Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Saltar para o conteúdo

Viés político

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Parcialidade)

O viés político é uma inclinação ou tendência percebida que envolve a distorção e a alteração de informações para tornar uma posição política ou candidatos políticos mais atraentes. Com uma associação distinta ao viés da mídia, geralmente refere-se a como um repórter, uma organização de notícias ou programa de TV cobre candidatos e questões políticas.[1] Relaciona-se também a conflito de interesses que gera parcialidade na análise nas ciências humanas e na medicina,[2][3] podendo ser consciente ou inconsciente. Este viés pode se manifestar tanto na forma social quanto política,[4] sendo propagado através de várias mídias, inclusive mídia social.[5][6][7][8]

O viés emerge em um contexto político quando os indivíduos se envolvem em uma incapacidade ou falta de vontade de entender um ponto de vista politicamente oposto. Esse viés nos indivíduos pode ter raízes nos traços e nos estilos de pensamento de cada indivíduo, e não está claro se indivíduos em posições particulares ao longo do espectro político são mais tendenciosos do que quaisquer outros indivíduos.[9] O viés político existe além da simples apresentação e compreensão dos pontos de vista que favorecem um líder ou partido político em particular, mas transcende as leituras e interações entre indivíduos realizadas diariamente.[10]

A prevalência do viés político tem um impacto duradouro, com efeitos comprovados no comportamento dos eleitores e consequentes resultados políticos.[10] Com o entendimento do viés político, vem o reconhecimento de sua violação da neutralidade política esperada.[11] A falta de neutralidade política é o resultado do viés político e aumenta o mecanismo de controle para reduzir o viés político.[11] Ao longo da modernidade, foram feitos vários estudos multidisciplinares e transdisciplinares para demarcar este conceito, que afeta áreas desde desigualdade até o preconceito.

Tipo de viés em um contexto político

[editar | editar código-fonte]

Viés de concisão: refere-se a relatórios de perspectiva que cobrem visões que são rapidamente explicadas e que concedem pouco ou nenhum tempo a visões não convencionais e difíceis de explicar.[1] O viés de concisão visa a aumentar a comunicação em se concentrando seletivamente nas informações importantes e eliminando a redundância.[1] Em um contexto político, isso pode significar a omissão de detalhes aparentemente desnecessários, no entanto, eles podem realmente constituir um viés em si, dependendo de quais informações são consideradas desnecessárias.[12] As opiniões políticas costumam ser reduzidas ao entendimento ou sistema de crença de um único partido, com outras informações contestadoras excluídas em sua apresentação.[1]

Viés de cobertura: quando tópicos e questões são abordadas por partidos políticos em diferentes extensões.[12] Isso faz com que certas questões pareçam mais prevalentes, apresentando ideias como mais importantes e necessárias.[12] Em uma atmosfera política, isso é relevante na apresentação das políticas e dos problemas que elas foram projetadas para abordar, juntamente com o tempo real de cobertura da mídia e dos políticos.[12]

Viés de confirmação: um viés cognitivo que favorece e busca informações que afirmam crenças e opiniões preexistentes.[13] Quando ambientados em uma atmosfera política, indivíduos com crenças políticas semelhantes buscam e afirmam suas opiniões, descontando informações contraditórias.[14] Uma metanálise recente tentou comparar os níveis de viés de confirmação entre liberais e conservadores nos Estados Unidos e descobriu que ambos os grupos eram, a grosso modo, igualmente tendenciosos.[15]

Viés de falso consenso: existe quando se acredita que a normalização das opiniões, crenças e valores de um indivíduo é comum.[16] Esse viés existe em um cenário grupal em que a opinião coletiva do grupo é atribuída à população em geral, com pouca ou nenhuma contestação intergrupal.[1] Essa é a base da formação de partidos políticos e envolve a tentativa contínua de normalizar essas visões dentro da população em geral, com pouco reconhecimento às diferentes crenças fora do partido.[12]

Conteúdo especulativo: quando as histórias se concentram no que tem potencial para ocorrer com frases especulativas, como "pode", "e se" e "poderia", em vez de se concentrar nas evidências factuais do que ocorreu e/ou definitivamente ocorrerá.[13] O viés especulativo é promovido quando o artigo não é especificamente rotulado como de opinião e análise.[12] Isso ocorre em um contexto político, particularmente na introdução de políticas ou na abordagem de políticas opostas.[17] Esse viés permite que os partidos tornem suas políticas mais atraentes e pareçam abordar os problemas mais diretamente, especulando-se os resultados positivos e negativos.[17]

Viés de seleção (gatekeeping): esse tipo de viés existe através do uso de seleção ideológica, desseleção e/ou omissão de histórias com base em opiniões individualizadas.[17] Relacionado de forma semelhante ao viés de agenda, existe principalmente quando o foco está nos políticos e em como se escolhe cobrir e apresentar as discussões e questões políticas preferidas.[12]

Viés partidário: existe na mídia quando os repórteres servem e criam uma tendência para um determinado partido político.[18]

Capital cultural: O capital cultural explica porque trabalhadores pobres votam em candidatos conservadores.[19]

Neutralidade política

[editar | editar código-fonte]

A neutralidade política é a ação contrária ao viés político, buscando garantir a capacidade dos funcionários públicos de desempenhar qualquer dever oficial de maneira imparcial, em relação às suas crenças políticas.[20] Em áreas como cobertura da mídia, decisões legais e burocráticas e ensinos acadêmicos, a necessidade de se tomar ações corretivas contra ações politicamente tendenciosas é a base da aplicação da neutralidade política.[11] Pesquisas sugerem que nos Estados Unidos a neutralidade política é favorecida em detrimento do viés político, com republicanos, independentes e democratas preferindo obter suas fontes de notícias da mídia politicamente neutra.[11] As respostas dos indivíduos ao viés e motivações políticas são desafiadas quando o engajamento do viés favorece e auxilia seu partido ou ideologia política.[11] A própria denúncia de neutralidade política provoca uma resposta mais exasperada, controlando diretamente a aceitação normativa do viés político.[11] Limitações de neutralidade política[11] existem em relação à cobertura da mídia e geram acusações por quaisquer ações ou mensagens consideradas politicamente tendenciosas.[20] Os preconceitos permanecem embutidos na competição contextual entre grupos, o que significa que considerações políticas baseadas em ação ou mensagem podem desafiar ideologias específicas ou intensificar e avançar ainda mais uma ideologia.[11]

Viés político e enquadramento

[editar | editar código-fonte]

