Este documento discute a história de 33 anos da Comunidade Teúrgica Portuguesa e a nova era de Aquarius. Apresenta artigos sobre realização espiritual, as palavras de JHS, o simbolismo do ouroboros e uma manifestação avatárica. Também destaca o Quinto Posto Representativo da Obra do Eterno na Serra de Sintra e sua relação com o Supramundo, Mundo e Inframundo.
Este documento discute a história de 33 anos da Comunidade Teúrgica Portuguesa e a nova era de Aquarius. Apresenta artigos sobre realização espiritual, as palavras de JHS, o simbolismo do ouroboros e uma manifestação avatárica. Também destaca o Quinto Posto Representativo da Obra do Eterno na Serra de Sintra e sua relação com o Supramundo, Mundo e Inframundo.
Este documento discute a história de 33 anos da Comunidade Teúrgica Portuguesa e a nova era de Aquarius. Apresenta artigos sobre realização espiritual, as palavras de JHS, o simbolismo do ouroboros e uma manifestação avatárica. Também destaca o Quinto Posto Representativo da Obra do Eterno na Serra de Sintra e sua relação com o Supramundo, Mundo e Inframundo.
Este documento discute a história de 33 anos da Comunidade Teúrgica Portuguesa e a nova era de Aquarius. Apresenta artigos sobre realização espiritual, as palavras de JHS, o simbolismo do ouroboros e uma manifestação avatárica. Também destaca o Quinto Posto Representativo da Obra do Eterno na Serra de Sintra e sua relação com o Supramundo, Mundo e Inframundo.
Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 43
PAX N.
62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
1
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
2
ANO 17 N. 62 OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO 2011
NDICE PG. DITORIAL Por Directoria PAX ......................................................................................................................................... 3
REALIZAO Por Henrique Jos de Souza ............................................................................................................................... 5
PALAVRAS DE JHS Por Henrique Jos de Souza ............................................................................................................................... 6
SIGLA JHS Por Sebastio Vieira Vidal ................................................................................................................................. 7
TRIBUTRIOS E DZIMA DE MELKITSEDEK Por Vitor Manuel Adrio ...... 10
RONCADOR: MISTRIO QUE SE VAI DISSIPANDO Por Antnio Carlos Boin .................. 31
O SIMBOLISMO DO OUROBOROS Por Vitor Manuel Adrio .. 37
MANIFESTAO AVATRICA Por Roberto Lucola ..... 39
Contactos: Por correio: ao cuidado de Dr. Vitor Manuel Adrio. Rua Carvalho Arajo, n. 36, 2. esq. 2720 Damaia Amadora Portugal Endereo electrnico: vitoradrio@portugalis.com Stio internet: Lusophia
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
3
E D I T O R I A L
este ano corrente completam-se 33 anos de existncia da COMUNIDADE TERGICA PORTUGUESA (1978 2011) em territrio nacional. Muito se fez e mais se continuar a fazer em prol da Nova Era de Aquarius que j despontou no abenoado ano de 2005, lanando ao terreno psicossocial as sementes de um novo estado de conscincia condigno com a condio da Nova Humanidade trazendo em si todas as potencialidades de Progresso e Felicidade para o Mundo. Resta continuar a regar a semente bendita da Raa Dourada que j floresce timidamente um pouco por toda a parte, mormente por parte das crianas e jovens que so a Esperana do Futuro. Os novos meios tecnolgicos ao seu alcance, se aplicados correctamente, por certo sero preciosos auxiliares no desenvolvimento tecnolgico da Sociedade Humana cujo fim a sua verdadeira realizao espiritual, onde os meios externos devem estar permanentemente ao servio do crescimento da conscincia interna, de maneira que a cincia se ampare sempre na moral e vice- versa, ou por outra, colocando a mente ao lado do corao para que, realmente, um e todos possam alcanar na Terra as maiores venturas do Cu.
Esta onda de progresso por via dos novos meios tecnolgicos impensveis at h poucos anos atrs, vem a ser o impulso evolucional do Quinto Senhor Arabel que do seu Templo subterrneo de Arabutan (Mato Grosso) dirige os destinos dos seres viventes em todo o orbe terrestre. a tnica do Mental Superior impelindo a Humanidade para novo e assombroso mundo de oportunidades onde o Futuro um livro em branco, onde as possibilidades de progresso humano e espiritual so todas possveis de realizar, desde que o Homem o queira e haja quem o conduza, aconselhe ou avise, seno mesmo proteja de eventuais percalos ou obstculos no Caminho da Iniciao Colectiva hoje afligindo a tudo e a todos como sinal claro da crise do nascimento de uma Nova Conscincia, por certo sendo parto doloroso mas bem em conformidade extino do Karma Colectivo gerado ao longo dos tempos pela mesma Humanidade. No quis dar ouvidos bonssima Voz do Esprito de Verdade que muitssimas vezes vibrou nas conscincias das geraes atravs dos Avataras ou Messias que ciclicamente vieram ao Mundo, e agora acontece que por no ter querido evoluir no Amor o Homem evolui na Dor que sempre lhe traz maior conscincia, fruto da experincia do que deve e no deve fazer. Por certo j sabe que a repetio dos erros passados desencadeia novas consequncias dolorosas. Tambm nisto tem-se a presena do Quinto Senhor, cujo Rigor j acompanhado do maior Esplendor. Com efeito, um universo de novas possibilidades abre-se diante da Humanidade. Resta saber as aproveitar e melhor as aplicar. Fazendo assim, por certo o dealbar da Felicidade, da Concrdia Universal no estar to longe
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
4
como acaso possa presumir-se, e com isso tornando possvel o Advento sobre a Terra do Cristo Universal, a 10. Encarnao do Esprito de Verdade como o prprio Kalki-Avatara, ou seja, Aquele evocado diariamente nas litanias e preces de todos os povos Nele depositando as suas derradeiras e sentidas esperanas: Maitreya, o Encoberto igualmente Desejado Senhor dos Trs Mundo Celeste, Humano e Terrestre.
O presente nmero de PAX igualmente uma homenagem Nova Era e aos seus valores filosficos contidos na Obra monumental do Professor Henrique Jos de Souza que tendo rectificado os conhecimentos do Passado luz dos seus do Presente, contudo projectou-os no Futuro garantindo a este, atravs de novas luzes e noes inteiramente inditas que lhes do o foro distinto de revelaes.
Esses conhecimentos levados prtica, dando soluo Evoluo futura na hora presente, capacitam o discpulo em empatia ou integrado aos mesmos a saber usar eficazmente da maior das tribunas ao dispor da Evoluo Humana e que caracteriza o Homem como tal, ou seja, dotado da capacidade mental de discernir o certo do errado, o verdadeiro do falso, o bem do mal: referimo-nos crtica, esta que nunca censura seno quando peca ou cai no cime e consequente maledicncia, que sempre uma tentativa de estupro moral e assassinato de carcter do alheio.
A tribuna da crtica tem o seu auge na autocrtica e declnio na censura, sombra emocional dessa condio puramente mental, de cognoscio ou conhecer antes de tudo o mais, primeiro a si mesmo.
O poderoso instrumento que a crtica, leva-nos a considerando sobre situaes pblicas de estados comportamentais onde a condio emocional prevalece sobre a mental, com o debilitamento desta e o manifestar de espritos confusos sem algum fio condutor na estreita Vereda da Iniciao Colectiva. Em boa verdade, reconhecemos que para muitos bom existirem as hodiernas redes sociais de internet, como um meio acessvel de exerccio psicomental e igualmente de evaso e divagao dos sentidos, pois se elas no existissem quase por certo muitos passariam os dias fechados nos quartos s escuras sob o efeito de medicamentao psicotrpica. Portanto, essa janela de oportunidade que so as redes virtuais vem a ser positiva para vasto nmero humano. Resta saber separar as guas Com isso mais uma vez impondo-se o poderoso instrumento da crtica, e propondo-se o poderoso instrumental da Teurgia como mtodo de informao e formao cultural-espiritualista da Sociedade Humana no estreito mas seguro Caminho da Iniciao Verdadeira.
Neste nmero de PAX, como sempre desde a primeira hora, tem lugar destacado o Quinto Posto Representativo da Obra do Eterno na Face da Terra, que o de Sintra e compe-se de todos(as) os(as) tergicos(as). Como sabido, a tese trinitria do Visconde de Figanire, Supramundo, Mundo e Inframundo, baseada em idnticas muito mais antigas, ajusta-se, luz da Tradio da Obra do Eterno, ao seguinte que decerto esse autor no sabia mas por certo pressentia na sua relao com a Serra Sagrada de Sintra, o Quinto Monte Santo do Mundo, no dizer da Mensagem da Fraternidade de Baalbeck endereada ao Professor Henrique Jos de Souza em 28 de Setembro de 1935:
SERRA: MONTES ELEVADOS 1. SUPRAMUNDO 1. TRONO EXALTATIO SERRA: FLORESTAS NO VALE 2. MUNDO 2. TRONO CONTEMPLATIO SERRA: GRUTAS E MINAS 3. INFRAMUNDO 3. TRONO MEDITATIO || AGHARTA C. FILHO MARTE/ESCORPIO (AKDORGE) DUAT B. ME VNUS/BALANA (ALLAMIRAH) FACE DA TERRA A. PAI MERCRIO/VIRGEM (AKBEL)
Os trs nveis juntos equivalem ao Theotrim, ao Perfeito Equilbrio, prerrogativa necessria para sacralizar a santidade do Monte assinalado, Sintra, ou conforme as escrituras orientais, Kala-Shista ou Sishita. Monte Santo assim feito expressando a condio alada do Andrgino Perfeito do futuro Quinto Sistema de Evoluo Universal (composto de 7 Cadeias Planetrias), tema que, mais correntemente,
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
5
banalizou-se no tema translatio imperii vazando no prximo vindouro Quinto Imprio dos Lusos ou Assuras, de que o jovem malogrado rei D. Sebastio por seu nome drcono (sebastos, vazendo em drago) no passa de smbolo fugaz do mais transcendente Al-Djabal, o Todo-Poderoso Arabel, o Quinto Luzeiro assinalado nesta Serra Sagrada pela presena (at h pouco) do Quinto Bodhisattva Jeffersus (Jesus) e sua Santa Me Moriah (Maria).
Vossa, a
Henrique J os de Souza
No falta quem julgue que REALIZAO no mais do que empregar mtodos (ou Yogas) apropriados a alcanar poderes para ser feliz, quando a verdadeira felicidade est em encontrar Deus em seu Homem Interno.
No fez Ele o Homem Sua semelhana? Logo, o Homem deve se igualar a Deus em Perfeio e Inteligncia. Adepto ou Homem Perfeito o nome que se d quele que est em condies de guiar os demais Suprema Sntese que a SUPERAO da Alma, ou que a liga ao Esprito. Na mitologia grega, Psike anda em busca do seu bem-amado Eros. Psike ou Alma, tanto vale. E bem-amado o Esprito, a Conscincia Imortal, o Deus feito carne e transformado em Esprito. Sim, busca dentro de ti mesmo o que procuras fora. A Yoga como uma prece: sem sentir Deus em si mesmo jamais o discpulo se tornar um Adepto. Quereis uma prova mais definidora do que acabamos de expor? Ela est na sentena filosfica: Aquele que atravessa o Akasha fonte de toda a Riqueza. Mas que vem a ser Akasha?
D-se o nome de Akasha ao Segundo Trono ou a parte que separa o Mundo Divino do Terreno. Na Cbala, o Quod superius sicut quod inferius.
Nesse caso, atravessando o discpulo o Mundo que medeia o Terreno do Divino, neste se acha. O termo KAKIM, que se reparte em trs e no em dois, como julgam certas escolas decadentes, apresenta-nos: o KA para o Mundo Terreno, o AK para o Akasha, como o prprio radical, e o KIM para o Mundo Divino. Este exemplo tambm equivale s trs Gunas ou
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
6
qualidades de matria: TAMAS, RAJAS e SATVA, cujas cores so: Vermelha, Azul, Amarela. Como elas se forma a Divina Trade obedecendo s mesmas cores: Atm (amarelo), Budhi (azul) e Manas (vermelho). Quando se diz que Moiss atravessou, com o seu Povo e a p enxuto, o Mar Vermelho, no passa de uma alegoria. Sim, porque o Manu, que foi Moiss, como Guia de um Povo no podia permitir que aquele tocasse na matria vermelha ou tamsica do mundo, por isso devia passar a p enxuto. As ms interpretaes dos livros sagrados, incluindo a da Bblia, do Coro, do Talmude e de muitos outros, conduzem superstio e ao fanatismo. Um verdadeiro Iniciado nos Grandes Mistrios da Vida (que a verdadeira Teosofia), no interpreta as coisas atravs da letra que mata, e sim do Esprito que vivifica. Jesus, que era um Iniciado, ensinava tamanha verdade. Ensinava tambm que quanto Cincia do Bem e do Mal, no dada aos homens entender, mas to-somente ao meu Pai. Fora disso, acontece como ao poeta patrcio ao dizer: Deus, Deus onde ests que no respondes? Em que mundo, em que estrela Tu te escondes embuado nos cus? H dois mil anos Te enviei o meu grito, etc.
Sim, h dois mil anos, referindo-se ao Cristianismo que no soube ensinar onde encontrar a Deus. E assim, o grito fica sem resposta. Do mesmo modo, aquele outro poeta francs ao dizer: Socrates la cherch au beaux de de Grce Platon Sunium, la cherch aprs lui Deux mil ans sont passs Je la cherche aujourdhui Deux mil ans passeront et les Enfants des hommes la chercheront encore. Quantos saram das fileiras da nossa Obra para encontrarem a Realizao fora e no dentro de si mesmos, deixando-se levar por filsofos fanticos, pouco importa a fama que ainda levam, todos morrendo enigmaticamente! Sim, uns gritando por Kundalini. Outros, por Fohat, dezenas deles querendo se unir Me Divina, sem saberem interpretar o termo, quando se trata do Segundo Trono onde se acha a Grande Maya, ou Me Divina. Infelizes dos que preferem subir a Escada da Vida por degraus tortuosos, invs de o fazer pelos rectos e luminosos em cujo final se acha o Mgico Tringulo da Iniciao, que o da Mnada Divina, a Conscincia Imortal, o Deus de cada homem, que o mesmo Jesus quando a Ele se referia assim dizia: O meu Pai e o vosso. Por que no dizia ele: nosso Pai?
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
7
Sebastio Vieira Vidal
Vamos tentar falar sobre o que h a respeito da sigla JHS pertencente s Revelaes do nosso Mestre, Professor Henrique Jos de Souza. Iniciaremos pela interpretao cabalstica da sigla. T J H S JT! HT! ST! uma chave cabalstica da qual se serviu Jesus, ou melhor, JEOSHUA BEN PANDIRA, o Filho do Homem, para o seu nome secreto. O Talmud diz que Jesus roubou a Palavra Sagrada do Templo, mas no sabe interpretar o sentido que toma aqui o verbo roubar... Desconhece igualmente o valor da referida Palavra, principalmente quando acrescida de determinado nmero de vogais. Prometeu tambm roubou aos Deuses o Fogo que introduziu na sua cana, isto , o Fogo da Sabedoria fornecida por Kundalini no momento atravs da coluna vertebral, onde se acham os nadhis, partindo do lugar da semente dos sete chakras existentes no Duplo Etrico. O stimo contando de cima para baixo (como a queda do Esprito na Matria) o Muladhara que a sede de Kundalini. Na coluna termomtrica, por sua vez, corresponde ao azougue, ou melhor, mercrio, e indica a verdadeira temperatura... o calor que acusa o doente. E o calor de Kundalini equivale a 40 graus (do Ocultismo e Teosofia). Esta interpretao dada pelo nosso Mestre JHS no seu livro Ocultismo e Teosofia, logo, trata-se de uma fonte real e digna de ser meditada. A meditao conduz a criatura humana a um plano superior de entendimento.
Muito bem, esta sigla JHS vale por uma chave de conhecimentos transcendentais. Rebuscando o sentido desta sigla nas diversas tradies, temos:
J Inicial da palavra JAGAT (snscrito), que quer dizer: Universo, o que se move ou vive; o ser, criatura vivente, homem, animal; a Terra, o vento, o cu; o Mundo Inferior Interior.
H Inicial do nome do arquitecto que construiu o Templo de Salomo. Segundo a tradio, HIRAM era filho de um trio chamado UR (AUR, Fogo, Agni), e de uma mulher da tribo de DAN. Esta mulher logo se tornou viva, e da o ttulo de Filho da Viva conhecido de todos os Maons. Por isso os Maons perpetuam a tradio de HIRAM, O FILHO DA VIVA. No Egipto, SIS tambm ficou viva do seu esposo OSRIS (Lua e Sol), que devia ressuscitar em seu filho
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
8
HORUS. Mas isto seria realizado depois de ser encontrado o ltimo dos 14 pedaos do corpo de Osris (14 Avataras de Vishnu).
