Resumo para Prova de TCC
Resumo para Prova de TCC
Resumo para Prova de TCC
Modelação
-É a utilização de um modelo como base (aprender e reproduzir) para um comportamento a
partir da aprendizagem observacional, ou seja, instauração de respostas imitativas através
do reforço das mesmas.
-Na aprendizagem, há algumas variáveis que influenciam o comportamento, principalmente
o imitativo, tais como, prestígio social, idade, sexo, cultura, crenças, nível intelectual,
emocional, etc.
-Tal imitação exige processamento cognitivo, não é apenas reprodução automática. Se
aprende uma resposta\comportamento e se prevê (antecipação) uma consequência
(cognição), se esta não for ruim, há uma tendência a repetí-lo (imitar)
-Assim, para que a modelação possa ser utilizada, é preciso adequar o modelo à
necessidade da pessoa; não utilizar como modelo algo\alguém com características muito
diferentes das da pessoa.
-Crenças de autoeficácia: nem sempre acuradas\realísticas (crença =\=
capacidade\habilidade real)
->pode-se atuar nelas com a exposição: mostrar fatos concretos em que a pessoa foi “bem”,
fazer a pessoa tentar (de forma controlada) num ambiente controlado e com pequenas
evoluções.
=>inundação: último grau de dificuldade; não deve ser apresentado muito cedo
porque pode fazer a pessoa obter uma “comprovação” de que ela não consegue
realizar aquele feito. Não é muito utilizada, pode diminuir a autoeficácia, bem
arriscada na maioria das vezes
->efeitos da autoeficácia:
=>cognitivos: pensamentos desmotivadores\disfuncionais; reestruturação cognitiva
=>motivacionais: influenciam o grau dos objetivos a quantidade de esforços
despendidos, tempo de perseverança e recuperação diante das
dificuldades\insucessos
=>afetivos: podem aumentar ou diminuir a incidência de estresse, depressão, etc.
=>aspectos seletivos\escolha: tomada de decisões
->Técnicas de fortalecimento de autoeficácia:
=>ganhos de desempenho: dessensibilização de desempenho (exposição à
situações por tempo longo para permitir que mecanismos fisiológicos façam com que
a ansiedade diminua; avaliação de consequências para diminuir a reação),
exposição de desempenho, desempenho auto-instruído (dizer a si mesmo o que
deve fazer)
=>principio de inibição recíproca: contra-condicionar uma reação fisiológica oposta
para que ela se oponha àquela que normalmente ocorre na situação específica (ex:
relaxamento e ansiedade)
=>experiência vicariante: observar o sucesso de modelos semelhantes
=>persuasão verbal: questionamento socrático que permite que a pessoa escolha a
melhor estratégia; pouco eficaz sem conhecimento profundo, pois, a pessoa precisa
de fatos anteriores que sustentem a argumentação e que ela seja susceptível à
acreditar no argumento
=>estados fisiológicos: atribuições diferentes de estados fisiológicos para além da
consequência “ruim”, podem aumentar a autoeficácia, como um melhor
entendimento do que significa tal estado fisiológico, ou do porque o corpo está
emitindo tal sinalização
Prática\Casos
Depressão
-A depressão maior tá dentro dos 3 transtornos mentais de maior incidência no mundo. Em
geral, as queixas sao vagas, por isso a importância de perguntas específicas serem
realizadas. Queixas comuns: tontura, mal estar, formigamentos, irritabilidade, choro fácil,
cansaço, falta de energia, etc. Difere do luto que pode durar cerca de 1 ano
-Para ser diagnosticada a pessoa precisa preencher 5 ou mais sintomas do DSM V, por
mais de 2 semanas:
->humor depressivo (indivíduo mto triste, desanimado, sensível, emotivo), diminuição
acentuada do interesse ou do prazer (um desses dois é obrigatório), alteração de peso ou
do apetite, insônia ou hipersonia, agitação psicomotora ou retardo, cansaço ou falta de
energia, sentir-se sem valor, culpa excessiva, dificuldade para pensar ou concentrar-se,