O viés político existe principalmente no conceito de enquadramento.[12] Enquadrar é a construção social de movimentos políticos ou sociais em uma representação positiva ou negativa.[21] O viés político nesse contexto é que os líderes e partidos políticos apresentam informações para destacar um problema e oferecem soluções que favorecem sua própria posição política.[22] Isso faz com que sua posição pessoal pareça mais favorável e suas políticas como o curso de ação esperado.[22] O efeito de enquadramento examina as situações nas quais as pessoas são apresentadas apenas com opções dentro de dois quadros, um apresentado negativamente e o outro positivamente.[23] Esse efeito é cada vez mais significativo nas pesquisas de opinião desenhadas para incentivar organizações específicas que são comissionadas para votação.[21] Se informações confiáveis, credíveis e suficientes forem fornecidas, esse viés poderá ser significativamente reduzido.[23] O enquadramento visa além do mais o impacto da inclinação nas campanhas políticas e seu potencial impacto na distribuição do poder político onde o viés político está presente[24] e ele é compreendido como um processo onipresente usado análise para discernir conexões entre aspectos da realidade e transmitir uma interpretação de opiniões que podem não ser totalmente precisas.[21]

Inscrição em parede da Universidade Federal Fluminense (UFF) sobre as condições de um negro típico na universidade em meio a críticas ao sistema de cotas por parte da mídia.

Viés político na mídia

[editar | editar código-fonte]

O viés da mídia destaca o viés político na comunicação de tópicos políticos e na representação de políticos.[25] Quando um repórter enfatiza pontos de vista específicos e transmite informações selecionadas para promover sua própria visão política, apresenta informações tendenciosas que favorecem sua própria opinião política.[26] Determinando os vieses da mídia em relação ao posicionamento político, há regulamentos distintos que protegem contra o forjamento de informações.[27] Parte considerável da mídia, ao contrário, altera a representação da informação para promover posições políticas.[26] Opiniões políticas, que afetam diretamente o comportamento e as decisões dos eleitores, podem ser alteradas sob o viés da mídia devido à falha na representação das informações.[27] Essa forma de viés político tem impactos contínuos quando usada para mudar a opinião de outras pessoas.[27] Onde a mídia continua sendo uma poderosa fonte de informações políticas, pode criar um viés político na representação informacional de questões políticas.[27]

Um exemplo de quantificação do viés político na mídia é um modelo de propaganda, um conceito introduzido por Edward S. Herman e Noam Chomsky. É um modelo de economia política, olhando para a "manufatura" de políticas através da manipulação da mídia de massa.[28] Esse modelo analisou ainda o financiamento de capital dos meios de comunicação e sua propriedade, que geralmente relaciona laços políticos.[28]

O viés político na mídia também é discutido na forma como os líderes sociais discutem questões políticas.[26] Para determinar a existência de viés político, é usada a determinação da agenda.[27] A determinação da agenda é projetada para fornecer um entendimento da agenda por trás da apresentação de questões políticas e tentar determinar o viés político presente.[27]

Dentro de um estudo de 2002 de Jim A. Kuypers: Press Bias and Politics: How the Media Frame Controversial Issues,[29] Kuypers analisa a omissão de pontos de vista inclinados à esquerda na imprensa impressa.[29] Kuypers determinou que os políticos receberiam cobertura positiva da imprensa apenas ao cobrir e entregar tópicos alinhados às crenças apoiadas pela imprensa.[29] Isso significava que a imprensa estava envidando um viés dentro da mídia por meio de sua cobertura e seleção/liberação de informações políticas, o que desafiava a transmissão neutra de mensagens políticas.[29]

Da mesma forma, David Baron apresenta um modelo de comportamento da mídia baseado na teoria dos jogos,[30] sugerindo que os meios de comunicação de massa contratam apenas jornalistas cuja escrita está alinhada com suas posições políticas.[30] Isso gera viés de falso consenso, pois as crenças são consideradas comuns devido ao ambiente de visualizações alinhadas. Isso efetivamente aumenta o viés político dentro da representação da mídia pela informação.[30]

Segundo Glenn Greenwald, o conceito de Fake News não é suficiente para abarcar os fatos relacionados neste artigo por não ter definição convincente[31] além de ser um anglicismo que se encaixa no conceito de viés político. Em 2017 a Wikipédia em inglês restringiu o uso de artigos do tabloide Daily Mail por conta de vários vieses, principalmente políticos.[32] O secretário da CIA, Allen Dulles afirmou que "Você poderia conseguir um jornalista mais barato do que uma boa prostituta, por um par de cem dólares por mês".[33] Discussões sobre assuntos como imposto de renda são geralmente descritos como um viés político de cúpula enviesado a favor das opiniões deles em questão nos debates.[34] Jornalistas assumem que há uma auto-censura na sua divulgação de notícias[35][36] e agências governamentais defendem em conjunto que há o dever de combater teorias da conspiração.[37] Aliás este termo foi inventado pelo chefe da Central Intelligence Agency para fugir dos questionamentos da morte do John F. Kennedy.[38] Há uma facilidade grande através da desinibição de surgimento de trolls na internet que perturbam o debate político constantemente.[39]

Evidência de viés político nos mecanismos de pesquisa

[editar | editar código-fonte]

Opiniões e percepções sobre questões políticas e candidatos geralmente são moldadas pelos resultados de pesquisas de mecanismos de pesquisa como o Google.[40] Os algoritmos do Google não foram projetados para fornecer uma representação equilibrada ou igual de questões controversas.[40] Os mecanismos de pesquisa influenciam a democracia devido à desconfiança potencial da mídia, aumentando as buscas online por informações e entendimento político.[40] Especificamente nos Estados Unidos, a Doutrina da Equidade foi introduzida em 1949 para evitar preconceitos políticos em todos os meios de transmissão licenciados.[25] No contexto de tópicos polarizadores, como o viés político, os principais resultados da pesquisa podem desempenhar um papel significativo na formação de opiniões.[27] Através do uso de uma estrutura de quantificação de viés,[41] a tendência pode ser medida dentro do viés político por classificação, dentro do sistema de busca, mas aborda ainda mais as fontes do viés por meio dos dados de entrada e do sistema de classificação.[41] No contexto de consultas de informações, os resultados da pesquisa são determinados por meio de um sistema de classificação que, no caso de tópicos como Política, pode retornar resultados de pesquisa politicamente tendenciosos.[41] Esse viés presente nos resultados da pesquisa pode ser um resultado direto de dados tendenciosos que colaboram com o sistema de classificação ou por causa da estrutura do próprio sistema de classificação.[41] Essa natureza questionável dos resultados de pesquisa levanta questões de impacto sobre os usuários e em que grau o sistema de classificação pode afetar opiniões e crenças políticas, o que pode se traduzir diretamente no comportamento do eleitor.[42] Isso também pode afirmar ou incentivar dados tendenciosos nos resultados de pesquisa do Google.[41] Embora pesquisas tenham mostrado que os usuários não depositam confiança exclusiva nas informações fornecidas pelos mecanismos de pesquisa,[41] estudos mostraram que indivíduos indecisos politicamente são suscetíveis de serem manipulados por preconceitos em relação a candidatos políticos e à maneira na qual suas políticas e ações são apresentadas e transmitidas.[41] Na quantificação do viés político, tanto os dados de entrada para os resultados da pesquisa quanto o sistema de classificação em que são apresentados ao usuário encapsulam o viés em graus variados.[41]