S Inicial do nome do Rei SALOMO. Este deriva dos termos atlantes: SALO e OMAR, como expresso do Ishwara, do Luzeiro. Salo o nome de um Rei Atlante e Omar o da sua esposa, a Rainha Salomar, sendo Salomo o nome do Prncipe, do Filho, do Andrgino... da representao terrena de ADAM-KADMON. Todos esses valores esto sintetizados na sigla JHS. Consoante a lngua portuguesa, temos as iniciais dos nomes: J de Jpiter, Jeoshua, Jove... H de Hermes (Mercrio), Hermgenes, Hilario... S de Saturno, Souza, Suss, Surya, Sat... Em Agharta h trs misteriosos Seres, os quais possuem, por sua vez, trs Tronos no Portal da Stima Cidade Aghartina Pushkara que tm os nomes sagrados: JING HEVE SUSS. Essa Trade corresponde manifestao do Segundo Trono no Globo Terrestre (tal como acontece agora em Itaparica), a qual dirige os destinos do Mundo como Pramantha, Fraternidade Branca ou Maonaria Aghartina em funo na Face da Terra. Em Itaparica h subterraneamente um Templo numa espcie de Sistema Geogrfico no qual existe a Trade CRIVATZA LORENZA SO GERMANO, semelhana da que outrora existiu no Monte Lbano, em Baal Beck e no Tibete. Referimo-nos Ilha de Itaparica como um ponto de referncia geogrfica, honrando o mapa do Brasil. Vamos, pois, fazer outras correspondncias: JING equivale, no caso, ao Excelso CRIVATZA. HEVE equivale, no caso, Excelsa LORENZA. SUSS equivale, no caso, ao Excelso SO GERMANO. A letra H, pela sua conformao foi escolhida para representar, na nossa linguagem simblica, o PAI-ME-FILHO Csmicos, no sentido universal. O Pai est simbolizado pela linha vertical (|), e a Me pela horizontal (); cruzando-as temos a cruz (+). Os Pais desdobrados nos Filhos, nas Colunas, nos Braos para realizar a Actividade Csmica, para realizar a Expanso de Deus no Mundo dos Homens, a Mobilidade Universal. Sim, o Manu, isto , o Pai-Me Csmico, Jpiter e Saturno, desdobrado nos Filhos, representando as suas duas Colunas. O H a letra marcante do Septenrio Superior o da aco dos Luzeiros no Mundo dos Homens. H tambm a Palavra Mstica, Sagrada, smbolo dos Elohim, dos Arcanjos, dos Ishwaras, das 7 Luzes que formam o Lampadrio Celeste, subjectivo: OOAHEAO. O H determina o Ciclo. Por exemplo, no primeiro Universo o H ocupa o primeiro lugar: HOOAEAO. No segundo Universo, o H ocupa o segundo lugar: OHOAEAO. No terceiro Universo, o terceiro lugar, e assim por diante. Desta expresso derivou o nome do Cristo: JEOSHUA, tambm portador de sete letras. JEOSHUA equivale a JEHOVAH, que deu YOVE, JOVE, JOS, JOSU, JESUS JOB, JOO, JOAQUIM, JAKIM. JAKIM ou IO-AK- KIM (JO-AK-KIM). IO (JOB) equivale ao Plano Fsico, Mundo Fsico, Mundo Concreto, ao Terceiro Trono. AK equivale ao AKASHA, ao Mundo das Ideias, ao Mundo Ideoplstico, ao Segundo Trono. KIM equivale ao Mundo Divino, ao Mundo de Origem, a Causa das Causas, ao Primeiro Trono. Jogando, ainda, com o simbolismo da admirvel lngua portuguesa: J inicial do nome de Jpiter, o Poder, o Deus Criador, o Deus de Justia, do ponto de vista celeste, csmico: J, JOD, YOD, IO... H inicial de Hermes (Mercrio), isto , a Lei manifestada como um ternrio: YOD HE VAU (Poderes Legislativo, Executivo e Judici- rio), VONTADE, AMOR-SABEDORIA, ACTI- VIDADE. Entre os Assrios eram denominados: AKBEL ASHIM BELOI. a Lei, a Trade AKTALAIA AKGORGE AKDORGE manifestada no Mundo dos Homens, no aspecto antropognico. a
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
9
expresso do Budha Mercrio, manifestado como o Sol Suryaj Onim. S inicial, por sua vez, da palavra aghartina SURYAJ: o Centro da Terra, onde se acha o Sol de 32 Raios. Onde se acha vivendo o Rei do Mundo com os 32 Membros da sua provecta Guarda. Pois bem, o Sol Suryaj Onim deu origem Guarda da Taa do Santo Graal, com 12 Goros, 10 Arqueiros e 10 Cavaleiros. Com os 32 Raios do Sol mais o prprio Sol temos 33 coisas, 33 Conscincias, 33 Deuses... Por isso se firmou no Ocidente a tradio do Grau 33 da Maonaria; Grau 33 pertencente ao Rei do Mundo, ao Cristo, ao Buda Vivo e a todos os Grandes Avataras e as suas expresses. O Buda Vivo era o Chefe da Maonaria Aghartina dos Traishu-Marutas. Hoje essa ideia est deturpada A criatura humana normal possui 32 dentes; os Budas possuem 32 Sidhis, Poderes estes que promovem os chamados milagres, as curas, as profecias Cristo comeou o seu trabalho no ano 30 e foi crucificado no ano 33 da nossa Era. JPITER o Criador do ponto de vista csmico e que se reflecte objectivamente em JEHOVAH ou seja, manifesta-se no aspecto antropognico como JEHOVAH. Na nossa lngua, no nosso estudo, observamos o jogo das palavras: JPITER o Pai do Cu, Csmico, ADAM-KADMON: Deus feito Deus. JEHOVAH o Deus Filho, o Deus feito Filho, o Filho do Cu na Terra: de Origem Csmica. Compreendemos, portanto, que todas as conscincias, todos os seres manifestados, encarnados, agindo em corpos humanos, so, por assim dizer, filhos de JEHOVAH. Todas as Conscincias do Segundo Trono (Matra-Devas), os Deuses, Seres portadores dos nomes comeados com o prefixo AK, KA, KH, KI, KIM, so filhos de JPITER, so do Segundo Trono. Por isso, dizem as tradies: o Jpiter Olmpico envia as Mnadas para a Terra, e o Jpiter Plutnico (Jehovah) as devolve. O inicial do nome Olmpico, expressa o Infinito, o Esprito, a Unidade, o Todo, a Divindade como Essncia de Tudo e de Todos. P inicial de Plutnico, simboliza a cabea e a coluna vertebral da criatura humana, logo, a Essncia Divina agindo atravs do sistema crebro-espinhal. Representa, portanto, Jehovah, o Manu Primordial, o Kumara Rei, Deus feito Homem Deus feito Pai, Deus feito Filho, Deus feito Lei. Deus sentado no seu trono, dirigindo os destinos dos homens. A assinatura de Cagliostro, era uma serpente com uma rom na boca. A serpente deslizando, em movimento, tem o formato de S". Temos as iniciais da S.T.B. Serapis a Caminho do Brasil, pois o T como Tao quer dizer caminho. J.H.S. e S.T.B. simbolizam: J.H.S., o Sexto Planetrio atravs do Supremo Trabalho Brasileiro, seno, J.H.S. e sua Santidade Takura Bey, como dois Irmos trabalhando no Brasil. TAKURA BEY o nome daquele onde o Quinto Senhor se acha avatarizado.
Glorificados sejam todos AQUELES que conhecem o sentido real das iniciais
(Srie O.S.G., Aula 1, 1967)
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
10
Vitor Manuel Adrio Sintra, 15 de Setembro de 2011
A fim de servir de cobertura defensiva Obra do Eterno na Face da Terra e queles que eram a expresso viva da mesma no Mundo Humano, ou seja, o Professor Henrique Jos de Souza e a sua Famlia tanto Humana como Espiritual, destinada a assegurar a perpetuao da mesma Obra Divina pelas geraes futuras, o mesmo Mestre JHS fundou na cidade de So Paulo, no dia 23 de Outubro de 1954, a Ordem dos Tributrios. Tambm chamada Hoste Filhos da Luz, referente aos Assuras humanos entretanto redimidos do seu karma passado finalmente integrados Conscincia Divina do Deus do Futuro, AKBEL, a Ordem Tributria, como disse, possua e possui a finalidade de defender e dar cobertura OBRA e ao APTA ou Prespio, Sagrada Famlia, hoje sendo AKBEL ALLAMIRAH MAITREYA e que at 1963 estavam para HENRIQUE JOS DE SOUZA HELENA JEFFERSON DE SOUZA CAF e TAG, estes as Colunas Vivas de JHS, Antnio Castao Ferreira (Coluna J) e Tancredo de Alcntara Gomes (Coluna B), com os seus nomes iniciticos descarecendo ser revelados num estudo pblico como este bem como divulgar, por meio da instruo inicitica, os Ensinamentos deixados pelo Venervel Mestre JHS. Trazendo o Futuro ao Presente e projectando este naquele, a Obra do Eterno fincou as suas razes no Brasil, Pas sob a gide do signo da Virgem em Mercrio, e assim que as O que quereis dos Mestres de Sabedoria? Apenas a erudio passiva, que conduz a uma tremenda confuso mental? Ou quereis accionar a mola da Vontade a fim de vos converterdes em agentes realmente activos, operando em prol da Evoluo Humana? isto que a Lei espera de vs JHS
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
11
Revelaes do Novo Ciclo (Novus Phalux) redigidas em cartas privadas pelo Professor Henrique Jos de Souza (JHS) destinam-se sobretudo aos naturais brasileiros afiliados sua Instituio e Obra, e aos vrios discpulos esparsos pelo mundo, especialmente Portugal, que sejam afins ao mesmo Trabalho Avatrico em plagas braslicas. Toda a trama inicitica envolvendo a vida de JHS desenrola-se em solo brasileiro visando exclusivamente o Brasil, importando para a mesma trama outros pases relacionados ltima vida ou anteriores do Professor H. J. S. (1883- 1963), com destaque, repito, para Portugal. Portanto, os famosos Livros-Revelaes compostos de Cartas-Revelaes de JHS so destinados sua pliade de Makaras e Assuras braslicos, para os instruir e iniciar nos Mistrios da Obra e p-los em relao com o Sistema Geogrfico do Sul de Minas Gerais, para o povoarem e da irradiarem a todo o Brasil e o Mundo os Poderes Divinos contidos em seu seio. Esta a finalidade nacional das Revelaes de JHS. A finalidade internacional secundariza aquela a modo de ilustrao dos valores do Passado rectificados e projectados no Presente onde ancora o Futuro, mormente a presena avatrica dos Gmeos Espirituais Henrique e Helena em solo portugus, tanto em 1800 como em 1899, a guisa de j ento preparar os Assuras lusitanos (Filhos da Luz) para a sua jornada em prol do Futuro abrindo a Rota SW (Sudoeste), destinada a unir o velho Portugal ao jovem Brasil, o EX OCCIDENS LUX! Jornada peregrina que tem incio em 1500 e prossegue at hoje, com as Mnadas numeradas da Obra consciencialmente amadurecidas na Lusitnia para darem os melhores e imperecveis frutos na abenoada Terra de Vera Cruz. Por isto se diz que Hoje PORTUGAL PRESENTE e o BRASIL FUTURO, mesmo j estando presente o Futuro na Obra. Razo para JHS chamar Postos Representativos (da Obra do Eterno) a todos aqueles que expressam sobre a Terra esta mesma Obra, cujas sinergias so projectadas sobre a Oitava Coisa ou Posto que o de So Loureno de Minas Gerais, assim a alimentando continuamente fazendo dela um Sol do Futuro j no Presente. De maneira que no o Brasil de JHS que tem de vir ao Portugal Assrico mas este quele, espiritual ou iniciaticamente falando, valendo isto tambm para as Cartas- Revelaes do Venervel Mestre, para que fique bem integrado o seu propsito principal. A Marcha da Evoluo da Civilizao, o chamado Itinerrio de Io, a Mnada peregrina, no d passos para trs ipso facto. Se esta ou no uma Obra vlida, vale o juzo prudente do Mestre Gamaliel (Actos dos Apstolos, 5-34:39): Se este Desgnio ou esta Obra for s de homens, no tardar a ser destrudo; porm, se for de Deus no o podereis destruir a menos que queirais opor-vos ao prprio Deus. Sendo Obra Divina carece-se da sua proteco permanente, e para isso foi fundada a Ordem dos Tributrios, espcie de Maonaria Teosfica destinada a escudar das influncias das Foras do Mal tanto a Instituio quanto a Obra representada naquela, cuja orgnica defica e humana discorre sobre a Terra desde o Segundo Mundo ou Trono Celeste. Para que a manuteno do Novo Pramantha ou Nova Era de Aquarius exista por parte dos Munindras ou participes da Corte e Famlia Espiritual de JHS, os mesmos devero dotar-se do estado conscincia afim a esse mesmo Ciclo Universal conforme a Lei exige, sem misturas onricas de espcie alguma afins ao retrocesso ou paralisao no estado emocional, invs de avanar para o pleno domnio do Mental. Por isto, a Ordem dos Tributrios possui por lema: REALIZAO ATRAVS DO CARCTER E DA CULTURA, o que se conforma trilogia ESCOLA TEATRO TEMPLO, bem expressa na sua funo real destacando de imediato a efectivao desse lema pelas palavras Realizao Carcter Cultura, a primeira aparecendo como consequn- cia das duas anteriores. O trabalho do Discpulo no Colgio Inicitico Tergico possui dois aspectos: um de
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
12
natureza interna, e outro de natureza externa, um actuando sobre a criao da Individualidade espiritual e outro sobre a apurao da Personalida- de material, portanto, agindo sobre as partes imortal e mortal do mesmo Munindra. O trabalho de natureza interna diz respeito transformao da ignorncia pelo conhecimento, transformando, consequentemente, as nidanas inferiores (vcios de origem psquica) em skandhas superiores (virtudes de natureza mental); superao do quaternrio formal, ou seja, dos maus actos, dos maus vcios, das emoes baixas e dos pensamentos inferiores; finalmente, a metstase, que resulta na realizao plena da Iniciao, determinando o caminho do discipulado ao Adeptado, ou seja, a Trade Superior passar a ser incorporada, avatarizada pelo Munindra, assim transformando vez por todas a sua Vida-Energia (Jiva) em Vida-Conscincia (Jivatm). O Quaternrio Inferior (Mental Emocional Vital Fsico) como plo dialctico do Ternrio Superior (Espiritual Intuicional Causal), exige a subtilizao dos seus veculos para que estes se ajustem ao esplendor do seu Deus Interno, tornando-se compatveis de tal forma que o Esprito possa manifestar-se na sua plenitude. O Caminho Directo, Vereda Radical ou, simplesmente, Iluminao sbita, conside- rado um processo de perigosidade do mais elevado grau, pois, como ensinam os Mestres de Amor- Sabedoria, muitos invs de seguirem o caminho
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
13
que contorna uma grande montanha, em subida gradual para o cume, procuram escal-la em linha recta, saltando por atalhos rochosos e transpondo abismos por um simples e frgil fio estendido. Um Mstico verdadeiro, que rarssimo encontrar-se hoje em dia ao contrrio dos devocionalistas com muita crena e pouco saber os quais campeiam como ervas daninhas por toda a parte, dizia, um Ser desses tal qual um equilibrista privilegiado, de vigor excepcional e prova de vertigens e desmaios, o nico a poder lanar-se a semelhante prova, porquanto at os mais hbeis no esto, certamente, livres de um desfalecimento repentino que os arroje no abismo, quais alpinistas presunosos, conduzindo-os aos piores graus de perversidade. As almas grandes iniciam-se por si mesmas, com a vontade inquebrantvel de galgar o cume da VERDADE ETERNA, no por atalhos tortuosos mas pelo caminho normal da razo e do sentimento com que aprenderam a distinguir conscientemente o Bem do Mal, a Verdade da Mentira, o Real do Irreal O verdadeiro Discpulo no apenas um terico, mas tambm um prtico; no age s com as mayas do intelecto discriminativo e da crena separatista, logo, tampouco bastando que aparentemente seja bom e tenha o bsico dos predicados morais que distinguem o racional do irracional No, pois isso bsico: antes e acima de tudo deve ser sbio e justo, de acordo com o Deus Interior que sua verdadeira Conscincia, o Cristo ou Budha no Homem.
