. O consenso é ad hoc: sendo assim, Sócrates aparentemente parece deixar de
lado momentaneamente a tese X e começa a argumentar sobre as premissas Y e
Z;3)Sócrates demonstra, a partir do consentimento do interlocutor, que Y e Z implicam
não-X; 4) Sócrates, por fim, afirma ter demonstrado que não-Xé verdadeira, logo, a tese
Xdefendida por seu interlocutor, é falsa. Muitas vezes, porém, toda essa performance
ocorre diante de um público. Este aspecto dramático nos interesse particularmente.
Ocorrem duas clássicas modalidades interpretativas da inspeção socrática; uma é
chamada de “élenkhosprioridade de definição(PD)” e outra que respeita a mesma
estrutura, Vlastos chamará de “élenkhospadrão”.Estes dois modos de ler o élenkhos
baseiam as hipóteses levantadas para o desenvolvimento deste trabalho, que sugere
propor algumas variações interpretativas do élenkhos a fim de torná-lo mais abrangente.
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Roberta Ribeiro Cassiano
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Roberta Liana Damasceno Costa
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Roberto Nunes Junior
Em seu texto Teses sobre Feuerbach, o filósofo alemão Karl Marx cunhou, na XI tese, a
célebre frase “Os filósofos apenas interpretaram o mundo, de forma diferente, o que
importa é mudá-lo”. Partindo da análise de que esse não é apenas um chamamento para
que os filósofos se engajem na transformação do mundo, mas a expressão de um novo e
revolucionário conceito na teoria de Marx, a práxis, pretendo analisar este conceito
como resultado de um processo de acúmulos teóricos e políticos que, conectados com o
ambiente intelectual e com as lutas políticas da época, abriu caminho para a posterior
construção teórica do autor. Desta forma, a comunicação pretende fazer uma breve
retrospectiva histórica, e teórica, sobre o caminho percorrido por Marx desde os Anais
franco-alemães até as referidas teses com o intento de levantar duas questões principais
na teoria marxista: 1) a chegada ao conceito de práxis foi totalmente coerente com o
processo prático e teórico vivido pelo próprio autor, que formulou e reformulou sua
teoria de acordo com as experiências da vivência política da época; 2) o abandono da
separação entre teoria e prática, que até então marcara a história da filosofia, implica um
engajamento político e revolucionário, pelo menos por parte dos que se consideram
marxistas. Ora, em que medida e de que forma isso é possível no mundo de hoje?
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Rodrigo do Amaral Ferreira
NOTAS SOBRE A PRESENÇA DA METÁFORA NO PENSAMENTO DE
JACQUES DERRIDA
Pós-graduação em Filosofia / Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Orientadora: Dirce Eleonora Nigro Solis
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Rodrigo Viana Passos
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Rogério Reis Carvalho Mattos
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Ronnielle de Azevedo Lopes
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
que aqui irrompe e sua organização geral controlável apontam um aumento da vontade
de poder” (HEIDEGGER, 1969a, p. 21-22). A vontade de poder permite ao sujeito
assenhorar- se, por meio da tecnociência, da totalidade dos entes concebidos, nesta nova
determinação ontológica, como objetos disponibilizados no cálculo e na representação.
A investigação moderna está engajada, com outros modos de representação e com
outras espécies de produção do ente, no elemento característico daquela verdade,
conforme a qual todo o ente se caracteriza como vontade de vontade. Como forma
antecipadora começou a aparecer a “vontade de poder”. “Vontade”, compreendida como
o traço básico da entidade do ente é, tão radicalmente, a identificação do ente com o que
é atual, que a atualidade do atual é transformada em incondicional factibilidade da geral
objetivação. A ciência moderna nem serve a um fim que lhe é primeiramente proposto,
nem procura uma “verdade em si”.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Roseli Gonçalves da Silva
Esta proposta de comunicação tem por objetivo central pensar tanto o gesto quanto a
palavra enquanto indecidíveis, a partir do argumento no qual a aparição do gesto se
torna possível unicamente no curto espaço de tempo que se dá no quase-vir-a-ser, entre
o furto e a falta da palavra, ou como diz Derrida a despeito de Artaud: na confusão que
se dava entre a “origem” e a “necessidade” da palavra concomitante à sua falta. Reitero,
digo aparição e não nascimento, uma vez que nascer nos remontaria a uma origem. No
gesto, creio, não há uma origem, o que há é um diálogo do corpo com o pensamento,
mais, uma quase resposta; e esse movimento, esse gesto, se faz possível bem aí neste
fortuito intervalo entre o pensamento e a palavra falada ou mesmo entre o pensamento e
a palavra escrita. Para travar tal discussão partirei do texto “A Palavra Soprada” de
Jacques Derrida e a noção de Crueldade posta por Artaud, donde vislumbro a
possibilidade de pertencimento: meu gesto me pertece porque se comunica com meu
pensamento e se expressa no meu corpo uma única vez; um gesto não se repete jamais.