Há ainda um viés político distinto presente nas mídias sociais, em que o algoritmo que estrutura o conteúdo do usuário facilita o viés de confirmação.[41] Isso envolve a apresentação de informações políticas dependendo de pesquisas e focos comuns dos usuários, o que reafirma ainda mais o viés político e reduz a exposição a conteúdo politicamente neutro.[41]

Determinar a diferença entre viés de conteúdo e de fonte é um foco significativo na determinação do papel do viés político nos mecanismos de busca.[41] Esse foco analisa diretamente o conteúdo real das informações presentes e se é propositalmente seletivo nas informações apresentadas, ou melhor, se a fonte das informações está projetando opiniões personalizadas relacionadas às suas opiniões políticas.[41]

Tentativas de combater o viés político

[editar | editar código-fonte]

O Media Research Center é um grupo de observação de mídia nos Estados Unidos, com foco específico na presença de conteúdo politicamente tendencioso.[43] Sua missão declarada é "expor e neutralizar o braço de propaganda da esquerda".[43] Atualmente, o Media Research Center opera numerosos projetos com o objetivo de chamar a atenção para o viés político na mídia e garantir que ele seja corretamente identificado.[43] Mais especificamente, a MRC lança um boletim informativo chamado CyberAlert, cujo objetivo é elaborar um perfil de relatórios imprecisos sobre política na mídia, específicos da América.[43] Ele é escrito pelo editor Brent Baker, que aborda artigos de mídia como artigos potencialmente tendenciosos, rotulando-os de BIASALERT.[43] A análise do viés político na mídia é determinada por meio da colaboração com o Media Reality Check, que visa especificamente combater o viés liberal e os relatórios.[43] Em 2005, o Media Research Center desenvolveu um site chamado NewsBusters, que funciona como um blog para análise de histórias onde o viés político foi sinalizado.[43] Além disso, opera com uma nota mais pessoal, não apenas chamando viés em artigos, mas desafiando ainda mais os autores desses artigos quanto à sua escrita politicamente tendenciosa[43] Além disso, nos Estados Unidos, o viés agora precisa ser divulgado como um conflito de interesses ao abordar partidos políticos, candidatos e políticas.[44] Isso aborda que os indivíduos terão opiniões políticas diferentes e terão interesses em diferentes tópicos políticos, no entanto, esse grau de viés deve ser divulgado para que o conflito de interesse e a presença de viés sejam compreendidos.[44]

Pesquisas científicas sobre o assunto

[editar | editar código-fonte]

Estudos sociológicos de Theodor W. Adorno e Bob Altemeyer no desenvolvimento da escala F e na Escala de autoritarismo de extrema direita durante o século XX confirmaram correlação entre obediência irrestrita a uma autoridade e o autoritarismo de direita e também entre conservadorismo social e político e a discriminação.[45] Se reforçou nestas correlações a evidência de conformismo social,[46] defesa de convenções sociais vigentes - inclusive de ordem religiosa[47][48] - e uma agressividade contra seus adversários[49] na crença que está chancelado por uma autoridade estabelecida, inclusive chegando até um culto a personalidade.[45][50] Na década de 10 do século XXI apenas 6% dos norte-americanos acreditavam em sua mídia.[51] O viés político dos ricos podem encaminhar uma democracia para uma oligarquia.[52]

Entre 13 e 15 de março de 2015, a CNN fez uma pesquisa em que a maioria dos norte americanos preferiam um presidente rico, se reafirmando mais entre republicanos - dentre eles havendo uma preponderância dos que defendem a desigualdade social[53][54] - e sulistas, mas também entre os democratas e menos entre os defensores de candidatos independentes e que vivem na região nordeste.[55] Pesquisas da área médica e da psicologia também confirmam uma correlação entre maior renda e um comportamento utilitarista-pragmático.[56][57][58][59][60][61] Os ricos também demonstram ter menos empatia com as pessoas,[62][63] além de outros estudos demonstrarem uma relação positiva entre a pobreza, um menor conservadorismo e uma maior compaixão com os outros.[64][65] Isso pode ser verificado em uso de advocacia por parte das empresas e da elite que buscaram brechas na lei para facilitar demissão de funcionalismo público em 2016 através de pesquisas do Insper em São Paulo,[66] a participação do Facebook em eventos como a primavera árabe e o inverno árabe,[67] na acusação de que o Iraque tinha armas de destruição em massa,[68] no macartismo,[69] no acordo para proteger a Samarco,[70] na compra de jornalistas no estrangeiro para favorecer determinado governo,[71][72] na relativização da escravidão[73] e da apropriação do Holocausto,[74] o uso contraproducente da tortura,[75] uma teoria econômica que ignora as lei da física,[76][77] a Operação Mockingbird,[78][79][80][81][82][83][84] na espionagem através da NSA,[85][86] no pagamento de funcionários freelancer no terceiro mundo para criar robôs trolls com o objetivo de se fazer disrupção na internet manipulando a opinião pública[87] em assuntos como aquecimento global[88] e islamofobia,[89][90] na classificação de jornalistas como terroristas,[91] no mesmo método para se privilegiar as empresas afetadas pelo atentado do 11 de setembro em detrimento dos civis afetados pelo incidente,[92] dentre outros caso ligados a ecologia e belicismo.[93][94] Estudos da área da psicologia comprovam uma menor compaixão com relação aos pobres entre os eleitores do Partido republicano[95][96][97][98]

