Apostila de Redação Professor Estevam
Apostila de Redação Professor Estevam
Apostila de Redação Professor Estevam
Planilha de correo
Na sua redao sero avaliados os seguintes elementos:
A . Esttica
1. Legibilidade
2. Margens
3. Pargrafos
4. Fuso de letras
5. Rasura
B. Estrutura
1. Introduo
2. Desenvolvimento
3. Concluso
4. Gnero textual
5. Esquema
C. Contedo
1. Domnio do contedo
2. Originalidade
3. Pertinncia dos argumentos
4. Adequao ao tema
D. Estilstica
1. Subjetividade
2. Incongruncia ou redundncia
3. Pouca objetividade
4. Coloquialismo
5. Figura de linguagem, estrangeirismo
E. Gramtica
1. Ortografia
2. Acentuao
3. Pontuao
4. Colocao pronominal
5. Concordncia/regncia
6. Propriedade vocabular
7. Omisso/repetio vocabular
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Dicas importantes
1. No fuja ao tema proposto;
2. No utilize provrbios e ditos populares;
3. Nunca se inclua em sua dissertao;
4. No comente exemplos e fatos que no sejam de domnio pblico;
5. Jamais repita vrias vezes as mesmas palavras;
6. No exagere nas emoes;
7. No analisar os assuntos propostos sob apenas um ngulo da questo;
8. No inove o vocabulrio e alfabeto por contra prpria;
9. No propague doutrinas religiosas;
10. Jamais use grias.
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Termo-sntese
Exemplo:
O Brasil cheio de problemas burocrticos. necessrio preencher um
monte de papis. Depois, pagar uma infinidade de taxas. Todas essas limitaes
esto prejudicando o importador.
Numerais
Exemplo:
A prova eliminou vrios candidatos. Dois teros foram mal.
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Elipses
Exemplo:
A secretria chegou cedo. (Ela) Organizou sua mesa e (ela) telefonou para
os clientes.
COERNCIA
Temos como coerncia a compreenso, entendimento do texto. Como os
elementos do universo textual se relacionam para formar um todo significativo. De maneira
geral, seria o sentido textual.
Exerccios:
Leia o texto a seguir para responder questo 1:
Um gel desenvolvido por cientistas americanos para ajudar a cicatrizao de
ferimentos profundos e queimaduras graves representar o primeiro resultado
comercialmente visvel de uma nova gerao de medicamentos. A pomada cicatrizante, que
chegar s farmcias americanas at ao incio do prximo ano ser uma espcie de cola
biodegradvel, cuja funo ajudar as clulas sadias em torno do ferimento, reconstituindo
os tecidos em um tempo 30% mais rpido que qualquer outro remdio. Alm disso, o gel
elimina toda cicatriz. O novo medicamento fruto do desenvolvimento de um dos ramos
mais recentes da medicina, o que estuda a adesividade das clulas do corpo humano, a
partir de uma constatao bvia: os cerca de 100 trilhes de clulas que formam o
organismo de uma pessoa podem ser comparadas a tijolos de um edifcio, que precisam
estar devidamente unidos por camadas de cimento. Se o cimento de m qualidade ou
insuficiente, o prdio pode ruir. Da mesma forma, os cientistas trabalham agora com a
certeza de que um cimento biolgico d estrutura ao corpo humano e o domnio dessa
substncia far a medicina avanar a passos largos no combate a uma srie de doenas.
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1) Julgue os itens:
a) Em ... que chegar (2 perodo), o coesivo destacado retoma o antecedente pomada
cicatrizante, estabelecendo-se, portanto, a coeso dentro da frase.
b) Com a expresso pomada cicatrizante, o autor retomou uma idia do perodo anterior:
gel desenvolvido por cientistas americanos.
c) Em cuja funo (2 perodo), h uma referncia a farmcias americanas.
d) Os vocbulos gel (3 perodo) e novo medicamento (4 perodo) retomam ou
reforam pomada cicatrizante (2 perodo).
e) Em ... o domnio dessa substncia (6 perodo) a expresso destacada retoma uma
idia dentro do prprio perodo.