pensamentos sobre morte ou ideação suicida (falar sobre morrer, comportamento de
despedida, mudança brusca de comportamento, tentativa anterior)
*em caso de ideação suicida ou suspeita de que o paciente poderá colocar a vida de outros
em risco, há permissão da quebra de sigilo
->pode estar acompanhada de delírios ou alucinações: quando os pensamentos deprimidos
atingem uma proporção de perder contato com a realidade; o delírio mais frequente é o de
culpa, mas tbm pode ser de ruína\miséria; possui maior risco de suicídio
->incapacitação social ou ocupacional
->utilizar a entrevista estruturada com perguntas diretas (eficaz para pesquisa e terapia de
grupo)
->instrumentos: inventário de depressão de Beck, escala Hamilton da depressão, escala de
desesperança de Beck (para pensamentos suicidas), escala SUDS de desconforto subjetivo
=>as escalas possuem boa correlação entre resposta e sensação real, além de
darem indicativos sobre a eficácia da terapia
-Tipos ou formas da depressão:
->depressão maior: pelo menos 5 dos sintomas citados por mais de 2 semanas
->depressão melancólica endógena: presença de anedonia (incapacidade de sentir
alegria\prazer), flutuação do humor (no decorrer do dia), despertar precoce
->depressão atípica: quando a capacidade de sentir prazer está parcialmente preservada e
a pessoa é capaz de reagir positivamente diante de situações agradáveis, mas por pouco
tempo; apresenta sonolência, aumento de apetite; grande sensibilidade a críticas e rejeição
->depressão recorrente: apresentar diversos episódios de depressão ao longo da vida (mais
de 1); pode ocorrer por alterações no sistema dopamina\serotonina
->depressão crônica: com duração por longo período de tempo
->distimia: depressão “leve”, com pelo menos dois dos seguintes sintomas: alterações no
apetite ou no sono, pouca energia ou cansaço, baixa auto estima, dificuldade de
concentração, sentimentos de desesperança; por mais de 1 ano; é tbm chamado “transtorno
de personalidade depressiva”
-Tríade cognitiva: pensamentos negativos sobre si mesmo, o mundo e o futuro
-Felicidade = Realidade - expectativas (irrealistas, baseadas em crenças e experiências)
*depressivos não tem sequer expectativas
-Técnicas de tratamento:
->psicoeducação: ensinar ao paciente sobre a própria condição, a nvl psicológico e
fisiológico
->registro diário de pensamentos disfuncionais (RDPD)
->seta descendente: para chegar à base do pensamento disfuncional (“se isso é verdade,
então o q?”
Ansiedade
-Disparo de sintomas simpáticos: sistema luta e fuga; reação de defesa do organismo
-A ansiedade vai diminuir em algum momento naturalmente pelo corpo: se disparou
sintomas, vai ter que acalmá-los (parassimpático)
-O maior problema é a interpretação do indivíduo sobre o que está sentindo
-Modelo cognitivo para ansiedade e ataque de pânico:
->Clark (1986): ataques de pânico derivam de interpretações cognitivas erradas de
sensações corporais. Estímulos externos levam à ativação do sistema simpático ->
apreensão, a qual leva à -> sensações corporais que são a “confirmação do perigo”,
levando à -> interpretações mais catastróficas, aumentando -> ansiedade (estímulo);
mantendo um círculo vicioso e retroalimentado
->Barlow (1988): concebe o ataque de pânico como um “alarme falso”, uma resposta
autônoma a um momento momentâneo de aumento de estresse, e seria mais comum em
pessoas mais vulneráveis biológica (por reatividade fisiológica aumentada) ou
psicologicamente (por maior sensibilidade a sintomas de ansiedade).
-Diagnóstico se dá por entrevistas, investigando sua situação de vida, histórico ou
perguntas mais específicas sobre o ataque. Pode-se utilizar escalas de avaliação dos
sintomas, até para comparar o progresso do indivíduo com a terapia, como o inventário de
Ansiedade de Beck e a Escala de Pânico e Agorafobia.