Foram feitos outros estudos em 2012 nos Estados Unidos comprovaram que os eleitores de Mitt Romney eram mais ricos dos que de Obama[99] e estudos feitos com ganhadores de prêmios na loteria também confirmam uma correlação entre aumento da renda e mudança de opiniões sobre a sociedade e a política.[100][101] Outros estudos nos Estados Unidos também confirmam a relação entre maior padrão de vida - sem interferência do gênero, nível de instrução e idade - e participação na política - ao contrário da média da própria população que é mais apática segundo a CIA[102] por meio do voto facultativo, doações de campanha e de lobby, chegando a pensar e falar sobre política a maior parte do tempo como uma maneira de conter o avanço de pequenas empresas através de uma regulação menos federal, de coibir medidas contra a desigualdade social que minem a renda dos entrevistados, defendiam cortes com gastos de seguridade social inclusive as políticas de pleno emprego, auxílio-desemprego e de investimento na saúde ao contrário da opinião dos habitantes do país.[103] Eles também são são contra um salário mínimo que permita a sobrevivência através do contrato de trabalho, são contra o SUS inclusive através do aumento dos impostos - principalmente entre os razoavelmente ricos -, são contra a universalização do ensino superior e a maioria dos ricos defendem que não deva existir educação primária pública universal de qualidade ao contrário da média da população total.[103] Os ricos só concordam em alto grau com resto da população com relação ao ensino profissionalizante e em menor grau comparativamente ao grande público quando afirmam que o governo deva regular o mercado.[103] Proporcionalmente ao resto da população, menos ricos defendem o imposto de renda sobre empresas como a principal fonte de financiamento de programas de governo, uma regulação federal de empresas com ações na Bolsa de valores e na indústria de petróleo uma redistribuição de renda através de uma tributação progressiva.[103] Os ricos que eram advogados e médicos tendiam a ser mais de esquerda do que os que viviam do mercado financeiro e da posse de empresas, principalmente quando se referiam a preservação do meio ambiente, a ajuda humanitária, programas de bem-estar social e tributação progressiva e a grande maioria dos ricos apoiaram tanto o partido democrata como o republicano, em uma proporção superior ao resto da população.[103][104] Estudos no ramo da psicologia demonstram também que pessoas mais ricas tendem a serem mais sádicas[105] e os ricos com o melhor padrão de ensino defendem que a riqueza tem uma correlação com a virtude[53] assim como os direitistas,[106][107] apesar disso não se aplica a uma parcela relevante da elite que teve um acesso fraco ao ensino e de dependerem do saberes de seus trabalhadores.[108][109][110][111][112][113] Estudos comprovam uma correlação entre baixo estudo e a superestimação de seu próprio saber também entre a população rica.[114][115] Outros estudos reafirmam a correlação entre tempo de estudo dentre os eleitores do partido republicano e posições políticas mais conservadoras com relação a crença em teorias como a do aquecimento global antropogênico, ao contrário dos eleitores do partido democrata onde esta relação se inverte.[116][117]

Há também estudos que demonstram que entre os ricos conservadores, esta correlação entre preconceito contra o consenso científico e maior nível de educação se explica pelo fato de que a memória desta elite é seletiva,[118][119] e por isso que tendem a rejeitar menos mentiras[120] e demonstram serem mais facilmente receptivos ao discurso de seu políticos os eleitores do republicanos do que os dos democratas[121] além de estarem declaradamente em guerra de classe contra os menos favorecidos.[122][123] Outros estudos demonstram que a economia executada com base em um consenso artificial tende a gerar uma sociedade engessada e corrupta.[124] Além disso existem pesquisas recentes que demonstram que liberais e conservadores tendem a se esquivar de provas que rejeitam seu pensamento[125] e que formas precursoras de Inteligência Artificial são capazes de absolver preconceitos humanos.[126] O viés político atinge toda a política institucional nas políticas de guerra, nos gastos públicos, na política de conciliação de classes, no trato com relação ao Estado de Direito, com relação a corrupção, no trato as minorias nos direitos civis, no trato as liberdades individuais e humanos, políticas de privatização e de censura, políticas com relação as dívidas, uma alteridade em relação ao comunismo de mercado chinês e políticas de concessão de favores a outros partidos.[127][128][129][130][131][132][133][134][135]

Argumentação dos autores clássicos

[editar | editar código-fonte]

Segundo Bauman, o neoliberalismo também conhecido como fundamentalismo de livre-mercado tem uma pedagogia própria que defende a irrestrita responsabilidade individual e o darwinismo social,[136] sendo que isso se reflete em algumas instituições de ensino superior[137] em que o comando delas pré-formata e limita as possibilidades de ensino do professor de adaptar-se as circunstâncias sociais daquela comunidade e que dê autonomia de pensamento ao aluno sem se ancorar de forma enrijecida na linha de pensamento do colégio.[138][139] Estudos confirmam também o mal estar de acadêmicos em trabalharem para o ensino superior privado em uma situação similar ao do trabalhador braçal não-regulamentado[140] e existem casos registrados de elitismo inclusive no curso superior.[141] O uso do termo genocídio no pós-Segunda Guerra Mundial geralmente é descrito como um uso excessivo de um viés político segundo o Edward Said[142] Para Said, a academia deve satisfazer o desejo de um engajamento do acadêmico na sociedade que está em ruínas,[143] e outros autores justificam esta afirmação dizendo que a democracia não é uma mercadoria e que necessita de uma formação mínima para que se possa atuar nela.[144][145][146] Segundo Kuhn, a quebra de paradigma apenas ocorre quando há um questionamento da estrutura social do pensamento vigente, o que apenas ocorre se a sociedade não estiver engessada.[147][148]

O ensino superior na maior parte dos casos está mais preocupado em alardear uma controversa possibilidade de pleno emprego em que valeria a pena o endividamento do que formar cidadãos conscientes e menos egoístas.[149][150][151][152][153][154][155][156][157][158][159][160][161][162][163][164] Segundo Ranciére, a suposta isenção política de uma universidade é feita para que as empresas negociem na arena política sem serem incomodadas.[165][166][167][168][169] Ainda segundo o autor anterior, a dissidência sistemática a um pensamento dominante remediaria esta problemática.[170] Também existem estudos confirmando a relação entre falta de ética - inclusive para apoiar uma guerra - e uma maior renda do indivíduo[171] e além disso segundo estudos médicos os ricos tendem a naturalizar mais as desigualdades sociais do que a média da população, afirmam em uma escala maior que que o mundo é justo e que apoiam mais medidas punitivas do que reabilitadoras, tendem a justificar a sua posição social com argumentos pré-concebidos[172] e a ensinar os seus filhos a colocar na frente os seus próprios interesses em detrimento do bem estar dos outros.[172][173][174][175] O Roger Scruton defendeu enquanto viveu que o capitalismo na sua sua relação com a política tem o seu viés.[176]