TEXTO 02
Leia o texto a seguir para responder questo 2:
A nova vocao dos computadores funcionar com todo o aparato tcnico fornecido
pela informtica, s que numa relao to visual e emocionante quanto um jogo de
videogame. J existem mquinas que cruzam essa fronteira, produzindo imagens em trs
dimenses nas quais o usurio tem a sensao de penetrar. Imagine um visor que pode ser
preso na frente dos olhos, como uma mscara de mergulho. Acoplado a um computador,
esse visor cria imagens baseadas num programa e d pessoa a iluso de que est no
ambiente projetado na tela. H mais. Usando uma luva cheia de sensores, todos ligados ao
mesmo computador, o operador do equipamento pode tocar objetos que s existem na
tela aberta diante de seus olhos. possvel, por exemplo, operar ao comandos de um caa
bombardeio com a mo enluvada e ver na tela os instrumentos sendo manobrados enquanto
o avio se move com toda a aparncia de uma situao real. Quem v a brincadeira de fora
vai enxergar apenas uma pessoa com os olhos cobertos por uma mscara levantando uma
mo enluvada e nada mais.
Veja, 21 out. 1992.
2) Julgue os itens:
a) O primeiro e o segundo perodo no estabelecem, inicialmente, nenhum elo coesivo.
b) Em j existem mquinas que cruzam essa fronteira, produzindo imagens em trs
dimenses nas quais o usurio tem a sensao de penetrar, o elemento coesivo
destacado remete a mquinas.
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TEXTO NARRATIVO
Tipos de narrador
1) Narrador em 1 pessoa: aquele que participa da ao, ou seja, que se
inclui na narrativa. Trata-se do narrador-personagem.
2) Narrador em 3 pessoa: aquele que no participa da ao, ou seja, no se
inclui na narrativa. Temos ento o narrador-observador.
1
pargrafo
2
pargrafo
Introduo
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3
pargrafo
4
pargrafo
personagens.
Modo como tudo
aconteceu
(detalhamento)
Desenvolvimento
Conseqncias
fato.
Concluso
do
A narrao objetiva
Observe agora um exemplo de narrao sobre um incndio, criado com o auxlio do
esquema estudado. Lembre-se de que, antes de comear a escrever, preciso escolher o tipo
de narrador. Optamos pelo narrador em 3 pessoa.
O incndio
Ocorreu um pequeno incndio na noite de ontem, em um apartamento de propriedade
do sr. Marcos da Fonseca.
No local habitavam o proprietrio, sua esposa e seus dois filhos. Todos eles, na hora em
que o fogo comeou, tinham sado de casa e estavam jantando em um restaurante situado
em frente ao edifcio. A causa do incndio foi um curto-circuito ocorrido no precrio
sistema eltrico do velho apartamento.
O fogo desapontou em um dos quartos que, por sorte, ficava na frente do prdio. O
porteiro do restaurante, conhecido da famlia, avistou-o e imediatamente foi chamar o sr.
Marcos. Ele, mais que depressa, ligou para o Corpo de Bombeiros.
Embora no tivessem demorado a chegar, os bombeiros no conseguiram impedir que o
quarto e a sala ao lado fossem inteiramente destrudos pelas chamas. No obstante o
prejuzo, a famlia consolou-se com o fato de aquele incidente no ter tomado propores,
atingindo os apartamentos vizinhos.
A narrao subjetiva
Nela os fatos so apresentados levando-se em conta as emoes, os sentimentos
envolvidos na histria. Nota-se claramente a posio sensvel e emocional do narrador ao
relatar os acontecimentos. O fato no narrado de modo frio e impessoal; ao contrrio, so
ressaltados os efeitos psicolgicos que os acontecimentos desencadeiam nos personagens.
Observe o exemplo de uma narrao subjetiva em 1 pessoa.
Com a fria de um vendaval
Em uma certa manh acordei entediada. Estava em minhas frias escolares do ms de
julho. No pudera viajar. Fui ao porto e avistei, trs quarteires ao longe, a movimentao
de uma feira livre.
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Exerccios:
1.
2.
TEXTO DESCRITIVO
Esquema de descrio de pessoas
Ttulo
1
Primeira
pargrafo impresso ou
abordagem de
qualquer aspecto
de carter geral.
2
Caractersticas
pargrafo fsicas: altura,
peso, cor da pele,
idade, cabelos,
traos do rosto
(olhos, nariz,
boca), voz e
vestimenta.
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Introduo
Desenvolvimento
Caractersticas
psicolgicas:
personalidade,
temperamento,
carter,
preferncias,
inclinaes,
postura e objetivos.
4
Retomada de
pargrafo qualquer outro
Concluso
aspecto de carter
geral.
