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COMPUTAÇÃO NA NUVEM

Computação Na Nuvem

Computação Na Nuvem - Cloud Computing

Computação Em Nuvem

O conceito de computação em nuvem (em inglês, cloud computing) refere-se à utilização


da memória e da capacidade de armazenamento e cálculo
de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet, seguindo o
princípio da computação em grade.

O armazenamento de dados é feito em serviços que poderão ser acessados de qualquer lugar do
mundo, a qualquer hora, não havendo necessidade de instalação de programas ou de armazenar
dados. O acesso a programas, serviços e arquivos é remoto, através da Internet - daí a alusão à
nuvem. O uso desse modelo (ambiente) é mais viável do que o uso de unidades físicas.

Num sistema operacional disponível na Internet, a partir de qualquer computador e em qualquer lugar,
pode-se ter acesso a informações, arquivos e programas num sistema único, independente de
plataforma. O requisito mínimo é um computador compatível com os recursos disponíveis na Internet.
O PC torna-se apenas um chip ligado à Internet — a "grande nuvem" de computadores — sendo
necessários somente os dispositivos de entrada (teclado, rato/mouse) e saída (monitor).

Corrida Pela Tecnologia

Empresas como Amazon, Oracle, Google, IBM e Microsoft foram as primeiras a iniciar uma grande
ofensiva nessa "nuvem de informação" (information cloud), que especialistas consideram uma "nova
fronteira da era digital". Aos poucos, essa tecnologia vai deixando de ser utilizada apenas em
laboratórios para ingressar nas empresas e, em breve, em computadores domésticos.

O primeiro serviço na Internet a oferecer um ambiente operacional para os usuários—antigamente,


disponível no endereço www.webos.org—foi criado por um estudante sueco, Fredrik Malmer,
utilizando as linguagens XHTML e Javascript.

Em 1999, foi criada nos EUA a empresa WebOS Inc., que comprou os direitos do sistema de Fredrik
e licenciou uma série de tecnologias desenvolvidas nas universidades do Texas, Califórnia e Duke.

Tipologia

Atualmente, a computação em nuvem é dividida em sete tipos:

IaaS - Infrastructure as a Service ou Infraestrutura como Serviço (em português): quando se utiliza
uma percentagem de um servidor, geralmente com configuração que se adeque à sua necessidade.
(p. Ex.: Softlayer)

PaaS - Plataform as a Service ou Plataforma como Serviço (em português): utilizando-se apenas
uma plataforma como um banco de dados, um web-service, etc. (p.ex.: IBM Bluemix, Windows Azure
e Jelastic).

DaaS - Development as a Service ou Desenvolvimento como Serviço (em português): as


ferramentas de desenvolvimento tomam forma na computação em nuvem como ferramentas
compartilhadas, ferramentas de desenvolvimento web-based e serviços baseados em mashup.

SaaS - Software as a Service ou Software como Serviço (em português): uso de um software em
regime de utilização web (p.ex.: Google Docs , Microsoft SharePointOnline).

CaaS - Communication as a Service ou Comunicação como Serviço (em português): uso de uma
solução de Comunicação Unificada hospedada em Data Center do provedor ou fabricante
(p.ex.: Microsoft Lync).

EaaS - Everything as a Service ou Tudo como Serviço (em português): quando se utiliza tudo,
infraestrurura, plataformas, software, suporte, enfim, o que envolve T.I.C. (Tecnologia da Informação
e Comunicação) como um Serviço.

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DBaas - Data Base as a Service ou Banco de dados como Serviço (em português): quando utiliza a
parte de servidores de banco de dados como serviço.

SECaaS - Security as a Service - ou Segurança como Serviço (em português): Se utiliza


ferramentas de segurança como serviço.

Serviços Oferecidos

Os seguintes serviços atualmente são oferecidos por empresas:

Servidor Cloud

Hospedagem de Sites em Cloud

Load Balancer em Cloud

Email em Cloud

Característica De Computação Em Nuvem

Provisionamento dinâmico de recursos sob demanda, com mínimo de esforço;

Escalabilidade;

Uso de "utility computing", onde a cobrança é baseada no uso do recurso ao invés de uma taxa fixa;

Visão única do sistema;

Distribuição geográfica dos recursos de forma transparente ao usuário.

Modelo De Implantação

No modelo de implantação, dependemos das necessidades das aplicações que serão


implementadas. A restrição ou abertura de acesso depende do processo de negócios, do tipo de
informação e do nível de visão desejado. Percebemos que certas organizações não desejam que
todos os usuários possam acessar e utilizar determinados recursos no seu ambiente de computação
em nuvem. Segue abaixo a divisão dos diferentes tipos de implantação:

Nuvem Privada

As nuvens privadas são aquelas construídas exclusivamente para um único usuário (uma empresa,
por exemplo). Diferentemente de um data center privado virtual, a infraestrutura utilizada pertence ao
usuário, e, portanto, ele possui total controle sobre como as aplicações são implementadas na
nuvem. Uma nuvem privada é, em geral, construída sobre um data center privado.

Nuvem Pública

Uma nuvem é chamada de "nuvem pública" quando os serviços são apresentados por meio de uma
rede que é aberta para uso público. Serviços de nuvem pública podem ser livres. Tecnicamente pode
haver pouca ou nenhuma diferença entre a arquitetura de nuvem privada e pública, entretanto,
considerações de segurança podem ser substancialmente diferentes para os serviços (aplicações,
armazenamento e outros recursos) que são disponibilizados por um provedor de serviços para um
público e quando a comunicação é afetada sobre uma rede não confiável. Geralmente, provedores de
serviços de nuvem pública como a Amazon AWS, Microsoft e Google possuem e operam a
infraestrutura em seus centros de dados e o acesso geralmente é feito por meio da Internet. A AWS e
a Microsoft também oferecem serviços conectados diretamente chamados "AWS Direct Connect" e
"Azure ExpressRoute" respectivamente. Tais conexões necessitam que os clientes comprem ou
aluguem uma conexão privada ao um ponto de troca de tráfego oferecido pelo provedor de nuvem.

As aplicações de diversos usuários ficam misturadas nos sistemas de armazenamento, o que pode
parecer ineficiente a princípio. Porém, se a implementação de uma nuvem pública considera questões
fundamentais, como desempenho e segurança, a existência de outras aplicações sendo executadas

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na mesma nuvem permanece transparente tanto para os prestadores de serviços como para os
usuários.