A Sabedoria no indica apenas conhecimento, mas tambm Compaixo e Amor, por ser o lao que une o Ser ao no-Ser, lao que os verdadeiros Sbios, investigando com a sua inteligncia, descobriram em seus coraes. Nenhum ser humano ignorante pode, mesmo que queira, ser justo sem sabedoria. Conhecimento, liberdade e responsabilidade so, essencialmente, as caractersticas que conduzem o progresso para outros estados de Conscincia. Pressupe-se que o Discpulo compreende que o Esprito e o Corpo de todos os homens so unos com o Esprito e a Matria do Universo; logo, desejar unir a sua mente com a grande Mente Csmica ou Alma do Mundo, pois sabe que a mente, e s a mente, que o separa do resto. A Iniciao o Caminho da Renncia e da Justia, que se baseia no estudo e nada mais que o estudo, logo aplicado ou vivenciado corajosamente na vida diria. Estudo e meditao daquilo que o Discpulo recebeu do Colgio de Estudos Tergicos, para cada vez mais conscientizar em si o Ensinamento de JHS e fazer-se ele mesmo um prolongamento do prprio JHS, assim imortalizando a Ideia e Pessoa do Mestre na face da Terra. Sobre isto, disse o nosso Venervel Mestre, o Professor Henrique Jos de Souza: A Verdadeira Iniciao aquela que obriga o homem a descobrir, por si mesmo, o que no pode, desde logo, ser desvendado diante dos olhos dos seres humanos, nublados pelos densos vus da matria em que se acham envolvidos! O homem que pratica a meditao entra num Plano imediatamente superior ao do Mental Concreto, seguindo-se o Bdhico ou da Intuio, por serem os do Plano do Esprito, da Individualidade, e como tal, uma porta aberta para que se d a fuso completa da Alma com o Esprito. Discpulo verdadeiro aquele que segue integralmente a Ideia ou Ensinamento exclusivo de um Mestre, para ns JHS, mas com isso no necessitando ser um exclusivista fantico que no possa ler ou apreciar os estudos doutros autores, mas luz mental do que j aprendeu do seu Mestre. Discpulo verdadeiro aquele que recebe o Ensinamento de Algum e fiel ao mesmo, e ainda, repito, aquele que vivencia e mantm as ideias do Mestre. Concluo, ento, que o nosso Venervel Mestre JHS desejava que todos os componentes da sua Obra desenvolvessem os dons da Inteligncia Abstracta, da Intuio e do Esprito, semelhana Dele. Que fossem portadores da Sabedoria e do
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
14
Amor universais, como Ele era. Que tivessem pela Obra o mesmo zelo, interesse e dedicao que Ele tinha. A superao do quaternrio da persona- lidade atravs da multiplicidade de experincias dirias, a par dos estudo das Revelaes do Novo Pramantha, e tambm das pesquisas cientficas, levando a aprimorar e desenvolver a Conscincia, assim alcanando uma Cultura grandiosa, ou seja, a super-aco ou superao da inteligncia concreta, ultrapassando o crculo vicioso da dico memorizada, discursiva e dispersiva para a aquisio do Mental Superior, adentrando o Mundo das Causas ou da Ideia Pura. Paralelamente ao trabalho de natureza interna, tem-se o trabalho de natureza externa: o trabalho no Mundo, ou seja, o trabalho para e pela Humanidade, a fim de servir a Divindade. Ou por outra, primeiro cuidarmos bem dos nossos para depois sabermos cuidar ainda melhor dos outros. Ningum ajuda algum se no ajudar-se e aos seus primeiros, a no ser que se pense como aquele doente crnico que contudo julga poder curar prodigiosamente aos semelhantes de maleitas iguais ou piores que as suas Mas, o que o trabalho? Pelo Dicionrio Aurlio da Lngua Portuguesa, tem-se: Trabalho (deriv. de trabalhar). S. m. 1. Aplicao das foras e faculdades humanas para alcanar um determinado fim. O trabalho permite ao Homem certo domnio sobre a Natureza. 2. Actividade coordenada, de carcter fsico e/ou intelectual, necessria realizao de qualquer tarefa, servio ou empreendimento. Trabalho, portanto, ocupar-se em algum mister; exercer o seu ofcio; esforar-se para fazer ou alcanar alguma coisa; estar em movimento, em funcionamento. O trabalho permite o pleno desenvol- vimento da vontade, correspondendo ao cultivo da segurana e confiana em si mesmo. Quem tem o hbito de trabalhar no gasta o tempo inutilmente, logo, evita a ociosidade. Trabalho, no sentido tergico, o acto de esforar-se por algum, por um ideal nobre, por alguma coisa a construir, com o sentido de quem tributa alguma coisa para outrem, portanto, o trabalhador tergico um tributrio. O ser trabalhador, o ser tributrio estar sempre em aco a favor de alguma coisa construtiva, sem interesse egosta, executando-a com prazer e no como sacrifcio fastidioso. JHS proferiu, com muita sabedoria, que a Humanidade infeliz por ter feito do trabalho um sacrifcio e do amor um pecado. A nossa Obra, como o prprio nome diz, algo que est sempre sendo construdo, acompanhando a marcha dos ciclos da evoluo humana e planetria, individual e grupal, e assim, tambm, vai sendo cada vez mais apercebida medida que o Discpulo cresce em Conscincia, em responsabilidade para com a mesma. Se o Homem possui o poder de movimen- tar-se, de agir, cria a necessidade de usar esse poder para construir algo, pois a omisso de o fazer redunda em desequilbrio, em disfuno que se reflecte fsica, psquica e mentalmente. Isto leva-me a transcrever um trecho do livro Helena P. Blavatsky Uma Mrtir do Sculo de XIX, de Mrio Roso de Luna, que por sua vez transcreve uma Carta do Mestre Kuthumi dirigida mesma H. P. Blavatsky: O Homem a cristalizao de uma Ideia e por ideias h-de ser sempre guiado. At em sua prpria existncia fsica o Mundo Subjectivo a sua nica realidade, porquanto do Mundo externo que o rodeia ele no pode saber mais do que lhe chega pela conscincia. Semelhante Mundo Subjectivo faz-se mais e mais real ao Discpulo medida que vai considerando o Absoluto como o nico e Verdadeiro, Essencial e Permanente do Grande Todo. Por isso, quem pretende investigar as Foras Ocultas da Natureza, dever antes dirigir todas as suas energias para a realizao do mais elevado ideal por meio do sacrifcio de si mesmo, pelo amor Humanidade e o sentimento da divina compaixo, como as mais altas virtudes que so dadas a alcanar neste Mundo. Quanto mais esforo se gasta para alcanar esta excelsa posio, tanto mais se fortificar a vontade, e quando, dessa maneira, chegar-se a ser Mestre no domnio de si mesmo, ento se produzir, tambm, em seu corpo material a tendncia de fazer instintivamente to- s aquilo que responde ao mais alto ideal. O bom exemplo mais poderoso que o mero ensinamento, para conduzir o Homem no comando da Sabedoria. A aco conjunta, o
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
15
Trabalho unido, pode alcanar os melhores resultados no Plano Espiritual, resultados que logo se reflectiro no Mundo externo. Este Trabalho de Tributrio visa transformao da Sociedade Humana intelectual, moral e nos hbitos, propondo sem impor mas sendo intransgressvel no modelo em tripea ou trs Tribunas proposto por JHS. At nisto o termo Tributrio enquadra perfeitamente, atendendo sua origem latina Tribucci, aquele que paga tributo, ou ainda, ampliando o sentido da palavra, aquele que possui trs atributos, ou trs formas de trabalhar pela defesa da Obra e pela evoluo da Humanidade: como Teurgo, como Instrutor, como Cavaleiro Andante. Tenho realizado estas trs funes, bem sabe o geral da Instituio e da Obra. Tributrio tem ainda o sentido de Tri-Guna, ou seja, Tri-Buna, trs atributos (relacionados a Satva, Rajas, Tamas energias centrfuga, equilibrante, centrpeta): 1. TRIBUNA: TEURGA. Atravs do Ritual Mgico dos Tributrios, envolvendo Fohat e Kundalini, o Tributrio vitaliza o Gnio da sua Espada Mgica dando-lhe conscincia, intelign- cia. Esse Gnio ou Elemental criado pelo Teurgo quem d a cobertura psicomental Obra. Ele opera sobre a desintegrao qualquer embrio do Mal e assim mesmo na dissoluo kama-rupa ou astral dos miasmas, das tendncias negativas e de todas as espcies de perturbaes que possam envolver os membros da Instituio. O Tributrio promove ainda, no decorrer do Ritual e Corrente Mgica, a manifestao da Essncia Divina dos Matra-Devas ou Anjos Celestes criados e alimentado por Fohat. Este o Trabalho Tergico, Mgico, de manuteno superior ou espiritual da Obra. Naquele instante, o Tributrio com a sua Espada e a Tributria com a sua Bagueta (substituvel pela Tesoura), so veculos, espcie de tulkus, ao servio da Lei, do Eterno 2. TRIBUNA: INSTRUTORA. Conheci- mento, Sabedoria. O Tributrio deve ser, tambm, um Instrutor, no sentido de trabalhar na divulgao dos conhecimentos teosficos. A sua grande arma, para lutar nesse campo, o perfeito entendimento da Grande Obra de AKBEL. Para tanto, dever usar da mente ao lado do corao. Esta Tribuna do Conhecimento liga-se ao trabalho do Tributrio nos diversos sectores da vida humana: cincia, arte, filosofia, poltica, trabalho social, etc.
3. TRIBUNA: CAVALEIROS ANDAN- TES. So aqueles que levam a Palavra do Mestre s diversas partes do Pas e do Mundo. So aqueles que devem trabalhar na divulgao da Instituio e da Obra num sentido mais, geral, transformados em autnticos Yokanans ou Arautos da Obra, no raro entrechocando-se com a massa humana inerme, repleta de erros, supersties e fanatismos.
Como a Ordem Tributria destinou-se inicialmente ao Brasil para que fosse digno Trono Avatrico da Divindade, o Venervel Mestre JHS dividiu-o em dois grandes sectores de Tributrios: Norte e Sul. Aos Tributrios do Norte foi destinado o anel com pedra azul (safira), e aos Tributrios do Sul o anel com pedra amarela (topzio). Como se sabe, existem trs Gunas (Triguna) cujas cores so amarelo, azul e vermelho. Mas para os Tributrios brasileiros foram adoptadas apenas essas duas cores para as pedras dos seus anis. Amarela e azul. Logo, pressupe-se haver um terceiro tipo de anel como pedra vermelha (rubi), que no foi institudo nessa Ordem por se tratar de outra modalidade da Misso Tributria, direi, internacional, e assim que aparece em Portugal o anel de pedra verde (esmeralda) para os Tributrios do Norte-Centro do Pas, e o anel de pedra vermelha (rubi) para os Tributrios do Centro-Sul nacional. Interessante que so as duas cores principais da Ordem dos Tributrios reflectidas na Bandeira de Portugal, a guisa de plasmar em seu pano sagrado as duas Energias Universais Fohat e Kundalini.
Essas duas cores das pedras dos Tributrios do Norte e do Sul do Brasil representam, conforme dizia JHS, as duas grandes Raas Mes futuras, Bimnica e Atabimnica. A cor azul est relacionada com a Raa Bimnica, ligada justamente aos Tributrios do Norte ou do Monte ARARAT (Roncador, Mato Grosso), e a cor amarela Raa Atabimnica ligada aos Tributrios do Sul ou do Monte MOREB (So Loureno, Minas Gerais), respectivamente, as sacrossantas Moradas ou Retiros Privados dos Quinto e Sexto Senhores ARABEL e AKBEL.
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
16
Numa certa ocasio, JHS disse: Quero ver os Tributrios rodando por todo o Brasil. Eles so mveis, e a Ordem do Santo Graal, Sector Templrio, imvel. Por que estamos organizando os Tributrios? Para movimentar o Pramantha, no aspecto visvel. Que observamos? Tributrios do Norte, ou do Ararat, e Tributrios do Sul, ou de Moreb. Vamos reproduzir, futuramente, o trabalho que est sendo feito pelos Excelsos Seres KRIVATZA e SO GERMANO (que se permutam, ciclicamente, entre Ararat e Moreb). Hora os Tributrios devem estar em Ararat, ora devem estar em Moreb. O que fazemos hoje em So Loureno, amanh teremos que fazer em Arabutan (Roncador). Devemos cruzar o Brasil de Norte a Sul, de Leste a Oeste; objectivando os Poderes ou as Energias de Fohat e Kundalini, todas as Hierarquias viro ter nossa Obra. Por outras palavras: todos os movimentos das Hierarquias Criadoras na face da Terra terminaro em nossa Obra. Se o Sistema Geogrfico Sul-Mineiro esti- vesse povoado com o valor matemtico de membros da Obra como JHS pretendeu, e as suas orientaes estives- sem sendo plenamente reali- zadas, se no mesmo j realizadas e portanto j no plano das realizaes de Maitreya abrindo alas ao Seu Advento sobre a Terra, que aconteceria hoje no Brasil em relao Obra do Eterno? A Ordem do Santo Graal, com os seus 32 elementos (12 Goros, 10 Cavaleiros e 10 Arqueiros), formaria o Sector Interno, Templrio, em So Louren- o, juntamente com 111 casais de Irmos da Obra, representando os 222 Maka- ras da Corte de AKBEL junto ao APTA que , sobretudo, a Famlia Sedote de JHS no escrnio do MEKATULAM, no Bairro Carioca. Ao redor de So Loureno haveria 111 casais em cada uma das 7 cidades do Sistema Geogrfico Sul-Mineiro, dando um total de 777 casais ou formas duais, representando os 777 Assuras. Desta maneira, estaria formada na face da Terra a expresso do OITAVO SISTEMA. Depois, viriam os Tributrios, formando o Sistema Inter-estadual, poltico, cientfico, religioso, agindo, enfim, como se fossem os antigos Cavaleiros da Tvola Redonda, dando filhos para a Obra, formando a Semente da Nova Civilizao. Essa Semente ou os Jovens da Obra, os Cadetes da Ararat, liderados pelos Cavaleiros do Ararat, iriam se fixando no Sistema Geogrfico do Roncador firmando, dessa maneira, o trabalho relativo ao 5. Planetrio, o Excelso ARABEL. Disse JHS: Os Tributrios so responsveis pelos Cadetes do Ararat. Os Tributrios seriam os pais, ou aqueles que deveriam orientar os Cadetes, sem atritos
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
17
Os Cavaleiros Tributrios, liderados pelo Prncipe do Santo Graal, o Augusto AKDORGE, como se fossem os novos Cavaleiros da Tvola Redonda com o novel Rei Artur dianteira, formariam os Centros de Realizao, as Tvolas Tributrias, engrandecendo o Brasil, ritualistica- mente, politicamente. Esse o seu trabalho no mundo, junto Humanidade. Como j foi dito, a Ordem dos Tributrios tem o Supremo Dever de defender e manter fisicamente o BUDHA-BUDHAI, seu Chefe Mximo resguardado nas entranhas sibilinas do Monte MOREB, ou seja, HLIO E SELENE, Sol e Lua Humanos, veculos do Guerreiro Celeste AKDORGE (PAULO) e do Profeta de Deus AKGORGE (DANIEL), nascidos em 10 de Fevereiro de 1935, que por sua vez so as Colunas Vivas do Excelso AKTALAYA (LOURENO), a Alma gnea Universal. Os Paraninfos do BUDHA-BUDHAI: o Chefe dos Yokanans, CAFARNAUM, e a Sacerdotisa do Mekatulam, NOMIA. Tudo isso se liga criao e manuteno do Novo Pramantha. Este oferece os recursos e ambientes da mais elevada natureza para que a Humanidade desperte o seu Deus Interno, e o faz trazendo os valores do futuro Quinto Sistema, indissoluvelmente unido ao Sexto, a este Quarto ainda em realizao. Trata-se, pois, de um Saque contra o Futuro. O Pramantha, operando a partir de Agharta, seno das Quinta, Sexta e Stima Cidades Aghartinas, vem a materializar-se sobre a Terra atravs do trabalho conjugado dos Adeptos Perfeitos, Mahatmas, com os Munindras da Obra do Eterno, vindo criar vestes compatveis com a percepo de to subtis elementos pelos seres humanos, para estes poderem ser inspirados nas boas obras, na transformao da Civilizao. O Pramantha vem a ser o movimento JINA ou JIVATM inverso ao do JIVA ou homem comum. Se as iniciais M. G. de Mato Grosso e Minas Gerais vm a ser as mesmas do MAHA- GURU, Supremo Instrutor, este revela-se como sendo MELKI-TSEDEK, M. T., iniciais de Munindras e Tributrios, os dois Sectores da Ordem do Santo Graal, que quem traz manifestao essa outra M. T. ou a misteriosa Maonaria Aghartina dos TRAIXUS-MARUTAS, identificada Igreja Secreta de So Joo, isto , a Excelsa Loja Branca dos Bhante-Jauls vibrando em Agharta, vivendo em Duat, convivendo em Badagas e interagindo com a Obra do Eterno na Face da Terra. Isto significa que todos os Retiros Privados de Adeptos Perfeitos esto hoje representados nos Templos desta mesma Obra Divina, facto pressupondo que a adivinhao da localizao geogrfica e at a afirmao positiva da frequncia imediata deles no passar de inteiro e redundante logro para algumas mentes afecti- vas e, por certo, afectadas pelo deslumbramento da demasiada Luz para as suas capacidades imediatas. Fixe- se bem: a evoluo dos seres vivos faz-se exclusivamente sobre a Terra, enquanto Agharta s se manifesta sobre a Terra na ESCOLA TEATRO TEMPLO desta Obra do Eterno. Ipso facto. A defesa e manuteno da Obra do Eterno na Face da Terra apoia-se nas aghartinas ou divinas Trs Mitras e Trs Coroas, aquelas
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
18
sagradas no dia 9 de Setembro de 1942 no CAIJAH, Capital do Mundo de DUAT, como sejam: NARADA (AKDORGE), NAGA-RAJA (AKADIR) e NADYJA (KADIR). Foram os Grandes Sacerdotes de Deus que derrotaram com o Poder do Esprito as foras diablicas de Hitler. Tambm entronizadas no CAIJAH, as Trs Coroas que Aqueles representam, so: MAA ou MAHA- SHIN (AKTALAYA), TUBU ou AK-DJIN (AKGORGE) e AT ou AK-SHIN (AKDORGE). Como a Ordem dos Templrios (O.S.G.) presta Homenagem ao seu Orago AKBEL, assegurando a Autoridade Espiritual, a Ordem dos Tributrios rende Tributo ao seu Patrono ARABEL, mantendo o Poder Temporal, este a ver com o Governo Oculto do Mundo e aquele com a Grande Fraternidade Branca, sectores distintos de uma mesma Organizao.