Assim esse gesto que me é “próprio” escapa-me; e ao escapar-me marca a
impossibilidade do roubo, como o é com as palavras. Trata-se portanto, não de partir de
uma “mesma”metafísica dualista amplamente discutida e por que não dizer refutada por
eles: Derrrida e Artaud, mas sim de uma tessitura que perpasse o pensamento de ambos
e assim possa promover uma discussão outra na qual não só a palavra, mas o gesto
inscreva-se enquanto indecidível.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Sacha Zilber Kontic
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Sarah Maria Barreto
No mesmo mundo em que a poesia de Shakespeare foi escrita, em que a Capela Sistina
foi pintada e que Davi foi esculpido, uma bomba atômica foi lançada em Hiroshima
matando milhares de pessoas. O ser humano foi responsável por todas essas coisas. O
que teria mudado nesse tempo para que a τέχνη (techné) fosse usada para fins tão
violentos? Foi a humanidade que mudou? Foi a tecnologia que mudou? Afinal, a
história tem registros de muitas guerras mas nenhuma tão brutal quanto essa, pelos dois
aspectos tanto do ponto de vista humano, do holocausto, quanto do ponto de vista
tecnológico, das bombas atômicas. A τέχνη em sentido grego era produção. Era fazer
aparecer no mundo de objetos, construções e também de arte e poesia. Na
contemporaneidade a produção de tecnologia está a todo vapor, mas será que ainda
somos capazes de produzir arte? Qual é o lugar da arte e da poesia em um mundo que
promoveu o holocausto? Elas ainda são possíveis? Como elas podem existir nesse
mundo cheio de horrores? O nosso principal objetivo será interpretar a frase adorniana
que diz: “Escrever um poema pós Auschwitz é um ato bárbaro.” Analisando o lugar da
poesia na contemporaneidade e de como ela é capaz de emancipar a subjetividade
humana, que ao longo da história foi se tornando objeto da sua própria racionalidade.
Para tal usaremos alguns textos do Adorno, Hegel e poesias de Paul Celan.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Matheus Maia Schmaelter
Em A doença para a morte, obra de 1849, Søren Kierkegaard afirma que o ser humano é
uma síntese, que um ser humano é espírito e que espírito é o si-mesmo. Entretanto, o
simesmo não é meramente uma síntese, tal qual o autor descreve o ser humano, mas é a
relação da sítntese relacionando-se consigo mesma. Então, enquanto um ser humano é
uma síntese, quer dizer, uma relação entre elementos opostos, um si-mesmo é o
indivíduo humano consciente de si como relação relacionando-se consigo mesmo. Para
que o indivíduo humano possa verdadeiramente tornar-se si-mesmo faz-se necessário
que a relação componente do simesmo esteja em equilíbrio, caso contrário o que há é
desespero. Desespero é, portanto, perda, ausência de si mesmo. O si-mesmo, no entanto,
é liberdade10,1 afirma o autor, de modo que um indivíduo que não é verdadeiramente si-
mesmo não é verdadeiramente livre. Analisando as formas de desespero expostas por
Kierkegaard na obra em questão pretendemos demonstrar como, no interior do
pensamento do autor dinamarquês, a liberdade é uma categoria existencial dialética e
que só pode ser alcançada mediante o equilíbrio na relação que compõe todo e qualquer
ser humano.
