A artista plástica Joana Ricou inaugura sua primeira exposição individual em Portugal sobre o tema da memória. Sua formação em arte e biologia a levou a se interessar pelas descobertas sobre como a memória se altera a cada vez que é acessada. Sua obra combina diferentes materiais e reflete sobre os momentos fugazes guardados na memória.
A artista plástica Joana Ricou inaugura sua primeira exposição individual em Portugal sobre o tema da memória. Sua formação em arte e biologia a levou a se interessar pelas descobertas sobre como a memória se altera a cada vez que é acessada. Sua obra combina diferentes materiais e reflete sobre os momentos fugazes guardados na memória.
A artista plástica Joana Ricou inaugura sua primeira exposição individual em Portugal sobre o tema da memória. Sua formação em arte e biologia a levou a se interessar pelas descobertas sobre como a memória se altera a cada vez que é acessada. Sua obra combina diferentes materiais e reflete sobre os momentos fugazes guardados na memória.
A artista plástica Joana Ricou inaugura sua primeira exposição individual em Portugal sobre o tema da memória. Sua formação em arte e biologia a levou a se interessar pelas descobertas sobre como a memória se altera a cada vez que é acessada. Sua obra combina diferentes materiais e reflete sobre os momentos fugazes guardados na memória.
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Teste de Avaliao de Portugus
Escola: 9. ano de escolaridade Nome: N.: Turma: Durao do teste: 90 minutos Data: Professor: Encarregado de Educao: Classificao:
Grupo I (50 pontos) Parte A L atentamente o texto. 5 A multiplicidade do ser est na linha da memria Artista plstica lusa inaugura exposio de arte inspirada em Biologia 2013-01-10 Por Marlene Moura Quem somos ns, se as nossas memrias se alteram todos os dias?, questiona Joana Ricou. A artista plstica portuguesa radicada nos Estados Unidos, cuja formao base assenta em Arte e Biologia, inaugura a sua primeira exposio individual em Portugal, na galeria Edge Arts (Lisboa), no prximo dia 15 de janeiro, pelas 18h30, e estar patente at dia 15 de fevereiro. O tema da mostra Um, Nenhum e Cem Mil baseado na memria, especialmente inspirado numa ltima descoberta que atesta que de cada vez que lhe fazemos apelo esta se vai alterando, ou seja, cada vez que lembramos, as sinapses vo mudando, refere [a artista plstica] ao jornal Cincia Hoje. Joana Ricou iniciou a sua formao num laboratrio de neurocincias, onde nasceu o seu fascnio por uma rea que ilustra as descobertas consequentes que nos ajudam a entender-nos a ns prprios e s nossas fundaes biolgicas. Quando formamos memrias, h uma quantidade de informao que guardada conscientemente, por exemplo, se conhecemos algum queremos lem- brar o seu nome, o seu rosto, etc., e outra parte lembrada de forma aleatria, como a cor do seu casaco; existe tambm informao que vamos perdendo, assevera. [] A biologia da memria reverte para lembranas de momentos descontnuos, episdica e plstica (manipulvel), acrescenta Joana Ricou, referindo ainda que a imagem mostra, no fundo, momentos neutros de passagem do tempo, isto , um determinado segundo e o seguinte e o seguinte, ou seja, informaes que estamos a tentar guardar e que muitas vezes se perdem durante o processo de transferncia. [] Para alm da pea multimdia, os trabalhos so em madeira, leo e papel e podem ser vistos de segunda a sexta-feira, das 14h s 20h, e, ao sbado, das 12h s 16h. 10 15 20 25
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30 Joana Ricou Estudou Arte e Biologia na Carnegie Mellon University de Pittsburgh (2004) e completou o mestrado em Arte Multimdia na Duquesne Uni- versity (2009). Expe regularmente nos Estados Unidos, em espaos de arte e cincia, destacando-se o Andy Warhol Museum (2007), o Carnegie Science Center (2010) e o Childrens Museum of Pittsburgh (2010). Em 2011, integrou uma mostra em Portugal, no Pavilho de Cincia Viva. Algumas das suas peas inspiraram capas de jornais, como o caso de Outro eu, capa da Nature (junho 2012), ou Hipocampo de rato, capa do Journal of Neuroscience (2005). representada pela Galeria Guichard (Chicago). Joana Ricou deixou de lado a investigao e trabalha agora como artista plstica e comunicadora de cincia. No entanto, todos os seus pro- jetos esto ligados s ltimas descobertas cientficas o que a mantm em contacto com a rea e com investigadores com quem vai trocando impresses.