-Bases para o tratamento:
->farmacológico
->treino respiratório (estratégia ACALME-SE): ativar o sistema parassimpático por meio de
respiração lenta e com a mão em concha na frente do rosto, para que se possa sentir o ar
entrando e saindo, eliminando a sensação de que “não há ar”
->respiração diafragmática: respiração profunda que pode ser utilizada antes ou depois do
ataque de pânico - nunca durante, pq pode piorar a ansiedade
->psicoeducação: autonomia para o indivíduo que passa a conhecer a ansiedade e os
próprios sintomas
->reestruturação cognitiva: para atuar em crenças disfuncionais
->exposições:
=> interoceptivas: exposição aos próprios sintomas corporais
=>exteroceptivas: externas, aos locais
=>ao vivo, imaginária ou virtual
=>graduais: do estímulo menos aversivo ao mais aversivo, em graus de dificuldade,
hierarquias; há repetição de cada grau até que a ansiedade sentida seja a menor
possível
=>prolongada: até que a ansiedade comece a baixar (reação natural do corpo,
ansiedade atinge o pico e depois começa a recuar)*
*na evitação, o indivíduo sente a ansiedade chegando ao pico e cessa o estímulo,
fazendo com que a ansiedade cesse imediatamente, o propósito da exposição
prolongada é fazer o indivíduo perceber que a ansiedade irá baixar também mesmo
continuando a exposição, apenas fará uma curva e não uma reta de diminuição
Fobias Específicas:
-Ataques de pânico situacionais, em que os desencadeantes sao circunstanciais, como
interação social ou algum animal\objeto específico. Ou seja, a reação de medo patológica
está interligada a alguma situação concreta ou objeto específico
-Os sintomas são de um ataque de ansiedade, com catastrofização, nervosismo,
apreensão, dificuldade de concentração, etc.
-As fobias são desproporcionais, imotivadas, produtoras de esquivas e sofrimento,
persistentes, frequentes e intensas e estão acompanhadas por manifestações físicas.
-As fobias mais observadas são o medo de dirigir, de lugares fechados, aviões\voar,
sangue\ferimentos, alguns animais específicos (cobras, aranhas, baratas, insetos)
-Há comportamento de evitação
-Tratamento:
->exposição
->reestruturação cognitiva
Transtorno Obsessivo-Compulsivo
-Presença de obsessões ou compulsões que consomem tempo e interferem nas atividades
diarias dos indivíduos, causando sofrimento.
-Comumente tem outro transtorno associado, tal como ansiedade, fobia social, fobias
específicas ou depressão
-Algumas sintomatologias sao:
->contaminação e lavagem
->simetria, verificações e ordem
->pensamentos indesejáveis, geralmente sobre sexo, agressão e religiao
->colecionismo
-Modelo cognitivo comportamental:
->obsessões e compulsões surgem por crenças disfuncionais
->a maioria das pessoas possuem intrusões cognitivas (pensamentos, imagens ou impulsos
indesejáveis), entretanto, costumam ignorá-las; mas os indivíduos com TOC dão
importância à tais intrusões, criando interpretações irracionais sobre as mesmas (se penso
em esfaquear meu filho, é pq posso perder o controle e matá-lo), gerando as obsessões de
controle por supressão da intrusão
*tal modelo, entretanto, não explica simetria e contaminação
=>crenças que podem levar à interpretação errada de pensamentos intrusivos:
responsabilidade exagerada, importância exagerada aos pensamentos, importância
de controlar os pensamentos, exacerbação dos riscos, intolerância à incerteza,
perfeccionismo
-Tratamento:
->psicoeducação
->diário de sintomas
->exposição e prevenção de resposta: enfrentar a situação sem realizar o ritual
->modelação: realizar ações difíceis para o indivíduo, junto com ele
->reestruturação cognitiva