10
KIERKEGAARD, The Sickness Unto Death, p. 29.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Serguey Monin
FOUCAULT E A PARRESÍA NO CINEMA DE TARKOVSKI: O PROBLEMA
DA CORAGEM DA VERDADE
UERJ - Filosofia - PPGFIL (mestrado)
Orientador: Ivair Coelho Lisboa
Bolsista CAPES
O presente trabalho busca fazer uma investigação sobre o estudo que o filósofo francês
Michel Foucault faz das práticas de liberdade na Antiguidade e, em particular, do
conceito de parresía, estabelecendo ressonâncias que esta prática discursiva tem com o
pensamento e a obra cinematográfica do cineasta russo Andrei Tarkovski. Ao fazer uso
da contribuição filosófica de Gilles Deleuze, buscarei estabelecer uma relação de
composição mútua entre o pensamento de Foucault e a arte de Tarkovski.Veremos que
quando Foucault fala de uma ética dos gregos, está presente também uma estética - uma
estética da existência. E esse princípio criativo, que aspira sempre uma reinvenção da
vida como obra de arte, será ancorado em nossa análise pelos problemas mais
fundamentais da obra de Tarkovski, expostos tanto nos temas de seus filmes como no
seu livro “Esculpir o Tempo”.Depois de analisar os pontos centrais das práticas de
liberdade em Foucault, com foco na noção de parresía, e estabelecer ressonâncias com o
cinema de Tarkovski, otrabalho se debruçará sobre o seguinte problema: como estas
práticas de liberdade, que são fundamentalmente práticas de subjetivação do sujeito
consigo mesmo, de conhecimento de si e de processos de veridicção do indivíduo,
podem se expressar na coletividade e possibilitar uma emergência de uma ética e uma
política para um mundo por vir?
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Tarsila Costa Conrado dos Santos
AS IMAGENS CRISTALINAS EM GILLES DELEUZE
Pós-Graduação em Filosofia (PPGFIL-Uerj)- Mestrado
Orientador: Prof. Dr. James Bastos Arêas
Bolsista CAPES
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Thales Coimbra Paranhos Cavalcanti de Paiva
Um dos problemas capitais abordados por Schelling em sua última etapa especulativa
(Filosofia da Mitologia) consiste na elucidação do problema da origem e constituição
dos povos. Retomando as concepções e teorias vigentes em sua época para em seguida
contestá-las em seus fundamentos, Schelling propõe sua própria interpretação da
natureza das representações mitológicas, indissoluvelmente ligadas ao nascimento dos
povos. Em função disto, Schelling pensa o conjunto da história e da essência humana.
De acordo com a solução apresentada pelo filósofo alemão, o campo de ação histórica
que coube a cada povo é determinado pela sua respectiva figura religiosa, e cujo
movimento evolutivo culmina no advento do cristianismo. Nossa comunicação visa
reconstruir o exame crítico pelo qual Schelling nos guia nesta obra tardia, assinalando o
erro de doutrinas tais como a Evemerista ou Naturalista, para então apontarmos a
perspectiva original da interpretação que Schelling fornece sobre o papel do fenômeno
mítico na origem última dos povos, cuja contribuição para a renovação do interesse que
surgiu no século XX pelo estudo da mitologia em diversas áreas de conhecimento, tais
como a antropologia de Eliade, van der Leeuw e Johannes Jensen ou a Psicologia
Profunda de Carl G. Jung, foi fundamental.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Thiago Ferrare
Bolsista CNPQ
Havia um sentido para que Policarpo11 abandonasse a profissão de relojoeiro: “os relógios
deste mundo não marcam a mesma hora” (ASSIS, 1997, p. 6). O caráter abstrato da marcação
do tempo é visto pelo narrador como promessa de objetividade – “a única explicação dos
relógios era serem iguaizinhos” (ASSIS, 1997, p. 6) A surpresa lhe vem da percepção de que
a concretude das vivências determina a experiência temporal. Não há tempo abstrato, a
história não existe enquanto pura forma. A concretude das vivências subjetivas determina a
compreensão do mundo social, daí a necessidade de se pensar a distância que separa a
imparcialidade do tempo de relógio e a verdade das experiências concretas: “tão certo pode
ser o meu relógio, como o do meu barbeiro” (ASSIS, 1997, p. 6); não são iguaizinhos. Pode
ser não é relativismo. Uma estratégia de elucidação deste ponto nos vem da análise e crítica
da noção de fato do pluralismo razoável. A externalidade entre diferentes concepções de bem
impele a teoria política liberal à aproximação entre razoabilidade e verdade. O espaço público
é delimitado por critérios constitucionais de razoabilidade para além dos quais não se
caminha: juízos enfáticos de validade se perdem na indiferenciação das vivências diante da
história. Se a razoabilidade é o critério suficiente para as demandas por justiça, a verdade se
dilui na relatividade das concepções de bem. O ponto é: a retórica relativista do liberalismo
esvazia a política. O motivo? O não conhecimento da razão pela qual Policarpo mudou de
profissão: os relógios do mundo não marcam a mesma hora. Compreendida nos marcos do
pluralismo razoável, a sociedade civil é um vazio de narrativas concretas. As diferentes
11
Policarpo é o narrador de uma série de crônicas de Machado de Assis. Sobre a mudança de profissão do
personagem, veja-se Sidney Chalhoub: “Policarpo era um antigo relojoeiro que havia descrido do ofício. O
motivo da decepção fora a constatação de que os relógios deste mundo não marcam a mesma hora. Segundo o
ex-relojoeiro, a única explicação dos relógios era serem iguaizinhos, sem discrepância; desde que discrepam,
fica-se sem saber nada. Decepcionado com a impossibilidade de precisão e objetividade num ofício onde tais
requisitos pareciam indispensáveis, Policarpo tornou-se cronista, uma atividade cuja parcialidade e caráter
subjetivo podiam ser explicitados até de forma desabusada”. In: CHALHOUB (1996, P. 180).