Segundo Naomi Wolf, Umberto Eco e o resto da academia, uma das características do fascismo é a equivalência entre dissidência e traição, o controle da imprensa, a criação de um bode expiatório único e o acossamento do inimigo - ora descrito como forte - ora descrito como fraco e pobre.[177][178][179] Os autores Vladimir Lênin e Hilary Putnam apoia a visão que não existem anarquistas de verdade, pois isso seria incorrer no anacronismo em que o indivíduo é refém do viés político da sociedade,[180][181][182] sendo que segundo o primeiro Buda, o indivíduo sozinho não pode alterar o pensamento social sendo que a situação piora quando se tenta fazer isso[183] e além disso José Martí afirmava que ninguém tem o direito de se tornar escravo da liberdade.[184]

Segundo Edward Said e outros autores, esse fato social prospera[185] em um contexto de grande concentração da mídia mundial que embutem discursos oficiais em suas narrativas de mídia que são promovidas indiretamente de forma mais intensa do que o próprio discurso oficial para satisfazer seus anunciantes[186][187] com o uso de eufemismos para tentar reduzir o teor aparente do viés político, trocando conceitos como guerra por intervenção humanitária de forma que o linguajar fique aprazível ao grande público de maneira simplista.[188][189] Segundo Somjee, o feminismo branco aplica um reducionismo a questão do feminismo do Terceiro Mundo, homogenizando a situação das mulheres no mundo em modelos teóricos.[190][191]