Na Hora presente da Humanidade, desde 24 de Junho de 1956, o Excelso Quinto-Theo ARABEL (ARATUPAN-CABAYU) comanda atravs de AKDORGE que faz as vezes de REI DO MUNDO os Sete Dhyanis-Budas do Novo Pramantha, a partir da Fraternidade Jina de MATATU-ARARACANGA, Roncador, os quais irradiam as suas Tnicas a toda Terra pelos afins Postos Representativos nacionais e internacionais representados, ante a Tribuna da Humanidade, pela Ordem dos Tributrios, esquema que se dispe do seguinte modo simplificado: So os Tributrios quem tributam Melki- Tsedek, dando-lhe a dzima ou dcima parte da sua colheita ou evoluo pessoal a favor do resgate krmico colectivo, sobretudo dos Assuras cados em mltiplas tragdias que so um lacrimrio de flores na Histria da Obra. Este o sentido primordial da dzima de que fala o Gnesis no Antigo Testamento, e qualquer outro significado secundrio a ver com factores econmicos exclu- sivamente profanos, corre por conta exclusiva dos seus promotores nada Assuras e tudo Jivas que dele se servem para espria e desalmadamente explorarem os seus semelhantes, facto severamen- te criticado imensas vezes por JHS nas suas Car- tas-Revelaes, deixando a REVOLTA (prpria
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
19
do Quinto Senhor) na Carta-Revelao de 04.11.1959: Eu sou um falido, porque dei tudo o que era meu aos que choravam de joelhos aos meus ps. Isto vocs no sabem. Sempre os negcios, sempre as mulheres, as garotas que s gostam de velhos com dinheiro Dos seus lbios s sai uma palavra: dinheiro, dinheiro. O seu deus o Bezerro de Ouro E tudo isso a um Homem que, todos sabem, poderia at materializar dinheiro, desde que no fosse quem para ser um ladro do dinheiro alheio Os nossos inimigos se contam s dezenas. Mas eles vo passar, tambm, por desgraas terrveis, acompanhando o ciclo agonizante. Eu sou livre mas estou prisioneiro deste mundo imundo em que sou obrigado a viver, como o maior dos absurdos Tambm temos de construir uma cadeia na Obra para prender os que roubam as nossas Revelaes e as do como suas. O Horror do Dies Irae que se manifesta Uma Espada e um Bculo, Oriente e Ocidente, Kundalini e Fohat. Espadas, sim, e Baguetas, no comeo, Tesouras. Por falar em Cartas-Revelaes, no seu Livro do Renascimento de Akbel (1957), JHS descreve as trs Ordens por ele fundadas e coloca nas suas cumeeiras os trs Luzeiros (Ishvaras) na mesma razo das trs qualidades da matria, como sejam:
Se So Loureno relaciona-se ao Mundo inteiro, Nova Xavantina representa toda a Amrica e, finalmente, como ponte ou vau Itaparica vem ter a Portugal, tanto histrica como iniciaticamente. De facto, PORTUGAL desde a Tragdia do Glgota h dois mil e alguns anos que sempre foi um formigueiro de Assuras, que vindos do Oriente para o Ocidente aqui aportavam para desenvolver a sua conscincia MENTAL SUPE- RIOR em conformidade ao estado de conscincia do QUINTO LUZEIRO entronizado sob SINTRA e projectado no grantico RONCADOR. Tal Luzeiro o 5. Senhor do Lampadrio Celeste, ARABEL, o Deus da Ara, do Altar, ou do Fogo, como Senhor do Quinto Sistema. Amor, Glria e Justia. O QUINTO IMPRIO foi implantado por Mim (AKBEL, o 6. Luzeiro) na Face da Terra. O dia de hoje (24 de Junho de 1956) tem o nome de ENCOBERTO (Livro do Colquio Amoroso, por JHS, 1956). Aps desenvolvidas as faculdades corporais, vinham desenvolver em PORTUGAL as faculdades espirituais, aps o que transmigravam para a Oitava Coisa Futura, o BRASIL. Assuras so todos aqueles seres de terceira classe da Cadeia Saturnina que acompanham a Evoluo geral de Ronda em Ronda, de Globo em Globo, de Cadeia em Cadeia, dianteira da mesma, e que a partir da 3. Cadeia Lunar ficaram sob as ordens de LUZBEL que veio a sonegar a Ordem do Eterno e acabou desterrado nas malhas tenebrosas da Matria, acompanhando-o esses mesmos Assuras revoltados contra Deus. Desde que AKBEL se manifestou na Terra para salvar o seu Irmo perdido, a Corte deste passou a ficar sob a direco do mesmo 6. Senhor, principalmente a partir da 3. Raa-Me Lemuriana da actual 4. Ronda da 4. Cadeia Planetria. Os mais evoludos dos Assuras humanizados ou encarnados por essa razo, chamam-se Makaras, e tm a funo de sacerdotes e instrutores, enquanto os restantes de governadores e tambm instrutores. Num total de 777 Seres de classe aparte da Humanidade geral, so a elite desta e a esta misturada bem em conformidade confuso catica deste grande Ciclo da Kali-Yuga onde se vai plantando uma pequena Satya-Yuga. Revela JHS na sua Carta-Revelao de 17.12.1959: Tudo pode acontecer, a comear pela minha morte. Mas tambm a minha vida no foi to afim com essa mesma Obra. Gastei-me enquanto a Obra mais se modernizava ou se tornava mais acessvel aos privilegiados do Mundo. Quem foi H.P.B., quem foi Olcott e o seu papel na Teosofia simplesmente Mental, depois do Espiritismo Kmico ou Astral?... A seguir, vindo
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
20
ns, como valor equilibrante de Manas Taijasi e Budhi Taijasi. Com palavras bem minhas: Bimnica e Atabimnica. Faamos agora uma sntese de todo o Passado desde a Lemria at hoje. Sntese ou linhas gerais, tanto vale, porquanto todos na Obra esto fartos de conhecer a Histria, pelo menos desse modo: a Esfinge foi o nosso corpo andrgino, representando, ao mesmo tempo, as 4 Rondas, do mesmo modo que o a Montanha Sagrada com Rabi Muni no seu interior, e perodo de estgio para mim at chegar a Hora Avatrica.
A Esfinge saiu das duas Raas anteriores at ao momento de, na 3 Raa-Me, o que se chamava de Humanidade se ter separado em sexos (pois at ali eram seres andrginos). Dela, Esfinge, saram os 7 Reis de Edom; depois destes, os 111 Makaras que logo se desdobraram em formas duais (222), pelo Poder de Kriya-Shakti (o mesmo fenmeno de Eva sair da costela de Ado); e, por ltimo, os 777 Manasaputras. O sexo tornou-se to desenfreado a ponto de, no final daquela Raa, os degenerados terem-se ligado a animais (parecidos com a lontra que conhecemos), e destes sarem os produtos hbridos que se conhecem com o nome de smios ou macacos, dos quais os mais prximos daquela poca so os antropides, indo ter ao simples sagui, no mais estranho de todos os tulkusmos aberrantes... e todos eles sempre propensos ao sexo, imoralidade. Sim, da nasceu o amor passional, e at hoje os homens confundem Amor com paixo e sexo, como prova na maioria das vezes o seu amor pela apaixonada ser apenas o de procurar a satisfao carnal ou do sexo, do desejo. So rarssimos os que pensam em montar o Lar, em ter os seus filhos, a prole que far perdurar o seu nome na Terra, etc. E foi assim que depois de uma destruio pelo fogo daquele continente, como se v no Pacfico em ilhas ou pedaos... sobreveio a Atlntida, a Raa equilibrante, com todas as
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
21
Hierarquias presentes. Como se sabe, os Nirmanakayas Negros surgiram das 3. as classes de Barishads e Agnisvattas. O mal foi to grande que acabou por se querer tirar a vida aos Gmeos, na sua forma tulkustica de Adam-Heve. Esta foi achada vazia e a revolta foi maior ainda, a ponto do 5. Senhor, achando-se enganado, dizer a Deus: Pensastes que me enganaste, mas foi a Ti mesmo que o fizestes. Perigava a entrada da 5. Raa, com o domnio do Mental, para os seres j transformados em homens pelo caldeamento atlante, digamos, mais a caminho de deuses que de seres da espcie dos que ento haviam surgido dos deuses com as filhas dos homens. Pense-se bem como o fenmeno do Homem decado lemuriano tem algo a ver com o do Deus decadente surgido na Atlntida. O Eterno desce Terra e se faz 5., este prisioneiro numa Shamballah bem diversa da de hoje. E frente dos remanescentes Adeptos da 4. Raa, Ele mesmo d impulso ao primeiro passo Ariano, deixando de lado os Gmeos, que depois so reclamados como Manus da referida Raa, conduzindo para o Planalto do Tibete, no mesmo lugar do nosso Templo na 4. Dimenso, a semente escolhida dentre os atlantes. E logo vieram os Dez Mandamentos, com os quais os homens deviam manter a espiritualidade na sua evoluo, daquele dia em diante. Desses Mandamentos foram retirados outros, inclusive os de Moiss, em forma de Rigor, enquanto os primeiros em forma de Amor... como o 5. o disse no COLQUIO AMOROSO, mostrando as duas espcies de linguagem ali empregadas. Por isso que, no Templo, os primitivos (Mandamentos) devem figurar no Altar, do mesmo modo que nos Altares das Casas Capitulares, sob a proteco do Sacerdote, etc. E os Gmeos, piv de todo o mistrio da Evoluo na Terra, ora se faziam deuses, como eu no Egipto, no deus-deusa Ptah, e ela na ndia, em Upasika (nome que tambm foi dado, preste-se ateno, a Blavatsky, mas na razo de discpula, eu diria da primeira, pois como fiz ver ontem, ela dizia que era uma outra quem por ela escrevia, etc.), ora se faziam homens. Cheguei mesmo a ser um rei vagabundo, todos sabem do fenmeno... e assim at chegar ao Brasil Fencio, de que todos conhecem a tragdia da barquinha, os mistrios da Pedra da Gvea, etc. E, j agora, aquele Ser que veio da ndia para ali ficar por algum tempo, pois ele foi recompensa do Karma o nbio morto com os Gmeos, e era quem fazia mover a barquinha. A nbia no podia deixar de ser a sua Shakti... Os preparativos para o Trabalho de hoje, o Quinto, sempre ligado ao Quarto... procurou destruir sob o nome de Mano Satanas, como lhe chama a lenda rabe, sobre a qual Gustavo Barroso (logo neste momento que morre) escreveu no seu livro Aqum da Atlntida. O seu nome est escrito entre os redimidos do ltimo Julgamento. Bem que o merecia. Depois da Atlntida tivemos mais duas vidas integrais, inclusive no Oriente e no Ocidente, vindo ter Revoluo Francesa, onde S. Germano era o 6. e Cagliostro o 5.; o 4. foi o verdadeiro Jos Blsamo tudo isso figura no fenmeno do Tulkusmo. Agora mesmo se v Kadir e Akadir a meu lado: um no Norte, Roncador, Bahia, etc., e outro no Sul, Minas, S. Loureno, mesmo at com Kadir no Oriente, como Mestre mayvico em Simlah, e Akadir no Ocidente. Grande Trabalho teve ele no papel Mansico a meu lado, enquanto o de Kadir tambm Mansico, mas em Simlah, enquanto os dois Kumaras, Sanat e Kali, em Srinagar, ou ndia, Tibete, etc. Todos conhecem os factos desenrola- dos na Revoluo Francesa... a ponto de perderem a cabea 432.000 pessoas, o mesmo nmero de almas que foram salvas quando eu dei a Atlntida como redimida, na ento Matriz da S.T.B. no mesmo sobrado da Rua Buenos Aires, etc. Vamos aqui abrir um parntesis interessante guisa de anotao, que o da Evoluo dos 3 Reinos da Natureza anteriores ao Humano ou 4., na razo dos 3 Sistemas anteriores para o 4. em que estamos. Como o Brasil ser o Bero da Nova Civilizao, j foi dito vrias vezes, e Portugal o Arquivo das Sub-Raas Arianas, inclusive a Greco-Romana, etc., notam-se coisas interessantes: na espcie aviria, digamos assim, vemos a formao de classes da mesma espcie que raramente se unem canrios hamburgueses, a ver com a Raa Anglo-Saxnica; canrios belgas, a ver com a Raa Latina. Os pardais foram o Karma como ave que foi
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
22
trazido para destruir o esforo dos homens. Comearam matando o tico-tico, to amigo das crianas, serviram de portadores dos micrbios inclusive de galinheiro para galinheiro da colerina, molstia que dizima as nossas aves aos milhares. No falemos nos urubus, que so os mesmos corvos da ndia que at cadveres devoram em Bombaim, porque a tradio fantica dos hindus assim o permite. Ave agourenta e carniceira que procede da Lemria, como o anu, etc. E isto apenas para provar que todos os Reinos da Natureza animais, vegetais e at minerais acompanham a seu modo a Evoluo Humana. Sim, uns favorecendo, outro servindo de obstculo e at de morte... E chega a hora, digo depois desse parntesis necessrio de que Rabi Muni a sua sntese... dos Gmeos virem para o Brasil, depois de seu avatara momentneo na Serra de Sintra, apresentados pelo 5. Bodhisattva. Sim, no palacete vizinho ao Passeio Pblico, hoje Palcio da Aclamao onde funciona o Governo da Bahia, digo, foi a o impulso da Obra. Com longos cabelos fiz o papel de mulher, no mais sublime de todos os vaticnios para o primeiro dos meus, tambm, impulsos evolucionais na Terra, ou Vitria de Herakles sobre o 5., matando a sua Shakti, a Hidra dos sete cachos transformados em serpentes. E para que fosse vitorioso tamanho Mistrio, aqueles mesmos cabelos cortados com 5 anos foram ter na cabea do Senhor dos Passos, isto , do 5. Bodhisattva, o mesmo que fez o nosso avatara em 1800, na Serra de Sintra. Onde j se viu tamanha causalidade, tamanha grandeza em matria de causalidade?... Deus foi sempre o mgico testemunho da vida dos Gmeos. Mas a contraparte s apareceu quando ambos tinham 16 anos, a idade do Eterno Adolescente. E assim foram ter a Itaparica, a seguir, a Lisboa, mas da maneira que todos conhecem... Finalmente, na casa n. 63 da Rua do Pilar, digamos, com a penltima batalha... at chegar a hora da ida Montanha Sagrada em S. Loureno, e finalmente chegar ao dia de hoje, quando aqui bem perto, no Monumento do Ipiranga, foi realizada a 6. Unio, com a presena de Irmos e do prprio Povo paulista. A seguir, a bandeira materializada de So Paulo. No esquecer que, na Praa da S, tambm foi feita a devida homenagem, como que relembrando os feitos de Anchieta, de vida andrgina... em separado, etc. Do mesmo modo, no Monumento das Bandeiras, porque as Bandeiras do Mundo no estavam de acordo com as Bandeiras Bandeirantes do Itinerrio Evolucional de IO... Mas preciso voltar atrs para dizer o motivo porque eu chamava Krishnamurti de aborto de Bodhisattva: primeiro, por no ser, de facto, o Messias, ou antes, o Avatara Maitreya, como eles queriam que fosse, isto , os de Adyar. Depois, porque foi, de facto, aborto, na vida de Lus XIV, quando Jean le Flibustier teve a cabea decepada, e Magdeleine de la Motte envenenada pelo veneno que lhe foi fornecido por La Voisin, a famosa feiticeira da poca... Blavatsky no poderia ousar em apresentar algum messias, pois foi ela prpria quem escolheu o lema Satya Nasti Paro Dharma, No h religio superior Verdade, muito menos, uma nova religio. Esse Trabalho era bem nosso, tanto no Messias ou Avatara desse nome, como na Nova Religio, de acordo com o Pastor Angelicus ou Pio XII, aquele que foi Pedro... No prximo nmero de Dhran, o Ven. Dr. Ermelino Pugliese apresentar valioso trabalho nesse sentido, estribado numa notcia dos jornais sobre homens de grande cultura que apontam uma Nova Religio, em lugar das mltiplas que interditam a prpria Evoluo Humana. E isso sem esquecer as Profecias, inclusive a de Paracelso, ou a que foi comentada por ela, Blavatsky. Henrique e Helena so nomes nascidos no Ouroboros bem por cima do Olho de Druva ou Estrela Polar... Valha a honra de quem em seu prprio nome o apontava. E que no Odissonai vale duas vezes na Sexta Linha, bem sua como Sexto Sistema, volta Quarta Linha, o Mundo, e volta ainda para a Sexta com som de Stima, no sentido de descida. Com esse roteiro breve de algumas das vidas integrais e parciais do JHS fazendo uso das suas prprias palavras, devo agora adiantar que nem todos os Makaras e Assuras da Corte de Akbel tero reencarnado na poca da sua permanncia na face da Terra, portanto, entre 1883 e 1963, mesmo que boa parte dos mesmos tenha efectivamente reencarnado. De 1963 para c tornou-se mais rara a apario de Assuras e
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
23
