O documento discute o processo de hibridação cultural sob a perspectiva de três autores principais: Canclini, Bhabha e Hall. Canclini vê o hibridismo como um processo positivo que permite o diálogo entre culturas e a tolerância às diferenças. No entanto, Hutcheon aponta que também pode levar à uniformização cultural devido ao consumismo. O texto conclui que o hibridismo tem aspectos positivos e negativos e nenhum ponto pode definir totalmente o conceito.
O documento discute o processo de hibridação cultural sob a perspectiva de três autores principais: Canclini, Bhabha e Hall. Canclini vê o hibridismo como um processo positivo que permite o diálogo entre culturas e a tolerância às diferenças. No entanto, Hutcheon aponta que também pode levar à uniformização cultural devido ao consumismo. O texto conclui que o hibridismo tem aspectos positivos e negativos e nenhum ponto pode definir totalmente o conceito.
O documento discute o processo de hibridação cultural sob a perspectiva de três autores principais: Canclini, Bhabha e Hall. Canclini vê o hibridismo como um processo positivo que permite o diálogo entre culturas e a tolerância às diferenças. No entanto, Hutcheon aponta que também pode levar à uniformização cultural devido ao consumismo. O texto conclui que o hibridismo tem aspectos positivos e negativos e nenhum ponto pode definir totalmente o conceito.
O documento discute o processo de hibridação cultural sob a perspectiva de três autores principais: Canclini, Bhabha e Hall. Canclini vê o hibridismo como um processo positivo que permite o diálogo entre culturas e a tolerância às diferenças. No entanto, Hutcheon aponta que também pode levar à uniformização cultural devido ao consumismo. O texto conclui que o hibridismo tem aspectos positivos e negativos e nenhum ponto pode definir totalmente o conceito.
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Ano IX, n.03 Maro/2012
O processo de hibridao cultural: prs e contras
Leila Lima de SOUSA 1
Resumo
Nos dias atuais, marcados pela instantaneidade das trocas de informao possibilitadas pela intensificao da globalizao e a propagao em escala global dos meios de comunicao de massa, vivencia-se um forte processo de hibridizao cultural. Entende- se por hibridismo cultural, o processo de mistura, juno de diferentes matrizes culturais. Neste artigo tm-se como cerne principal discorrer sobre as interpretaes de autores como Bhabha, Canclini e Hall sobre a temtica do hibridismo cultural. Conclui- se que o hibridismo cultural possui aspectos positivos e negativos e nenhum destes pontos, pode ser tomado em sua totalidade como definidor do conceito. Ao tempo em que faz-se repensar na validade de perpetuao de antigas matrizes culturais correndo o risco de apagar determinadas tradies, ele traz de positivo o fato de possibilitar uma abertura tolerncia s diferenas culturais.
Este estudo procura reunir evidncias sobre o processo de hibridismo cultural. A discusso aqui exposta fundamentada no que seria o hibridismo cultural e como ele se configuraria nas sociedades contemporneas traando um paralelo dos estudos de Canclini e a viso de outros autores que tambm se propuseram a estudar o tema. Na discusso so apontados pontos negativos e positivos percebidos pelos autores citados em referncia temtica. O trabalho tem como metodologia a reviso bibliogrfica dos estudos sobre hibridismo cultural de autores como Canclini(2011), Homi Bhabha(2010) e Stuart Hall(2003). No primeiro momento do texto, exposto o modelo de hibridismo cultural apresentado por Canclini e, de forma breve, demonstra-se como os autores Homi Bhabha e Stuart Hall tambm pensaram o hibridismo cultural. No segundo momento,
1 Mestranda do Programa de Ps-Graduao em Comunicao da Universidade Federal do Piau. Pesquisadora de mdia e produo de subjetividades. E-mail: leilasousa.pi@gmail.com
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so apontados os traos positivos e negativos identificados por cada autor em relao temtica e por fim, so apresentadas as concluses do trabalho.