  • Altemeyer, Bob (1981). Right-Wing Authoritarianism. Winnipeg: University of Manitoba Press. ISBN 0-88755-124-6 
  • Hevia, James Louis (2003). English Lessons: The Pedagogy of Imperialism in Nineteenth-Century China. Durham: Duke University Press. ISBN 978-0-8223-3188-9 
  • Giroux, Henry A. (2004). “Take Back Higher Education”. Nova Iorque: Palgrave. ISBN 978-1-4039-6423-6 
  • Arendt, Hanna (1968). “The Origins of Totalitarianism. Nova Iorque: Harcourt Brace Jovanovich. ISBN 978-0156906500 
  • Dewey, J. (1999). “Liberalism and Social Action”. Nova Iorque: Prometheus Press. ISBN 978-1573927536 
  • Freire, Paulo (1967). Pedagogy of the Oppressed. Boston: Beacon Press. ISBN 978-0816491322 
  • Lukács, György (2000). History and Class Consciousness: Studies in Marxist Dialectics. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press. ISBN 0 262 62020 0 
  • Bernays, Edward (2004). Propaganda. Nova Iorque: Ig Publishing. ISBN 0970312598 
  • Chomsky, Noam and Edward S. Herman. Manufacturing Consent: The Political Economy of the Mass Media. Pantheon, 2011. Kindle edition. (Loc. 7556)
  • Wittgenstein, Ludwig (1968). Philosophical Investigations. Nova York: Macmillan. ISBN 978-0631146704 
  • Gadamer, PH.G. (2003). A Century of Philosophy. Nova Iorque: Continuum Press. ISBN 9780826415240 
  • ALTHUSSER, Louis (2007). Aparelhos Ideológicos de Estado. São Paulo: Paz e terra. ISBN 8570380739 
  • Honderich, T. (1995). The Oxford Companion to Philosophy. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0199264797 
  • Edwards, Paul (1967). Philosopher's Index (8 volumes). Nova York: Macmillan. ISBN 0028949609 
  • Edwards, Paul (1967). Philosopher's Index (8 volumes). Nova York: Macmillan. ISBN 9780028949604 
  • Edwards, Paul (1967). Philosopher's Index (8 volumes). Nova York: Macmillan. ISBN 0028949706 
  • Edwards, Paul (1967). Philosopher's Index (8 volumes). Nova York: Macmillan. ISBN 0028949803 
  • Edwards, Paul (1967). Philosopher's Index (8 volumes). Nova York: Macmillan. ISBN 9780028949802 
  • Edwards, Paul (1967). Philosopher's Index (8 volumes). Nova York: Macmillan. ISBN 0028949900 
  • Edwards, Paul (1967). Philosopher's Index (8 volumes). Nova York: Macmillan. ISBN 9780028949901 
  • Edwards, Paul (1967). Philosopher's Index (8 volumes). Nova York: Macmillan. ISBN 9780028949703 
  • Baruchello, Paul Giorgio (2007). “Life Responsibility versus Mechanical Reductionism: Western World-Views of Nature from Pantheism to Positivism”, Philosophy and World Problems Theme. Oxford: ed. J. McMurtry 
  • Searle, John. (1995). The construction of social reality. New York, NY: Free Press.
  • Luz y Caballero, José de la. (1947). La Polemica filosófica, Volume 5. Havana, Cuba: University of Havana, p. 113.
  • Torres- Cuevas, Eduardo. (2004). Historia del pensamiento cubano: Volúmen 1, Tomo 1.Havana, Cuba: Editorial de ciências sociales. 329f.
  • ALBUQUERQUE JUNIOR, Durval. Fazer defeitos nas memórias: para que servem o ensino e a escrita da história. In: GONÇALVES, Márcia et all (Org.). Qual o valor da História Hoje? Rio de Janeiro: FGV, 2012. p. 21-39.
  • CATROGA, Fernando. Ainda será a história mestra da vida? In: RIOS, Kênia Sousa e FURTADO FILHO, João Ernani (Org.). Em Tempo. História, memória, educação. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2008. p. 9-38.
Referências
  1. a b c d e «Media Bias». Boundless Political Science 
  2. Top Censored Story of 2015-16 – The Lies Of Evidence-Based Medical Studies
  3. Editor In Chief Of World’s Best Known Medical Journal: Half Of All The Literature Is False
  4. Media and Trump bias: Not even trying to hide it anymore
  5. Bursting the Facebook bubble: we asked voters on the left and right to swap feeds
  6. Facebook, a News Giant That Would Rather Show Us Baby Pictures
  7. Facebook’s failure: did fake news and polarized politics get Trump elected?
  8. Inside Facebook’s (Totally Insane, Unintentionally Gigantic, Hyperpartisan) Political-Media Machine
  9. Vyse, Stuart (2019). «Who Are Most Biased: Liberals or Conservatives?». Skeptical Inquirer. 43 (4). pp. 24–27 
  10. a b Gentzknow, Matthew; Shapiro, Jesse; Stone, Daniel (2014). «Media Bias in the Marketplace: Theory». NBER Paper 
  11. a b c d e f g h Yair, Omer (2018). «When do we care about political neutrality? The hypocritical nature of reaction to political bias». PLoS ONE 
  12. a b c d e f g h Saez-Trumper, Diego. «Gatekeeping, Coverage and Statement bias». Social Media News Communities 
  13. a b Plous, Scott (1993). «Confirmation Bias». The Psychology of Judgement and Decision Making: 233 
  14. Shermer, Michael. «The Political Brain». Scientific American. 295 (1): 36. Bibcode:2006SciAm.295a..36S. PMID 16830675. doi:10.1038/scientificamerican0706-36 
  15. Ditto, Peter H.; Liu, Brittany S.; Clark, Cory J.; Wojcik, Sean P.; Chen, Eric E.; Grady, Rebecca H.; Celniker, Jared B.; Zinger, Joanne F. (2018). "At Least Bias Is Bipartisan: A Meta-Analytic Comparison of Partisan Bias in Liberals and Conservatives". Perspectives on Psychological Science. 14 (2): 273–291. doi:10.1177/1745691617746796.
  16. «False Consensus and False Uniqueness». Psychology Campus 
  17. a b c Hofstetter, C. Richard; Buss, Terry F. (1978). "Bias in television news coverage of political events: A methodological analysis". Journal of Broadcasting. 22 (4): 517–530. doi:10.1080/08838157809363907.
  18. Soroka, Stuart (2016). «Gatekeeping and Negativity Bias». Political Communication 
  19. «Opening the Door to the Far Right». jacobinmag.com (em inglês). Consultado em 6 de fevereiro de 2020 
  20. a b Kernaghan, Kenneth (1986). «Political Rights and Political Neutrality: finding the bland point». Canadian Public Administration: 639–652 
  21. a b c Sheufele, Dietram (1999). «Framing as a Theory of Media Effects». Journal of Communication. 49 
  22. a b Entman, Robert (2010). «Media framing biases and political power: Explaining slant in news of Campaign 2008». Journalism: Theory, Practice and Criticism 
  23. a b Druckman, James (2001). «On the Limits of Framing Effects: Who can Frame?». Political Science 
  24. Entman, Robert (2008). «Media framing biases and political power: Explaining slant in news of Campaign 2008». Journalism: Theory, Practice & Criticism. 11: 389–408. doi:10.1177/1464884910367587 
  25. a b Patterson, Thomas (2013). «The News Media: Communicating Political Images». We the People. 10 
  26. a b c Stromberg, David (2002). «Mass Media Competition, Political Competition, and Public Policy». Institute for International Economic Studies 
  27. a b c d e f g Bernhardt, Dan (2007). «Political Polarization and the Electoral Effects of Media Bias» 
  28. a b Robinson, Piers (25 de outubro de 2018), «Does the Propaganda Model Actually Theorise Propaganda?», The Propaganda Model Today: Filtering Perception and Awareness, ISBN 9781912656165, University of Westminster Press, pp. 53–67, doi:10.16997/book27.e 
  29. a b c d Kuypers. «Press Bias and Politics: How the Media Frame Controversial Issues» 
  30. a b c Baron. «Game Theory: An Introduction». Wiley 
  31. WashPost Is Richly Rewarded for False News About Russia Threat While Public Is Deceived
  32. Wikipedia proíbe uso do jornal britânico Daily Mail como fonte
  33. Reasons to be cautiously cheerful about the state of US news media
  34. Camp considering Senate bid - Obama tax proposal meets mixed reviews in Congress - IRS-focused bills face House vote
  35. Veteran CBS News Anchor Dan Rather speaks out on BBC Newsnight tonight