Exemplo:
Tancredo: o poltico da esperana
Qualquer pessoa que o visse, quer pessoalmente ou atravs dos meios de
comunicao, era logo levada a sentir que dele emanava uma serenidade e autoconfiana
prprias daqueles que vivem com sabedoria e dignidade.
De baixa estatura, magro, calvo, tinha a idade de um pai que cada pessoa gostaria de
ter e de quem a nao tanto precisava naquele momento de desamparo. Seus olhos oblquos
e castanhos transmitiam confiana. O nariz levemente arrebitado e os lbios finos, em meio
ao rosto arredondado, traavam o perfil de algum que sentamos ter conhecido durante a
vida inteira. Sua voz era doce e ao mesmo tempo dura. Falava e vestia-se como o estadista.
Era um estadista.
Sua caracterstica mais marcante foi, sem dvida, a ponderao na anlise dos
problemas polticos e socioeconmicos. Respeitado em todo mundo pela condio de lder
preocupado com o destino das futuras geraes, de conhecedor profundo das questes deste
pas, colocava sempre o esprito comunitrio acima dos interesses individuais. Seu grande
sonho foi provavelmente o de pr toda a sua capacidade a servio da nao brasileira, to
ameaada pelas adversidades econmicas e to abandonada, como sempre, fora, por
aqueles que se diziam seus representantes.
Verdadeiro exemplo de homem pblico, ficar para sempre na memria dos seus
contemporneos e no registro histrico dos grandes vultos nacionais.
Obs: Note que, embora o esquema utilizado nesta descrio separe os aspectos fsicos
e psicolgicos em pargrafos diferentes, nada impede que voc faa algumas poucas
referncias psicolgicas no segundo pargrafo, que trata das caractersticas fsicas.
Exerccio:
1. Descreva o Presidente da Repblica Federativa do Brasil.
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Descrio de objetos
Ttulo
Observaes de
carter geral
referentes
procedncia ou
localizao do
objeto descrito.
2
Detalhes:(1 parte)
pargrafo Formato:
comparao com
figuras
geomtricas e com
objetos
semelhantes.
Dimenses:
largura,
comprimento,
altura, dimetro,
etc.
3
Detalhes:(2 parte)
pargrafo Material, peso,
cor/brilho e
textura.
4
Observaes de
pargrafo carter geral
referentes sua
utilidade ou
qualquer outro
comentrio que
envolva o objeto
como um todo.
1
pargrafo
Introduo
Desenvolvimento
Concluso
Exemplo:
Um clipe, dois clipes
Este pequeno objeto que agora descrevemos encontra-se sobre uma mesa de escritrio e sua
funo a de prender folhas de papel.
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10
2
pargrafo
Comentrio de
carter geral.
Detalhes
referentes
estrutura global
do ambiente:
paredes (janelas e
portas), cho, teto,
luminosidade e
aroma (se houver).
Detalhes
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Introduo
Desenvolvimento
11
especficos em
relao a objetos
l existentes:
mveis,
eletrodomsticos,
quadros, esculturas
ou quaisquer
outros objetos.
Observaes sobre
4
a atmosfera que
pargrafo
paira no ambiente.
Concluso
O lugar e o tempo
Ao entrar na sala daquele casaro antigo, tem-se, de incio, uma desagradvel sensao
de abandono e de uma certa tristeza.
As paredes, j quase sem cor devido ao do tempo, as duas janelas fechadas, com
suas vernezianas carcomidas, situadas na parede oposta porta, tambm velha, davam a
quem l chegava a impresso de estar adentrando um museu abandonado. O cho j sem
brilho e o teto no qual havia um lustre luxuoso, mas empoeirado e com poucas lmpadas
em funcionamento, confirmavam a impresso inicial. Sentia-se tambm no ar o odor dos
tapetes embolorados.
Da porta, avistavam-se logo frente alguns mveis em estilo colonial, muito antigos,
mas belssimos verdadeiras raridades. No centro da sala, uma mesa de cor marrom sobre
um tapete persa de rara beleza. Mais perto da porta, uma poltrona revestida por um tecido
amarelo florido e, como os outros mveis, empoeirada. Nas paredes, quadros de paisagens
e retratos daqueles que um dia habitaram o que deveria ter sido uma casa esplendorosa.
Em toda a sala pairava uma atmosfera de desolao, de decadncia, de envelhecimento,
que causavam em quem a contemplava uma sensao de nostalgia.
Exerccio:
1.