1 O hibridismo cultural em Canclini: a arte Latino-Americana em evidncia
Canclini (2011) pioneiro ao pensar o conceito de hibridismo cultural sob um vis poltico que se estabelece por meio de interaes entre as culturas de elite e indgena. Para o autor, o processo de hibridao garantiria a sobrevivncia da cultura indgena e levaria a um processo de modernizao da cultura de elite. O hibridismo cultural, para o autor, traz consigo a ruptura da ideia de pureza. uma prtica multicultural, possibilitada pelo encontro de diferentes culturas. Processo analisado pelo autor, nos movimentos artsticos verificados na Amrica Latina. Na discusso sobre as culturas hbridas do continente Latino-Americano, Canclini (2011, p. 284) prope pensar em estratgias que permitiram a entrada e a possibilitem a sada da modernidade, j que nesse continente, o processo de modernizao se deu de forma tardia e em meio inexistncia de uma poltica reguladora que fundamentasse os princpios da modernidade. Nesse sentido so apontados pelo autor, dois processos principais que, segundo ele, possibilitaram a desarticulao cultural na Amrica Latina, so eles: o descolecionamento e a desterritorializao. Ambos processos foram fundamentais para a expanso dos gneros impuros, que de acordo com o autor, so a expresso mxima do hibridismo cultural, como veremos adiante. O descolecionamento d sentido, sobretudo, ao fim da produo de bens culturais colecionveis resultando na quebra de divises entre cultura elitista, popular e massiva. O descolecionamento seria possibilitado pelo uso de recursos tecnolgicos como a fotocopiadora, o videocassete e o video game, que destituiriam as referncias que ancoravam o sentido das colees. Eles permitem que um bem cultural seja reproduzido e disponibilizado mais facilmente para a populao. J o processo de destorritorializao, segundo fator responsvel pela desarticulao cultural na Amrica Latina, no entendido, conforme tensiona Canclini (2011), tendo como ponto de alicerce apenas as questes geogrficas. Ele fundamentado, sobretudo, atravs da transnacionalizao dos mercados simblicos, ocasionada pela descentralizao das empresas e a disseminao dos produtos pela
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eletrnica e telemtica 2 . O autor cita nesse processo tambm, as migraes multidirecionais, referindo-se experincia diasprica. Canclini (2011) tem como objeto de anlise, os conflitos interculturais em Tijuana, fronteira entre o Mxico e os Estados Unidos. Para ele, tem ocorrido, graas a essas migraes, uma imploso do terceiro mundo no primeiro (CANCLINI, 2011, p. 314) expondo que os pases de primeiro mundo tambm tem sido fortemente influenciados pela produo de bens simblicos Latino-Americanos. Prope que as migraes deste continente para os Estados Unidos tem dado vida a uma produo cultural muito dinmica. Os processos de descolecionamento e desterritorializao so responsveis, na Amrica Latina, pela expanso dos gneros impuros, que possibilitariam a entrada e a sada da modernidade e que refletem o contexto de hibridismo cultural. Canclini (2011, p. 336 - 339) cita dois modos de fazer arte e literatura que falam por si s no tocante quebra de divises e no enaltecimento de narrativas hbridas, so eles: o grafite e os quadrinhos. Os dois no tem uma definio categrica entre culto, popular, massivo, so definidos como gneros impuros. O que se sabe que eles perpassam por todas essas categorias num modo prprio de contar a ps-modernidade. Garca Canclini(2011) faz parecer que observa o hibridismo atravs de um prisma positivo que se fundamenta, sobretudo, no multiculturalismo como um espao que possibilita o dilogo entre as culturas, um fator novo que resulta do embate entre duas culturas diferentes. O hibridismo visto sob o prisma do autor abriria espao tambm a uma espcie de tolerncia s diferenas culturais. No entanto, traamos um paralelo do pensamento do autor e as contribuies trazidas por Linda Hutcheon(1991), no livro Potica do ps-modernismo para entender que esse processo, tambm, contraditrio. Canclini (2011, p. 348) salienta que as culturas ps-modernas podem ser ditas de fronteiras. So resultantes do contato com o outro e decorrentes dos deslocamentos de bens simblicos. O autor v o hibridismo como um processo multicultural, de dilogo entre diversas culturas. A cultura vista como algo no mais genuno, mas sim,
2 As grandes empresas tem sede em vrios Pases e os produtos so consumidos numa escala global. Nesse sentido validado o termo glocalizao (Castells, 2003). Ao se inserirem em determinada lugar, as empresas vendem o produto que consumido globalmente, mas focam-se em caractersticas locais, na valorizao de identidades.
