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Granito - Rochas Ornamentais
Granito - Rochas Ornamentais
Granito - Rochas Ornamentais
TRABALHO DE ROCHAS
ORNAMENTAIS: GRANITO
Alunos:
Felipe Almeida Nery da Nbrega Mat:. 111110678
Igor Henry Cavalcante de Almeida Mat:. 111110682
Professor:
Antnio Pedro F. Sousa
Granito
1.000 t
1926
175
9,8
1976
3.400
19,1
1986
7.385
34,0
1996
17.625
37,9
1998
19.000
37,3
2000
21.700
36,3
2002
25.000
37,0
2004
33.000
40,6
2006
34.800
37,5
2008
38.300
36,5
2010
40.500
36,3
2012
45.750
37,0
Produo (Mt)
Participao (%)
Granito e similares
4,6
49,5
Total estimado
9,3
100
3. Mercado e aplicaes
Em 2006, o Brasil chegou a colocar-se como o quarto maior produtor e exportador
mundial de rochas ornamentais e de revestimento, superando vrios concorrentes
europeus tradicionais e se tornando notvel pela grande geodiversidade de suas
matrias-primas [1].
A partir de 2008, com o acontecimento da crise do mercado imobilirio dos EUA, e
j em 2009, com a recesso da economia mundial, diminuram tanto a produo quanto,
principalmente, as exportaes brasileiras de rochas ornamentais. Caindo de 2,5Mt em
2007 para 1,67 Mt em 2009 [1].
No entanto, nesta mesma poca houve um expressivo aquecimento no mercado
imobilirio brasileiro, que se tornou um grande alvo para os grandes fornecedores
mundiais de revestimentos, bem como uma alternativa real para as exportaes [1].
A situao voltou a melhorar a partir de 2010, com um volume fsico comercializado
de 2,24 Mt. Em 2011 houve uma pequena diminuio, com 2,19 Mt. No ano seguinte,
houve um novo aumento, de 2,24 Mt, marcando uma variao positiva de 2,27% em
relao a 2011. Aumento este, relacionado a rpida mudana tecnolgica no parque
brasileiro de beneficiamento desses materiais, principalmente, com a aplicao dos
teares multifio diamantados e com a desvalorizao do real, resultando na ampliao
das margens de lucratividade e na melhoria da competitividade das empresas.
Nos primeiros nove meses de 2013, as exportaes brasileiras de rochas somaram
US$979,24 milhes e 2,01 Mt, quase igualando o total exportado em todo o ano anterior
[1].
Estima-se que os negcios brasileiros neste setor, no mercado externo e interno,
incluindo servios e comercializao de equipamentos, maquinas e insumos, tenham
movimentado cerca de US$4,6 bilhes em 2012. Cerca de 10.000 empresas dentre as
quais pelo menos 400 exportadoras, compem sua cadeia produtiva e respondem por
120 mil empregos diretos e aproximadamente 360 mil indiretos [1], sendo as
marmorarias correspondentes a 60% das empresas do setor, essencialmente formadas
por micro e pequenas empresas. A partir de dados registrados para as exportaes
brasileiras de 2012, a tabela abaixo apresenta o preo mdio dos produtos de granito no
mercado internacional [1]:
Preo Mdio
Faixa de variao
do Preo
Cdigos Fiscais
de Referncia
Blocos de granito e
similares
US$ 600/m3
2516.12.00
2516.11.00
Chapas polidas de
granito
US$ 50/m2
US$ 30 200/m2
6802.93.90
6802.23.00
responsvel por 10%, enquanto as Provncias Tocantins (Gois e Mato Grosso do Sul),
Amazonas Norte e Amazonas Sul, contemplam 2% do total da produo brasileira [1].
Os granitos, de modo geral, surgiram durante o perodo Neoproterozoico
(compreendida entre um bilho e 541 milhes de anos atrs) tendo-se como exemplos
os granitos Tropical Fashion, Tropical Gaugan, Verde Reis Imperial, Marinace e Verde
Marinace, extrados a partir de metaconglomerados, localizados em afloramentos nos
estados do Rio Grande do Norte, Paraba e Bahia [1].