Nuvem Híbrida

Nas nuvens híbridas temos uma composição dos modelos de nuvens públicas e privadas. Elas
permitem que uma nuvem privada possa ter seus recursos ampliados a partir de uma reserva de
recursos em uma nuvem pública. Essa característica possui a vantagem de manter os níveis de
serviço mesmo que haja flutuações rápidas na necessidade dos recursos. A conexão entre as nuvens
pública e privada pode ser usada até mesmo em tarefas periódicas que são mais facilmente
implementadas nas nuvens públicas, por exemplo. O termo computação em ondas é, em geral,
utilizado quando se refere às nuvens híbridas.

Vantagens

A maior vantagem da computação em nuvem é a possibilidade de utilizar softwares sem que estes
estejam instalados no computador. Mas há outras vantagens:

Na maioria das vezes o usuário não precisa se preocupar com o sistema operacional e hardware que
está usando em seu computador pessoal, podendo acessar seus dados na "nuvem computacional"
independentemente disso;

As atualizações dos softwares são feitas de forma automática, sem necessidade de intervenção do
usuário;

O trabalho corporativo e o compartilhamento de arquivos se tornam mais fáceis, uma vez que todas
as informações se encontram no mesmo "lugar", ou seja, na "nuvem computacional";

Os softwares e os dados podem ser acessados em qualquer lugar, basta apenas que haja acesso à
Internet, não são mais restritos ao ambiente local de computação, nem dependem da sincronização
de mídias removíveis.

o usuário tem um melhor controle de gastos ao usar aplicativos, pois a maioria dos sistemas de
computação em nuvem fornece aplicações gratuitamente e, quando não gratuitas, são pagas
somente pelo tempo de utilização dos recursos. Não é necessário pagar por uma licença integral de
uso de software;

diminui a necessidade de manutenção da infraestrutura física de redes locais cliente/servidor, bem


como da instalação dos softwares nos computadores corporativos, pois esta fica a cargo do provedor
do software em nuvem, bastando que os computadores clientes tenham acesso à Internet;

a infraestrutura necessária para uma solução de computação em nuvem é bem mais enxuta do que
uma solução tradicional de hospedagem ou alojamento, consumindo menos energia, refrigeração e
espaço físico e consequentemente contribuindo para a preservação e o uso racional dos recursos
naturais.

Desvantagens

A maior desvantagem da computação em nuvem vem fora do propósito desta, que é o acesso a
internet. Caso você perca o acesso, comprometerá todos os sistemas embarcados.

Velocidade de processamento: caso seja necessário uma grande taxa de transferência, se a internet
não tiver uma boa banda, o sistema pode ser comprometido. Um exemplo típico é com mídias digitais
ou jogos;

Assim como todo tipo de serviço, ele é custeado.

Gerenciamento da segurança da informação na nuvem

Sete princípios de segurança em uma rede em nuvem:

Acesso privilegiado de usuários - A sensibilidade de informações confidenciais nas empresas

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obriga um controle de acesso dos usuários e informação bem específica de quem terá privilégio de
administrador, para que então esse administrador controle os acessos

Compliance com regulamentação - As empresas são responsáveis pela segurança, integridade e a


confidencialidade de seus próprios dados. Os fornecedores de computação em nuvem devem estar
preparados para auditorias externas e certificações de segurança.

Localização dos dados - A empresa que usa cloud provavelmente não sabe exatamente onde os
dados estão armazenados, talvez nem o país onde as informações estão guardadas. O fornecedor
deve estar disposto a se comprometer a armazenar e a processar dados em jurisdições específicas,
assumindo um compromisso em contrato de obedecer os requerimentos de privacidade que o país de
origem da empresa pede.

Segregação dos dados - Geralmente uma empresa divide um ambiente com dados de diversos
clientes. Procure entender o que é feito para a separação de dados, que tipo de criptografia é segura
o suficiente para o funcionamento correto da aplicação.

Recuperação dos dados - O fornecedor em cloud deve saber onde estão os dados da empresa e o
que acontece para recuperação de dados em caso de catástrofe. Qualquer aplicação que não replica
os dados e a infra-estrutura em diversas localidades está vulnerável a falha completa. Importante ter
um plano de recuperação completa e um tempo estimado para tal.

Apoio à investigação - A auditabilidade de atividades ilegais pode se tornar impossível na


computação em nuvem uma vez que há uma variação de servidores conforme o tempo onde estão
localizados os acessos e os dados dos usuários. Importante obter um compromisso contratual com a
empresa fornecedora do serviço e uma evidência de sucesso no passado para esse tipo de
investigação.

Viabilidade em longo prazo - No mundo ideal, o seu fornecedor de computação em nuvem jamais
vai falir ou ser adquirido por uma empresa maior. A empresa precisa garantir que os seus dados
estarão disponíveis caso o fornecedor de computação em nuvem deixe de existir ou seja migrado
para uma empresa maior. Importante haver um plano de recuperação de dados e o formato para que
possa ser utilizado em uma aplicação substituta.

Desenho entre os documentos - Nuvem do Google com a face sorrindo ironicamente que irritou aos
engenheiros do Google

Revelações Da Vigilância Pela NSA

Em outubro de 2013 a imprensa publicou, com base nos documentos revelados por Edward
Snowden, que através do Programa MUSCULAR, o GCHQ britânico e a NSA secretamente invadiram
os principais enlaces de comunicação dos centros de processamento de dados do Yahoo! e
do Google ao redor do mundo, tendo acesso aos dados da nuvem de ambos

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Um dos slides de uma apresentação da NSA sobre o programa mostra como este funciona e
apresenta um rosto com um sorriso indicando o sucesso da NSA em invadir os sistemas alvo. Em
palestra em abril de 2014, o jornalista Barton Gellman disse que quando os engenheiros do Google
viram o slide, responderam furiosamente ao ataque ao sistema do Google. Foi também este slide um
dos fatores importantes em convencer o jornal Washington Post da necessidade e importância de
publicar os documentos revelados por Edward Snowden .

Dúvidas

Arquitetura em nuvem é muito mais que apenas um conjunto (embora massivo)


de servidores interligados. Requer uma infraestrutura de gerenciamento desse grande fluxo de dados
que incluem funções para aprovisionamento e compartilhamento de recursos computacionais,
equilíbrio dinâmico do workload e monitoração do desempenho.

Embora a novidade venha ganhando espaço, ainda é cedo para dizer se dará certo ou não. Os
arquivos são guardados na web e os programas colocados na nuvem computacional - e não nos
computadores em si - são gratuitos e acessíveis de qualquer lugar. Mas a ideia de que 'tudo é de
todos e ninguém é de ninguém' nem sempre é algo bem visto.