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
concepções de bem se isolam em posições sociais que não se situam no tempo histórico. “Em
todas as lutas, estou sempre do lado do vencedor” (ASSIS, 1997, p. 11): a histórias tem lados
e o liberalismo político não leva isso a sério.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Uriel Nascimento
LACAN: TEÓRICO DA ANGÚSTIA, TEÓRICO DA INDETERMINAÇÃO
Programa de pós graduação em filosofia da PUCRIO
Orientador: Pedro Duarte
Bolsista: CNPq
Usualmente pensada de maneiras distintas como uma saída para o capitalismo ou para o
“identitarismo” por ele gerado, a indeterminação parece ser a única solução possível que
nos resta nos tempos atuais. Pensadores tão distintos quanto os românticos de Jena em
seus fragmentos e Foucault em sua leitura de Kant sugerem que não há outro caminho
que não alguma figuração daquilo é irredutível a apenas uma identidade e que, por isso,
se configura como um híbrido ou como algo que nunca se atualiza completamente. Para
além de meramente afirmar, alguns autores levam tal compreensão à consumação
máxima quando a performatizam quer na forma da escrita, quer nas disciplinas com as
quais escolhem dialogar. Propoem, assim, a indeterminação como um caminho, pois
que errar, no duplo sentido do termo, parece ser a solução mais frutífera. Posto isso,
buscamos pensar em que medida há verdade nessas proposições, tomando por base
crítica-expositiva o conceito lacaniano de angústia, por ser ele o momento no qual o
autor se debruça sobre o indeterminado. Para Lacan, se a angústia é o indeterminado e é,
ao mesmo tempo, o único afeto que não engana, é também aquele que não pode ser
sustentado, sendo antes passagem e motor, não meta. Nesse sentido, se a angústia é o
leitmotiv da clínica e da teoria lacanianas, é também o momento no qual fica claro que
algo falha e, portanto, é uma etapa a ser ultrapassada. Por ser o afeto índice da inscrição
do sujeito entre o já não mais ser e o ainda não ser, sua emergência é também o
momento revelador do encontro do sujeito com um nada que já se soube algo e que
consegue, ainda, vislumbrar um projeto. Trata-se, aí, de algo que desestabiliza na
medida em que deve sua existência à ausência de estabilidade. Porque pensa um sujeito
(ainda que do inconsciente), Lacan não pode nunca abandonar de vista a manutenção de
sua constituição, ou seja, não pode nunca pensar uma atitude de recusa completa e
permanente da identidade e dos fundamentos (como certa leitura do romantismo ou o
Foucault parecem sugerir). A exposição buscará tornar claro como esse é o motivo pelo
qual o psicanalista elege a angústia como momento e motor, mas nunca como telos em
sua teoria psicanalítica e buscará, também, apontar como um equilíbrio tenso entre
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
identidade e não-identidade (à la Hegel) é também uma possibilidade de solução ao
identitarismo.