  36. Dan Froomkin: On Calling Bullshit
  37. Teoria da conspiração na América
  38. «JFK Lancer - President John F. Kennedy Assassination Latest News and Research». www.jfklancer.com. Consultado em 25 de agosto de 2019 
  39. How Trolls Are Ruining the Internet
  40. a b c Bentley, Matt (2017). «Study: Does Google have a Political Bias?» 
  41. a b c d e f g h i j k l Kulshrestha, Juhi; Eslami, Motahhare; Messias, Johnnatan; Zafar, Muhammad Bilal; Ghosh, Saptarshi; Gummadi, Krishna P.; Karahalios, Karrie (1 de abril de 2019). «Search bias quantification: investigating political bias in social media and web search». Information Retrieval Journal (em inglês). 22 (1): 188–227. ISSN 1573-7659. doi:10.1007/s10791-018-9341-2 
  42. Kulshrestha. «Search bias quantification: investigating political bias in social media and web search». Information Retrieval Journal. 22: 188–227. doi:10.1007/s10791-018-9341-2 
  43. a b c d e f g h wonder95. «About the MRC». Media Research Center 
  44. a b Plaisance, Patrick. «Transparency: An Assessment of the Kantian Roots of a Key Element in Media Ethics Practice». Journal of Mass Media Ethics. 21. doi:10.1207/jmme.2006.21.issue-2&3 
  45. a b Literature Review: Authoritarianism
  46. Braybrooke, D. et al (1995), Logic on the Track of Social Change 273 pp. Oxford: Clarendon Press. Braybrooke, D. et al (1995), Logic on the Track of Social Change 273 pp.
  47. Platão afirmava que a atividade acadêmica não podia ser monopólio da religião vide: JAEGER, W. Paidéia: Los ideales de la cultura griega. México: FCE, 1987.
  48. THE RELATIONSHIP BETWEEN CHURCH MEMBERSHIP AND PREJUDICE
  49. Lane, R.E. (2000), The loss of happiness in market democracies, 465 pp. New Haven, CT: Yale University Press.
  50. The right-wing cult of contrived masculinity
  51. A new understanding: What makes people trust and rely on news
  52. world?, What in the (17 de abril de 2014). «Study: US is an oligarchy, not a democracy». BBC News (em inglês) 
  53. a b The Rich And Educated Believe Wealth Correlates With Virtue, Says Study
  54. Noblesse Oblige? Social Status and Economic Inequality Maintenance among Politicians
  55. CNN Poll
  56. Broome, J. (1999), Ethics Out of Economics, 267 pp. Cambridge: Cambridge University Press.
  57. Social Class as Culture
  58. Upper-class people less empathetic than lower-class people: study
  59. Oh-oh! Politicians share personality traits with serial killers: Study
  60. The rich are different from you and me
  61. Having less, giving more: the influence of social class on prosocial behavior.
  62. Study of the Day: Rich People Feel Less Empathy
  63. Social Class, Contextualism, and Empathic Accuracy
  64. Low-Income People Quicker to Show Compassion
  65. Class and compassion: socioeconomic factors predict responses to suffering.
  66. Proposta prevê corte de servidor por baixo desempenho
  67. Nuestra vida ya no nos pertenece: Facebook, el 'Estado 2.0' que lo controla todo
  68. Fake news, propaganda and threats to journalism
  69. Howard Zinn, A People's History of the United States, Harper Colophon, 1990, pp.427-428
  70. Acordão que beneficia Vale/Samarco/BHP é homologado pela (in) justiça brasileira
  71. U.S. Repeals Propaganda Ban, Spreads Government-Made News to Americans
  72. Memo offers a look into the CIA’s private press pool
  73. Sanson, Cesar. «Exploração consentida. Portaria do MTE altera definições de trabalho escravo e abre caminho para violações». www.ihu.unisinos.br. Consultado em 17 de fevereiro de 2020 
  74. «ONU acusa Israel de torturar crianças palestinas e usá-las como escudo humano». operamundi.uol.com.br. Consultado em 17 de fevereiro de 2020 
  75. Yakovlev, Pavel. «7 The economics of torture». The Handbook on the Political Economy of War (em inglês) 
  76. «Small Is Beautiful» 
  77. MEADOWS, Donella H. (1972). The limits of growth (PDF). Nova York: Potomac. 205 páginas 
  78. The C.I.A. and the Culture War
  79. The CIA’s Mop-Up Man: L.A. Times Reporter Cleared Stories With Agency Before Publication
  80. Politico and the Washington Post Have Become Virtual "Escort Services" for Moneyed Elites
  81. Five reasons why we don’t have a free and independent press in the UK and what we can do about it
  82. Warriors of Disinformation: How Lies, Videotape, and the USIA Won the Cold War
  83. US Government-Funded Domestic Propaganda Has Officially Hit The Airwaves
  84. The Federal Government Paid Journalists to Sabotage Cuban 5 Trial
  85. NSA Prism program taps in to user data of Apple, Google and others
  86. U.S., British intelligence mining data from nine U.S. Internet companies in broad secret program
  87. HACKING ONLINE POLLS AND OTHER WAYS BRITISH SPIES SEEK TO CONTROL THE INTERNET
  88. Programmer Develops Twitter Bot to Troll Climate Change Deniers
  89. How the spooks took over the news
  90. Snowden: NSA targeted journalists critical of government after 9/11
  91. Journalists, Protesters, and Other Terrorist Threats
  92. ‘U.S.’ Chamber Of Commerce Lobbied To Help GOP Kill Bill To Provide Health Care To 9/11 First Responders
  93. Mirowski, P. (2000), Machine Dreams, 540 pp. Cambridge: Cambridge University Press
  94. Daly, Herman (1999), Ecological Economics and the Ecology of Economics, 229 pp. Cheltenham UK: Edward Elgar Press.
  95. Gallup Poll Finds Democrats More Compassionate; Republicans More Psychopathic
  96. Hodgson, Bernard (2001), Economics as Moral Science, Heidelberg: Springer Press.
  97. Glasbeek, Harry (2002), Wealth By Stealth: Corporate Crime, Corporate Law and the Perversion of Democracy, 286 pp. Toronto: Between the Lines Press.
  98. Bakan,J. (2004), The Corporation: Pathological Pursuit of Wealth and Power, 226 pp. New York: Free Press.
  99. Does Your Wage Predict Your Vote?
  100. Money makes people right-wing and inegalitarian
  101. Does Money Make People Right-Wing and Inegalitarian? A Longitudinal Study of Lottery Winners
  102. CIA report into shoring up Afghan war support in Western Europe
  103. a b c d e Democracy and the Policy Preferences of Wealthy Americans
  104. As November nears, voters turn backs on both parties
  105. Studies Find That Successful People Tend To Be Bad
  106. Scheler, Max (1973), Selected Philosophical Essays, 320 pp. Evanston U.S.: Northwestern University Press.
  107. It's right-wingers, not lefties, that think they're morally superior
  108. Georgescu-Roegen, N (1971), The Entropy Law and the Economics Process, 277pp. Cambridge Mass: Harvard University Press.
  109. Jackson, T. (2009), Prosperity without Growth, 264pp. London: Earthscan.
  110. Kropotkin, P. (1955), Mutual Aid: A Factor of Evolution, 362 pp. Boston: Extending Horizons Books.
  111. Favorecimento econômico e excelência escolar: um mito em questão
  112. Arrow, Kenneth (1963). Social Choice and Individual Values, 273 pp. New York: Wiley.
  113. A baixa escolaridade dos patrões portugueses
  114. McMurtry J. (1986) “The Argumentum Ad Adversarium”, Informal Logic, VIII.1, 27-36.
  115. On the Perpetuation of Ignorance: System Dependence, System Justification, and the Motivated Avoidance of Sociopolitical Information
  116. College-Educated Republicans Most Skeptical of Global Warming
  117. McMurtry, J. (2002), Value Wars: The Global Market versus the Life Economy, 262pp. London: Pluto Press
  118. Why Do People Believe Stupid Stuff, Even When They're Confronted With the Truth?
  119. Political Conservatism as Motivated Social Cognition
  120. Why Do Conservatives Soak Up Lies?