rarssima a de Makaras, possivelmente por j no terem o seu Dirigente sobre a Terra. Isso no invalida a reencarnao de valorosas almas Jivas que, vez por outra, vm abrilhantar com maiores e mais dignos valores o colar de Sutram que une a Famlia Humana, muitas delas pertencentes Hierarquia Planetria dos Adeptos Perfeitos humanos. Sabendo melhor que ningum, por ser o principal Protagonista da multimilenar Pea Inicitica, o Professor Henrique Jos de Souza deu como cores mores da Ordem dos Tributrios o verde e o vermelho (mesmo que a cor das capas tributrias seja vermelha e amarela, mas no prescindindo daquelas matizes primordiais) como Homenagem a PORTUGAL e Tradio dos seus Maiores, perfilados secretamente como ORDEM DE MARIZ cujas cores so as mesmas dos Tributrios e cujo Ritual Mgico sob a gide do FILHO ou ESPRITO SANTO, plasma na Terra o PAI (Fohat) e a ME (Kundalini) Csmicos, numa verdadeira YOGA UNIVERSAL que a de AKBEL que aqui ele destinou redeno assrica dos Lusos ou Filhos da Luz na sua poca renascidos no nosso Pas mas em breve a maioria deles rumando para junto do Professor. De maneira que a Lusitnia Assrica igual a Portugal Tributrio, nisto residindo a chave do mistrio do tesouro real portugus desapare- cido no tempo de D. Joo VI, assim como a do igualmente desaparecido tesouro dos tem- plrios, no fundo e realmente no sendo seno o tributo espiritual de Portugal ao Brasil abrindo um novo ciclo de progresso da Humanidade com a ida de D. Joo VI para a, e assim tambm com o tributo dos antigos templrios a Melki-Tsedek, o Rei do Mundo, tributo esse no tanto em ouro, pedrarias e outros valores materiais mas, sobretudo, em ouro espiritual, ou seja, pelos seus mais nobres e abnegados esforos em contribuir para a criao do Quinto Sistema de Evoluo Universal, tanto que a Ordem Templria, Guerreira, era notoriamente Tributria do Quinto Senhor Jesus Cristo ou o Quinto Bodhisattva Jeffersus. Os factores imediatos fiducirios e profanos escondidos nas entranhas de Sintra, como pretenderam certos autores no ido 1987, levantando grande celeuma no pas, levou-me a contrapor a isso publicamente com o argumento at ento indito, impensvel, da relao inicitica de Sintra, cabea motora das sinergias nacionais, com o simbolismo das dzimas das Ordens Iniciticas a Melki-Tsedek nesse mesmo lugar, por outras palavras, a relao jina ou aghartina dessa Montanha Sagrada com o Imperador Universal tributado por um mesmo Instituto, sob nomes diversos de acordo com os ciclos histricos da sua manifestao, O representando sobre a Terra, ou seja, a Ordem dos Tributrios. Na altura em que se falou em desenterrar o tesouro real juntamente com a coroa real (sic), tive ocasio de dizer ao jornalista que me entrevistou (Victor Mendanha, Correio da Manh, 17.6.1987): Eu questiono o dos- sier sobre o Tesouro da Casa Real que se encontra nas mos do Governo, pois julgo que possui apenas uma migalha do Segredo e pouca noo da responsabilidade do caso. Estes assuntos tm de ser vistos com outros olhos, pois s se atinge a Matria-Prima quando o nosso corpo se encontra rectificado e alinhado. Quanto Coroa Imperial Portuguesa, s reaparecer superfcie da Terra quando o Encoberto vier e instaurar o Quinto Imprio, o que ainda demora relativamente. O Quinto Imprio o Quinto Sistema de Evoluo Universal representado j pela prxima Quinta Ronda da Terra e mesmo j na actual 5. Raa- Me Ariana, e o Encoberto ARABEL o AL- DJABAL, Todo-Poderoso, manifestado por Maitreya, Mitra-Deva ou Akdorge, tanto vale. Na ocasio no falei to abertamente, por ainda no ser chegada a Hora de 2000, mas ficaram todos os
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
24
subentendidos. O facto que depois disso o assunto esmoreceu e caiu no esquecimento. Melhor para todos os que ambiciosa e insensata- mente queriam o impossvel Por falar em SINTRA JINA, a KURAT- AVARAT, e nos Mistrios da Obra que vem encantando tantos que no entanto preferem manter-se fora da mesma mitigando as suas curiosidades impberes com o que Ela oferece ao pblico geral, indo com isso alimentar a sua fantasia precoce filha da ignorncia, trago aqui excerto de carta privada endereada para So Loureno de Minas Gerais, relativo ao clebre Trito do Palcio da Pena de Sintra, que agora alguns j classificam de alegoria da Criao do Mundo, mas sem saberem realmente porque:
sempre com muita satisfao que tenho o prazer de falar consigo, nem que seja por este meio j que So Loureno (MG) fica longe Compreendo muito bem a sua questo referente esttua do trito na entrada do Palcio da Pena de Sintra. A sua histria lendria conhecida de poucos, mas vale a pena record-la e estabelecer a sua interpretao com os Ensinamentos da Obra, que nisto tenho a primazia. Se a sua pessoa me questiona porque tem interesse, e se tem interesse porque procura saber, e se procura saber no implica que eu interprete tal como busca de polmica, ainda mais vinda da sua to generosa e grata pessoa No penso tal coisa nem de perto, nem de longe, nem de nada
A Serra (Sagrada) de Sintra alfobre de lendas e mistrios desde sempre. Pedao da Atlntida que sobreviveu ao Dilvio Universal, os habitantes posteriores do lugar, nomeadamente os celtas, comearam a difundir a tradio que na costa martima da Serra de Sintra, em grutas que o mar furioso protegia, viviam sereios fantsticos barbudos e com caudas de peixes que vez por outra apareciam aos navegantes, ora para os proteger, ora para os perder lendas mas tema que Plnio o Velho, no sculo I de. C. e j no perodo celto-romano de Sintra, retomaria e deixaria escrito para a posteridade. Depois, no sculo XVI, o cronista Damio de Gis retomou essa lenda e acrescentou-lhe pormenores que Plnio o Velho no fizera, ou seja, dourou ainda mais a plula da lenda. Finalmente, no sculo XIX, o rei D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha comprou o abandonado Convento de Nossa Senho- ra da Pena e converteu-o em sumptuoso Palcio, e como era um rei romntico (ele foi a expresso mxima do Romantismo em Sintra) apaixonado pela Serra e tudo que lhe dissesse respeito, mandou esculpir essa figura fantstica do Trito sob a janela do seu Palcio, a guisa de evocao e memria dos habitantes sobrenaturais do mar de Sintra. No seu livro oitavado, O Quinto Imprio (cujo poema muitssimo citado pelo Professor Henrique Jos de Souza), o escritor, poeta e ocultista Augusto Ferreira Gomes, amigo do igual escritor, poeta e ocultista Fernando Pessoa, portanto, j no sculo XX, tambm se refere a essa escultura fantstica nascida da lenda. Eis a razo de estar a, num lugar onde arquitectonicamente o Rei Iluminado D. Fernando II quis o UNIR O ORIENTE AO OCIDENTE, sim, ao construir o Palcio nos estilos oriental (inspirado na Alhambra rabe, em Granada, Andaluzia, Espanha) e ocidental (ins- pirado no Palcio Real da Baviera, donde ele era
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
25
originrio), dando vazo celebrrima Profecia de Sintra de que tanto falava o Mestre JHS associando-a Obra do Eterno e ao EX OCCIDENS LUX ou Ciclo Ocidental do Esprito Santo. Posto isso, vamos ao indito, quilo que nunca escrevi em literatura pblica e que talvez D. Fernando II, por suas ligaes ao mundo esotrico da Maonaria e da Rosa+Cruz, soubesse parcial- mente (mesmo que acaso, numa das suas perdies na noite ou no dia sintriano, em cuja Serra costumava perde-se, tenha tido o privilgio rarssimo de encontra-se com GENTES DEL OUTRO MUNDO, parafraseando o carssi- mo Mrio Roso de Luna, no significava que fosse detentor dos Mistrios Sapienciais a ver com este Quinto Posto Representativo da Obra do Eterno, mas tambm no invalidava o facto de ser Iniciado real ou verdadeiro. Sim, porque ser-se Iniciado verdadeiro no implica deter a totalidade do Conhecimento Inicitico, implica, sim, atingir o estado de Conscincia que confira efectivamente com tal condio que bem se pode chamar Supra- Humana). 1. O Trito (evocao neptuniana) representa o Povo Atlante de KURAT, nome do Quinto Canto desse Continente, portanto, o Povo de Alm-Mar, do Ultramar ou ante Dilvio Universal, donde o seu espcie martimo ou ligado presena das guas (do Atlntico, topnimo herdado das deusas gregas, as Atlantes, as mesmas Pliades ou Krittikas, por sua vez tendo-o dado ao Continente onde viviam: a ATLNTIDA). 2. Como os Iniciados atlantes foram prevenidos pelos seus Instrutores da eminncia da catstrofe, e logo recolhidos ao seio da Terra fechando as entradas sua passagem (donde se ver um pouco por toda a Serra enormes grutas bloqueadas por toneladas e toneladas de rochedos que impossibilitam a menor hiptese de avanar), ficando para trs a maioria, quase a totalidade, da populao enlouquecida pelos sequazes do 3. Senhor LUZBEL, ou melhor, da sua CHAYA ou SOMBRA PSICOFSICA, cada nas prticas mais nabalescas e que s as guas purificadoras do Karma poderiam lavar, purificar, redimir Pois bem, desse evento da Histria da Obra referente origem dos SEDOTES ou BADAGAS da Cidade Jina de Sintra, ficou a memria deturpada ou ofuscada pelos milnios de ignorncia por apartamento da Lei Eterno, e inventou-se a lenda dos sereios que vivem escondidos em grutas na orla martima da Serra, que o mar furioso no deixa que se penetre nelas. O facto dos sereios ou trites (Trito a forma do Deus Neptuno, que no Perodo Atlante tinha aqui o seu Templo de Vestais e Sibilas e se chamava REJ-VAH, isto , Lua Azul, e para sempre SINTRA ficou tradicionalmente conhecida como SERRA DA LUA, a mesma AZUL de RAJAS ou o Mar do Akasha-Mdio, sim, o Trono da Me Divina ALLAMIRAH. Donde a ligao de Praia Grande de Sintra a Mar Grande de Itaparica) encaminharem ou perderem os navegantes, tambm lenda (nascida da clarividncia involun- tria de alguns vendo os espritos da Natureza ou elementais do Plano Etrico devido a alguma sobre-excitao momentnea): significa to-s que os BADAGAS do INFRAMUNDO podem muito bem servir de Guias fsicos aos Iniciados verdadeiros, mas que arredam de si e do seu meio todos os despreparados e profanos, servindo-se de todas as formas ilusrias akshicas ou etricas de MAYA-VADA, inclusive materializando-as, po- dendo redundar em graves prejuzos psicofsicos para os que insensatamente se lanam em aventuras esprias.
3. Cosmogenicamente, o Trito repre- senta a Hierarquia dos Pitris Barishads, a ancestral oriunda da Cadeia LUNAR, e por ser ancestral ou anci a figura apresenta-se como um velho barbado; e por o seu Plano mais denso ser o ETRICO sob a influncia da LUA que regula as mars do oceano da Vida Terrestre, eis a razo da sua cauda de peixe (isto independentemente de PORTUGAL estar sob a gide do signo de PEIXES JPITER, este o Ancio dos Dias, o Logos Primordial (Stimo, ASTARBEL) mais prximo do ETERNO; por seu lado, do outro lado do Mar o peixe inferior do signo luso (Piscis) aponta o Brasil sob a gide de VIRGEM MERCRIO. Mas o signo do Brasil no o SOL do Rio de Janeiro, isto , LEO? Sim, mas s para essa cidade capital do Estado, porque o SOL DA
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
26
NOVA AURORA o OCULTO que ora desponta no horizonte do Mundo, ou seja, MERCRIO ou BUDHA (o seu nome snscrito e pli) MAITREYA!). 4. Antropogenicamente, o Trito repre- senta os 4 Elementos reunidos num s, sendo portanto a Quinta Essncia da Natureza, que por sua condio de primordial ou ancestral se representa sob o aspecto de ancio. Na figura, tem- se: Elemento Terra a pedra com que foi esculpida; Elemento gua assinalado na concha e pedras de coral em que assenta a sua condio original ou originria da supradita Cadeia Lunar; Elemento Fogo o tronco de vide com que se faz o vinho que fogo lquido, mas tambm mental, por a vide ou videira ser smbolo tradicional da Gnose ou Sabedoria Divina. Tal tronco seco da Sabedoria Divina bifurca-se saindo da CABEA da escultura, e assim recambia para o sentido velado do Y ou da MISSO Y, a dos Sete Raios de Luz do Logos nico, ficando a Haste Lunar aqui (a que aponta para terra) e a Haste Solar para a, o Brasil, a Nova Lusitnia de Pedro de Mariz (sculo XVII), para Alm-Mar onde a Haste Solar aponta. Est muito bem assim: pois a OBRA DE AKBEL nasce em SINTRA e haver de concluir- se em SO LOURENO. 5. Servindo de escrotos figura, aparecem dois girassis ou heliticos, sim, gira- sol ou o CRUZEIRO MGICO DOS MARIZES (como dizia JHS), sinal claro do NOVO PRAMANTHA (NOVIS PHALUX ou PALO) locomovido na Terra pelo Poder Iluminado de KUNDALINI que parte do Centro da Terra SHAMBALLAH projectado pelo seu Logos, a Terceira Hipstase Divina, a prpria Quinta Essncia Viva da Natureza, aqui repre-sentada na alegoria do ANCIO DAS IDADES que a lenda popular, simples e imaginativa, tem to-s como representao do povo trito do mar de Sintra. Durante largos sculos o Deus ARABEL manifestou-se do Oriente para o Mundo inteiro atravs da Srie de 31 Budas-Vivos da Monglia sob o nome de TAKURA BEY cabea da Maonaria Universal Construtiva dos Mundos, a dos TRAICHUS-MARUTAS liderados sobre a Terra pelo TRAIXU-LAMA, Coluna Viva do 31. ltimo Buda Vivo da Monglia, avatara do QUINTO-THEO, ou seja, Sua Santidade Kjerib Hap Bogdo-Gheghen Hutuktu de Narabanchi Kuri. Estes Seres esto hoje no escrnio do Roncador, no Palcio de Cristal do Quinto Senhor, que desde 1924 vibra no Ocidente e desde 1956 age sobre a Terra atravs de AKDORGE. Significativo, ainda, que todas as escrituras orientais definam a liturgia transcendental do Rei do Mundo como de carcter TERGICO, como sempre ser por ser a da OBRA DE DEUS.
A responsabilidade de todo o Tributrio e Tributria de tal e tamanha grandeza que quem entra para a Ordem para sempre, e se acaso a disciplina marcial da mesma for um incmodo desagradvel para a pessoa e ela queira sair, poder faz-lo mas tambm ficar fora da Instituio e da Obra para sempre. um compromisso ad perpetuum que ningum deve assumir com a maior ligeireza para depois, a breve ou mdio prazo, vir a arrepender-se amargamente de t-lo assumido dando um passo maior que a perna. Os Instrutores Tributrios devem francos e claros o mais possvel para com os candidatos ao ingresso na Ordem dos Tributrios, e tambm, aps admitidos na mesma, os dirigentes no
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
27
comearem com subterfgios e subentendidos solicitando donativos pecunirios, constantemente elevados, para factores ordinrios nada espirituais e muito pessoais. Por hoje em dia e desde h alguns anos haver essa indignidade, que Sebastio Vieira Vidal apodou os afiliados na Ordem dos Tributrios de tribo de otrios. triste mas um facto e espero que estas minhas palavras (que no so ditas nem pela metade) calem fundo na conscincia dos implicados. No esqueo uma das ltimas vezes em So Loureno, comigo a falar do Mestre JHS e outrens responsveis a retorquir com finanas e dias depois indo parar ao hospital vtimas de desfalecimento sbito. O Ritual Mgico dos Tributrios constitui- se de duas fileiras em crculos de 12 Cavaleiros e respectivas 12 Damas em volta do Fogo Sagrado crepitando na pira ou trpode no centro do Templo, eles com as suas espadas e elas com as suas baguetas, estas que vieram a substituir as originais tesouras. Inibo-me de revelar o roteiro desse Ritual num estudo pblico como este, pois que tal seria uma violao do juramento de silncio e segredo, mas no me inibo de transcrever as seguintes palavras do Venervel Mestre JHS extradas do seu Livro de Herakles: J se sabe do papel dos Assuras ou Seres da primeira Cadeia, Cadeia das Trevas ou de Brahm, repartidos em 3 classes, estando na do meio os Escribas ou Aqueles que escrevem o Bem e o Mal que as Mnadas levam aos pontos claros ou luminosos e aos escuros ou negros de cada Universo. Estudando-se o Mundo de Duat, tambm chamado de Mundo Jina, nele se encontram espaos claros e espaos escuros ou negros. Na mesma razo para completar as Revelaes anteriores v-se o Senhor da Cadeia anterior na mesma Cadeia j apagada, donde se chamar Lua de satlite da Terra, e o Quarto na Terra. O de cima, na razo do Passado, e o de baixo, na razo do Presente. Se eu dissesse que as Estrelas, como Jivas, so formaes do Bem que se transformam em Mnadas, todos ficariam assombrados, porque isso coisa que ningum ousou dizer at hoje. Mas eu o digo porque tenho direito para tanto. E onde fica o Mal? Perguntaro outros. Respondo: Nas mos daquele que deve dirigir a prxima Cadeia, etc. Mas, ento, um Ser Superior j vem de cima portador do Mal? Sim, para que a sua Humanidade, ou seres da sua Cadeia, possa ganhar a experincia com o Mal e adquirir o Bem que lhe trar o Outro, que sendo o Futuro o seu Lugar no Segundo Trono. E a razo de sempre se dar a este a classificao de Esprito da Terra, no caso actual, ou da Cadeia, seja ela qual for que esteja em funo. Da a Lua influindo no final da 4. Raa para esta no ter continuidade, isto , no passar ao estado de conscincia imediatamente superior, que era o do Mental Superior na referida Cadeia, e o 5. Senhor, que deveria descer do Segundo Trono mas j havia descido com os 4. e 6., fazer questo de assumir o seu Lugar, o que concorreu para o Eterno, em forma obscura, ou como MAL, viesse, digamos, enganar os que ficaram fiis... a Ele prprio. Os Gmeos, aos quais Ele queria decepar as cabeas, seriam os Manus da conscincia mais elevada, isto , do Mental Superior ou Manas Taijasi, e, consequentemente, das por mim chamadas Raas Bimnica e Atabimnica. Repito, o fenmeno geral do Bem, da Neutralidade e do Mal, uma espcie de corrente trifsica ou das trs ondas divinas: Satva para o Bem ou Divino, Rajas para a Neutralidade, ou o espao entre um e outro, e Tamas para a Terra, como Mal. Transformar o Mal em Bem e com os dois chegar Neutralidade, eis o mistrio. Por isso que a Bandeira do Rei do Mundo amarela ou stvica, com a Cruz Gamada no centro em vermelho, isto , o que Ele pretende salvar o Mundo daquela maneira. Agora, entretanto, no intervalo ou interregno de uma Raa para outra, como Oitavo Ramo Racial, a Bandeira aquela do Drago central, cercado de sete torres ou Raas, estados de Conscincia, etc., e o JHS por baixo, sendo tudo, finalmente, azul e amarelo, porque so as duas Raas que nos interessam: Bimnica e Atabimnica, aps a 5.... do mistrio de aps a 4. Raa, que obrigou o Eterno a tomar a forma do Mal no chamado Homem da Capa Preta. Parece que com a vitria do Colquio Amoroso, da Estrela Algol se transformar em
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
28
Goberum e estar conservada ao lado do seu Senhor, na Pedra do RONCA A DOR, belo nome para o seu passado, mas, em verdade, transforma- da hoje em ARARAT se defrontando com MOREB, para que as Duas Bocas bebam na mesma Taa, repito, com essa vitria da Estrela ALGOL tenha ela se transformado em ALGAS, em cogumelos, que no reino das guas, de qualquer modo, so flores.