Descrio de paisagens
A descrio de paisagens, por sua vez, propicia a elaborao de um outro esquema. Tanto a
paisagem urbana quanto a rural podem ser descritas atravs do esquema que mostraremos agora:
Esquema de descrio de ambientes.
Ttulo
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12
1
pargrafo
2
pargrafo
Comentrio sobre
sua localizao ou
qualquer outra
referncia de
carter geral.
Introduo
Observao do
plano de fundo:
explicao do que
se v ao longe.
Desenvolvimento
Observao dos
elementos mais
prximos do
observador:
explicao
detalhada dos
elementos que
compe a
paisagem, de
acordo com
determinada
ordem.
Comentrios de
4
carter geral,
pargrafo
concluindo acerca
da impresso que
a paisagem causa
em quem a
contempla.
3
pargrafo
Concluso
Exemplo:
Stio Alvorada: um recanto especial
Nas proximidades da cidade de Campo Limpo existe um pequeno stio. Situa-se em
um terreno inclinado e arborizado quase que em sua totalidade.
Olhando-se da sala construda bem no centro do stio, vem-se, at onde a vista
alcana, outro pequenos stios com as mesmas caractersticas e, bem ao fundo, algumas
colinas cujo verde cintila pela ao dos poderosos raios de sol.
Em sua parte mais baixa, existe um milharal que se estende at a casa de paredes
brancas e janelas enormes. Em frente varanda h um jardim com flores variadas, que
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13
TEXTO DISSERTATIVO
Esquema de dissertao
Diferena entre Ttulo e Tema
Ttulo
Tema
1. Referncia vaga a um assunto;
1. Referncia a um assunto onde se
2. Expresso curta;
percebe uma tomada de posio;
3. Na maioria das vezes no contm
2. Apresenta comeo, meio e fim;
verbo.
3. Por ser uma orao, deve apresentar
ao menos um verbo.
Como fazer uma introduo...
Tema: O sufrgio como agente de transformao social.
1 parte: Deixar o tema correto.
O candidato dever verbalizar o tema.
Verbo {ao: transformar, gerar, etc.
ou
{ligao: ser, estar, etc.
O sufrgio um agente de transformao social.
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14
Presente: {Atualmente,
{Hoje,
Ttulo
DELIMITAO
DO TEMA +
argumento 1 +
argumento 2 .+
argumento 3
2
pargrafo
Argumento 1
3
pargrafo
Argumento 2
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Introduo
Desenvolvimento
15
Argumento 3
5
pargrafo
Expresso inicial
+ reafirmao do
TEMA +
Contribuio
acerca do tema ou
posicionamento
pessoal ou
proposta de
soluo +
observao final
Concluso
Exemplo:
A qualidade de vida na cidade e no campo
de conhecimento geral que a qualidade de vida nas regies rurais , em alguns aspectos,
superior da zona urbana, porque no campo inexiste a agitao das grandes metrpoles, h maiores
possibilidades de se obterem alimentos adequados e, alm do mais, as pessoas dispem de maior
tempo para estabelecer relaes humanas mais profundas e duradouras.
Ningum desconhece que o ritmo de trabalho de uma metrpole intenso. O esprito de
concorrncia, a busca de se obter uma melhor colocao profissional, enfim, a conquista de novos
espaos lana o habitante urbano em meio a um turbilho de constantes solicitaes. Esse ritmo
excessivamente intenso torna a vida bastante agitada, ao contrrio do que se poderia dizer sobre a vida
dos moradores da zona rural.
Alm disso, nas reas campestres h maior quantidade de alimentos saudveis. Em contrapartida,
o homem da cidade costuma receber gneros alimentcios colhidos antes do tempo de madurao, par a
garantir maior durabilidade durante o perodo de transporte e comercializao.
Ainda convm lembrar a maneira como as pessoas se relacionam nas zonas rurais. Ela difere da
convivncia habitual estabelecida pelos habitantes metropolitanos. Os moradores das grandes cidades,
pelos fatores j expostos, de pouco tempo dispem para alimentar relaes humanas mais profundas.
Por isso tudo, entendemos que a zona rural propicia a seus habitantes maiores possibilidades de
viver com tranqilidade. S nos resta esperar que as dificuldades que afligem os habitantes
metropolitanos no venham a se agravar com o passar do tempo.