  121. Gallup Poll Shows Republicans Are More Manipulable Than Democrats
  122. Divario sempre crescente. Buffett: "La lotta di classe esiste e l'abbiamo vinta noi"
  123. Common Sense 2009
  124. Centralization's Slide Into Oblivion
  125. Liberals and conservatives are similarly motivated to avoid exposure to one another's opinions
  126. An AI stereotype catcher
  127. O sexto turno
  128. Torturing for Propaganda Purposes
  129. New Report: Bush Officials Tried to Shift Blame for Detainee Abuse to Low-Ranking Soldiers
  130. Podem, na atual conjuntura brasileira, a classe operária e os comunistas tomar partido nas disputas entre facções burguesas a favor de uma ou de outra?
  131. Governo muda de rota com plano bilionário de privatização de estradas e ferrovias
  132. Assassinatos de indígenas no Brasil crescem 269% nos governos Dilma e Lula
  133. 7 Ways Republicans and Democrats are exactly the same
  134. Debt Political Theater Diverts Attention While Americans’ Wealth Is Stolen
  135. Obama's secrecy fixation causing Sunshine Week implosion
  136. Zygmunt Bauman, “The Art of Life,” (London: Polity Press, 2008), p. 88 (ISBN 978-0745643267)
  137. Stephen Pender, “An Interview with Davidy Harvey,” Studies in Social Justice 1:1 (Inverno do hemisfério norte em 2007), p. 14.
  138. “Grandes grupos econômicos estão ditando a formação de crianças e jovens brasileiros”
  139. Cornelius Castoriadis, “Democracy as Procedure and democracy as Regime,” Constellations 4:1 (1997), p. 5.
  140. Ensino superior particular: terceirização e exploração do trabalho docente
  141. 'Aqui aprendemos a ser melhor do que você', diz camisa de alunos
  142. Edward S. Herman e David Peterson. The Politics of Genocide, Monthly Review Press: Nova York, 2010, 159 pp. ISBN 978-1-58367-212-9: “During the past several decades, the word ‘genocide’ has increased in frequency of use and recklessness of application, so much so that the crime of the twentieth century for which the word was originally coined often appears debased. Unchanged, however, is the huge political bias in its usage….”
  143. Edward Said, “Humanism and Democratic Criticism,” (Nova Yorque: Columbia University Press, 2004), p. 50.
  144. Woodhouse, H. (2009), Selling Out: Academic Freedom and the Corporate Market, 360pp. Montreal and Kingston: McGill-Queen’s University Press.
  145. John Keane, “Journalism and Democracy Across Borders,” in Geneva Overholser and Kathleen Hall Jamieson, eds. The Press: The Institutions of American Democracy (Nova York: Oxford University Press, 2005), p. 92-114.
  146. H. Arendt, “The Origins of Totalitarianism,” third edition, revised (Nova York: Harcourt Brace Jovanovich, 1968); e J. Dewey, “Liberalism and Social Action,” orig. 1935 (Nova York: Prometheus Press, 1999).
  147. Kuhn, T.S. (1962), The Structure of Scientific Revolutions, 209 pp. Chicago: University of Chicago Press.
  148. Fleck, Ludwik (1929/1979), Genesis and Development of a Scientific Fact (trans. Bradley F. and Trenn T.), 121 pp. Chicago: Chicago University Press
  149. Sen, Amartya (1977). “Rational Fools: A Critique of the Behavioral Foundations of Economic Theory”, Philosophy and Public Affairs, 6, 317-44.
  150. Press, Eyal and Washburn, Jennifer (2000), “The Kept University”, Atlantic Monthly March 2000, 2-13.
  151. Ostrom, Elinor (1990) Governing the Commons: The Evolution of Institutions for Collective Action, 280 pp. Cambridge Mass: Harvard University Press.
  152. Olson, M.(1965) The Logic of Collective Action: Public Goods and the Theory of Groups, 176pp. Cambridge Mass: Harvard University Press.
  153. Hume, David (1960/1888), A Treatise of Human Nature , 709pp. Oxford: Clarendon Press
  154. Doray, B. (1988), From Taylorism to Fordism: A Rational Madness. 229pp. London: Free Association Books.
  155. Bernays, Edward W. (1933), Propaganda, 159 pp. Nova York: Liverright
  156. Armstrong, J. “Sharing One Skin” (1996), The Case Against the Global Economy (ed. Goldsmith E. And Mander J.) San Francisco: Sierra Books, 460-471.
  157. Stanley Aronowitz, “Against Schooling: Education and Social Class,” (Boulder, CO: Paradigm Publishers, 2008), p. xii.
  158. The University’s Crisis of Purpose
  159. America's Student Loan Racket
  160. Kate Zernike, “Making College ‘Relevant’,” The New York Times, (January 3, 2010), p. ED16.
  161. C. Wright Mills, “The Politics of Truth: Selected Writings of C. Wright Mills,” (Nova York: Oxford University Press, 2008), p. 200.
  162. The killing-fields of inequality
  163. An early examination of the inside corporatization of universities, Becker L.C. ed. (2000), Encyclopedia of Ethics, 641pp.
  164. Cornelius Castoriadis, “Democracy as Procedure and democracy as Regime,” Constellations 4:1 (1997), p. 10.
  165. Total student debt in America now exceeds cost of Iraq War
  166. Newson, J. e Pollster, C. (2010), Academic Callings: The University We Have Had, Now Have And Could Have, 388 pp.
  167. Foucault, M. (1984), The Foucault Reader (ed. P. Rabinow), 390 pp. Nova York: Pantheon.
  168. Johnstone, D.B. et al (1998) “The Financing and Management of Higher Education: A Status Report on Worldwide Reforms, 56 pp, Washington, D.C.: World Bank.
  169. Jacques Ranciere, “On the Shores of Politics,” (London: Verso Press, 1995), p. 3.
  170. Fulvia Carnevale and John Kelsey, “Art of the Possible: An Interview with Jacques Rancière,” Artforum, (March 2007), pp. 259-260.
  171. Higher social class predicts increased unethical behavior
  172. a b Social class rank, essentialism, and punitive judgment.
  173. Patel, Raj (2009), The Value of Nothing: Where Everything Costs Much More than We Think, 250pp. Toronto: Harper-Collins
  174. Unequal Freedoms: The Global Market As An Ethical System, 372 pp. Toronto and Westport CT: Garamond and Kumarian
  175. Mackie, J.L. (1977), Ethics: Inventing Right and Wrong, 249 pp. Nova York: Penguin.
  176. «Where Marx was right and Thatcher wrong». The Independent (em inglês). 16 de agosto de 1998. Consultado em 13 de janeiro de 2020 
  177. Fascist America, in 10 easy steps
  178. Facism Anyone?
  179. Umberto Eco Makes a List of the 14 Common Features of Fascism
  180. Lenin, V. I. (1961b). Conspectus of Hegel’s Science of Logic. In Stewart Smith (Ed.), Collected Works, Vol. 38 (Clemens Dutt, Trans., pp. 85– 126).
  181. London, UK: Lawrence and Wishart. (Originally published 1930) P. 189
  182. Putnam, Hilary. (1975). The analytic and synthetic. Mind, language and reality: Philosophical papers, volume 2 (pp. 33– 69). New York, NY: Cambridge University Press.
  183. Ledi Sayadaw, Requisites of Enlightenment (1999) 256-257
  184. Martí, José. (2002). Prologue to Juan Antonio Pérez Bonalde’s poem of Niagara. In Esther Allen (Ed. and Trans.), José Martí: Selected writings (pp. 43– 51). New York, NY: Penguin Books. (Originally published 1882), 50-51.
  185. Fake news: an insidious trend that's fast becoming a global problem
  186. These 6 Corporations Control 90% Of The Media In America
  187. The propaganda model revisited
  188. Force and Opinion
  189. Libya: Examination of intervention and collapse and the UK’s future policy options
  190. G. Somjee, (1989), Narrowing the Gender Gap, Basingstoke and London, Macmillan, p. 20
  191. N. El Sadaawi, (1980), Notes and Documents in Race and Class, vol.22, No.2,p.176-177; 179

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]

Sites que pretendem averiguar consensos políticos

[editar | editar código-fonte]