Psychology">
Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Contra-Resistência

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 15

CONTRA-

RESISTÊNCIA

ZIMERMAN, David E. Fundamentos
Psicanalíticos: teoria, técnica e clínica. Porto
Alegre: Artmed, 1999 – cap. 29.
CONCEITUAÇÃO

 Ao longo dos anos, a contra-resistência deixou de ser
abordada.
 Talvez por acreditarem que estava inserida na
contra-transferência.
 É importante diferenciar:
 1. Resistência do analista, e
 2. Contra-resistência.
Resistência do analista

 Pode ser consciente ou inconsciente.
 Dica: se repete sistematicamente com todos os
pacientes com determinada característica.
 Ex: experimentar as mesmas emoções com idosos,
adolescentes, homens bem sucedidos, bonitos, etc…
 Formam “pontos cegos”em sua mente e resistirá
aprofundar a análise daquilo que não suporta em si
mesmo.
Contra-resistência

Confusão, hipertrofia ou atrofia dos desejos,
memória atrapalhada do analista = “em
função dos ataques do paciente aos vínculos
perceptivos”.
Na entrevista inicial: pode ocorrer
resistência do analista para alguns
atendimentos ou contra-resistência de
desistência (resistência do paciente ao
processo).
“MATCH”

 Termo estudado por Kantrowitz (1989) que significa:
 Encontro singular entre analista e paciente que pode
ser + ou – (harmonia ou desarmonia).
 Com alguns o resultado é melhor ou pior e com alguns
os temas são mais aprofundados ou superficiais.
 A pessoa real do analista influencia no processo
analítico e existem resistências rígidas e imutáveis.
 A resistência pode acontecer também com outros
vértices teóricos-técnicos.
Setting

 Pode ser uma resistência não aceitar outra
comunicação que não seja a “associação livre”:
silêncio, atuações, comunicações não-verbal.
 A “associação livre” exige a “atenção flutuante” do
analista – que pode desencadear a resistência:
“manter a atenção flutuante exige do analista uma
constante aplicação de energia para sobrepujar
resistências que se opõem à sua existênca” (CESIO,
1975).

Para Bion, outra resistência pode surgir em
função da mente saturada do analista com
memórias e desejos = o que diminuirá a
capacidade de intuição.
Outra resistência seria transformar a
neutralidade indicada pela “metáfora do
espelho” em uma atitude de uma “fria
superfície de espelho” – distanciamento
fóbico.
Metáfora do Espelho:

 “Como um espelho, não deve mostrar-lhe nada, exceto o
que lhe é mostrado" (Freud, [1912] 1980: 157).
 Não implica, necessariamente, a exigência de frieza
emocional.
 É a sugestão de que o analista não exponha ao paciente
seus próprios sentimentos.
 O analista não pode ser transparente quanto a seus afetos.
 Dessa forma, a opacidade do espelho teria a função de
garantir o cumprimento dessa recomendação.
Defesa de ordem
maníaca do
 analista:
Quando o analista não possui boa resolução
de sua dependência interna, pode fazer com
que atue no sentido de uma falsa
independência, dando maior liberdade à
rigidez do setting (ao paciente, falsa
libertação dos objetos externos – estímulo ao
ID e rompimento com o SUPEREGO).
Estrutura obsessivo-
masoquistado analista:
Resistência a um clima de liberdade: extrema
rigidez nas mudanças do setting.
A dificuldade para frustrar o paciente quando
pede mudanças no setting encobre uma atitude
sedutora a serviço de seu narcisismo ou o
medo do repúdio do paciente (falsa crença de
que as frustrações devem ser evitadas e que o
analista deve ser poupado da agressividade do
paciente)
Atividade interpretativa

 Quando o analista interpreta tudo no esquema
transferencial “é aqui, agora, comigo….”, pode ser
resposta de um coluio resistencial/contra-resistencial
> o paciente “induz”o analista a interpretar só o que
ele quer ouvir.
 A interpretação só será eficaz (diferente de correta)
quando for empática.
 Caso contrário será estéril e fria.
Conluios Inconscientes

Formação de parelhas complementares:
sadomasoquista (relação de poder), forte-
fraco, sadio-doente, adulto-criança, capaz-
incapaz……
A transferência narcísica pode impedir a
detecção, aceitação e manejo dos sentimentos
agressivos = contra-resistência para manter a
agressividade encoberta pelo “manto da
idealização”.

Quando a resistência leva a uma “recíproca
idealização excessiva” – analista e paciente
podem estar muito satisfeitos com o trabalho
– podendo estar dando voltas sem sair do
lugar.
É difícil ficar imune a este chamamento sutil
e persistente.
Arrogância do analista:

 Resultante das fixações narcisistas não resolvidas.
 Tem a finalidade de reforçar sua frágil auto-estima, e
manter afastado de seu EGO o que possa diminuí-lo.
 Bion afirma que a arrogância deriva da incapacidade
básica para tolerar a frustração, especialmente do
“não saber”.
 Lacan – SSS – Sujeito Suposto Saber: sem capacidade
de empatia e para escutar + resistências do paciente
= anulação das capacidades positivas.
Conluios:

 Conluio da apatia (Bion): conformismo e estagnação de
ambos.
 Conluio perverso (Meltzer): Jogo de sedução do paciente
perverso, que vê seu analista “como uma prostituta, uma ama-
de-leite, viciada na prática terapêutica, incapaz de conseguir
melhores pacientes”.
 Conluio erotizado: Ambos se gratificam com a erotização
na transferência = EGO reforçado com a comprovação de
que é atraente e inspirador de paixões.
 Pode ser um erotismo transferencial positivo = paciente
que se permite sensações antes proibidas.

Você também pode gostar