(Fonte: Tcnicas bsicas de redao. Branca Granatic)
Estabelecimento
do Tema
Introduo
Retrospectiva
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16
Expresso inicial
+ reafirmao do
TEMA +
Contribuio
acerca do tema ou
posicionamento
pessoal ou
proposta de
soluo +
observao final
Desenvolvimento
Concluso
Exemplo:
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17
Estabelecimento
do Tema
Introduo
2
pargrafo
Anlise do tema
relacionado rea
geogrfica 1
3
Anlise do tema
pargrafo relacionado rea
geogrfica 2
5
Expresso inicial
pargrafo + reafirmao do
TEMA
procedendo uma
anlise
comparativa
referente
localizao
espacial.
Desenvolvimento
Concluso
Exemplo:
Os contrastes regionais no Brasil
Comenta-se com freqncia a respeito do grande contraste que existe entre algumas das
regies geogrficas do pas.
A Regio Nordeste caracteriza-se por grandes extenses de terras ridas, sofrendo longos
perodos de seca, seguidos, s vezes, por inundaes que assolam muitos pontos da regio. As
condies climticas, associadas atividade econmica, predominantemente agrcola, criam
uma certa instabilidade. De l saem freqentemente correntes migratrias, em busca de
melhores condies de trabalho e de vida.
Por outro lado, a Regio Sudeste abriga os maiores plos industriais do pas. Sem
precisar enfrentar as adversidades criadas pelas condies naturais, que nela ocorrem com
menos freqncia e intensidade, seus habitantes, que tm acesso a um melhor padro de vida e
de educao, constroem diariamente o progresso, atravs de sua fora de trabalho.
Pela observao dos aspectos analisados, entende-se que existe um ntido contraste entre
as regies Nordeste e Sudeste. Este contraste manifesta-se em vrios nveis. As condies
climticas, o padro de vida desfrutado pelas populaes e as caractersticas socioeconmicas
colocam estas duas regies em planos opostos. Entretanto, o sentimento de unidade nacional,
o desejo de transformar esta realidade, poder, em futuro prximo, desencadear solues para
levar o desenvolvimento s reas menos favorecidas.
(Fonte: Tcnicas bsicas de redao. Branca Granatic)
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Apresentao do
TEMA
Introduo
Causa (com
explicaes
adicionais)
3
pargrafo
Conseqncias
(com explicaes
adicionais)
4
pargrafo
Expresso inicial
+ reafirmao do
TEMA +
Contribuio
acerca do tema ou
posicionamento
pessoal ou
proposta de
soluo +
observao final
Desenvolvimento
Concluso
Exemplo:
O problema das correntes migratrias
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19
Apresentao do
TEMA
Introduo
Semelhana 1
Desenvolvimento
Semelhana 2
Expresso inicial
+ reafirmao do
TEMA +
Contribuio
acerca do tema ou
posicionamento
pessoal ou
proposta de
soluo +
observao final
Concluso
Exemplo:
Violncia e intolerncia: faces do mesmo problema.
Atualmente, a violncia e intolerncia, no Brasil, so faces do mesmo problema. Isso
decorre do retrato da segurana pblica, contrastado com as formas de uso do poder de
polcia.
A viso que a sociedade brasileira tem da polcia pssima. Em muitos casos, nos
maiores centros urbanos, os mais temidos no so propriamente os bandidos, muitas vezes a
prpria polcia. Isso ocorre devido atitudes ineficazes dos mesmos na tentativa de diminuir a
violncia urbana, praticando violncia contra violncia.
A forma utilizada de poder de polcia inepta. Os policiais esquecem sua funo
precpua: a proteo da populao. A partir destas atitudes imprprias a sociedade amedrontase at do poder estatal.
Do exposta, observa-se o quanto grave o problema da violncia no Brasil. Resta a
populao esperar uma mudana cabal no que tange a um novo projeto de segurana publica.
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20
Apresentao do
TEMA
Introduo
2
pargrafo
Aspectos
favorveis
3
Aspectos
pargrafo desfavorveis
4
Expresso inicial
pargrafo + reafirmao do
TEMA +
posicionamento
pessoal +
observao final
Desenvolvimento
Concluso
Exemplo:
A problemtica do aborto.
Muito se tem discutido recentemente acerca da legalizao do aborto. Muitos
aspectos devem se analisados na abordagem dessa questo.
Em vista do grande nmero de abortos clandestinos, verificados nas camadas de
baixa renda, sua legalizao permitiria que as mulheres, ao optarem por ele, fossem
convenientemente assistidas em instituies mdicas adequadas.