Herakles algo assim como o ponto de partida de todas as Espadas. Na Magia Transcendental, a Espada vale por defesa contra o Mal. E a Bagueta, a evocao ao Bem. Nunca se realizou esse Ritual como se devia fazer: Homens sustentando a Espada. Senhoras sustentando a Bagueta. Do Bem e do Mal nasce a Neutralidade, que, na questo evolutiva dos seres, equivale ao Andrgino, como Neutralidade. Tenho batido muito nessa tecla ultimamente, ajudando o meu Irmo na estruturao do seu Sistema. Razo do acidente sofrido no dia 5. Ele no culpado, nem a sua Contraparte redimida. A Estrela Algol, Alma de Proserpina, chamemo-la assim, tornou-se GOBERUM. E se acha no Ararat ao lado de seu Esposo-Irmo, o 5.. Goberum equivale a GOBI e ERUM ou HEROS, o 7. Princpio, o Deus Cupido ou do Amor Universal, e no o sexual que , em verdade, paixo ou passional, causa de crimes, suicdios e muitas desgraas na vida dos seres da Terra. Todos viram e podero ver que Herakles, Mercurius, Ulisses, etc., so todos representaes daquele que o Eterno escolheu para lhe entregar a sua Espada forjada no seu prprio Fogo, isto , num dos 777 Raios de que se compe o Sol que aquele mesmo representa. E assim tem vindo, como reflexo, Tulku, etc., de Ordem em Ordem at chegar mais digna e valiosa dentre todas, que a dos TRIBUTRIOS. Abrao paga TRIBUTOS a Melki-Tsedek. Mas este paga tributos a Deus, por ser nascido desse mesmo Deus, como acontece com os demais Planetrios... O caso para estudar com todo o carinho possvel. A Espada a alfaia principal da Ordem dos Tributrios, representa a Lngua de Fogo dos Assuras e, relativamente a Portugal, foi com uma Espada Tributria que o Venervel Mestre JHS posou para a fotografia tirada em 1962 que enviou de So Loureno em 16.02.1963 a vrios condiscpulos portugueses, por certo pelas razes j indicadas que absolutamente nada tm a ver com o esdrxulo hodierno priorado sinrquico eubitico da Lusitnia (!!!), coisa impensvel na poca e at muito recentemente cujo ttulo mostra- se arrastado e forado gramaticalmente, para no dizer, completamente estranho Linguagem de Akbel, e assim mesmo igualmente para essa pressuposta ordem secreta de Kurat, cuja maior valia no passa da fantasia dos seus promotores, auto-intitulados soberanos dotados de nomes esquisitos, astrais ou mayvicos, facto passvel de explicao pelo delrio da adulterao de possi- velmente escassas e esparsas Revelaes de JHS do acesso deles, por certo remendadas para adaptao a noes estritamente pessoais, e pela consequente ignorncia da totalidade das mesmas Revelaes e o objectivo ltimo e nico delas; a verdadeira ORDEM DE KURAT hoje, tal como a ORDEM DO ARARAT no Brasil, um Colgio de Cadetes, de crianas, meninos e meninas dirigidos por Tributrios(as), por regra os seus prprios pais, obedientes Ordem do Quinto Senhor: Deixai vir a Mim as crianas, que delas o Reino de Deus o Reino do Quinto Sistema de Evoluo Universal! Donde o Spes messis in semine, a esperana da colheita est na semente.
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
29
Quando os 12 Tributrios, em posio nobre, enfiam as suas espadas nas ranhuras do trpode inflamado e o casal dirigente a seguir lhes ordena ficarem na posio Akdorge, desse momento em diante as lminas metlicas se transformam em Espadas de Fogo, como a de Mikael, como a de Akdorge Nos idos anos 50 e 60, haviam Tributrios que at dormiam com as suas espadas ao lado, imantizando-as cada vez mais, aumentando o poder dos seus Gnios. Sobre o simbolismo das mesmas, confidenciou-me Paulo Machado Albernaz em 28.12.1999: Estou-lhe enviando uma foto da espada de Templrio que possuo, em cuja lmina est gravada a palavra Phalus. Num seu livro precioso tive ocasio de ler, na pgina 39, uma citao de que se trata do antigo nome da Cruz. O Professor disse-me um dia: Paulo, tu s Phalus, os braos da Cruz, e deixou escrito numa das suas Cartas-Revelaes. Muito mais tarde me foi dito que a haste vertical da Cruz significava a Inspirao Divina, a Revelao; os braos ou haste horizontal seriam a sua propagao, ou divulgao. A mo do Cavaleiro empunha a espada, segurando a madeira ou Reino Vegetal; tambm h um enfeite de marfim, que representa o Reino Animal; e a mo do Cavaleiro representa o Reino Humano, dando a fora necessria para se proceder ao Ritual atravs dos quatro Reinos da Natureza. A espada mede um metro (lmina e empunhadura). Por sua vez, diz o Livro dos Tributrios: A PRIMEIRA ESPADA (flogsti- ca) foi criada pelo prprio ETERNO. Logo, o Excelso Senhor AKBEL foi o PRIMEIRO TRIBUTRIO COBRADOR, para o Excelso Senhor ARABEL ser o PRIMEIRO TRIBUTRIO COBRADO, a PAGAR TRIBUTO. A Espada compe-se de duas partes essenciais: o punho e a lmina. O conjunto do punho compreende: o boto do punho, o punho propriamente dito, e a guarda. A
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
30
lmina sempre rectilnea. O estojo a sua bainha. feita de cobre (Vnus) e ao ou ferro (Marte). Me e Filho, como foram os dois Planetas dirigentes da Raa Lemuriana Os copos da Espada so feitos com o signo de Peixes, do Ciclo que est a findar-se. A referida Espada atravessa os sete Planos ou estados de Conscincia. O signo de Piscis por Copa ou Taa. Sim, Espada e Copa, ficando Pau e Ouro. So os Quatro Maharajas (para o prprio Tributrio ser a expresso do Quinto). Disse JHS: As Espadas Mgicas dos Tributrios representam, tambm, algo semelhante ao Emblema de AGHARTA: as Luas superiores e inferiores no indicam apenas o signo de PISCIS, mas tambm as polaridades curvas, para defenderem o MAGO que as maneja, atirando para cima e para baixo (ficando ele no meio) as radiaes contrrias sua pessoa. E portanto, podendo vencer os inimigos vivos ou mortos, ou astrais. Disse ainda o Venervel Mestre: As Espadas Mgicas dos Tributrios devero ser de Pai para Filho. A minha Espada Flogstica, est com Akdorge. Nomes masculinos nas espadas no servem: preciso pr nomes femininos. Cuidar dela, pois espada enferrujada no vibra. Uma outra Espada, forjada no Fogo de Vulcano, era de Orikalki, pertencia tambm ao Excelso Senhor Akbel. Cada espada uma forma radiosa daquela forjada pelo Eterno (dir-se-ia Espada-Tulku). Elas tm grande poder. Para terminar e como tema de meditao, transcrevo as seguintes palavras sagradas:
Ali a Morada dos Deuses do Sexto Sistema: o Luzeiro e os Matra-Devas. Eu sou aquele (ou aquela) que servindo de barreira entre eles e o Mundo, transformo-me em vtima ou sou vitimado(a) pela minha incompreenso. Pela Vontade de Akbel na Esfinge que caiu do Cu e caminhou idades sem conta como Animal, fui criado como Homem, Agnisvatta, como Mulher, Barishad, para que, como humana Esfinge, possa igualar-me ao Facho Luminoso que me foi dado pelo Sexto Luzeiro, pelo meu Matra-Deva, de modo que um dia, por sua vez, possamos todos ser idnticos ao Deus nico e Verdadeiro, ao Sol Oculto que se acha encravado no Seio da Terra Shamballah!
De maneira que
SALVE, PAI E SENHOR AKBEL, QUE MERECIDAMENTE DESCANSA NO INTERIOR DA MONTANHA MOREB, NO SEXTO TRONO CELESTE, CERCADO PELOS DEVAS E DEUSES DO TRONO DO ETERNO, ESPERANDO O SANTO MOMENTO PARA VOLTAR TERRA EM MAITREYA!
BIJAM
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
31
Antnio Carlos Boin
Para que possamos compreender ou levantar um pouco mais o vu mayvico que encobre os mistrios ligados legendria Serra do Roncador, necessrio retornar ao Passado e dali extrair as razes fundamentais, as causas determinantes da misso relativa quela regio. Os povos de todo o mundo sempre foram dirigidos atravs de dois Poderes: o Poder TEMPORAL, exercido pelos reis, imperadores, presidentes, constituindo o governo poltico, o que controla e coordena as actividades humanas; e o Poder ESPIRITUAL, representado pelo chefe da religio predominante entre o povo. Por isso vemos, ao longo dos tempos, at mesmo entre os ndios selvagens, o rei e o sacerdote, ou, no caso destes, o feiticeiro, curandeiro, pag, etc. Esse sistema de governo duplo, mas na verdade dois extremos que se completam, ou que devem se completar (analisando luz do que acontece nos tempos actuais), tem origem na Excelsa Igreja de MELKI-TSEDEK. Segundo a tradio judaica, Melki-Tsedek Rei de Salm e Sacerdote do Altssimo. Temos a evidenciada a Divina Trade MELKI-TSEDEK, KORO-TSEDEK e ADONAI- TSEDEK, de acordo com a lngua hebraica:
Portanto, Senhor do Governo Temporal, do Governo Poltico e Sacerdotal ou Chefe da Igreja, Senhor do Bculo, Aquele que zela pela evoluo espiritual dos povos. Estes dois Aspectos de um Poder nico, so derivados da mesma Causa que um dia chamou a Humanidade a existir. Da o conceito do Templo e suas Colunas, ou do Ser Central (Andrgino) e as duas Colunas, o mesmo Rei do Mundo Brahmatm e os Ministros Mahim e Mahinga; devem viver harmonica- mente, auxiliando-se mutuamente, pois so atributos desse Ser nico. Melki-Tsedek , enfim,
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
32
o Manu Primordial e Permanente, ora manifestando-se com os dois Poderes, ora agindo com Justia, ou por outra, como a Fala da Sabedoria, a Voz de Deva-Vani, etc. Por sua vez, os chefes polticos das naes do mundo inteiro, e os respectivos representantes do que realmente expressa as aspiraes espirituais dos povos, deveriam ser, de facto, verdadeiros sub-aspectos de Melki-Tsedek, tulkus, diramos ns, na comple- mentao da Sua mais que excelsa Misso. Quando h divergncia entre estes dois Poderes, h o desequilbrio, a desordem, conflitos de toda a espcie, por no mais poderem orientar a evoluo dos seres. E o resultado de tudo isso o consequente desvio da Humanidade, dos caminhos de DHARMA (a Lei Justa) e a imediata queda em AVIDYA (ignorncia das coisas divinas): o retrato fiel do mundo actual. H cerca de 850 a. C. houve em Tyro, capital da Fencia, uma grande efervescncia poltica (tal qual em Portugal, na poca de D. Joo VI), que culminou com a expulso daquele pas do prprio rei, chamado BADEZIR, e o casal de filhos que possua, YET-BAAL e YET-BAAL- BEL (ou BEY). Vieram, por fora de Lei, juntamente com uma comitiva de servos fiis, entre os quais militares, polticos, sacerdotes e escravos, fixar-se em nossas terras, inaugurando o Brasil Fencio, com vistas j ao futuro Brasil Ibero-Amerndio, de Anchieta. Dividiram o pas em dois sectores distintos: o primeiro, ao Norte, estendia-se desde o Amazonas at regio de Salvador, Bahia; e o segundo, ao Sul, at onde hoje o Estado do Rio Grande do Sul. Ao Norte estava sediado o Governo Temporal, o Governo Poltico, e o seu dirigente era o prprio rei Badezir; mais para o Sul, o Governo Espiritual, cuja sede fixou-se na regio que corresponde ao Rio de Janeiro. Os seus dirigentes eram os Gmeos Yet-Baal e Yet-Baal-Bel, filhos do rei Badezir. Como vemos, aqueles dois Poderes, Temporal e Espiritual, firmavam, j naquela poca, a excelsa tradio da Igreja de Melki- Tsedek, nas abenoadas terras do Brasil, na tentativa de fazer da nossa Ptria o Centro do Mundo. Contudo, as foras contrrias evoluo interromperam aquele trabalho pela eliminao dos Gmeos no cenrio humano, que pereceram afogados na Baa de Guanabara. Daquela tragdia restou um terrvel karma a ser esgotado em pocas futuras. Com isso prejudicou-se a fixao do Sistema Geogrfico daquela poca, cuja oitava cidade corresponderia hoje a Terespolis. O mistrio daquele metabolismo foi encerrado ento na Pedra da Gvea E a Obra do Eterno regrediu para o Oriente No ano zero da nossa Era, deu-se a manifestao do Esprito de Verdade atravs da Misso do 5. Bodhisattwa, conhecido como Jesus, o Cristo. Naquela poca, Roma dominava e avassalava os povos da Terra, estendendo os seus domnios at ao Mdio Oriente, onde, na Palestina, nascera o Menino Deus envolto nos Mistrios da Igreja de Melki-Tsedek. Na realidade foram dois os Seres surgidos, com a misso de restabelecer o Imprio Sinrquico Universal na face da Terra: um seria o Prncipe da Linha de David, o Rei de Israel, o Senhor do Poder Temporal, do Governo Poltico; e o outro seria o Sumo-Sacerdote, Senhor do Bculo, Senhor do Poder Temporal, o verdadeiro Messias esperado pelo povo de Israel.