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e muitas vezes, como algo representado. O que existe hoje, para o autor, o simulacro como marca cultural. Hutcheon (1991, p. 30) chama ateno para o fato de que as culturas ps- modernas, essencialmente hbridas, possibilitariam a contestao do discurso dominante na construo de novos discursos, descentralizados, fundamentados no contexto multicultural. Mas tambm aponta que essa reorganizao cultural fundamentada e possibilitada pela uniformizao do consumo, ocasionando ganhos e fortalecendo a poltica capitalista e os grandes conglomerados empresariais, o que resulta, segundo ela, numa contradio.
A Cultura (com C maisculo, e no singular) se transformou em culturas (com c minsculo, e no plural), como foi documentado com detalhe por nossos cientistas sociais. E isso parece estar ocorrendo apesar e, eu afirmaria, talvez at por causa do impulso homogeneizante da sociedade de consumo do capitalismo recente: mais uma contradio ps-moderna. (HUTCHEON, 1991, p. 30)
As culturas hoje se encontram mescladas, dialogam entre si e, para muitos estudiosos, tm se tornado homogeneizadas, recebendo assim, uma nova nomenclatura culturas no sendo mais possvel referir-se a elas como uma coisa una, heterognea. Este fator foi possibilitado pela intensificao do processo de globalizao que proporcionou o encurtamento das distncias e a propagao, em escala mundial, da narrativa dos meios de comunicao, grandes responsveis por ligarem pessoas das mais diversas partes do mundo. Mas o fato que essa homogeneizao possibilitada, principalmente, pela uniformizao do consumo e por consequncia, o imperialismo da cultura Norte Americana como modelo de vida.
2 O hibridismo cultural sob a viso de Hall e Bhabha
O hibridismo cultural tambm objeto de estudo de autores como Stuart Hall(2003) e Homi Bhabha(2010). Ambos, em suas particularidades e objetos de estudo, partem da ideia do hibridismo como um processo marcado por ambivalncia e antagonismos resultantes da negociao cultural. Negociaes essas que tem como pano de fundo, relaes assimtricas de poder e os atores envolvidos, encontram-se em posies de legitimidade distintas.
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Bhabha (2010) fundamenta seus estudos no embate entre colonizadores e colonizados. Para o autor o hibridismo cultural um processo agonstico e antagonstico, resultante do conflito e da tenso da diferenciao cultural. O hibridismo em Bhabha funciona como uma ameaa autoridade colonial. Resulta da contestao do discurso hegemnico dominante no qual a autoridade do colonizador subvertida atravs da ironia do colonizado, que exige que suas diferenas culturais sejam observadas, produzindo assim, um discurso hbrido. Homi Bhabha (2010) prope que o hibridismo no resolve o embate e o processo de tenso entre duas culturas, no um novo elemento que surge da juno entre duas matrizes culturais distintas, conforme vemos em Canclini (2011). O hibridismo seria sob esse vis, um processo resultante do choque, do embate, no se trata de um simples processo de adaptao e ressignificao cultural. Para Stuart Hall (2003) tendo observado em seus estudos a experincia diasprica vivenciada por Caribenhos rumo Gr-Bretanha, a hibridizao acontece no contexto da dispora e no processo de traduo cultural 3 que os indivduos vivenciam para se adaptarem s matrizes culturais diferentes da sua de origem. Stuart Hall (2003) prope que:
O hibridismo no se refere a indivduos hbridos, que podem ser contrastados com os tradicionais e modernos como sujeitos plenamente formados. Trata-se de um processo de traduo cultural, agonstico uma vez que nunca se completa, mas que permanece em sua indecidibilidade (HALL, 2003, p. 74).