De acordo com as concepes que norteiam a moral da sociedade, o aborto
encarado como um atentado vida, que j se faz presente no momento da concepo e da
formao embrionria.
Por todos esses aspectos, percebe-se o quanto difcil posicionar acerca da
problemtica do aborto. Enquanto o tema motivo de debates, s resta esperar que sejam
criados mecanismos de conscientizao deste problema. Isso se faz necessrio para que
futuramente este mecanismo cruel s seja utilizado nas formas pertinentes na lei.
Como fazer uma concluso...
1 parte: Expresso conclusiva + reafirmao do tema ( Sendo assim, Do exposto, Por
todos esses aspectos, Levando-se em considerao os argumentos apresentados, + TEMA
escrito em outras palavras)
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21
citada a fonte.
Texto I
A onda de violncia que vivemos hoje
deve-se a incontveis motivos. Um deles parece-me
especialmente virulento: o desinvestimento cultural
na idia do prximo.
Texto II
Inesgotvel, o repertrio do
trfico para roubar-nos a dignidade revive as
granadas. Trs delas ganharam a rua no curto
intervalo de cinco dias, atiradas com a
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22
PROVA DISCURSIVA
Pedindo uma pizza em 2009
Telefonista: Pizza Hot, boa noite!
Cliente: Boa noite, quero encomendar
pizzas...
Telefonista: Pode me dar o seu NIDN?
Cliente: Sim, o meu nmero de
identificao nacional
6102-1993-8456-54632107.
Telefonista: Obrigada, Sr. Lacerda. Seu
endereo Av.
Paes de Barros, 1988 ap. 52 B e o nmero de
seu telefone
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23
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24
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25
CARTA ARGUMENTATIVA
Leia esta carta de leitor, escrita para manifestar a posio de sua autora a respeito
dos textos anteriores. Aps a leitura, responda s questes propostas.
Liberdades sociais
A seo Tendncias/Debates da Folha de 28/11 ofereceu-nos uma excelente
oportunidade de reflexo ao apresentar, partilhando a mesma pgina, Rubem Alves,
educador, e Rui Csar Melo, comandante-geral da PM de So Paulo. Embora no
dialoguem, ali, formalmente, seus textos o fazem. Rubem Alves, ressaltando dilemas,
prope discriminar drogas atualmente ilegais. [...]. Rui Csar Melo trata dos riscos
conhecidos e desconhecidos a que se v exposta a sociedade pela indiscriminao vigente
na permisso da compra e porte de armas. Dialogam ao demonstrar que, milnios depois
dos primevos cdigos da humanidade, ainda nos debatemos com o estabelecimento de
limites. Descriminar as drogas, para evitar a corrupo, seria levar cada um a assumir total
responsabilidade por si, liberando todos at para exercer a liberdade em seu extremo, qual
seja, a de voluntariedade fazer mal a si mesmo. Promover legalmente o desarmamento via
controle severo seria forma de reprimir o risco de violncia, impedindo a possibilidade,
pela privao de instrumento, de algum fazer mal a outros de forma letal.
O que se v, nesse dilogo, o entrelaamento de temticas da educao e da
segurana por meio das liberdades fundamentais, das responsabilidades e dos direitos,
individuais e sociais. [...]
A ousadia do educador bem complementada pela cautela do comandante: cada um
cumpre seu papel. Este, o de proteger; aquele, o de impulsionar ao. Ambos, o de zelar
pela liberdade de cada um e de todos, base da democracia. Contribuem, ambos, cada qual a
seu modo e estilo, para que tenhamos uma sociedade que ser cada vez melhor, quanto mais
saibamos construir responsvel e efetivamente esse futuro almejado que se quer logo
presente.
Roseli Fischmann, professora da Faculdade de Educao da Universidade de So Paulo. (Folha de So Paulo, 30/11/99.)
Primevos: relativos aos tempos primitivos.
Descriminar: descaracterizar como crime.
Letal: morta.
Exerccios:
1. Os leitores de um jornal ou revista normalmente se manifestam por carta com a
finalidade de:
- Elogiar ou criticar a qualidade de uma matria publicada (extenso, pesquisa,
profundidade, etc.) ou a forma (inovadora, democrtica, conservadora, etc.) como o jornal
ou a revista conduziu o assunto;
- Manifestar apoio ou discrdia em relao s idias de um texto publicitrio;
- Acrescentar informaes s j contidas no texto publicado, aprofundando o debate.
a) Explique qual a inteno da autora ao enviar essa carta ao jornal?
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