Durante esse perodo ocorreram intensos processos de granitizao ao longo do
escudo brasileiro, resultando na formao de inmeras jazidas de rochas ornamentais,
representadas pelos granitos cinza e brancos (leucocrticos) do Esprito Santo (Cinza
Andorinha, Cinza Ocre, Cinza Corumb e Branco Marfim). Tm-se ainda os granitos
vermelhos tipo Capo Bonito, Bragana Paulista e Colorado Gacho, aflorantes na
Provncia Mantiqueira (So Paulo e Rio Grande do Sul), o Red Brasil de Gois
(Provncia Tocantins), alm dos Granitos Vermelho Ventura e Ipanema em Pernambuco
e dos granitos Verde Meruoca, Filomena, Verde Cear e Rosa Iracema, explorados no
Cear (Provncia Borborema). Alm desses, temos o granito reconhecido
internacionalmente, o Granito Marrom Imperial, extrado na cidade de Bom Jardim-PE.
Datadas do final do Neoproterozoico, tem-se as intruses gabro-norticas da
Provncia Borborema (Casserengue-PB), que resultaram non Granito Preto So Marcos,
equivalente a outros tipos similares do pas como o Preto Tijuca, na Provncia
Mantiqueira.
Associadas a essa fase da evoluo da nossa plataforma tm-se os corpos
reconhecido internacionalmente como Azul Bahia catalogado na Bahia. Datados
dessa fase, tambm, afloram os diques de riodacitos porfirticos azulados, conhecidos
como Azul Sucuru, oriundos de Serra Branca e Sum, ambas no estado da Paraba.
5. Mtodos de lavra
A lavra das rochas ornamentais consiste em uma atividade cuja meta remover o
material economicamente aproveitvel do macio rochoso ou dos mataces. O resultado
da etapa de lavra o bloco de arestas aproximadamente retangulares, de dimenses
variadas que procuram aproximar-se o mximo possvel daquelas que proporcionem o
melhor aproveitamento do material e a maior utilizao da capacidade produtiva dos
equipamentos nas etapas de beneficiamento [1].
Existem vrios mtodos de lavra das rochas ornamentais, cada um com rendimento
e eficincia variveis, dependendo do grau de aplicao das tecnologias mais adequadas
de acordo com as condies estruturais e geolgicas, ocasionando, assim, variaes
acentuadas nos custos operacionais da extrao. O fluxograma a seguir apresenta os
diferentes mtodos de lavra para desmonte de blocos de rochas ornamentais [1].
Subterrnea
Desabament
o
Lavra de
rochas
ornamentais
Macios
Seletiva
Mataces
Painis
Verticais
Altas
Bancadas
Baixas
Por fim, a configurao da pedreira apresenta-se com seus elementos bastante definidos
(frentes de lavra, praas, rampas de acesso, rea de manobras, zonas de deposio de
rejeitos etc.)
5.4. Lavra por bancadas
Aqui, a mina subdividia em nveis sucessivos de lavra, que evoluem lateralmente
de forma sequenciada, com altura definida em funo da geomorfologia da jazida e das
caractersticas fsico-mecnicas da rocha. A configurao espacial de uma pedreira por
este mtodo melhor observada quando a fase de lavra est avanada [1].
5.4.1. Bancadas baixas
Este mtodo consiste na extrao de blocos nas dimenses finais, diretamente do
macio rochoso, sem a necessidade de recorrer a processos de subdivises sucessivas,
com reduo das etapas do ciclo de produo.
So aplicveis a macios homogneos com poucos defeitos com relao ao ponto de
vista comercial, permitindo uma lavra com elevados nveis produtivos. No entanto, se
aplicado a macios heterogneos, este mtodo se mostra pouco seletivo, aumentando
sensivelmente a produo de blocos de qualidade inferior, que so descartados na forma
de rejeito.
Este mtodo se aplica perfeitamente em casos onde a jazida possui grande ndice de
incidncia de planos de descontinuidades sub-horizontais, pouco espaados, delimitando
naturalmente a altura das bancadas, tornando obrigatrio seu emprego [1].
De modo geral, a configurao da mina apresenta-se com seus elementos
constituintes definidos (frentes de lavra, praa para movimentao e carregamento de
blocos, rampas de acesso etc.).