O fator mais crítico é a segurança, considerando que os dados ficam “online” o tempo todo.

Sistemas Atuais

Os sistemas operacionais para Internet mais utilizados são:

Google Chrome OS: Desenvolvido pela Google, já incorporado nos Chromebooks, disponíveis desde
15 de junho de 2011. Trabalha com uma interface diferente, semelhante ao do Google Chrome, em
que todas as aplicações ou arquivos são salvos na nuvem e sincronizados com sua conta do Google,
sem necessidade de salvá-los no computador, já que o HD dos dois modelos
de Chromebooks anunciados contam com apenas 16gb de HD.

Joli Os: desenvolvido por Tariq Krim, o ambiente de trabalho chamado jolicloud usa tanto aplicativos
em nuvem quanto aplicativos offline, baseado no ubuntu notebook remix, já tem suporte a vários
navegadores como google chrome, safari, firefox, e está sendo desenvolvido para funcionar no
android.

YouOS: desenvolvido pela empresa WebShaka, cria um ambiente de trabalho inspirado nos sistemas
operacionais modernos e utiliza a linguagem Javascript para executar as operações. Ele possui um
recurso semelhante à hibernação no MS-Windows XP, em que o usuário pode salvar a área de
trabalho com a configuração corrente, sair do sistema e recuperar a mesma configuração
posteriormente. Esse sistema também permite o compartilhamento de arquivos entre os usuários.
Além disso, possui uma API para o desenvolvimento de novos aplicativos, sendo que já existe uma
lista de mais de 700 programas disponíveis. Fechado pelos desenvolvedores em 30 de julho de 2008;

DesktopTwo: desenvolvido pela empresa Sapotek, tem como pré-requisito a presença do utilitário
Flash Player para ser utilizado. O sistema foi desenvolvido para prover todos os serviços necessários
aos usuários, tornando a Internet o principal ambiente de trabalho. Utiliza a linguagem PHP como
base para os aplicativos disponíveis e também possui uma API, chamada Sapodesk, para o
desenvolvimento de novos aplicativos. Fechado para desenvolvedores;

G.ho.st: Esta sigla significa “Global Hosted Operating SysTem” (Sistema Operacional Disponível
Globalmente), tem como diferencial em relação aos outros a possibilidade de integração com outros
serviços como: Google Docs, Meebo, ThinkFree, entre outros, além de oferecer suporte a vários
idiomas;

eyeOS: Este sistema está sendo desenvolvido por uma comunidade denominada EyeOS Team e
possui o código fonte aberto ao público. O objetivo dos desenvolvedores é criar um ambiente com
maior compatibilidade com os aplicativos atuais, MS-Office e OpenOffice. Possui um abrangente
conjunto de aplicativos, e o seu desenvolvimento é feito principalmente com o uso da linguagem PHP.

iCloud: Sistema lançado pela Apple em 2011, é capaz de armazenar até 5 GB de fotos, músicas,

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documentos, livros e contatos gratuitamente, com a possibilidade de adquirir mais espaço em disco
(pago).

Ubuntu One: Ubuntu One é a suíte que a Canonical (Mantenedora da distribuição Linux Ubuntu) usa
para seus serviços online. Atualmente com o Ubuntu One é possível fazer backups, armazenamento,
sincronização e compartilhamento de arquivos e vários outros serviços que a Canonical adiciona para
oferecer mais opções e conforto para os usuários.

IBM Smart Business: Sistema da IBM que engloba um conjunto de serviços e produtos integrados em
nuvem voltados para a empresa. O portfólio incorpora sofisticada tecnologia de automação e
autosserviço para tarefas tão diversas como desenvolvimento e teste de software, gerenciamento de
computadores e dispositivos, e colaboração. Inclui o Servidor IBM CloudBurst server (US) com
armazenamento, virtualização, redes integradas e sistemas de gerenciamento de serviço embutidos.

Dropbox: Dropbox é um sistema de armazenamento em nuvem que inicia-se gratuitamente com 2gb
e conforme indica amigos o espaço para armazenamento de arquivos cresce até 50gb. Também tem
opções pagas com maior espaço.

OneDrive: Serviço de armazenamento em nuvem da Microsoft com 5gb free e com a possibilidade de
adquirir mais espaço. Tem serviços sincronizados com o windows 8, windows phone e Xbox.

No Brasil

No Brasil, a tecnologia de computação em nuvem é muito recente, mas está se tornando madura
muito rapidamente. Empresas de médio, pequeno e grande porte estão adotando a tecnologia
gradativamente. O serviço começou a ser oferecido comercialmente em 2008 e em 2012, ocorreu
uma grande adoção.

A empresa Katri foi a primeira a desenvolver a tecnologia no Brasil, em 2002, batizando-a IUGU.
Aplicada inicialmente no site de busca de pessoas físicas e jurídicas Fonelista. Durante o período em
que esteve no ar, de 2002 a 2008, os usuários do site puderam comprovar a grande diferença de
velocidade nas pesquisas proporcionada pelo processamento paralelo.

Em 2009, a tecnologia evoluiu muito,[carece de fontes] e sistemas funcionais desenvolvidos no início da


década já passam de sua 3ª geração, incorporando funcionalidades e utilizando de tecnologias como
"índices invertidos" (inverted index).

No ambiente acadêmico o Laboratório de Redes e Gerência da UFSC foi um dos pioneiros a


desenvolver pesquisas em Computação em Nuvem publicando artigos sobre segurança, IDS
(Intrusion Detection Systems) e SLA (Service Level Agreement) para computação em nuvem. Além
de implantar e gerenciar uma nuvem privada e computação em nuvem verde.

Nuvens Públicas

Existem pouco menos de 10 empresas ofertantes do serviço em nuvens públicas (que podem ser
contratadas pela internet em estrutura não privativa e com preços e condições abertas no site) com
servidores dentro do Brasil e com baixa latência. A maioria utiliza tecnologia baseada
em Xen, KVM, VMWare, Microsoft Hypervisor.

O Que É Cloud Computing? Entenda A Sua Definição E Importância

Mover os aplicativos para a nuvem. Gerenciar os sistemas na nuvem. Armazenar os arquivos na


nuvem. Hoje em dia parece que tudo acontece "na nuvem". Mas o que é exatamente este conceito
nebuloso? A resposta rápida: a nuvem é algum lugar do outro lado da sua conexão de internet. Um
lugar onde você pode acessar aplicativos e serviços, e onde os seus dados são armazenados de
forma segura.