Vemos a, mais uma vez, em evidncia aqueles dois Poderes. O objectivo era fazer de Roma o centro do Imprio Sinrquico (Poder Temporal) e formar o Sistema Geogrfico da Palestina, que seria constitudo pelas sete catedrais do Oriente: feso, Smirna, Prgamo, Tiatira, Sardes, Filadlfia e Laodiceia. Seria, portanto,
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
33
restabelecida na face da Terra a Igreja de Melki- Tsedek, com o Rei trazendo sobre a cabea a Suprema Coroa Imperial; e o outro, cingindo na fronte a Trplice Tiara Pontifical, como Sacerdote, realizando juntos a Concrdia Universal, ou o Governo Sinrquico. Mas, infelizmente, aquele plano traado no se realizou, e a Augusta Ordem do Santo Graal teve que se interiorizar, na direco espiritual da evoluo humana, restando na face da Terra, como vestgio krmico da tragdia do Glgota, a Igreja de Roma, com os ensinamentos do Cristo transformados em religio. Logo aps aquele fracasso, vrias foram as tentativas feitas pelos Excelsos Seres que se apresentam como Manus, Avataras, Iluminados oriundos do prprio Bijam dos Avataras: o Excelso Melki-Tsedek. Malogrado o intuito de se fazer de Roma o centro do Imprio Universal, os Seres que compem o Governo Oculto do Mundo voltaram-se para o trabalho de preparo das Amricas, com vistas ao futuro longnquo. A grandiosa raa Tolteca (cujo significado construtores), remanescente dos povos atlantes e que habitava as Amricas, fora atacada pelas hordas brbaras dos Tchitchimecas (filhos de ces), e estava prestes a desaparecer. Foi quando no horizonte obscuro apareceu o Grande Senhor, o Semeador e o Ceifador, seno, a expresso avatrica da prpria Divindade. Surgiu primeiramente no Mxico, na cidade de Panuco, onde refugiavam-se os ltimos cls que escaparam ao morticnio provocado pelos aztecas. Viram eles chegar do mar, em embarcaes estranhas, um homem de longas barbas brancas, cabelos dourados e olhos azuis, todo vestido de branco. Era o Enviado de Hue-Hae-Cleots (o Pai Eterno). O seu nome, Quetzal-Quatl, a Serpente Irisiforme ou Alada, acompanhado de sete cls de homens e mulheres, ou sejam, as sementes vindas da Agharta e destinadas a se misturar com aquele povo, para preparar a raa do futuro. Trouxe Ele para aquela gente novas artes, novos conhecimentos, provocando com isso novo surto de civilizao na Amrica pr-colombiana. Quetzal-Coatl apareceu mais tarde entre outros povos, como os Tchaitcha-Casternando, Mayas, Quichuas, Quichs do Yucatan, Aymars dos Andes, e, entre ns, com os nomes de Sum e Mora-Morotim de que tanto fala a lenda de Terespolis. Notamos, portanto, um grande trabalho de preparao dos povos da Amrica pr- colombiana, no sentido de se formar as sementes de futuras civilizaes. Quetzal-Quatl foi Vurum- Votan, Tehanay, Manco-Capac e Mama-Coya, Sum e o Manu Mora-Morotim. Surgiu tambm com o nome cabalstico de CAR entre os Carabas. Como resultado do trabalho de todos esses Manus, formou-se a semente escolhida dentre esses povos, que mais tarde se iria amalgamar com as raas europeias e asiticas, bem como africanas, e preciosamente guardada nos Lugares Jinas que conhecemos com os nomes de Tchichen-Itza, Machu-Pichu e Matatu-Araracanga. Tchichen-Itza foi fundada pelo prprio Quetzal-Coatl, e um dos sete pontos mximos do mundo, como Posto Representativo; uma das regies que formam o Sistema Geogrfico Internacional. Machu-Pichu, com o significado de umbigo do mundo, outro centro de grande valor, fundado por Manco-Capac e Mama-Coya ou Mama-Oclo, e a sede de outra grande civilizao do passado: a dos Incas. Matatu-Araracanga, a prodigiosa Serra das Araras, com o Monte Ararat, em cujo interior vibra a Divina Essncia do 5. Planetrio, justamente o objecto do nosso estudo, como veremos a seguir. O O O Enquanto os povos americanos eram preparados, o Cristianismo florescia por toda a Europa, trazendo os povos na ignorncia e presos ao poder papal. Surge ento o Profeta Mohamed, com um Movimento destinado a revolucionar as massas. Os rabes, invadindo a Europa atravs de Espanha, levam novas luzes culturais aos ibricos, contrapondo-se ao esquema da Igreja de Roma. O Movimento Arbico fazia parte do grande plano da LEI. Finalmente, surge Carlos Magno, reconquistando, atravs da espada e da sua imensa fortuna, a Europa invadida pelos mouros e restaurando o poder papal. Aos 985 anos da nossa Era, a Obra voltou ao Oriente, fixando-se no Tibete, com a finalidade de reunir os Irmos de Pureza, os Bhante-Yauls, e propiciar a manifestao do Senhor dos Trs Mundos: Maitreya Budha. Mas houve uma nova queda e aquela tentativa falhou. Quinze anos depois, no ano 1000, abriu-se a Embocadura de
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
34
Aiuruoca; em 1200, a Embocadura de Conceio do Rio Verde; e em 1500, a Embocadura de So Tom das Letras, esta na poca do descobrimento do Brasil. Como se v, a Obra voltou a eclodir no Ocidente. Conforme sabemos, a marcha das civilizaes vem do Oriente para o Ocidente, acompanhando a trajectria do Sol e caracte- rizando o Itinerrio de IO, que, em outras palavras, representa o caminho percorrido pelo Sol. Foi ento que o Infante D. Henrique fundou em Sagres a sua famosa Escola de Navegao, de onde saram bravos marujos que descobririam para o mundo j que os Iniciados as conheciam de h muito as terras at ento ignoradas. Por volta de 1500, comearam as grandes navegaes visando descoberta de novas terras: buscava-se o Novo Mundo, a Terra do Futuro, que o Infante Henrique de Sagres (IHS) sabia muito bem existir. Apareceram, no cenrio humano das grandes navegaes, aqueles dois nomes que se imortalizaram pelos seus feitos: Colombo e Cabral. Alunos da Escola de Sagres, Colombo, cujo verdadeiro nome era Salvador Gonalves Zarco, antecipou-se a Cabral, tocando primeiramente as terras americanas com a sua esquadra. Em seguida, Cabral veio oficialmente redescobrir o Brasil. Christoferens Columbus, o Cristo navegador, e Pedro lvares Cabral, o Kumara investigador, foram os dois grandes luminares da nova era inaugurando uma poca de modernismos, em termos de avanos tecnolgicos para o mundo de ento. Trs factos nos interessam de perto para que possamos compreender melhor a nossa Histria. So eles: 1.) A Amrica inteiramente preparada para receber os descobridores em 1500. 2.) A Escola de Navegao de Sagres. 3.) A Ordem de Mariz, cujo Chefe era o Infante Henrique de Sagres. interessante notar que so sempre os mesmos Seres que tramam a Histria: primeiramente foram aparecendo diversas vezes em terras da Amrica, a fim de preparar os povos autctones para receber os descobridores e colonizadores. Depois foram para a Europa fortalecer os imprios, fomentar as cincias e criar as escolas de navegao, instigando s grandes navegaes a fim de promoverem a descoberta das terras por eles j preparadas. Depois, revestiram-se das figuras dos descobridores: Infante Henrique de Sagres (o mesmo Quetzal-Coatl), Cristvo Colombo e Pedro lvares Cabral, as suas Colunas ou Ministros. Aps a descoberta, trataram aqueles Seres de provocar, na Europa, revolues e perseguies poltico-religiosas, a fim de, se assim se pode falar, expulsar elementos da Europa com o intuito de povoarem as novas terras. Povoadas as terras e estabelecidos os centros indispensveis para o seu progresso, era preciso libertar as colnias do jugo das metrpoles que as subjugavam. So fomentados, ou melhor, so urdidos os planos para a decadncia dos grandes imprios. Em vista disso, Filipe II provocou a decadncia dos imprios espanhol e portugus, com os seus planos de conquista atravs de guerras, onerando o tesouro nacional. Outro factor preponderante do enfraquecimento de Espanha e Portugal, foi a destruio pelas foras naturais (um acto da prpria LEI) da Invencvel Armada de Filipe II, destinada a destruir a Inglaterra. Da para diante, os imprios espanhol e portugus entraram em franca decadncia e dariam margem para que, a seu tempo, as colnias das Amricas se libertassem uma a uma. Aps a escolha das sementes das raas que habitavam a Amrica pr-colombiana, e uma vez guardadas essas sementes em lugar seguro, era preciso destruir os restos das civilizaes dos povos vermelhos, remanescentes da Atlntida. Surge ento um Pizarro, varrendo os aztecas. Aparece um Cortez, exterminando os incas, com uma impiedade e destruio que at hoje, quando ouvimos contar aquelas histrias, sentimos em nosso peito a revolta por tais actos. Mas, foroso reconhecer que tais crueldades infelizmente eram necessrias, e devemos reconhecer o grande sofrimento dos Seres Superiores que foram, com o seu imenso amor pelos homens, obrigados a executar friamente as suas misses (krmicas). O trabalho de colonizao do Novo Mundo descoberto, comeou com a Amrica dividida em dois sectores: o do Norte e o do Sul. Ao Norte, mais tarde, proclamou-se a Independncia dos Estados Unidos, e, ao Sul, o
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
35
Brasil libertou-se de Portugal, pela mo firme do prncipe-regente, tornando-se o primeiro impera- dor de nossa Ptria, com o nome de Pedro I, isto j em 1822. Como se v, houve um gigantesco trabalho de construo da Nova Terra fincada nas duas Amricas, para culminar, finalmente, com a vinda do Supremo Instrutor do Mundo. Para tanto, a Suprema Lei lanou mo das duas hastes daquele Movimento que, na tradio da nossa Escola Inicitica, conhecido pelo nome de Misso Y. O Y, a, representa as duas hastes: solar e lunar, relativas a Sol e Lua, ou, ainda, ao Governo Espiritual e Governo Temporal. Como podemos notar, mais uma vez era repetida a tentativa de se fixar a Obra do Eterno na face da Terra, ou ento, o Imprio de Melki-Tsedek. Como Dirigente da haste lunar, cuja misso seria justamente a preparao do povo norte-americano para o advento da nova civilizao de Aqurio, surgiu a mrtir do sculo XIX, Helena Petrovna Han Fadeef Blavatsky, filha de talentosa princesa russa, nascida meia-noite do dia 30 de Julho de 1831. Aps viajar pelo mundo, fixou-se na Amrica do Norte. Auxiliada pelas Foras dos trs Reinos Elementais, que lhe propiciavam um ambiente favorvel, provocou uma srie de fenmenos psquicos, destinados a chamar a ateno do povo norte-americano. Fundou o Clube dos Milagres, dando-lhe um nome de mbito nacional e universal: Teosofia. Da surgiu a Sociedade Teosfica. O Norte- Amrica constituir-se-ia na sede do Governo Temporal e daria ao Mundo a 6. sub-raa ariana, semente da 6. Raa-Me Bimnica (Manas e Budhi). Blavatsky iria, gradativamente, preparando o povo americano atravs dos ensinamentos teosficos, abrindo caminho para o advento da nossa Obra, haste solar da Misso Y, cuja sede seria no Brasil. Foi devido ao papel que mais tarde desempenharia, que os EUA alcanaram um grande desenvolvimento tecnolgico, tornando-se uma das naes lderes do mundo actual. Em 1883 nasceu no Brasil, em Salvador, Bahia, aquele que faria reviver a sigla JHS, como Chefe da outra haste da Misso Y, a solar. As duas Amricas trabalhariam juntas, harmonicamente, formando as Raas Bimnica (Manas e Budhi), ao Norte, e Atabimnica (Manas, Budhi e Atm), ao Sul, at que viesse o Supremo Instrutor do Mundo, o Supremo Arquitecto, como manifestao cclica em Maitreya Budha, dirigir os destinos do Mundo. Nessa altura dos acontecimentos, na Confraria de Kaleb (cujo significado Co), preparavam-se para virem ao Mundo Humano os sete Arautos ou Yokanans e os sete Guerreiros ou Polticos, que deveriam, entrosados em trabalho e eficincia, fazer a cobertura para o reconhecimento da Obra do Eterno na face da Terra. Blavatsky foi precedida pelo movimento psquico das irms Fox e pelo adepto Rivail, ou Allan Kardec, cuja funo era justamente dar cobertura ao aparecimento da haste lunar da Misso Y. Aos poucos, atravs da Teosofia, transformaria o inconsciente colectivo, voltado para os fenmenos puramente emocionais, despertando o mentalismo (espiritualismo) que haveria de, gradativamente, chegar aos conceitos da nossa Obra. Para isso, somente o trabalho conjunto e harmnico entre as duas hastes da Misso Y conseguiria preparar as duas Amricas para o advento da Nova Civilizao. A haste lunar da Misso Y, somente poderia ter como Dirigente uma Mulher, que bravamente lutou no Norte- Amrica para implantar os conceitos teosficos. Quando a Teosofia comeou a tomar p entre os americanos, os protestantes, catlicos, psiquistas e materialistas promoveram uma imensa campanha contra HPB. Como evidente em qualquer coisa que se realize neste mundo mayvico ou ilusrio em que somos obrigados a viver, a Lei da polaridade um factor preponderante. Atacada pela ala oposta, taxada de impostora, vigarista e at mesmo de prostituta, Blavatsky retorna ndia, fixando a Sociedade Tesosfica em Adyar, e adiando, como dizia o nosso Excelso Mestre JHS, a sua nobre Misso. Afastou-se, portanto, de um trabalho que deveria realizar, mesmo custa da prpria vida. Por fora de Lei, a Amrica do Norte mesmo perdendo a principal Dirigente da haste lunar da Misso Y, ainda continuaria como sede do Governo Temporal, apesar daquela quase que expulso de
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
36
HPB. Para tanto, outro grandioso Ser surgiria substituindo Blavatsky, mas, graves acontecimentos vieram de seguida. Na regio de El Moro (cuja pronncia correcta El Morro), prximo cidade de Cimarron, no Estado do Novo Mxico, uma Confraria Jina preparava-se no trabalho de organizao do Sistema Geogrfico do Norte-Amrica, sede do Governo Temporal. A Fraternidade de El Moro, na superfcie da Terra, caracte- rizava-se, na parte exterior, na forma de um rancho, conforme dizem os americanos, chamado Hacienda del Desterro, ou uma fazenda segundo os brasileiros, facto que JHS, por diversas vezes, relatou durante a sua vida, a respeito do aprazvel lugar. Aquele Centro Inicitico foi organizado pelos Adeptos que formavam a Rosa+Cruz alem, fundada pelo Excelso Christian Rosenkreutz, ou o prprio Conde de So Germano. L estavam todos os Rosa+Cruzes, num Templo secreto onde existe uma Montanha Sagrada (El Moro), uma gruta e um totem, sendo este ltimo o YAK (YOVE AMOLTZ KAPRUM), smbolo caracterstico dos Kumaras. Todo aquele esquema estava sendo montado ou preparado para fazer do Pas do Norte a sede do Governo Poltico do Mundo. A 21 de Maro de 1954, foi para El Moro o Adormecido, na funo de esteio espiritual daquela regio. Mas, as experincias feitas pelos americanos em 1955 no deserto prximo a El Moro, atravs de exploses de artefactos nucleares, abalou as estruturas internas daquele lugar, obrigando mudana do Adormecido para regies mais seguras. Destruindo a parte externa e abalando os alicerces internos daquele que seria o Centro do Sistema Geogrfico do Norte- Amrica, a Embocadura de El Moro foi lacrada, impossibili- tando com isso a fixao do Sistema Geogrfico. Por esses graves acontecimentos, e mais ainda pelo facto do Norte-Amrica tornar-se, por sua evoluo, igual Cadeia Lunar, isto , no chegando at ao fim do trabalho pela Nova Civilizao para o perodo de 10.000 anos da ERA AVATRICA, desprezou o trabalho dos Assuras e Makaras tornando-se uma nao onde predomina, apenas, um obstinado sintoma Jiva. Por tudo isso, a 15 de Novembro de 1956, a Suprema LEI UNIVERSAL deu como definitiva a passagem de todos os direitos espirituais que at ento se firmavam em El Moro, no Mxico, para a Confraria do RONCADOR, o glorioso ARARAT, no Estado de Mato Grosso, representando aquela Montanha, ou Serra, o Quinto Sistema. Os americanos do Norte ficaram como que vivos dos deuses, perdendo, portanto, a grandiosa Misso de se transformarem na sede do Governo Poltico do Mundo para o prximo milnio.
(Continua)
(Revista Aquarius, Ano 6, N. 22, 1980)
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
37
Vitor Manuel Adrio
Com alguma estranheza geral por vezes encontra-se na iconologia e literatura teolgica crist a imagem ou figura de uma serpente enrolada mordendo a prpria cauda. Apresentada assim, a representao simblica do conheci- mento universal que dispe o ser em unidade com o Universo, sendo o sinal remoto que introduz no significado da genealogia ou linhagem a divinis do Cristo, princpio e fim da Igreja Universal tendo os Profetas por comeo e os Apstolos por final, sendo a Palavra de Deus o elo de ligao presente do Passado (cauda da serpente) com o Futuro (cabea da serpente). Sendo um smbolo pr- cristo, para todo o efeito o conceito de Sabedoria predominante nele, no s no Cristianismo como em todas as culturas religiosas desde a mais alta Antiguidade. Este smbolo chamado tradicionalmente ouroboros, palavra de adopo grega mas oriunda do copta e do hebraico, sendo que ouro significa rei em copta, e ob quer dizer serpente em hebreu, portanto, serpente real, a mesma naha hebraica ou naga hindu, indicativa do hommo serpens, simblica do Iluminado espiritual a quem o rptil elevado da base do corpo cabea serve de smbolo da Iluminao mstica por o mesmo ser representativo do Fogo Divino que os orientais chamam Kundalini, vindo a Medicina ocidental da Idade Mdia e Renascena associar esse calor corporal subindo do cccix ao crnio venena bibas (veneno tragado, de que fala So Bento de Nrsia) da serpente, cuja mordida venenosa s se cura com peonha igual, facto que se transps para o sentido de s uma vivncia espiritualizada pode resultar numa realizao espiritual, tema carssimo a certos ensinamentos do Budismo tibetano, como aqueles chamado de Dzogchen e Mahamudra, que revelam como o meditante deve aprender a morder a prpria cauda como a serpente, ou seja, ao situar a sua conscincia num estado mental arquetpico, acima das formas habituais, procurar olhar a si mesmo para se conhecer verdadeiramente como Ser imperecvel que . Os gregos vulgarizaram a palavra ouroboros com o significado literal de serpente engolindo a cauda. Eles receberam esta figurao dos fencios relacionados aos hebreus, que por sua vez a herdaram do Egipto, onde o ouroboros j aparece numa estela datada de 1600 anos a. C. retratando o deus R ou da Luz, ressuscitando das trevas da noite sinnima de morte. Isto reporta ao tema do eterno retorno, da vida, morte e recomeo da existncia, facto que tambm coloca o smbolo como indicativo de reencarnao das almas em sucessivos corpos humanos at alcanarem o mximo da evoluo que as torne perfeitas
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
38
corporal e espiritualmente, tema carssimo aos povos do Mdio Oriente e do prprio Oriente. assim que o acto da serpente engolir-se a si mesma tambm se pode interpretar como uma interrupo do ciclo de desenvolvimento humano (represen- tado na serpente) para iniciar o ciclo de evoluo espiritual (representado no crculo). Pitgoras deu-lhe o sentido matemtico de infinito, por a serpente disposta assim configurar um zero, nmero abstracto utilizado para designar a eternidade que toma forma ou se concretiza quando o ouroboros figurado a girar sobre si mesmo, representando a actividade universal de um ciclo de evoluo, assinalado por um crculo, dessa maneira contendo as ideias de movimento, continuidade, auto-fecundao e, por consequn- cia, eterno retorno. Fechando-se sobre o prprio crculo, ou seja, mordendo a prpria cauda, dessa maneira a serpente evoca a Roda da Vida, da Existncia, donde ser a referncia plstica da Criao do Universo por Deus Criador Omnipresente, que os cristos gnsticos identifica- vam como sendo o Esprito Santo cuja Sabedoria revela-o Criador de todas as coisas visveis e invisveis, dando-lhe por expresso mxima na Terra o prprio Cristo. Por esta razo, este smbolo encontrado na literatura gnstica grega associado frase Hen to pan, isto , O Todo, O nico, e desde os sculos IV-V que passou ser adoptado popularmente como amuleto protector contra os maus espritos e as mordidas venenosas da serpente. A esse amuleto chamaram Abraxas, nome de deus do primitivo panteo gnstico que os egpcios reconheciam como Serapis, e tornou- se um dos mais famosos talisms mgicos da Idade Mdia. A Alquimia grega cedo adoptou a figura do ouroboros (ou uroboro) que chegou aos filsofos hermticos de Alexandria com os quais os pensadores rabes aprenderam e difundiram esta imagem atravs das suas escolas de hermetismo e alquimia que se tornaram conheci- das na Idade Mdia pelos cristos que as procura- vam, havendo registos histricos de terem havido membros da Ordem dos Templrios que procura- ram iniciar-se nas cincias hermticas no Cairo, na Sria e at em Jerusalm, alm de outros msticos cristos. O ouroboros representa a sntese de todos os elementos da Grande Obra de construo do Universo e do Homem, primeiro vomitando de si os elementos metlicos em estado puro e depois, aps depur-los e apur-los no processo de evoluo universal do Ciclo da Vida, engolindo esses mesmos elementos j aperfeioados, em estado maduro resultado da sabedoria que os tornou de incipientes em sapientes. Por conter a ideia de sntese de todos os elementos manifesta- dos desde o Abismo (Abyssus) da Substncia Universal, os hermetistas gregos apodaram o ouroboros de Agathos Daimon, o Esprito Bom, representando a ideia de Tudo no Todo, ou seja, os seres vivos como partes do Absoluto. Foi assim que Herakleitos comparou o Demiurgo, Deus, a uma criana a jogar, dando a ela o nome de on, Ciclo de Evoluo Universal, e ao jogo de solve e coagula apodou de ouroboros, definindo assim o perodo csmico que vai da criao destruio do Universo, durante o qual a sabedoria (gnsis) que se obtm dar o conhecimento necessrio para se criar novo e mais amplo Universo, ideia que mantm a soluo eterna da Evoluo do Criador e das criaturas e que se encontra no conceito hindu de Manvantaras e Pralayas, ou seja, os perodos de Actividade e de Repouso universais, onde num se acumula sabedoria pelas experincias mltiplas e noutro se assimila ou digere essa mesma sabedoria para aps execut-la com maior experincia.