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Verena Seelaender da Costa
Bolsista CAPES
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Victor C. F. Rodrigues
12
LUKÁCS. G. “El Asalto a la Razón.” Trad. Castelhana, México, 1959. p. 3 (Tradução minha)
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Victor Galdino Alves de Souza
OUTRAS FILOSOFIAS, OUTRAS UNIVERSIDADES: PARTILHA DO
IMAGINÁRIO E ORGANIZAÇÃO DA VIDA.
Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) UFRJ
Orientadora: Carla Rodrigues (PPGF/UFRJ)
Agência de fomento: FAPERJ
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Wagner de Moraes Pinheiro
A KRISIS E O DEPURAR DO JULGAR
Orientadora: Taís Silva Pereira
PPFEN CEFET/RJ
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Caderno de Resumos da XIII Semana PPGFIL UERJ, Abril 2017
Wallace Lopes Silva
O pensamento é música, condição estética para que as rosas falem. Para entrar nesta
condição cenográfica da poeticidade deste jardim, é preciso ouvir a música da terra e
dos ventos. Isto é o ato primeiro. Desde tempos idos o universo, a vida e o mundo,
foram cantados pelos poetas. Entretanto, há um espanto extraordinário entre Cartola e as
rosas, uma abertura do pensamento, um chamamento, e ali que se faz o estado de
poeticidade do mundo. Tudo neste Jardim está na véspera de um acontecimento, num
lugar, numa morada do vira- ser. O tema aqui é o disfarce do pensamento enquanto rosa.
É ali que se faz o estágio emergencial do mundo. Nada está fora do lugar. Somente
Cartola, que mergulha numa atmosfera de embriaguez do perfume metafisico das rosas.
O poeta interrompe o silencio do mundo, age nas palavras para fazer o real se mostrar.
O real, não se mostra para os homens surdos e cegos pela técnica no espaço. Homens
que foram apartados do conjunto do real. O divino da beleza, não se faz mais presente.
Tivemos uma cisão antropológica entre homem-natureza e homem-técnica. De algum
modo no curso da história da metafisica ocidental, a filosofia criou imagens, disfarces e
forjou estratégias para que o pensamento pudesse sobreviver e cantar, e encantar a vida.
Vida, sendo uma questão vital, poética e necessária para as potencialidades do que faz o
pensar, pensar. A imagem do pensamento se disfarçou de rosa para suportarmos a
beleza. Poesiapensamento são matérias quânticas, celulares e orgânicas do átomo do
pensamento do filósofo negro Cartola.
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Wands Salvador Pessin
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reboque de sua cisão moral. Em outros termos, a univocidade tradicional entre os ideais
de Bem e comunidade política restou cindida. Daí nosso postulado no sentido de uma
redescrição do conceito, apontando-se o surgimento de outra ideia moral fundamental,
que definimos como “bem do comum”, em distinção à concepção tradicional de bem
comum. Com essa distinção espera-se melhor convergência parcial (substancial ou
procedimental) à noção de algo comum, sobretudo em seu aspecto político, dadas as
concepções diversas e até conflitantes de vida boa. Conjuga-se, assim, a independência
da sociedade política em relação a quaisquer moralidades abrangentes, inclusive a
doutrina do bem comum, e a influência que essas moralidades exercem sobre essa
mesma sociedade. A partir desse distanciamento das particularidades, ingressa-se num
jogo de atrações à abertura ao diálogo a partir mesmo do confronto entre moralidades.
Essa proximidade pública entre moralidades independe de uma moralidade particular
singular. Isso não significa que não dependa de certo arranjo entre moralidades
particulares que nutram ideias como cooperação, respeito e tolerância. Mas esse arranjo
também é relativamente aberto a redescrições.
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Wescley Fernandes Araujo Freire
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conteúdos religiosos para a compreensão da modernidade e do papel da religião na
esfera pública das sociedades pós-seculares, tema de obras e textos como Dialektik der
Säkularisierung (2005), Zwischen Naturalismus und Religion (2005) e
Nachmetaphysisches Denken II (2012). A meu ver, o revisionismo da Teoria Crítica da
religião habermasiana é posto à prova em função tanto da possibilidade quanto da
institucionalização da tradução dos potenciais semântico-normativos dos conteúdos
religiosos, dado o “fraco teor” institucional-normativo do conceito de esfera pública,
obstáculo ao processo de aprendizagem social da solidariedade civil.
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Wilker de Carvalho Marques
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William Mattioli
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