Cloud computing, ou computação em nuvem, revolucionou a forma como as empresas e as pessoas


consomem tecnologia por três motivos:

Não é necessário nenhum esforço da sua parte para gerenciar ou dar manutenção em aplicativos.

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A nuvem é efetivamente infinita em tamanho, portanto você não precisa se preocupar em ficar sem
capacidade.

Você pode acessar aplicações e serviços baseados na nuvem de qualquer lugar -- tudo o que você
precisa é de um dispositivo conectado à internet.

Uma Breve História De Cloud Computing

As raízes da Internet estão na década de 60, mas a sua relevância para os negócios só começou a
ser percebida no início dos anos 90. A World Wide Web nasceu em 1991 e, em 1993, um browser
chamado Mosaic foi lançado, permitindo que os usuários visualizassem páginas de texto com
gráficos. Isso fomentou a criação dos primeiros websites corporativos e, não surpreendentemente, a
maior parte deles era de empresas de computação e tecnologia.

Conforme as conexões de Internet se tornaram mais rápidas e confiáveis, um novo tipo de empresa,
chamada de ASP (Application Service Provider ou provedor de serviços de aplicações), começou a
surgir. Os ASPs gerenciavam aplicações de negócios já existentes para os seus clientes. Estas
empresas adquiriam poder computacional e adminstravam as aplicações para seus clientes que
então pagavam uma taxa mensal para acessar as aplicações por Internet.

Mas não foi até o final da década de 90 que cloud computing como conhecemos hoje começou a
surgir. Foi neste período que a Salesforce introduziu no mercado sua aplicação de CRM desenhada
especificamente para:

ser executada na "nuvem";

ser acessada pela Internet por meio de um navegador web;

ser usada por um alto volume de clientes simultaneamente com custo baixo.

Desde então a nuvem cresceu sem parar. Em 2013, o investimento mundial em serviços baseados na
nuvem chegou a 47 bilhões de dólares. E este número está projetado para dobrar e ultrapassar os
100 bilhões de dólares em 2018 conforme as empresas aumentem seus investimentos em serviços
na nuvem como a fundação de seus produtos novos e mais competitivos.

Curiosidade: desde os anos 80, quando a internet ainda nem pensava em se tornar o que é hoje, as
pessoas já faziam muitos downloads. Esse jargão da tecnologia significa, em uma tradução livre, algo
como “descarregar para baixo”; ou seja, desde os primórdios da computação, as pessoas traziam
seus arquivos "de cima". Afinal, o que sempre esteve no nível mais alto sempre foram as nuvens.

Como Funciona A Computação Na Nuvem?

Muitas pessoas ainda acham que o conceito de cloud computing é algo difícil de entender e
complicado. Porém, praticamente tudo que você consome atualmente na Internet — redes sociais,
armazenamento de arquivos, streaming de vídeo e música — provém de aplicativos e serviços
baseados na nuvem.

A ideia de guardar arquivos em uma “entidade tecnológica” chamada nuvem surge do fato de que não
se sabe exatamente onde os dados estão sendo armazenados ou processados. Eles podem estar em
um servidor aqui mesmo no Brasil, do outro lado do mundo, no Japão, ou ainda nos dois locais ao
mesmo tempo, um sendo cópia de segurança do outro. O verdadeiro advento é conseguir acessar
esses dados pela internet, de qualquer lugar do mundo, mesmo que estejam armazenados a
quilômetros de distância.

Como eles não estão em lugar fixo (como um servidor local na empresa, por exemplo), é possível que
várias pessoas, de diversos locais, consigam interagir com aquele conteúdo guardado na nuvem,
desde que tenham acesso autorizado e autenticado para tal. A atualização desses arquivos e
processos também acontece em tempo real, já que estão conectados a internet, além da criação de
backups periódicos.

Ainda existe a opção de adaptar os serviços disponibilizados na nuvem de acordo com a


necessidade. Um exemplo comum e bem recorrente deste tipo de ação é aumentar o processamento

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de uma loja de comércio eletrônico quando ocorre alguma promoção ou data comemorativa. Desta
forma, a empresa não fica limitada em momentos esporádicos e, ao mesmo tempo, não tem os
custos de muitos servidores e computadores locais, que ficariam sem uso na maior parte do tempo.

CRM Na Nuvem E Sua Importância

Se o Pequeno Príncipe fosse um empreendedor moderno, provavelmente ele saberia muito bem
como usar técnicas de CRM — afinal, ele sabe bem a importância de cativar as pessoas com quem
ele se relaciona. Um dos fundamentos de CRM é coletar o maior número de informações sobre o
cliente (incluindo seus contatos diretos com o negócio) e centralizá-los em um sistema para que se
forme um panorama individual sobre o consumidor, permitindo um tratamento personalizado para a
resolução de seus problemas. Se um procedimento assim já é eficiente quando é limitado a um
servidor físico, ele se torna ainda mais eficaz quando está conectado à nuvem.

A capacidade de acesso remoto viabilizada por cloud computing permite ao CRM ter uma
versatilidade imensa, principalmente quando se tem uma equipe fragmentada para usufruir dessas
informações, como uma equipe de vendas. As informações de cada cliente podem ser acessadas por
notebooks ou aplicativos móveis, por exemplo, enquanto o funcionário está viajando ou fazendo uma
visita, dando flexibilidade ao processo como um todo.

É sempre bom lembrar que a nuvem permite ser aumentada ou reduzida de acordo com as
exigências da sua empresa, permitindo o acesso de pequenas e médias empresas a esses sistemas
de gerenciamento de clientes sem gastar muito, reduzindo custos e focando o potencial humano no
que realmente importa: os consumidores e sua relação com o negócio. Além disso, por já estar na
nuvem, ela consegue integrar-se a outros sistemas cloud facilmente, característica fundamental de
um software dessa linha.

Qual A Utilidade Da Nuvem Para Os Negócios?

Existem diversos benefícios de cloud computing para as empresas. Redução de investimentos em


infraestrutura, menor necessidade de equipes especialistas que não sejam relacionados ao seu
negócio e flexibilidade de crescimento são alguns deles.

A ideia não é apenas colocar arquivos na internet e acessá-los de qualquer local e de qualquer
dispositivo, por exemplo. Estar na nuvem significa transformar algo que ficaria restrito a um servidor
e/ou espaço físico em algo que pode se construir de forma colaborativa, por meio do conhecimento e
das ações de diversas pessoas. Centralizar o sistema de sua empresa nesse sistema tem, como
consequência direta, a integração das diferentes áreas da empresa e o aumento da eficácia dos
projetos, consequências da transformação digital.