Nesse contexto de anlise, o hibridismo no um processo que traz ao sujeito a sensao de completude ao dialogar com outras culturas, pelo contrrio, seria o momento onde o sujeito percebe que sua identidade est sempre sendo reformulada, ressignificada e reconstruda, num jogo constante de assimilao e diferenciao para com o outro, permanecendo sua indeciso sobre qual matriz cultural o mais representa.
3 Stuart Hall (2000) define como traduo cultural, o processo de negociao entre novas e antigas matrizes culturais, vivenciado por pessoas que migraram de sua terra natal. Elas tem diante de si, uma cultura que no as assimila e, ao mesmo tempo, no perdem completamente suas identidades originrias. Mas precisam dialogar constantemente com as duas realidades. P. 88 e 89
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No simplesmente apropriao ou adaptao; um processo atravs do qual se demanda das culturas uma reviso de seus prprios sistemas de referncia, normas e valores, pelo distanciamento de suas regras habituais ou inerentes de transformao. Ambivalncia e antagonismo acompanham cada ato de traduo cultural, pois o negociar com a diferena do outro revela uma insuficincia radical de nossos prprios sistemas de significado e significao. (Bhabha, 1997 apud Hall, 2003, p. 75).
No livro Representaes Sociais: Investigaes em Psicologia Social Moscovici (2010) realiza um amplo debate sobre o que para ns ou no familiar e os modos de dialogar com os dois conceitos em experincias de alteridade. Corroborando com Bhabha e Hall em situaes de contato entre culturas diferentes e os embates da negociao cultural, o autor trata das dificuldades e as barreiras encontradas para tornar familiar, as prticas culturais dos indivduos que no fazem parte de nossa vivncia cultural. O autor diz que a tenso entre familiar e no familiar sempre continuar existindo e nesses casos, valorizando-se o primeiro. Moscovici (2010, p. 56) salienta que os indivduos de outras culturas so vistos como seres iguais a ns, mas que no so como ns. Eles so percebidos, sem ser percebidos. So ditos sem cultura, brbaros, irracionais. Esses sujeitos nos incomodam e nos pr-ocupam por serem estranhos a ns (MOSCOVICI, 2010, p. 56):
O medo do que estranho (ou dos estranhos) profundamente arraigado (...) Fenmenos de pnico de multides muitas vezes proveem da mesma causa e so expressos nos mesmos movimentos dramticos de fuga e mal-estar. Isso se deve ao fato de que a ameaa de perder os marcos referenciais, de perder contato com o que propicia um sentido de continuidade, de compreenso mtua, uma ameaa insuportvel. E quando a alteridade jogada sobre ns na forma de algo que no exatamente como deveria ser, ns instintivamente a rejeitamos, porque ele ameaa a ordem estabelecida (MOSCOVICI, 2010, p. 56).
3 Hibridismo Cultural: prs e contras
Hall (2003) e Bhabha (2010), conforme vimos, diferem em certa medida do modo como Canclini (2011) analisa o hibridismo. Ambos os autores, focam suas anlises no processo de hibridismo que resulta do choque, do embate, mas que no traz consigo uma via de entendimento. O hibridismo tambm no seria responsvel por
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trazer ao sujeito uma sensao de completude, no seria simplesmente um processo de adaptao e readaptao s novas culturas e sim, um processo ferrenho de traduo cultural. Trazendo baila o modo como os trs autores visualizam o modelo de hibridismo cultural, nos aproximamos de Canclini (2011) ao entender o processo de hibridizao como multicultural e capaz de possibilitar o respeito, valorizao e tolerncia s diversidades culturais. Mas tambm nos aproximamos das ideias apresentadas por Bhabha (2010) e Hall (2003) no sentido de verificar o hibridismo como um processo que resulta de embates e choques culturais. A hibridao cultural traz ao sujeito novas formas de significao que, muitas vezes, so totalmente opostas s suas matrizes culturais de origem, fato este que ocasiona no sujeito uma crise de identidade 4 . E ainda salientamos que no se deve esquecer que dentro do processo de hibridismo h tambm relaes de controle e poder.
