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Lavagem de Itapuã

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lavagem de Itapuã
Celebrado por Soteropolitano
Tipo Católica e afro-brasileira
Data Quinta-feira antes do carnaval
Significado Homenagem à Nossa Senhora da Conceição e a Iemanjá
Celebrações Cortejo, missa, lavagem das escadarias e samba de roda.
Frequência Anual

A Lavagem de Itapuã é uma manifestação religiosa e cultural, tradicional da cidade de Salvador, no estado brasileiro da Bahia. Ocorre anualmente na quinta-feira antes do carnaval, no bairro de Itapuã. Nos festejos ocorre o sincretismo religioso entre católicos e religiões afro-brasileiras, celebrados por baianas, grupos culturas, devotos, moradores e turistas em homenagem a Nossa Senhora da Conceição e a Iemanjá.[1][2]

A lavagem das escadarias da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Itapuã surgiu no século XIX, sendo celebrado no dia 2 de fevereiro por pescadores em homenagem a Nossa Senhora da Purificação e ocorria também uma romaria de pescadores com oferendas à Iemanjá. O registro mais antigo do evento data do ano de 1898, com a chegança e o quebra-potes.[3]

Na década de 1930, passou a ser realizada para homenagear a Nossa Senhora da Conceição de Itapuã, na quinta-feira antes do Carnaval.[3]

Em 1987, uma baleia rosa inflável de nove metros feito pelo artista Wally Salomão foi introduzido ao cortejo em homenagem a atividade econômica de Itapuã da caça às baleias entre o séculos XVII e XIX.[4]

No ano de 2121, para não ocorrer aglomerações por causa da pandemia do Covid-19, não houve os festejos da lavagem de Itapuã.[5]

Às duas horas da manhã da quinta-feira antes do carnaval, o Bando Anunciador, tocando músicas com violas, bandolins e maracas, saem pelas ruas do bairro de Itapuã, convidando a comunidade para os festejos. E às cinco horas manhã. há a alvorada com fogos de artifícios. Paralelamente ao desfile do Bando Anunciador, ocorre na praia o cortejo marítimo que segue para a Igreja de Itapuã.[1][6]

Às seis horas da manhã, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Itapuã ocorre a Lavagem das Nativas, que é a pré-lavagem das escadarias da igreja, feita pelas moradoras do bairro, esta lavagem é extraoficial e foi introduzida pela já falecida moradora do bairro, Dona Niçu. Após a pré-lavagem, é servido um café da manhã comunitário com samba de roda e é celebrada uma missa às sete horas da manhã.[1][6]

Às dez horas da manhã, ocorre o cortejo das baianas, que usam o traje tradicional e levam potes de cerâmica com flores e água de cheiro e são seguidas pelos Filhos de Gandhy, fiéis, moradores e turistas. O cortejo tem início no bairro de Piatã, e segue pela orla da praia até a Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Itapuã. Chegando na igreja, por volta de meio-dia, é realizado a lavagem das escadarias com a água de cheiro e flores que carregaram nos potes de cerâmica.[1][6]

A partir do meio-dia até à noite, inicia-se a parte profana dos festejos, com a passagem dos blocos de chão e trios elétricos.[1]

Referências
  1. a b c d e «Lavagem de Itapuã». Salvador da Bahia. Consultado em 24 de agosto de 2021 
  2. Festa na lavagem de Itapuã. Youtube.com Band Cidade. (vídeo)
  3. a b Antunes, Poliana (13 de fevereiro de 2020). «Lavagem de Itapuã comemora 115 anos». TRBN - Tribuna da Bahia. Consultado em 24 de agosto de 2021 
  4. Fonseca, Adilson (15 de fevereiro de 2019). «Lavagem de Itapuã fecha o ciclo de festas populares». Bahia Noite e Dia. Consultado em 24 de agosto de 2021 
  5. Cajazeiras, Redação Fala (4 de fevereiro de 2021). «Lavagem de Itapuã ficou apenas na lembrança em 2021». Fala Cajazeiras. Consultado em 24 de agosto de 2021 
  6. a b c «Lavagem de Itapuã completa 114 anos de fé e tradição nesta quinta-feira». Toda Bahia. 20 de fevereiro de 2019. Consultado em 24 de agosto de 2021