A computação na nuvem também é útil para cortar gastos e transformar um capital que ficaria parado
como servidores quebrados ou inutilizados em investimento em outras áreas. Tudo na nuvem é
contratado como serviços, de softwares básicos a infraestruturas completas de TI. Você paga apenas
pelo que você usa, sem gastos adicionais com manutenção e afins, possibilitando uma implantação
mais fácil, independente do tamanho ou das pretensões da sua empresa.

Aliás, desapegar do físico não é sinônimo de perder a segurança dos seus dados — ao contrário do
que se pensa, é provável que eles fiquem mais protegidos e mais fáceis de serem recuperados.
Enquanto os backups de um sistema convencional, muitas vezes, são feitos em mídias físicas, que
precisam ser novamente carregadas manualmente, algumas técnicas de nuvem são capazes de fazer
isso automaticamente e de forma criptografada. Outro exemplo, se acontece algum problema em um
servidor em um ponto do globo, os usuários são automaticamente redirecionados para acessar uma
cópia em outro ponto.

As 7 Vantagens Da Opção Pela Nuvem

Pague Apenas Pelo Que Usar

Como todos os sistemas de cloud computing são vendidos como serviços, você vai pagar apenas
pela quantidade de armazenamento e processamento que utilizar; ou seja, nada mais de custos com
verdadeiras parafernálias computacionais que podem ficar paradas por um bom tempo até que a

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demanda apareça. Seja você gerente de uma pequena empresa ou de uma multinacional, a nuvem
vai se adaptar ao seu negócio — e, claro, vai cobrar o justo por isso.

Tenha O Melhor Sem Pagar A Mais Por Isso

Comprar a licença de uma nova versão de um software essencial para a empresa ou trocar os
servidores antigos por algo mais moderno: ao usar a nuvem, esses e outros gastos ficam por conta
do fornecedor. Você terá sempre as últimas atualizações de programas e hardware a sua disposição
para usar, sem precisar sequer se preocupar com isso.

Aumente Ou Diminua Conforme A Necessidade

Diferente de outras estratégias de TI, a computação na nuvem não é voltada a um único tipo de
empresa. Um mesmo serviço será eficiente tanto para pequenas, quanto grandes corporações,
graças ao poder de elasticidade da cloud computing. Você pode dobrar o processamento em horários
de pico ou reduzir à metade nos meses mais fracos de vendas, por exemplo, com o simples apertar
de botão.

Acesse De Qualquer Lugar Do Mundo

Esqueça a ideia de ter que estar em um local físico determinado para acessar as informações de que
precisa. Com o advento da nuvem, todos os dados são acessíveis pela internet e podem ser
acessados de qualquer computador, notebook, tablet ou smartphone, desde que estejam conectados
a rede. Sua empresa estará sempre disponível, na palma da sua mão, flexibilizando ainda mais todas
as partes do seu negócio.

Centralize Sua Empresa Em Único Lugar

É difícil lidar com vários softwares diferentes, cada um com diferentes tipos de autenticação, formas
de acesso e, principalmente, modos de integração entre si. Com todos dentro da nuvem, é mais fácil
compor um sistema integrado, que consegue se relacionar ao ponto de dar as informações
necessárias para que a empresa consiga desempenhar bem as suas funções.

Saiba O Que Está Acontecendo

Como quase todos os sistemas na nuvem são automatizados, eles também armazenam várias
métricas sobre o que e, principalmente, como os serviços estão sendo utilizados. Essas informações
são essenciais para repensar as estratégias que a empresa vem tomando em seus processos
internos e, claro, são a base para possíveis mudanças de rota e de mentalidade, que levarão a uma
melhoria no negócio como um todo.

Recupere-Se Mais Rápido De Catástrofes

Muitas vezes, o ato de fazer cópias de segurança com qualidade e garantia é algo bem complicado —
e usá-las no momento que mais precisa delas é ainda mais conturbado. Os servidores dos
fornecedores de serviços de cloud computing, geralmente, são bem mais preparados para isso do
que a sua empresa. Além disso, se ocorre algum problema em um deles, seus acessos pela rede são
redirecionados rapidamente a outro, deixando tudo funcionando de novo.

Como Começar A Investir Em Cloud Computing?

Ótimo, então você já entendeu que a nuvem não é um bicho de sete cabeças, além de conhecer a
sua história, seu funcionamento e suas vantagens. Se seu próximo passo é levar agora a sua
empresa para o mundo da computação em nuvem.

Como tudo que precisa ser bem-feito, é necessário começar com um planejamento. Afinal, quais são
as prioridades que a sua empresa tem? São esses serviços essenciais que precisam ser privilegiados
nos primeiros investimentos com computação na nuvem.

Também é bom decidir quais sistemas você vai buscar na implantação; ou seja, você vai querer
softwares (SaaS), plataformas de desenvolvimento (PaaS) ou infraestruturas inteiras de TI (IaaS)

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como serviços na nuvem? Outra decisão importante de se tomar nos primeiros passos com essa
metodologia é decidir se você quer uma nuvem pública (totalmente acessada pela Internet), uma
nuvem privada (todos os benefícios da cloud computing em uma rede fechada) ou, ainda, uma nuvem
híbrida.

Depois disso, a ideia é encontrar o provedor de computação na nuvem que consegue atender melhor
às necessidades de sua empresa. Não no quesito tamanho, claro — já falamos bastante sobre a
elasticidade da nuvem —, mas quanto aos recursos e funções que você procura. Uma boa
criptografia e demais metodologias de segurança são pontos muito importantes nessa contratação,
assim como serviços de backup eficientes e, claro, um suporte técnico que esteja sempre disponível
para resolver eventuais problemas.

De toda forma, é sempre bom encarar a nuvem, no primeiro momento, como um ambiente de
experimentação e testes. Veja como a sua empresa reage ao usar tais sistemas, como eles podem
ser ainda mais melhorados e modificados para refletir a realidade do seu negócio e, assim, consolide,
aos poucos, ela como um dos pilares do seu sucesso.

O Que É Cloud Computing (Computação Nas Nuvens)?

A expressão cloud computing começou a ganhar força em 2008, mas, conceitualmente, as ideias
por trás da denominação existem há muito mais tempo. Também conhecida no Brasil
como computação nas nuvens ou computação em nuvem, a cloud computing se refere,
essencialmente, à noção de utilizarmos, em qualquer lugar e independente de plataforma, as mais
variadas aplicações por meio da internet com a mesma facilidade de tê-las instaladas em
computadores locais.

