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Relato de Estagio em Terapia Cognitivo Comportamental
Relato de Estagio em Terapia Cognitivo Comportamental
Relato de Estagio em Terapia Cognitivo Comportamental
Introdução
● Identificação do Paciente
Paciente:
Nascimento:
Idade:
Cor:
Sexo:
Naturalidade:
Escola:
Série:
Filiação:
Queixa Principal:
● Cognições
TIPOS DE COGNIÇÕES:
Interpretações, significados, idéias, normas, regras, julgamentos, previsões,
rótulos, memórias (seletivas), imagens, percepções, atribuições (porque as coisas
acontecem), suposições, crenças, conclusões, focos (seletivos) de atenção.
NÍVEIS DE COGNIÇÕES:
1. Pensamentos (ou imagens) automáticos
A maioria é situação específica.
Ex.: Eu sou uma péssima mãe, porque gritei com os meus filhos.
2. Suposições (condicionais, na forma "se..., então...") e regras subjacentes (= Crenças
Intermediárias).
Idéias mais gerais transituacionais de como as coisas e as pessoas deveriam ser.
Ex.: Pessoas/ mães boas nunca gritam com seus filhos.
3. Crenças/ Esquemas Nucleares
Incondicionais
Ex.: Eu sou mau. Eu sou um fracasso.
DISTORÇÕES COGNITIVAS: embora alguns pensamentos automáticos sejam
verdadeiros, muitos são falsos ou apenas possuem algumas parcelas de verdade. Erros
típicos de pensamento incluem:
1. CATASTROFIZAÇÃO OU ADIVINHAÇÃO: predizer o futuro negativamente, sem
levar em consideração outros resultados mais prováveis. Ex.: Estou tão ansioso que não
vou conseguir trabalhar. Vai dar tudo errado.
2. DESQUALIFICAR OU DESCONSIDERAR O POSITIVO: falar para si mesmo,
sem razão, que experiências positivas, conquistas e qualidades não contam. Ex.: Eu
trabalhei bem aquele projeto, mas isso não significa que sou competente; eu tive sorte.
3. EMOCIONALIZAÇÃO OU ARGUMENTAÇÃO EMOCIONAL: pensar que algo
deve ser verdadeiro porque você "sente" (na verdade acredita) tão forte, ignorando ou
descontando evidências contrárias. "Sinto, logo existe". Ex.: Eu sei que trabalho bem,
mas eu sinto que sou um fracasso. Sinto que ela não gosta de mim.
4. FILTRO MENTAL OU ABSTRAÇÃO SELETIVA: prestar atenção num pequeno
detalhe, ao invés de ver o quadro por inteiro. Ex.: Porque eu tirei uma nota baixa na
minha avaliação (que também continha várias notas altas) estou fazendo um péssimo
trabalho.
5. HIPERGENERALIZAÇÃO OU SUPERGENERALIZAÇÃO: chegar a uma
conclusão negativa abrangente que extrapola a situação em questão. Ex.: (Porque não
me sentir confortável na reunião) eu não tenho o necessário para fazer amigos.
6. LEITURA MENTAL: acreditar que sabe o que os outros estão pensando, falhando
em considerar outras possibilidades prováveis. Ex.: Ele está pensando que não sei a
primeira parte desse projeto.
7. MAGNIFICAÇÃO/ MINIMIZAÇÃO: ao fazer uma avaliação de si mesmo, de outra
pessoa, ou de uma situação, sem razão magnifica o negativo e/ou minimiza o positivo.
Ex.: Tirar notas medianas significa que eu sou um burro ou tirar notas altas não quer
dizer que sou inteligente.
8. PENSAMENTO POLARIZADO, TUDO-OU-NADA, PRETO-E-BRANCO OU
DICOTÔMICO: perceber uma situação de forma dicotômica, em apenas duas
categorias, ao invés de um continuum. Ex.: Se eu não sou sucesso total, sou um
fracasso. Ou gostam de mim ou me odeiam.
9. PERSONALIZAÇÃO: acreditar que os outros estão se comportando de determinada
forma por sua causa, sem considerar outras explanações mais plausíveis para o
comportamento. Ex.: Ela foi indiferente comigo porque eu fiz alguma coisa errada.
10. OBRIGATORIEDADE (DECLARAÇÕES DO TIPO: EU DEVERIA): ter uma
idéia precisa e fixa de como você e os outros devem comportar-se, superestimando os
efeitos negativos de quando as expectativas não são satisfeitas. Ex.: É terrível eu ter
errado. Eu sempre devo fazer o melhor.
11. ROTULAÇÃO: fixar um rótulo em si mesmo ou nos outros ou em determinadas
situações, sem considerar que as evidências podem levar a conclusões menos
desastrosas. Ex.: Ele é mau. Eu sou uma farsa.
12. VISÃO EM TÚNEL: enxergar apenas determinados aspectos negativos em uma
situação. Ex.: Meu filho não faz nada certo, está sempre perdendo suas coisas. Minha
mulher está sempre reclamando de mim.
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS (características):
1. Coexistem com um fluxo de pensamentos mais manifestos;
2. Aparecem espontaneamente, e não como resultado de reflexão ou pensamento
voluntário;
3. Freqüentemente, passam completamente desapercebidos;
4. A emoção associada é mais freqüentemente reconhecida;
5. Estão associadas com emoções específicas, dependendo do seu conteúdo ou
significado;
6. São, freqüentemente, breves, rápidos e fugazes, de forma telegráfica;
7. São em forma VERBAL ou em IMAGENS;
8. São usualmente aceitos como verdadeiros, sem reflexão ou avaliação.
Pode-se aprender a identificar pensamentos automáticos e avaliá-los em relação à sua
validade e/ou utilidade. Responder racionalmente a pensamentos automáticos,
usualmente, produz uma mudança positiva no afeto.
4. Hipótese Diagnostica
● Habilidades Sociais
O que é habilidade social? É a habilidade para lidar satisfatoriamente com as
mais variadas situações sociais: trabalhos em grupo, contatos telefônicos ou virtuais,
falar com o chefe, convidar alguém para sair, ser convidado para sair, iniciar um
namoro, ajudar um amigo em necessidade, pedir ajuda e mil outras situações. Significa
também poder expressar o que se pensa e sente de forma coerente e respeitando os
outros. Essa habilidade é adquirida ao longo de nossa vida, dependendo de nossa
disposição para lidarmos com as situações sociais. Por outro lado, quando essa
habilidade está muito pouco desenvolvida, tendemos a nos comportar de forma passiva,
aceitando o que nos é imposto, não estabelecendo limites e deixando que os outros
decidam por nós. Muitas vezes, as pessoas que têm pouca habilidade social, podem
também ter problemas psicológicos como timidez excessiva, depressão, síndrome do
pânico, dificuldades sexuais e outros. Aprender a ser socialmente hábil significa, muitas
vezes, aprender a se prevenir contra transtornos psicológicos.
5. Conclusão
Machado, S.S Relação terapêutica, um enfoque mais que necessário: medos e tensores
dos jovens terapeutas. Trabalho apresentado no Simpósio Aspectos Inespecíficos em
Psicoterapia .II Congresso Brasileiro de Psicoterapias Cognitivas. Rio Janeiro .1999