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in Cincia Hoje, http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=56672&op=all (adaptado e com supresses, consult. em 17-01-2013) Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas. 1. As afirmaes apresentadas de A. a F. correspondem a ideias-chave do texto. Escreve a sequncia de letras que corresponde ordem pela qual essas ideias aparecem no texto. Comea pela letra E. (6 pontos) A. Na nossa memria, uma parte da informao guardada conscientemente, outra parte, aleatoriamente. B. Os trabalhos de Joana Ricou so feitos de materiais diversos e podem ser visitados no horrio indicado. C. A memria serviu de base ao tema que escolheu para a criao das suas obras. D. A imagem, guardada na memria, feita de momentos neutros e descontnuos. E. A artista plstica Joana Ricou vai inaugurar a sua primeira exposio individual em Portugal. F. O atrao de Joana Ricou pela cincia da mente nasceu da formao que fez no laboratrio de neurocincia. 2. Rel o segundo pargrafo e indica a que se refere o pronome lhe. (2 pontos) 3. Para cada item que se segue (3.1. a 3.4.), assinala a opo que permite obter uma afirmao adequada ao sentido do texto. 3.1. O presente texto jornalstico, podendo ser classificado como (2 pontos) a. recenso. c. entrevista. b. reportagem. d. editorial. 3.2. O ttulo do texto sugere que A multiplicidade do ser surge como (2 pontos) a. consequncia da memria. c. efeito independente da memria. b. finalidade da memria. d. obstculo memria.
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3.3. A caixa de texto fornece informao sobre (2 pontos) a. a infncia de Joana Ricou. b. os estudos e a carreira profissional da artista. c. a interveno da artista nos meios de comunicao social. d. as descobertas de Joana Ricou enquanto investigadora cientfica. 3.4. Conforme a informao transmitida na caixa de texto, os projetos de Joana Ricou (2 pontos) a. foram postos de lado, pois decidiu dedicar a sua vida arte. b. passam por se dedicar exclusivamente investigao cientfica. c. permanecem ligados s descobertas cientficas. d. relacionam-se exclusivamente com a Galeria Guichard.
Parte B L atentamente a crnica. 5 Elogio do subrbio Cresci nos subrbios de Lisboa, em Benfica, ento quintinhas, travessas, casas baixas, a ouvir as mes chamarem ao crepsculo Vtor num grito que, partido da Rua Ernesto da Silva, alcanava as cegonhas no cume das rvores mais altas e afogava os paves no lago sob os lamos. Cresci junto ao castelito das Portas que nos separava da Venda Nova e da Estrada Militar, num pas cujos postos fronteirios eram a drogaria do senhor Jardim, a mercearia do Careca, a pastelaria do senhor Madureira e a capelista Havaneza do senhor Silvino, e demorava-me tarde na oficina de sapateiro do senhor Florindo, a bater sola num cubculo escuro rodeado de cegos sentados em banquinhos baixos, envoltos no cheiro de cabedal e misria que se mantm como o nico odor de santidade que conheo. A dona Maria Salgado, pequenina, magra, sempre de luto, transportava a Sagrada Famlia numa caixa, de vivenda em vivenda, e os meus avs recebiam na sala durante quinze dias essas trs figuras de barro numa redoma embaciada que as criadas iluminavam de pavios de azeite. Cresci entre o senhor Paulo que consertava com guitas e canios as asas dos pardais, e os Ferra-o-Bico cuja tia fugiu com um cigano e lia a sina nas praias, embuada de negro como a viva de um marujo que nunca deu costa. Os meus amigos tinham nomes prprios tremendos (Lafaiete, Jaurs) e habitavam rs-do-cho de janelas ao nvel da calada onde se distinguiam aparelhos de rdio gigantescos, vasos de manjerico e madrinhas de chinelos. O co da fbrica de curtumes acendia latidos fosforescentes nas noites de julho, quando o plen da accia me chovia nas plpebras, eu, morto de amores pela mulher de Sandokan, descobria-me unicrnio trancado na retrete da escola, e o brigadeiro Maia, de boina basca, descia Adega dos Ossos a gesticular contra o regime. Na poca em que aos treze anos me estreei no hquei em patins do Futebol Benfica, o guarda-redes enchumaado como um baro medieval apontou- me ao pasmo dos colegas O pai do ruo doutor 10 15 20 25 30
