Banco Sudameris
Sudameris | |
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Razão social | Banco Sudameris Brasil S.A. |
Empresa de capital aberto | |
Atividade | Serviços financeiros |
Fundação | 1900 (124 anos) (como Banco Commerciale Italiano de São Paulo) |
Encerramento | 2007 |
Sede | São Paulo, São Paulo, Brasil |
Área(s) servida(s) | Em todo o território nacional |
Proprietário(s) | Banca Intesa (até 2003) ABN Amro (2003-2007) |
Produtos | Bancos |
Sucessora(s) | Banco Real |
Website oficial | www.sudameris.com.br[ligação inativa] |
Banco Sudameris foi um banco brasileiro com sede em São Paulo. O banco surgiu no ano de 1900, com o nome Banco Commerciale Italiano de São Paulo. Dez anos depois, foi adquirido pelo Banque Française et Italienne pour L’Amérique du Sud (ou Banca Francese e Italiana per l'America del Sud).
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o banco retomou suas operações, sob o nome Banco Federal Brasileiro. Após algumas décadas, mudanças de nome e transferência da sede, passa a ser finalmente Banco Sudameris Brasil, fruto da união do Dresdner Bank com a União de Bancos Suíços.
Nos anos 2000, o banco foi comprado pelo ABN AMRO/Banco Real, que em 2007 passou para o Santander.
Edifício
[editar | editar código-fonte]O edifício "Banco Francês e Italiano", antiga sede do banco na capital paulista, na rua Quinze de Novembro, 213, construído em 1919, é uma das edificações verticais pioneiras em São Paulo. Foi projetada por Giulio Micheli, inspirada no Palazzo Strozzi.[1]
Extinção
[editar | editar código-fonte]Em 1998, o banco obteve o controle acionário do Banco América do Sul, fundado em 1940 por imigrantes japoneses[2]. A aquisição foi feita com a intenção do banco ganhar mercado no Brasil, mas essa operação, poucos anos mais tarde, se revelou desastrosa. Os controladores haviam descoberto que o Sudameris não teria grandes ganhos de escala com a então aquisição do América do Sul.
O banco comprado tinha uma péssima carteira de crédito, um número grande de clientes inativos e uma clientela excessivamente concentrada na faixa de renda que vai de R$ 500 a R$ 1 mil por mês. A lista de clientes dos dois bancos somados dava 600 mil pessoas, mas os clientes de fato ativos não iam além de 100 mil e com um agravante: eram clientes que, por ser de baixa renda, geravam para o banco apenas um terço da receita proporcionada por clientes que ganhavam mais de R$ 3 mil por mês.
Com as receitas baixas e o custos altos, o grupo controlador, o italiano Intesa, na época o maior banco da Itália, teve que fazer constantes injeções de capital até que os executivos decidiram que o melhor seria vender o banco do que insistir nos aportes de dinheiro.
Em maio de 2002 o banco chegou a ser comprado pelo Itaú[3], porém, em novembro do mesmo ano o banco desistiu da compra.[4]
Com a desistência da compra pelo Itaú, o grupo controlador continuou em busca de um comprador. Estavam no páreo ABN AMRO Real, Bradesco e o Unibanco, até que em abril de 2003 o Sudameris foi enfim comprado pelo ABN AMRO Real[5]. O novo grupo adquiriu o Banco Sudameris, então o nono maior banco do Brasil, por R$ 2,3 bilhões. Na época, foi a primeira grande aquisição do banco holandês no Brasil desde a compra do Real em 1998, consolidando sua quinta posição no ranking do setor.
Na época, Fábio Barbosa, presidente do ABN Amro Real, disse que havia três principais razões para comprar o Sudameris: a forte presença do banco na alta renda; a importante atuação no Estado de São Paulo (o ABN Amro tinha maior exposição no Rio de Janeiro e em Minas Gerais) e o bom relacionamento da instituição com as pequenas e médias empresas.[6]
Somente em 2007, passados quatro anos da aquisição pelo ABN Amro Real, que o banco concluiu no início de setembro o processo de integração do Sudameris. As agências da instituição passaram a fazer parte da rede do Banco Real, que ficou como marca única.
- ↑ ALMEIDA, M. A. A verticalização do centro de São Paulo. In: Pilon, Heep, Korngold e Palanti: edifícios de escritórios (1930-1960). Dissertação (Mestrado em Projeto de Arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. p 37-106. link.
- ↑ «Hirata encontra-se com executivos do Banco ABN Amro Real». www.camaradojapao.org.br. Consultado em 31 de outubro de 2016
- ↑ «Oficializada a compra do Sudameris pelo Itaú - Economia - Estadão». Estadão
- ↑ «Folha de S.Paulo - Itaú desiste de comprar Sudameris - 13/11/2002». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 31 de outubro de 2016
- ↑ «UOL Últimas Notícias - ABN Amro Real compra Sudameris por R$ 2,3 bilhões 16/04/2003 - 19h45». noticias.uol.com.br. Consultado em 31 de outubro de 2016
- ↑ «G1 > Economia e Negócios - NOTÍCIAS - Banco Sudameris troca nome em setembro». g1.globo.com. Consultado em 31 de outubro de 2016