Mas o que exatamente isso quer dizer? Por que o conceito é tão importante nos dias de hoje? Quais
os seus benefícios? Há riscos associados? Com linguagem simples e abordagem introdutória, este
texto responde essas e outras perguntas relacionadas.

Entendendo A Cloud Computing (Computação Nas Nuvens)

Estamos habituados a armazenar arquivos e dados dos mais variados tipos e a utilizar aplicações de
maneira on premise, isto é, instaladas em nossos próprios computadores ou dispositivos. Em
ambientes corporativos, esse cenário muda um pouco: é relativamente comum empresas utilizarem
aplicações disponíveis em servidores que podem ser acessadas por qualquer terminal autorizado.

A principal vantagem do on premise está no fato de ser possível, pelo menos na maioria das vezes,
utilizar as aplicações mesmo sem acesso à internet ou à rede local. Em outras palavras, é possível
usar esses recursos de maneira off-line.

Por outro lado, no modelo on premise, todos os dados gerados ficam restritos a um único
equipamento, exceto quando há compartilhamento em rede, coisa que não é muito comum no
ambiente doméstico. Mesmo no ambiente corporativo, essa prática pode gerar algumas limitações,
como a necessidade de se ter uma licença de determinado software para cada computador, por
exemplo.

A evolução constante da tecnologia computacional e das telecomunicações está fazendo com que o
acesso à internet se torne cada vez mais amplo e rápido. Esse cenário cria a condição perfeita para a
popularização da cloud computing, pois faz com que o conceito se dissemine no mundo todo.

Com a cloud computing, muitos aplicativos, assim como arquivos e outros dados relacionados, não
precisam mais estar instalados ou armazenados no computador do usuário ou em um servidor
próximo. Esse conteúdo passa a ficar disponível nas nuvens, isto é, na internet.

Ao fornecedor da aplicação cabe todas as tarefas de desenvolvimento, armazenamento, manutenção,


atualização, backup, escalonamento, etc. O usuário não precisa se preocupar com nenhum desses
aspectos, apenas em acessar e utilizar.

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Nuvens representam uma abstração de recursos computacionais na internet - Imagem


por OpenClipart

Um exemplo prático dessa nova realidade é o Office Online, da Microsoft, serviço que dá acesso a
recursos básicos de edição de textos, apresentações de slides, entre outras funcionalidades, de
maneira completamente on-line. Tudo o que o usuário precisa fazer é criar uma conta e utilizar um
navegador de internet compatível, o que é o caso da maioria dos browsers da atualidade.

Algumas Características Da Cloud Computing

Tal como já informado, uma das vantagens da cloud computing é o acesso a aplicações a partir da
internet, sem que estas estejam instaladas em computadores ou dispositivos específicos. Mas, há
outros benefícios significativos:

- Na maioria dos casos, o usuário pode acessar as aplicações independente do seu sistema
operacional ou do equipamento usado;

- O usuário não precisa se preocupar com a estrutura para executar a aplicação - hardware,
procedimentos de backup, controle de segurança, manutenção, entre outros;

- Compartilhamento de informações e trabalho colaborativo se tornam mais fáceis, pois todos os


usuários acessam as aplicações e os dados do mesmo lugar: a nuvem;

- Dependendo do fornecedor, o usuário pode contar com alta disponibilidade: se um servidor parar de
funcionar, por exemplo, os demais que fazem parte da estrutura continuam a oferecer o serviço;

- O usuário pode contar com melhor controle de gastos. Muitas aplicações em cloud computing são
gratuitas e, quando é necessário pagar, o usuário só o faz em relação aos recursos que usar ou ao
tempo de utilização. Não é necessário, portanto, pagar por uma licença integral de uso, tal como é
feito no modelo tradicional de fornecimento de software;

- Dependendo da aplicação, o usuário pode precisar instalar um programa cliente em seu computador
ou dispositivo móvel. Mas, nesses casos, todo ou a maior parte do processamento (e até mesmo do
armazenamento de dados) fica por conta das "nuvens".

Note que, independente da aplicação, com a cloud computing o usuário não necessita conhecer toda
a estrutura que há por trás, ou seja, ele não precisa saber quantos servidores executam determinada
ferramenta, quais as configurações de hardware utilizadas, como o escalonamento é feito, onde está
a localização física do data center, enfim. O que importa é saber que a aplicação está disponível nas
nuvens.

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Software As A Service (SAAS)

Intimamente ligado à cloud computing está o conceito de Software as a Service (SaaS) ou, em bom
português, Software como Serviço. Em sua essência, trata-se de uma forma de trabalho em que o
software é oferecido como serviço, assim, o usuário não precisa adquirir licenças de uso para
instalação ou mesmo comprar computadores ou servidores para executá-lo. Nessa modalidade, no
máximo, paga-se um valor periódico - como se fosse uma assinatura - somente pelos recursos
utilizados e/ou pelo tempo de uso.

Para entender melhor os benefícios do SaaS, suponha que uma empresa que tem 20 funcionários
necessita de um software para gerar folha de pagamento. Há várias soluções prontas para isso no
mercado, no entanto, a empresa terá que comprar licenças de uso do software escolhido e,
dependendo do caso, até mesmo hardware para executá-lo. Muitas vezes, o preço da licença ou
mesmo dos equipamentos pode resultar em custo alto e não compatível com a condição de porte
pequeno da empresa.

Se, por outro lado, a companhia encontrar um fornecedor de software para folha de pagamento que
trabalha com o modelo SaaS, a situação pode ficar mais fácil: essa empresa poderá, por exemplo,
oferecer esse serviço por meio de cloud computing e cobrar apenas pelo número de funcionários e/ou
pelo tempo de uso. Com isso, o contratante paga um valor baixo pelo uso da aplicação. Além disso,
hardware, instalação, atualização, manutenção, entre outros, são tarefas que ficam por conta do
fornecedor.

Também é importante levar em conta que o intervalo entre a contratação do serviço e o início de sua
utilização é extremamente baixo, o que não aconteceria se o software tivesse que ser instalado nos
computadores do cliente - este só precisa se preocupar com o acesso ao serviço (no caso, uma
conexão à internet) ou, se necessário, com a simples instalação de algum recurso mínimo, como um
plugin no navegador de internet de suas máquinas.

Oracle e HP são dois exemplos de companhias que oferecerem soluções em SaaS: HP SaaS; Oracle
SaaS.

