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Centro Brasileiro de Análise e Planejamento

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Centro Brasileiro de Análise e Planejamento
(CEBRAP)
Tipo Instituto de pesquisa
Fundação 3 de maio de 1969 (55 anos)
Sede São Paulo, SP
Membros 160 pesquisadores
Sítio oficial https://cebrap.org.br

O Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) é uma instituição de estudos e pesquisas em sociologia, política, filosofia, economia, antropologia e demografia. Está sediado em São Paulo.

Além de promover cursos e seminários e conceder bolsas de pesquisa nas suas áreas de atuação, o Cebrap sedia o Centro de Estudos da Metrópole (CEM), dedicado aos estudos referentes à capital paulista, e a Comissão de Cidadania e Reprodução (CCR), dedicada a pesquisas nas áreas de saúde pública, sexualidade e direitos reprodutivos no Brasil.

Atualmente, o Centro conta com 160 pesquisadores[1], entre antropólogos, cientistas políticos, demógrafos, economistas, filósofos, historiadores, juristas e sociólogos, e está organizado em 17 núcleos de pesquisa.

Foi fundado no ano de 1969, por intelectuais, a maioria dos quais professores da Universidade de São Paulo (USP) afastados da universidade pelos atos discricionários do regime instituído após o Golpe Militar de 1964. [2]Financiado pela Fundação Ford, a injeção inicial de 145 mil dólares, fora uma oferta de Peter Bell, então presidente da fundação[3] Alguns deles eram remanescentes do grupo de estudos sobre O Capital, que faziam os seus encontros numa casa da rua Bahia, no bairro de Higienópolis, em São Paulo capital.

Posteriormente, o grupo passou a dedicar-se a estudos sobre a realidade do país, com uma postura crítica ao regime de exceção e numa linha ideológica de esquerda. Fizeram parte do grupo inicial de pesquisadores do Centro: Boris Fausto, Cândido Procópio Ferreira de Camargo, Carlos Estevam Martins, Elza Berquó, Fernando Henrique Cardoso, Francisco Weffort, Francisco de Oliveira, José Arthur Giannotti, José Reginaldo Prandi,[4] Juarez Rubens Brandão Lopes, Leôncio Martins Rodrigues, Luciano Martins, Octavio Ianni, Paul Singer e Roberto Schwarz.[5] Temas importantes referentes à sociedade brasileira foram objeto de estudos e debates do CEBRAP destacando-se: distribuição de renda, sociedade civil, democracia. Vários dos componentes do grupo lecionaram em universidades no exterior, consolidando laços acadêmicos com pesquisadores e professores estrangeiros. Posteriormente suas pesquisas passaram a receber financiamentos internacionais. A partir de 1972 e nos cinco anos seguintes, vários dos membros do CEBRAP expressaram-se pelo semanário Opinião, que se constitui em importante fonte de pesquisa sobre os estudos do pensamento social brasileiro da época.[6]

Há mais de trinta anos,[7] o CEBRAP publica a revista Novos Estudos, também disponível pela internet.[8]

Referências

Ligações externas

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