Relacao Pedagogica e Animacao de Grupos de Formacao
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dinmica de grupos em contexto de formao; Fenmenos psicossociais associados dinmica de grupos; Especificidades Gesto e dos ritmos individuais; percursos diferenciados de aprendizagem.
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NDICE
Modelo bsico de comunicao Elementos da comunicao A importncia da linguagem no verbal Barreiras comunicao Atitudes facilitadoras a comunicao Auto-estima Capacidade de escutar Atitude emptica Capacidade de dar feed-back Atitude assertiva Atitude passiva Atitude agressiva Animao de grupos atitude emptica O grupo e a sua dinmica Grupo de formao Dinmica do grupo de formao Ciclo de vida do grupo de formao Desenvolvimento orientado para a relao Desenvolvimento orientado para a tarefa Funes do grupo e papel do formador Tcnicas de grupo Liderana do processo O formador enquanto lder Estilos de liderana Contextualizao da formao pedaggica de adultos Escola e formao profissional Diferenas entre ambos os contextos da aprendizagem Mtodos e tcnicas pedaggicas Como aprendem os adultos Princpios da formao de adultos Exerccios de Auto-Avaliao Proposta de correco Bilbiografia 4 5 7 8 11 11 11 12 12 13 13 14 15 15 16 16 17 17 17 20 22 22 22 24 24 25 26 27 27 28 33 38
OBJECTIVOS: Identificar os processos de comunicao interpessoal Reconhecer as atitudes facilitadoras da comunicao Identificar os comportamentos facilitadores da resoluo de conflitos Identificar os mecanismos de motivao Distinguir e adoptar estratgias de motivao Identificar os estilos de liderana e os seus efeitos na prtica pedaggica.
MODELO BSICO DE COMUNICAO A comunicao uma das dimenses principais no universo Homem. A capacidade de comunicar oferece a cada ser humano a possibilidade de concretizar o seu desenvolvimento psquico e social pleno, e permite a existncia de grupos, organizaes, sociedades e culturas. Podemos definir comunicao como o processo de transmisso de informao entre dois ou mais indivduos ou organizaes. um fenmeno dinmico e evolutivo, cujo principal objectivo permitir a interaco entre indivduos ou grupos. Neste sentido, o processo comunicativo diz respeito ao conjunto de tcnicas verbais e no verbais de influenciar ou manipular o ambiente social. A situao de ensino / aprendizagem um ambiente de comunicao por excelncia. Da comunicao gerada no seio do grupo em formao depende o sucesso da aprendizagem, o concretizar dos objectivos pedaggicos, o clima afectivo e o nvel motivacional do grupo e a realizao pessoal do Formador. Torna-se vital para o Formador conhecer os fundamentos do processo comunicativo e algumas das suas implicaes, para que lhe seja possvel gerir a comunicao de forma positiva, desenvolvendo uma relao pedagogicamente eficaz com os seus formandos.
ELEMENTOS DA COMUNICAO
Emissor ou Fonte o indivduo, ou grupo de pessoas, ou organizao com ideias, intenes, necessidades, informaes, enfim, com uma razo para se empenhar na comunicao.
Mensagem Na comunicao humana a mensagem existe em forma fsica: h a inteno de ideias, intenes e objectivos num cdigo. O Emissor utiliza uma combinao de signos e smbolos para expressar a sua inteno comunicativa.
Canal o condutor da mensagem, o meio que permite a circulao da informao enviada pelo Emissor.
Receptor o alvo da comunicao. o indivduo ou audincia que recebe e descodifica a mensagem. Constitui o elo mais importante do processo, pois se a mensagem no atingir o Receptor, de nada serviu envi-la.
Feed-Back O Feed-back a reaco do Receptor ao comportamento do Emissor. Fornece informao ao Emissor sobre o impacto da sua aco sobre o Receptor, sobre o sucesso na realizao do seu objectivo comunicativo.
Emissor Receptor
Ao responder, o receptor exerce controle sobre as futuras mensagens que o Emissor venha a codificar, promovendo a continuidade da comunicao. O feed-back , assim, um poderoso instrumento de influncia ao nvel de quem envia informao. Se o feed-back for compensador, o emissor mantm o seu comportamento; se no for, este modifica-o, a fim de aumentar as suas probabilidades de xito. O bom uso do feed-back aumenta a eficcia da comunicao interpessoal. As pessoas que so consideradas boas comunicadoras normalmente esto atentas aos sinais comunicativos do interlocutor, so boas observadoras de reaces. O comportamento dos Formandos, a sua postura, expresses, humor, brincadeiras ou sarcasmos, questes, dvidas, afirmaes e opinies, enfim, toda a riqueza da situao face-a-face em termos de feed-back, extremamente til para o Formador regular e corrigir a sua forma de comunicar com o grupo. Por todas estas razes essencial que o feedback seja treinado e intencionalizado. Neste sentido existe um conjunto de directrizes contribuem para a sua boa aplicao.