PaaS, DaaS, IaaS e TaaS

No mercado também há conceitos derivados do SaaS que são utilizados por algumas companhias
para diferenciar os seus serviços. São eles:

- Platform as a Service (PaaS): Plataforma como Serviço. Trata-se de um tipo de solução mais
amplo para determinadas aplicações, incluindo todos (ou quase todos) os recursos necessários à
operação, como armazenamento, banco de dados, escalabilidade (aumento automático da
capacidade de armazenamento ou processamento), suporte a linguagens de programação,
segurança e assim por diante;

- Database as a Service (DaaS): Banco de Dados como Serviço. O nome já deixa claro que essa
modalidade é direcionada ao fornecimento de serviços para armazenamento e acesso de volumes de
dados. A vantagem aqui é que o detentor da aplicação conta com maior flexibilidade para expandir o
banco de dados, compartilhar as informações com outros sistemas, facilitar o acesso remoto por
usuários autorizados, entre outros;

- Infrastructure as a Service (IaaS): Infraestrutura como Serviço. Parecido com o conceito de PaaS,
mas aqui o foco é a estrutura de hardware ou de máquinas virtuais, com o usuário tendo inclusive
acesso a recursos do sistema operacional;

- Testing as a Service (TaaS): Ensaio como Serviço. Oferece um ambiente apropriado para que o
usuário possa testar aplicações e sistemas de maneira remota, simulando o comportamento destes
em nível de execução.

Exemplos De Aplicações Em Cloud Computing

Os termos cloud computing e computação nas nuvens são relativamente recentes, como você já
sabe, mas se analisarmos bem, veremos que a ideia não é, necessariamente, nova. Serviços de e-
mail, como Gmail e Yahoo! Mail; "discos virtuais" na internet, como Dropbox ou OneDrive; sites de

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armazenamento e compartilhamento de fotos ou vídeos, como Flickr e YouTube. Todos são exemplos
de recursos que, de certa forma, estão dentro do conceito de computação nas nuvens.

Note que todos os serviços mencionados não são executados no computador do usuário, mas este
pode acessá-los de qualquer lugar, muitas vezes sem pagar licenças de software. No máximo, paga-
se um valor periódico pelo uso do serviço ou pela contratação de recursos adicionais, como maior
capacidade de armazenamento de dados, por exemplo.

Abaixo há uma breve lista de serviços que incorporam claramente o conceito de cloud computing:

- Google Apps: este é um pacote de serviços que o Google oferece que conta com aplicativos de
edição de texto, planilhas e apresentações, ferramenta de agenda, comunicador instantâneo
integrado, e-mail com o domínio próprio (por exemplo, contato@infowester.com), entre outros. Todos
os recursos são processados pelo Google. O cliente precisa apenas criar as contas dos usuários e
efetuar algumas configurações. O Google Apps oferece pacotes pagos cujos valores variam de
acordo com o número de usuários;

- Amazon: a Amazon é um dos maiores serviços de comércio eletrônico do mundo. Para suportar o
volume de vendas no período de Natal, a empresa montou uma gigantesca estrutura de
processamento e armazenamento de dados que acabava ficando ociosa na maior parte do ano. Foi a
partir daí que a companhia teve a ideia de "alugar" esses recursos, iniciativa que resultou em serviços
como Simple Storage Solution (S3) para armazenamento de dados e Elastic Compute Cloud (EC2)
para uso de máquinas virtuais;

- Netflix: serviço que dá acesso a filmes, seriados e documentários a partir de um pequeno valor por
mês. Não é necessário efetuar download das produções, tudo é feito por streaming. Além disso, o
usuário pode assistir cada item do acervo quantas vezes quiser e, caso interrompa a reprodução do
vídeo, pode continuar mais tarde de onde parou;

- Aprex: brasileiro, o Aprex oferece um conjunto de ferramentas para uso profissional, como
calendário, gerenciador de contatos, lista de tarefas, armazenamento de arquivos, blog, serviço de e-
mail marketing, apresentações, entre outros. Tudo é feito pela Web e, no caso de empresas, é
possível até mesmo inserir logotipo e alterar o padrão de cores das páginas;

- Evernote: serviço para criação e armazenamento de notas e informações variadas que funciona
como um abrangente banco de dados. Inclui ferramentas para compartilhamento, edição,
organização e localização de dados. Há opções de contas gratuitas e pagas.

Nuvem Privada (Private Cloud)

Até agora, tratamos a computação nas nuvens como um sistema composto de duas partes: o
provedor da solução e o utilizador, que pode ser uma pessoa, uma empresa ou qualquer outra
organização. Podemos entender esse contexto como um esquema de nuvem pública. No entanto,
especialmente no que diz respeito ao segmento corporativo, é possível também o uso do que se
conhece como nuvem privada.

Do ponto de vista do usuário, a nuvem privada (private cloud) oferece praticamente os mesmos
benefícios da nuvem pública. A diferença está, essencialmente, nos "bastidores": os equipamentos e
sistemas utilizados para constituir a nuvem ficam dentro da infraestrutura da própria corporação.

Em outras palavras, a empresa faz uso de uma nuvem particular, construída e mantida dentro de
seus domínios. Mas o conceito vai mais além: a nuvem privada também considera a cultura
corporativa, de forma que políticas, objetivos e outros aspectos inerentes às atividades da companhia
sejam respeitados.

A necessidade de segurança e privacidade é um dos motivos que levam uma organização a adotar
uma nuvem privada. Em serviços de terceiros, cláusulas contratuais e sistemas de proteção são os
recursos oferecidos para evitar acesso não autorizado ou compartilhamento indevido de dados.
Mesmo assim, uma empresa pode ter dados críticos por demais para permitir que outra companhia
responda pela proteção e disponibilização de suas informações. Ou, então, a proteção oferecida pode
simplesmente não ser suficiente. Em situações como essas é que o uso de uma nuvem privada se
mostra adequado.

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Uma nuvem privada também pode oferecer a vantagem de ser "moldada" com precisão às
necessidades da companhia, especialmente em relação a empresas de grande porte. Isso porque o
acesso à nuvem pode ser melhor controlado, assim como a disponibilização de recursos pode ser
direcionada de maneira mais eficiente, aspecto capaz de impactar positivamente a rotina corporativa.

Empresas como Microsoft, IBM e HP oferecem soluções para nuvens privadas. As organizações
interessadas devem, todavia, contar com profissionais ou mesmo consultoria especializada na criação
e manutenção da nuvem, afinal, uma implementação mal executada pode interferir negativamente no
negócio.