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
39
Roberto Lucola
O Eterno em sua plena potencialidade manifestativa Trplice, e, assim sendo, ao plasmar-se no Plano mais denso da Manifestao expressa-se como Vontade, Amor-Sabedoria e Actividade. Avatara uma Encarnao Divina, uma encarnao consciente, a descida de uma Conscincia sntese para realizao de um trabalho especfico junto Humanidade tendo por objectivo a realizao das Trs Hipstases acima aludidas. O Avatara tanto pode manifestar-se em forma humanizada como tambm pode apresentar- se como um Movimento renovador e transformativo do meio social, poltico e religioso, a exemplo do que aconteceu na Renascena e na Revoluo Francesa, para s citarmos casos mais chegados a ns historicamente. Diz o Professor Henrique Jos de Souza a respeito dos Avataras: Avatara a encarnao ou manifestao do Esprito de Verdade. Esta tanto poder ser cclica assim como poder ser total. Pois bem, este termo tambm se aplica a outras manifestaes deficas. Embora as Escrituras Sagradas no falem, os Avataras so de trs categorias: Totais, Parciais e Momentneos. Avataras Totais do-se nas vidas integrais, ou nos Bijans dos Avataras. Portanto, quando h a manifestao de todas as Hierarquias, todas as Conscincias descem para a Terra acompanhando a Essncia nica, o Maha-Ishwara, os Ishwaras e os Inter-Ishwaras. Verdadeira Chuva de Estrelas que glorificou a nossa Obra no ano de 1948. Avataras Parciais so manifestaes de menor potencialidade. So conhecidas como vidas esparsas da Essncia Una. Variam de acordo com a intensidade manifestativa, podendo ir numa escala de 25% a 75% do valor integral da Suprema Divindade. Geralmente tm a funo de corrigir falhas ou erros do Passado Krmico. So para redimir vidas esparsas ou mesmo um ciclo. Avatara a manifestao em forma humana, em vestes concretas, da Divindade, ou de uma parcela Dela, que uma vez limitada dentro de um crcere carnal, no Concretismo absoluto, est sujeita s mesmas contingncias do comum dos homens, e assim sendo a cadas e a falhas. a Essncia Harmnica manifestando-se atravs de uma desarmonia de formas. Da a necessidade das manifestaes parciais com fins rectificativos. Considerando que no Universo coexistem trs qualidades de matria, ou seja, Satva, Rajas e Palestra proferida em 9.5.1979, abrindo os trabalhos da Conveno Regional Rio de Janeiro.
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
40
Tamas, e sendo que as Manifestaes Avatricas objectivam trabalhar todos os Planos, constitudos das matrias acima apontadas, necessrio se faz, portanto, uma trplice forma de manifestao defica. Da se falar em Avataras de Brahm, quando predomina a energia stvica; em Avataras de Vishnu, quando est em funo a energia rajsica, que caracteriza o aspecto religioso ou amoroso da manifestao; e, finalmente, os Avataras de Shiva, quando ento predomina a energia tamsica. Esto relacionados aos Movimentos mais de cunho social e poltico, s coisas puramente terrenas. Agindo harmonicamente, ou seja, os Trs na Face da Terra, com predominncia do Primeiro, diz-se que houve uma manifestao trplice ou de Maitreya. Manifestao que abrange os trs Planos da Natureza. o UM que se expressa como TRS, num trabalho conjunto dos Trs Tronos ou Logos. Na nossa Obra, o esquema apresenta-se da seguinte maneira: Buda Celeste em relao com o Avatara de Brahm. Buda Humano em relao com o Avatara de Vishnu. Buda Terreno em relao com o Avatara de Shiva. Sendo que o Theotrim a manifestao desses trs Budas funcionando harmonicamente, cada qual em seu respectivo Trono, sendo que em casos excepcionais pode haver permutas entre Eles. o caso de Maitreya com as suas Colunas, agindo como Jehovah num trabalho construtivo junto da Humanidade.
No processo do surgimento de um Avatara, em primeiro lugar surgem, no Mundo Celeste, como Pai e Me Csmicos ou Adam- Kadmon, para depois tomarem formas polarizadas em sexos diferentes, ou seja como Pai e Me Terrenos ou Adam-Heve, designados pelos nomes de Gmeos Espirituais, para que desse Casal Divino surja a Prognie Kumrica e tambm Eles mesmos j ento em forma Andrgina, sendo que o Filho trar consigo os valores paternos e maternos, que outra coisa no seno o prprio Maitreya. Nas manifestaes cclicas, ora a Divindade se apresenta polarizada como Gmeos Espirituais, ora se apresenta Una como Maitreya. Na Face da Terra, os Avataras funcionam como Senhores da Lei, do Karma, da Justia Universal. No Interior da Terra, esta Lei funciona como Dharma ou Lei da Harmonia, chamada Regras da Grande Fraternidade Branca ou Regras do Pramantha, a que esto sujeitos todos os preclaros Membros dessa excelsa Confraria. Todas as vezes que h uma manifestao de um Avatara Integral, essas Regras so modificadas, a fim de que a dinmica universal no cesse de evoluir, partindo sempre do ponto mximo j alcanado. Diz J.H.S.: Todo o homem tem o dever de procurar redimir-se por seus prprios esforos, embora buscando a sombra benfazeja de uma rvore mais frtil, para lhe abastecer a Mente e o Corao com os bons frutos do Conhecimento e do Amor, que so os maiores tesouros que podem alcanar. Essa rvore benfazeja a sublime Sabedoria do Avatara. O Culto Avatrico, o dessa Religio- Sabedoria estende-se por todo o Globo. No tem fronteiras, encontra-se presente em todas as tradies, sejam elas do Oriente ou do Ocidente. como se fosse uma torrente gnea de Fogo Divino a penetrar tudo. , como diz o Bhagavad-Gta, o Ishwara residindo em todo o ser mortal, e pondo em movimento, por seus poderes sobrenaturais, todas as coisas que sobem na Roda do Tempo. Est presente no Coro, na Bblia, no Rig-Veda, no Budismo, no Cristianismo como no Islamismo. Porm, altas muralhas se antepem aos indivduos de cultura medocre e de formao moral incipiente impedindo-os de penetrar nos seus Arcanos. Para se poder defrontar com a Verdade preciso, antes de mais nada, que o Ser, por esforo prprio, passe por uma profunda transformao interna, transmutando a Mente ao lado do Corao, pois s assim estar apto a entender o que disseram os Mestres de Sabedoria em todos os tempos. As Verdades fundamentais trazem em seu bojo poderes, por isso que so postas ao resguardo dos menos dignos. So postas a seguro,
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
41
mas nunca sonegadas queles que delas sejam dignos. A Sabedoria Divina expressa a prpria Vontade do Eterno, que se manifestar na sua Hora como Maitreya. Para isso trabalha h longos anos a nossa Instituio Inicitica. Maitreya trar para a Humanidade trs Valores que lhe so intrnsecos, a saber: OMNIPOTNCIA OMNISCINCIA OMNIPRESENA. OMNIPOTNCIA relacionada com o Aspecto VONTADE, como caracterstica divina no Homem, dom precioso que nos foi legado pelos excelsos Pitris, conhecidos por Filhos de Brahm, no meado da terceira Cadeia do nosso Sistema. uma caracterstica presente em todos os segmentos do Ser. Est presente tanto no que s possui uma conscincia fsico-psquica como nos seres auto- conscientes, evidentemente que nestes ltimos de maneira muito mais em evidncia. A Presena Avatrica vir firmar o precioso dom naqueles que tiveram a dita de passarem inclumes para o prximo Ciclo. Tem a ver com o Buda Celeste. OMNISCINCIA relacionada com o AMOR-SABEDORIA, o Segundo Aspecto da Manifestao Avatrica que firmar na conscin- cia dos homens a Sabedoria Integral, atravs do Buda Humano. Sabedoria que, como vimos, nunca foi retirada do convvio dos homens, sendo apenas resguardada, pois que a posse da mesma implica em poderes, a fim de que o seu mau uso no ocasione os danos verificados em ciclos passados. OMNIPRESENA, expressa pelo Buda Terreno, relaciona-se com o Aspecto ACTIVI- DADE, ou seja, quando a Vontade de Deus posta em Movimento atravs da Roda da Vida, Roda que gira impulsionada pelo Pramantha. No Mundo Celeste temos Adam-Kadmon, como Grmen ou Bijam dos Avataras. Para que esse Grmen realize um trabalho de construo no Plano da Manifestao objectiva, essa Essncia Original projecta-se em duas Linhas, denominadas de Linha Vertical e Linha Horizontal, formando a CRUZETA CSMICA da Manifestao que objectiva o Aspecto Omnipresente, ou a Divindade em Actividade. O Avatara Vertical se faz atravs dos Sete Planetrios agindo pelos Sete Budhas e os Sete Bodhisattwas, o que em ltima instncia no deixa de ser por um processo tulkustico, e da que todos os Seres ligados a este mistrio tragam em seus mais que enigmticos nomes o prefixo AK, tais como Ak-Bel, Ak-Dorge, etc. Como Fora actuante no seio da Humanidade, isto , como Pramantha, essa Manifestao Avatrica Vertical se polariza numa Rama Feminina ou da Me Divina, e noutra Masculina ou do Pai Divino. Como Tulkus Avatricos Verticais da Me Divina, ou aspectos femininos manifestados, temos a Linha Hilario. So Seres encarregados de impulsionar a tnica das Artes, do Belo, do aformoseamento da Vida; realizam o ideal evolutivo por meio da Esttica atravs da pintura, estaturia, poesia, oratria, etc. Na Tradio Inicitica, so conhecidos pelos preciosos nomes de: HILARIO ABRAXIS ALDERBAN MAMA-SAHIB ADAD BELMIRA MAHA-DEVA Como Tulkus Horizontais, aspectos masculinos do Pai Divino, temos a Linha dos Serapis. Estes esto mais ligados dinmica do desenvolvimento social; tm o papel de transformar, por isto so chamados de Construtores. Criam as instituies. Dominam os meios sociais. Em funo da Lei esto isentos de Karma. Os seus nomes tradicionais, so: KA-TAO-BEY DUAT BEY SERAPIS BEY BEY AL BORDI TUIT-TIT-BEY POLIDORUS INSURENUS TAKURA BEY O Professor Henrique Jos de Souza, ao tratar do assunto, afirmou: Todas as vezes que em jogo estiver qualquer trabalho poltico, veja-se sempre um outro a quem ele serve de escudo, de cobertura exterior, etc. O Poder Temporal um e o Espiritual, bem outro. Os que servem de cobertura exterior, aludida acima, so os componentes da chamada
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
42
Linha Horizontal do Trabalho Pramntico. Tambm, como os da Linha Vertical, se polarizam. Uns ligados Me Divina e outros ao Pai Divino. Realizam um trabalho profcuo junto Humanidade, so sub-aspectos dos Verticais. Na Tradio so denominados de Adeptos da Linha Morya os ligados Me Divina. So os que impulsionam a evoluo por meio do desenvolvimento da Cincia. Esto ligados ao poder raciocinante. Concretizam com o mental objectivo a Sabedoria Abstracta. Consoli- dam o Saber Superior na mente humana comum. Desvendam os segredos da Natureza. So conhecidos pelos nomes de: MORYA THOMAS VAUGHAN THOMAS MOORE RALPH MOORE MRIO ROSO DE LUNA KAMPO GELUNG GELIB Ligados Linha Horizontal do Aspecto Masculino da Divindade, temos os Adeptos da Linha Kut-Humi. Chamados tambm de Adeptos da 6. Linha, objectivam o Ideal, o Amor Universal, por isto so chamados de os Amorosos. Os seus nomes tradicionais, so: KUT-HUMI TRAICHU-LAMA QU-TAMY GULAB-SING DJWAL-KHUL DALAI-LAMA TZUREM Quando se trata de Horizontalidade, entende-se por aco de Agharta na Face da Terra; quando se trata de Verticalidade, o trabalho de Agharta para a Face da Terra. Se quisermos ser mais explcito sobre to palpitante assunto, teremos: Trabalho Horizontal, relacionado com a Ordem dos Tributrios; Trabalho Vertical, relacionado com a Ordem do Santo Graal. A partir do Ano Santo de 1899, deram entrada no Mundo das Formas preciosos Seres conhecidos por Dhyanis-Budas. Tambm Eles, qual Aranha de Ouro tecendo os destinos humanos, fazem Trabalho Avatrico no sentido de Horizontalidade, actuando junto ao mundo nos sete Postos Representativos espalhados pelos quadrantes da Terra, trabalhando ocultamente levando a Sabedoria dos Deuses a todos aqueles que aspiram Superao; formam o Drago de Ouro das tradies orientais, e emanam de si o Fogo Sagrado que tudo alimenta, penetrando no mais ntimo de todos os seres. Ciclicamente recolhem-se s Terras Interditas, onde passam a realizar um Trabalho Avatrico no sentido de Verticalidade. quando tomam os seus lugares na Face da Terra, numa tessitura csmica, outros Seres tambm de elevada categoria hierrquica, que passam a realizar o Trabalho de Construo do Edifcio Humano, para que o Trabalho Avatrico no sofra na soluo de continuidade. A Divindade jamais deixa os seus filhos, as suas criaes, sem a devida assistncia, poderosa e permanente. No fosse isso, de h muito que o Homem teria mergulhado na mais negra das animalidades. Como Anunciadores da vinda de Maitreya, temos os sete Yokanans de primeira categoria, dirigidos por um oitavo, fazendo o Trabalho Vertical, relacionados directamente ao Avatara, e, espalhados pelo mundo, outros 49 Arautos de menor categoria fazem o Trabalho Horizontal nos seus respectivos postos. Desde os primrdios da Raa Humana a Humanidade sempre teve a norte-la Seres de elevada Hierarquia, que outros no so seno a prpria Manifestao Avatrica. Esses divinos Seres sempre estiveram presentes junto aos homens, apresentam-se sempre com nomes diferentes, embora essencialmente sejam os mesmos. A respeito de to transcendental assunto, disse a prpria Voz de Deus: Se me tomas por outro e no por Eu mesmo, perdidos se faro os meus prprios esforos de todas as pocas. E, com isso, dificultas a minha volta ao Mundo, segundo as minhas vrias promessas. De que vale subdividir a Divina Essncia, se Ela uma s, mas para ser compreendida pelos homens forada a tomar diversos nomes, aspectos e funes. A evoluo humana jamais se faria se o Verbo se manifestasse sempre proferindo as mesmas palavras. No entanto, outros homens, mulheres e crianas j
PAX N. 62 Propriedade da Comunidade Tergica Portuguesa
43
vieram minha frente, para preparar a Nova Era. No para fundar nenhuma religio, pois que todas elas jamais por Mim foram criadas, e sim pela ganncia mercantil dos seus falsos sacerdotes. Eu virei mais uma vez, porm, desta conduzindo o Vaso Sagrado, contendo no seu interior as guas redentoras da Humanidade. Venho, sim, para impulsionar a Tnica da Verdade, da qual os homens se afastaram, e caindo em degradao passam fome e misria. Eu mesmo disse: os verdadeiros adoradores de Deus so aqueles que vm a Mim sem o interesse mortal das coisas terrenas. Aqueles que adoram os falsos dolos jamais podero alcanar o Deus nico e Verdadeiro. E, assim, tambm jamais voltaro ao Lugar donde um dia vieram. Meditem sobre estas palavras aqueles que quiserem, de facto, acompanhar os Meus passos. E no os que preferem reviver as cinzas do Passado, mesmo que fazendo usos dos meus vrios Nomes. Confia em ti mesmo. E confiando, caminha para a frente, sem olhar para trs, e divisars, na penumbra de um ciclo decadente, a NOVA LUZ que guiar teus passos.