Consideraes finais
O hibridismo pode funcionar como forma de conceder ainda mais poder s culturas hegemnicas. Por meio do mascaramento da quebra da diviso entre culturas dominantes e subalternas, consumiramos ainda mais determinados produtos e sofreramos a mesma imposio de bens culturais, s que agora, atravs do mascaramento de que determinados produtos no estariam nos sendo impostos, e sim, estaramos adquirindo um bem que nos caracterizasse enquanto sujeitos hbridos. o que acontece, por exemplo, com a influncia sofrida pela cultura norte americana, como j foi mencionado neste texto. Para Mike Featherstone(1997), por meio do consumo de produtos como Coca-Cola, os filmes Hollywoodianos, o rock e a comida em formato fast- food(McDonalds), estes cones traduzem para a juventude, tal como prope o autor, a boa forma fsica, a beleza, o luxo e se tornam o esteretipo de vida agradvel, de um estilo de vida a ser seguido.
4 Termo utilizado por Hall (2003) para caracterizar a contemporaneidade onde sujeito no mais se identifica com o que preestabelecido socialmente como marca de sua identidade. Os sujeitos interagem com o mundo, e a partir de ento constroem novos pontos de vista, novos modos de ver o mundo e o outro, a sociedade. P. 13-21
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O alcance com que essas imagens e artefatos so exportados para o mundo inteiro tem sido visto por alguns como um indicador da homogeneizao global da cultura, na qual a tradio d lugar cultura americana do consumo de massa. (FEATHERSTONE, 1997, p.24)
Mascarados tambm estariam os embates entre as culturas ditas dominantes e as dominadas nessa realidade hbrida, como se realmente fossem apagadas as realmente fossem apagadas estas divises e estivssemos vivenciando uma sociedade sem colonizadores e colonizados. Depois de tudo o que foi levantado, considera-se que o hibridismo cultural possui aspectos positivos e negativos e nenhum destes pode ser tomado em sua totalidade como definidor do conceito. Ao tempo em que faz-se repensar na validade de perpetuao de antigas matrizes culturais correndo o risco de apagar determinadas tradies e que pode impulsionar um mascaramento do poder das culturas dominantes sobre culturas dominadas, ele traz de positivo o fato de possibilitar novos sentidos e significados para os discursos identitrios, possibilitando uma abertura tolerncia s diferenas culturais, como por exemplo, uma viso mais tolerante da cultura ocidental, antes vista com superioridade em relao cultura oriental. Ambas as faces do hibridismo cultural fazem-se importantes, necessrias e vlidas no processo de ligao e compreenso das relaes sociais entre diferentes culturas.
Referncias
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2010. CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas Hbridas estratgias para entrar e sair da modernidade. 4. ed. So Paulo: UNESP, 2011. CASTELLS, M. A galxia da internet: reflexes sobre a internet, os negcios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. FEATHERSTONE, Mike. O desmanche da cultura: globalizao, ps-modernismo e identidade. So Paulo, Studio Nobel: SESC, 1997. HALL, Stuart. A identidade cultural na ps-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. HALL, Stuart. Da dispora: identidades e mediaes culturais. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2003. HUTCHEON, Linda. Potica do ps-modernismo. Rio de Janeiro. Imago, 1991. MOSCOVICI, Serge. Representaes sociais: investigaes em Psicologia Social. Petrpolis: vozes, 2010.