Os custos de equipamentos, sistemas e profissionais da nuvem privada poderão ser elevados no


início. Por outro lado, os benefícios obtidos a médio e longo prazo, como ampla disponibilidade,
agilidade de processos e os já mencionados aspectos de segurança compensarão os gastos,
especialmente se a implementação for otimizada com virtualização, padronização de serviços e afins.

Nuvem Híbrida (Hybrid Cloud)

Para a flexibilização de operações e até mesmo para maior controle sobre os custos, as organizações
podem optar também pela adoção de nuvens híbridas. Nelas, determinadas aplicações são
direcionadas às nuvens públicas, enquanto outras, normalmente mais críticas, permanecem sob
responsabilidade de sua nuvem privada. Pode haver também recursos que funcionam em sistemas
locais (on premise), complementando o que está nas nuvens.

Perceba que nuvens públicas e privadas não são modelos incompatíveis entre si. Não é preciso abrir
mão de um tipo para usufruir do outro. Pode-se aproveitar o "melhor dos dois mundos", razão pela
qual as nuvens híbridas (hybrid cloud) são uma tendência muito forte nas corporações.

A implementação de uma nuvem híbrida pode ser feita tanto para atender a uma demanda contínua
quanto para dar conta de uma necessidade temporária. Por exemplo, uma instituição financeira pode
integrar à sua nuvem privada um serviço público capaz de atender a uma nova exigência tributária.
Ou então, uma rede de lojas pode adotar uma solução híbrida por um curto período para atender ao
aumento das vendas em uma época festiva.

É claro que a eficácia de uma nuvem híbrida depende da qualidade da sua implementação. É
necessário considerar aspectos de segurança, monitoramento, comunicação, treinamento, entre
outros.

Esse planejamento é importante para avaliar inclusive se a solução híbrida vale a pena. Quando o
tempo necessário para a implementação é muito grande ou quando há grandes volumes de dados a
serem transferidos para os recursos públicos, por exemplo, seu uso pode não ser viável.

Cuidados Para Evitar Problemas

Há uma quantidade imensa de serviços nas nuvens. No meio corporativo, há opções que atendem de
pequenas empresas a companhias que figuram entre as mais valiosas do mundo. Tamanha
diversidade exige cuidados para evitar que as vantagens se transformem em prejuízo ou desperdício
de recursos.

Uma dessas medidas é a avaliação precisa de necessidades, do contrário, uma organização pode
contratar serviços cuja capacidade está acima do necessário, gerando custos indevidos.

Outra é a desativação de recursos contratados no tempo certo. Se uma empresa utiliza serviços que
cobram por hora, por exemplo, é importante desativar a ferramenta durante períodos em que não há
demanda (como em feriados).

Nesse sentido, se uma companhia possui uma nuvem privada, precisa monitorar o consumo de
recursos para identificar as situações em que a capacidade da estrutura pode ser diminuída. Se o não
fizer, haverá equipamentos consumindo recursos como energia e largura de banda
desnecessariamente.

A contratação de serviços também deve ser bem analisada. Nem sempre a solução mais barata é a
melhor. Se os usuários necessitarem de um longo tempo de treinamento ou o serviço exigir migração

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para um plano de acesso à internet com mais capacidade, por exemplo, os custos adicionais podem
acabar extrapolando o orçamento.

Esses são apenas alguns dos cuidados necessários. Dependendo do que se espera do modelo de
cloud computing, outras medidas podem ser mandatórias. Em alguns casos, pode ser conveniente
até mesmo a contratação de uma empresa especializada para assessorar a escolha e a
implementação de uma solução.

Um Pouco Sobre A História Da Cloud Computing

Computação nas nuvens não é um conceito claramente definido. Não estamos tratando de uma
tecnologia pronta que saiu dos laboratórios pelas mãos de um grupo de pesquisadores e
posteriormente foi disponibilizada no mercado. Essa característica faz com que seja difícil identificar
com precisão a sua origem. Mas há alguns indícios bastante interessantes.

Um deles remete ao trabalho desenvolvido por John McCarthy. Falecido em outubro de 2011, o
pesquisador foi um dos principais nomes por trás da criação do que conhecemos comointeligência
artificial, com destaque para a linguagem Lisp, até hoje aplicada em projetos que utilizam tal
conceito.

Além desse trabalho, John McCarthy tratou de uma ideia bastante importante no início da década de
1960: computação por tempo compartilhado (time sharing), onde um computador pode ser
utilizado simultaneamente por dois ou mais usuários para a realização de determinadas tarefas,
aproveitando especialmente o intervalo de tempo ocioso entre cada processo.

Perceba que, dessa forma, é possível aproveitar melhor o computador (na época, um dispositivo
muito caro) e diminuir gastos, pois o usuário paga somente pelo tempo de uso do equipamento, por
exemplo. É, de certa forma, uma ideia presente na computação nas nuvens.

Quase que na mesma época, o físico Joseph Carl Robnett Licklider entrou para a história ao ser um
dos pioneiros da internet. Isso porque, ao fazer parte da ARPA (Advanced Research Projects
Agency), lidou com a tarefa de encontrar outras utilidades para o computador que não fosse apenas a
de ser uma "poderosa calculadora".

Nessa missão, Licklider acabou sendo um dos primeiros a entender que os computadores poderiam
ser usados de maneira conectada, de forma a permitir comunicação de maneira global e,
consequentemente, o compartilhamento de dados. Seu trabalho foi determinante para a criação
da Intergalactic Computer Network, que posteriormente deu origem à ARPANET, que por sua vez
"abriu as portas" para a internet.

Embora possamos associar várias tecnologias, conceitos e pesquisadores ao assunto, ao juntarmos


os trabalhos de John McCarthy e J.C.R. Licklider podemos ter uma grande ajuda na tarefa de
compreender a origem e a evolução da cloud computing.

Por Que Uma Nuvem?

Ao consultar livros de redes, telecomunicações e afins, repare bem: é provável que você encontre
desenhos de nuvens usados para fins de abstração. Nesse sentido, a ilustração representa uma rede
de algum tipo cuja estrutura não precisa ser conhecida, pelo menos não naquele momento.

Se a intenção em determinado capítulo é explicar como funciona uma tecnologia de comunicação que
interliga duas redes de computadores, por exemplo, não é necessário detalhar as características de
cada uma delas. Assim, o autor pode utilizar uma nuvem - a abstração - para indicar que há redes ali.

A computação nas nuvens simplesmente absorveu essa ideia, até porque o desenho de uma nuvem,
no mesmo contexto de abstração, passou também a representar a internet.

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