Do ponto de vista ambiental, este mtodo oferece menor impacto visual sobre o
meio ambiente, devido a uma menor superfcie exposta, alm de facilitar a recuperao
da rea minerada. Entretanto, a baixa recuperao da lavra sugere a disponibilidade de
grandes reas para a disposio do rejeito gerado. Bancadas baixas tambm apresentam
vantagens do ponto de vista de segurana do trabalho, pois reduz a exposio ao risco
de quedas, alm de permitir um maior controle da estabilidade das bancadas [1].
5.4.2. Bancadas altas
A evoluo lateral de cada nvel obedece a uma geometria em forma de L,
formando corredores, que so subdivididos em volumes primrios de rocha de formato
paralelepipdico, chamados quadrotes, que so lavrados sequencialmente, de modo
que cada quadrote avance lateralmente em relao ao outro, caracterizando a geometria
L [1].
Os quadrotes so desdobrados em volumes secundrios, denominados de files,
que por conseguinte, so tombados em um leito constitudo por terra e fragmentos de
rocha, com o intuito de amortecer o impacto de queda. Aps seu tombamento, o filo
passa a ser denominado de prancha, devido sua posio horizontal que assume,
passando a ser esquadrejada em blocos nas dimenses comercializveis.
Este mtodo permite a otimizao da produo, graas a possibilidade dos nveis
evolurem lateralmente e simultaneamente, compensando qualquer deficincia
qualitativa da rocha, de modo a corrigir rapidamente as oscilaes das quantidades
demandadas [1].
11
Fio diamantado
Jet-flame
Velocidade de corte
(m2/h)
10 30
12
8,0 11,5
100
15
10 30
1,0
1,0
70
130
13
Explosivo
Fio diamantado
Custo (R$/m2)
25,31
22,88
18,99
1,33
1,33
7,50
Produo (m3/h)
0,67
0,67
2,8
7. Beneficiamento
O beneficiamento de rochas ornamentais objetiva a transformao de blocos,
extrados durante a lavra, em produtos finais ou semiacabados. Assim, pode se separar
as fases de beneficiamento em primrio e secundrio. O primrio corresponde a
preparao e serragem dos blocos em chapas de espessura varivel. No secundrio, as
chapas so submetidas a acabamento superficial, com ou sem resinagem, podendo ser
um simples desbaste, polimento, escovado, flameado etc., assim como a produo de
ladrilhos e outras peas [1].
O beneficiamento primrio tambm conhecido como serragem, consistindo no
corte dos blocos em chapas com espessuras aproximadas as do produto acabado. Isso
realizado com uso de tear de lminas de ao para granitos (tear multilmina ou
convencional), talha-blocos de discos diamantados e tear de fios diamantados (multifio).
O tear multifio, apesar de ter o custo de aquisio duas vezes maior que o de
lminas, tem uma produtividade seis vezes maior. O multifio, alm de processar o corte
muito mais rpido que o convencional, gera um resduo constitudo de p de rocha e
gua, motivo pelo qual pode ser instalado na prpria pedreira, reduzindo os custos de
transporte [1].
No beneficiamento secundrio, ou final, so obtidos diversos produtos a serem
consumidos pelas diversas categorias do setor de aplicao de rochas ornamentais. Os
processos envolvidos envolvem o tratamento superficial, que representa a fase na qual
as chapas brutas so polidas, apicoadas ou flameadas e transformando-se em chapas
acabadas [1].
8. Aproveitamento de resduos
A minerao um dos setores industriais que gera maior quantidade de resduos. Na
Europa, por exemplo, em 2008, 27,8% de todos os resduos gerados foram oriundos da
indstria mineral, representando mais de 700 milhes de toneladas de resduos naquele
ano [1].
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10. Referncias
[1] Vidal, F.W. H; Azevedo, H.C. A; Castro, N.F. Tecnologia de rochas
ornamentais: pesquisa, lavra e beneficiamento. Rio de Janeiro: CETEM/MCTI,
2013. Cps. 1, 2, 3,4 26-39.
[2] Montani, C.S. Repertorio Economico Mondiale. Milo-ITA: Faenza Editrice,
edies de 1998-2009.
[3] Chiodi, F.C. Balano das exportaes e importaes brasileiras de Rochas
Ornamentais no perodo de janeiro a setembro de 2013. Informe Abirochas, So
Paulo, n.15, 2013c.
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