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35 no que constituiu de imediato a minha primeira glria desportiva e a primeira tenebrosa responsabilidade, a partir do momento em que o treinador, a apalpar- -me os msculos com os olhos, preveniu numa careta de dvida Sempre estou para ver se lhes chegas ruo que o teu pai no rinque era lixado para a porrada. O dono da Farmcia Unio jogava o pau, a esposa do proprietrio da Farmcia Marques era uma grega sumptuosa de ndegas de nfora e pupilas acesas, que me fazia esquecer a mulher de Sandokan ao v-la aos domingos a caminho da igreja, o sineiro a quem chamavam Z Martelo e que tocava o Papagaio Loiro na Elevao da missa do meio-dia em vez do A Treze de Maio obrigatrio, possua uma agncia funerria cujo prospeto-reclame comeava Para que teima Vossa Excelncia em viver se por cem escudos pode ter um lindo funeral?, e eu escrevia versos nos intervalos do hquei, fumava s escondidas, uma das minhas extremidades tocava Jesus Correia e a outra Cames, e era indecentemente feliz. Hoje, se vou a Benfica no encontro Benfica. Os paves calaram-se, nenhuma cegonha na palmeira dos Correios (j no existe a palmeira dos Correios, a quinta dos Lobo Antunes foi vendida) o senhor Silvino, o senhor Florindo e o senhor Jardim morreram, ergueram prdios no lugar das casas, mas eu suspeito que por baixo destes edifcios de cinco e seis e sete e oito e nove andares, num ponto qualquer sob marquises e sucursais de banco, o senhor Paulo ainda conserta, com guitas e canios, as asas dos pardais, a dona Maria Salgado inda trota de vivenda em vivenda com a Sagrada Famlia na sua redoma embaciada, o Lafaiete e o Jaurs jogam ao virinhas na Calada do Tojal cercados de vasos de manjerico e madrinhas de chinelos. No h paves nem cegonhas e contudo a accia dos meus pais, teimosa, resiste. Talvez que s a accia resista, que s ela sobeje desse tempo como o mastro, furando as ondas, de um navio submerso. A accia basta-me. Arrasaram as lojas e os ptios, no tocam o Papagaio Loiro no sino, mas a accia resiste. Resiste. E sei que junto do seu tronco, se fechar os olhos e encostar a orelha ao seu tronco, hei de ouvir a voz da minha me chamar Antnio e um mido ruo atravessar o quintal, com um saco de berlindes na algibei- ra, passar por mim sem me ver e sumir-se- l em cima no quarto, a sonhar que ao menos a mulher de Sandokan no o obrigaria nunca a comer pur de batata nem sopa de nabias durante o tormento do jantar. Antnio Lobo Antunes, Livro de Crnicas, 4. ed., D. Quixote, 2000 40 45 50 55 60 65
Reponde, de forma completa e bem estruturada, os itens que se seguem. 4. O texto articula-se na oposio passado/presente. Justifica a frase anterior. (4 pontos) 5. Atenta na expresso uma das minhas extremidades tocava Jesus Correia e a outra Cames, e era indecentemente feliz. (ll. 44-45). 5.1. Identifica os polos de interesse vitais do cronista. (4 pontos) 5.2. Explicita o significado da expresso indecentemente feliz (l. 45). (4 pontos) 6. Explica por palavras tuas a frase Hoje, se vou a Benfica no encontro Benfica (l. 46). (6 pontos)
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7. Atenta na frase Talvez que s a accia resista, que s ela sobeje desse tempo como o mastro, furando as ondas, de um navio submerso. (ll. 58-59). 7.1. Identifica o recurso expressivo presente na frase transcrita, explicitando a imagem que cruza o espao da memria e o espao martimo. (6 pontos)
Parte C 8. L o seguinte poema de Manuel Bandeira. 5 Minha Terra Sa menino de minha terra. Passei trinta anos longe dela. De vez em quando me diziam: Sua terra est completamente mudada, Tem avenidas, arranha-cus... hoje uma bonita cidade!
