Edmar Bacha
Edmar Bacha | |
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Nome completo | Edmar Lisboa Bacha |
Nascimento | 14 de fevereiro de 1942 (82 anos) Lambari, Minas Gerais |
Nacionalidade | brasileiro |
Cidadania | Brasileiro |
Ocupação | Economista |
Prêmios | Prêmio Jabuti (2017) |
Edmar Lisboa Bacha (Lambari, 14 de fevereiro de 1942)[1] é um economista brasileiro. Participou da equipe econômica que instituiu o Plano Real, durante o governo Itamar Franco. Desde 2003 é diretor do think tank Casa das Garças, instituição dedicada a estudos e debates de economia, no Rio de Janeiro. É membro da Academia Brasileira de Ciências desde dezembro de 2010. Tomou posse como membro da Academia Brasileira de Letras em 7 de abril de 2017, na cadeira 40.[2][3] É sobrinho da poetisa Henriqueta Lisboa[4].
Biografia
[editar | editar código-fonte]Descendente patrilinear de libaneses,[5][6] é considerado um dos "pais" do Plano Real, completou seu doutorado em economia nos Estados Unidos, obteve o título de doutor na Universidade Yale, com uma tese sobre a política brasileira do café e o mercado internacional do café.
Carreira acadêmica
[editar | editar código-fonte]Ganhou notoriedade acadêmica ao escrever a fábula da "Belíndia", na qual argumentava que o regime militar estava criando um país dividido entre os que moravam em condições similares às da Bélgica e aqueles que tinham padrão de vida indiano. Foi um dos principais responsáveis pela coordenação do departamento de economia da PUC-Rio, considerado um dos melhores cursos de graduação em economia do país.
Vida pública
[editar | editar código-fonte]Na vida pública, participou do Plano Cruzado, na década de 1980, como presidente do IBGE. Retirou-se do governo José Sarney quando este decidiu, logo após as eleições, manipular os índices de preços. Uma vez que ativou-se o "gatilho salarial", o plano fracassou, o que fez o Brasil "perder 10 anos" de sua história econômica,[7] segundo Bacha.
Edmar Bacha retornou à vida pública no governo Itamar Franco, quando propôs a Fernando Henrique Cardoso (FHC), então ministro da Fazenda, um novo plano para controlar a inflação. Sem o aval do FMI, o plano foi um sucesso, garantindo a eleição de FHC para a Presidência da República, em 1994. Bacha permaneceu no governo durante dez meses, como presidente do BNDES. Depois, encerrou sua passagem pela vida pública e se tornou consultor do banco de investimento BBA. Desde 2003, é diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica da Casa das Garças, um think tank no Rio de Janeiro.[8]
Carreira literária
[editar | editar código-fonte]Em novembro de 2016, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, e tomou posse em 7 de abril de 2017.[9]
Prêmios e indicações
[editar | editar código-fonte]Em 2013 ganhou em 1º lugar o Prêmio Jabuti[10] na categoria economia, administração e negócios.
- Belíndia 2.0: fábulas e ensaios sobre o país dos contrastes pela Editora Civilização Brasileira
Em 2014 ficou em 2º lugar no Prêmio Jabuti na categoria economia, administração e negócios.
- O Futuro da Indústria no Brasil[11] pela Editora Civilização Brasileira
Novamente em 2017 na mesma categoria concorrendo ao Prêmio Jabuti[12] Edmar termina em 2º lugar.
- A crise fiscal e monetária Brasileira obra publicado pela Editora Civilização Brasileira
Ver também
[editar | editar código-fonte]- ↑ BACHA, Edmar na página do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)
- ↑ «Edmar Lisboa Bacha - Biografia». academia.org.br. Consultado em 26 de fevereiro de 2021
- ↑ Edmar Bacha é eleito para a Academia Brasileira de Letras. Economista que ocupará a cadeira 40 recebeu 18 dos 33 votos na eleição
- ↑ Academia Brasileira de Letras. «Perfil de Edmar Bacha». Consultado em 23 de janeiro de 2022
- ↑ Gois, Ancelmo (6 de fevereiro de 2021). «O economista Edmar Bacha lança biografia pelo selo História Real». O Globo. Consultado em 5 de abril de 2022
- ↑ Schwartzman, Simon (10 de dezembro de 2022). «Mineiros autênticos». Estadão. Consultado em 5 de abril de 2022
- ↑ «Erros do Cruzado custaram dez anos, diz Bacha», UOL, Folha.
- ↑ IEPECDG
- ↑ «A Brazilian inflation fighter becomes immortal». The Economist. 12 de abril de 2017. Consultado em 14 de abril de 2017
- ↑ «Premiados do Ano | 62º Prêmio Jabuti». www.premiojabuti.com.br. Consultado em 26 de fevereiro de 2021
- ↑ «Premiados do Ano | 62º Prêmio Jabuti». www.premiojabuti.com.br. Consultado em 26 de fevereiro de 2021
- ↑ «Premiados do Ano | 62º Prêmio Jabuti». www.premiojabuti.com.br. Consultado em 26 de fevereiro de 2021
Precedido por Pérsio Arida |
Presidente do BNDES de janeiro até novembro de 1995 |
Sucedido por Luiz Carlos Mendonça de Barros |
Precedido por Evaristo de Moraes Filho |
ABL - sexto acadêmico da cadeira 40 2016 |
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