O Feedback deve ser: Especfico: concreto e objectivo, e no de carcter geral, para que o formando possa perceber a pertinncia da informao; Aplicvel: pertinente (h caractersticas pessoais dos formandos que so incontornveis e, portanto, no faz sentido apont-las); Oportuno: h situaes em que faz sentido aguardar at que o formando esteja receptivo para aceitar o feed-back; no entanto, muitas vezes, ser to eficaz quanto mais imediato for (adi-lo pode levar diminuio do seu impacto); Solicitado: existem pistas verbais e no verbais que nos indicam se o formando se encontra ou no disponvel para receb-lo; Neutro: baseado em factos, evitando-se a emisso de opinies ou julgamentos de valor; Directo: dirigido pessoa ou pessoas envolvidas, sendo que o uso de intermedirios pode levar deturpao da mensagem; Comprovado: essencial que o formador se assegure de que a inteno comunicativa. A importncia da Linguagem no verbal Estar atento ao comportamento no verbal dos formandos, permite ao formador retirar vrias concluses: Os gestos ajudam a interpretar o contedo das comunicaes, definir os papis e os desempenhos sociais As expresses faciais comunicam sentimentos e reaces, permitindo aceder a informaes tais como: grau de percepo da mensagem, nvel de motivao e ateno, cansao, interesse suscitado pelos contedos. a descodificao da mensagem pelo formando est em concordncia com
BARREIRAS COMUNICAO Comunicar trocar mensagens. Sabemos que no fcil ( talvez impossvel) dissociar o que dito, de quem o diz. E isto porque no nosso discurso est sempre presente, de forma manifesta ou latente, aquilo que somos. Cada sujeito uma entidade complexa, resultante da combinao de factores biolgicos e psicolgicos, e dos resultados das experincias por que passa, e que lhe deixam marcas positivas ou negativas, mais superficiais ou mais profundas. Existem diversos factores que o Formador / Animador no deve desconhecer, de modo a poder super-los. a) Ao nvel do Emissor e do Receptor Estas barreiras aparecem por vezes designadas por distncia psicolgica. Imaginemos, numa sequncia linear, um tanto artificial, o processo de envio de uma mensagem do sujeito A para o sujeito B. 1. Construo da ideia a nvel conceptual. Remete para o mbito cognitivo, uma vez que se faz apelo capacidade de abstraco e ao raciocnio, estando implicado o quadro de referncias em que se move o sujeito; 2. Codificao. o domnio do cdigo, neste caso da lngua e da capacidade verbal; 3. Expresso. Refere-se, nomeadamente, s dificuldades de pronncia; 4. Audio. Colocam-se, relativamente ao receptor, questes como a surdez, ou excesso de cansao que dificulta a concentrao, ou uma preocupao que impossibilite a mobilizao de capacidades para o processo de comunicao; 8
5. Descodificao. Aponta para o conhecimento do cdigo utilizado. Se for a lngua portuguesa, ser necessrio que os vocbulos sejam conhecidos, ou compreensveis, e que as construes sintcticas criem uma lgica lingustica e conceptual que possibilite ao emissor passar da mensagem s ideias; 6. Interpretao. Indica o confronto da mensagem com o quadro referencial do receptor, isto , os seus conhecimentos, opinies, valores, crenas, etc. que lhe permitem dar um sentido ao que lhe foi transmitido.
b) Ao Nvel do Cdigo
Se o emissor usar sinais (sons, gestos, grafismos) que sejam desconhecidos do receptor, este no tem hiptese de descodificar a mensagem e perceber o que o outro lhe envia.
c) Ao Nvel da Mensagem
Se a mensagem no for oportuna, pertinente, motivadora, pode no suscitar sequer a ateno do receptor. Se for demasiado dissonante com o quadro referencial do receptor provvel que este a recuse. Os valores culturais e ticos do receptor podem provocar uma forte recusa da mensagem, no chegando mesmo a ouvir o que se quer dizer.
QUADROS DE REFERNCIA ESTERETIPOS, CRENAS E PRECONCEITOS DIFERENAS DE ESTATUTO (IDADE, EXPERINCIA, HABILITAES LITERRIAS) INCOERNCIA ENTRE O COMPORTAMENTO VERBAL E NO VERBAL CAPACIDADES DE EXPRESSO CAPACIDADES FSICAS E PSICOLGICAS EMISSOR INTERESSE / ATENO / MOTIVAO CARGA EMOCIONAL TIPOS DE CONTEXTO INCOERNCIA DE ELEMENTOS COMPLEXIDADE OU INADEQUAO DA MENSAGEM RECEPTOR
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ATITUDES FACILITADORAS DA COMUNICAO Auto-estima Corresponde imagem que temos de ns prprios e ao valor que atribumos nossa pessoa. A estima de si prprio depende muito da percepo, isto , da forma como tomamos conhecimento das coisas, e neste caso, da forma como nos vemos. De entre as vrias caractersticas que possumos, valorizamos mais umas do que outras. Tudo isto vai provocar atitudes e comportamentos diferentes, como reaco a essas maneiras de nos vermos. H uma correlao elevada entre estima por si prprio e o estilo de comunicao. As pessoas que possuem um bom nvel de auto-estima do mais provas de competncias relacionais, mostrando maior iniciativa e criatividade. Tendem a exprimir com clareza as suas posies, procurando compreender pontos de vista diferentes. Capacidade de Escutar A comunicao interpessoal dificilmente ser satisfatria se o emissor no adoptar duas atitudes relacionais fundamentais a escuta activa e a atitude emptica. Escuta Activa: Comear a ouvir desde a primeira palavra; manter uma atitude calma e receptiva Concentrar-se no que est a ser comunicado, sem se precipitar tentando adivinhar o que os seus interlocutores vo dizer...; Manifestar a sua ateno e receptividade atravs de comportamentos e sinais verbais sim, sim, hum, hum, acenando com a cabea e mantendo contacto ocular com o interlocutor; 11