Meu corao ficava pequenino.
Revi afinal o meu Recife. Est de fato completamente mudado. Tem avenidas, arranha-cus. hoje uma bonita cidade.
Diabo leve quem ps bonita a minha terra! Manuel Bandeira, Obras Poticas, Editorial Minerva, 1956 10
8.1. Escreve um texto de opinio, com um mnimo de 70 e um mximo de 120 palavras, no qual equaciones a dualidade passado/progresso a partir do poema de Manuel Bandeira. O teu texto deve incluir uma parte introdutria, uma parte de desenvolvimento e uma parte de concluso. Organiza a informao da forma que considerares mais pertinente, tratando dois dos trs tpicos apresentados a seguir. (10 pontos) A causa da amargura do sujeito potico no poema acima transcrito. A terra da nossa infncia como paraso perdido. A possvel conciliao entre a preservao do passado e as vantagens ou a inevitabilidade do progresso tcnico.
Observaes relativas ao item 8: 1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia delimitada por espaos em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hfen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer nmero conta como uma nica palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2013/). 2. Relativamente ao desvio dos limites de extenso indicados um mnimo de 70 e um mximo de 120 palavras , h que atender ao seguinte: um desvio dos limites de extenso requeridos implica uma desvalorizao parcial (um ponto); um texto com extenso inferior a 23 palavras classificado com 0 (zero) pontos.
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Grupo II (20 pontos)
1. Identifica o hipernimo presente em cada alnea. (2 pontos) a. cartas xadrez monoplio jogo gamo. b. milimtrico vegetal de lustro celofane papel. 2. Indica dois mernimos para cada um dos seguintes holnimos: (4 pontos) a. refeio; b. famlia. 3. Atenta na frase seguinte: Percorremos o caminho. (4 pontos) 3.1. Expande-a, acrescentando-lhe: a. um modificador de frase e um sujeito simples; b. um modificador do grupo verbal com valor de modo. 4. Reescreve as seguintes frases, substituindo a expresso sublinhada pelo pronome pessoal correspondente. (6 pontos) a. a ouvir as mes chamarem ao crepsculo. b. transportava a Sagrada Famlia numa caixa. 5. Transforma cada par de frases simples numa frase complexa, utilizando conjunes das subclasses indicadas entre parnteses. Faz apenas as alteraes necessrias. (6 pontos) A. Antnio regressou a Benfica. Antnio tinha saudades da infncia. Conjuno coordenativa explicativa B. A missa decorria. O sineiro tocava o Papagaio Loiro. Conjuno subordinativa temporal C. O autor vai a Benfica. O autor no encontra Benfica. Conjuno coordenativa adversativa
Grupo III (30 pontos)
Nos subrbios atuais j quase no se ouvem chamamentos como Vtor ou Antnio, que o autor relembra com saudade. Escreve um texto de opinio, correto e bem estruturado, com um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras, subordinado ao tema Viver no campo ou viver na cidade?, no qual exponhas as vantagens e desvantagens dos diferentes estilos de vida e os argumentos que fundamentem o teu ponto de vista. No assines o teu texto. Observaes relativas ao Grupo III: 1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia delimitada por espaos em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hfen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer nmero conta como uma nica palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2013/). 2. Relativamente ao desvio dos limites de extenso indicados um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras , h que atender ao seguinte: um desvio dos limites de extenso requeridos implica uma desvalorizao parcial (um ponto); um texto com extenso inferior a 60 palavras classificado com 0 (zero) pontos.