Imigração francesa no Brasil
Franco-brasileiros | ||||||||||||||||||
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População total | ||||||||||||||||||
~1 milhão | ||||||||||||||||||
Regiões com população significativa | ||||||||||||||||||
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Línguas | ||||||||||||||||||
português, francês. | ||||||||||||||||||
Religiões | ||||||||||||||||||
Cristianismo, a maioria sendo fiel da Igreja Católica Apostólica Romana | ||||||||||||||||||
Grupos étnicos relacionados | ||||||||||||||||||
Outros franceses, franco-americano, franco-canadense |
Um franco-brasileiro é o brasileiro que tenha ascendentes franceses ou pessoas nascidas na França radicadas no Brasil.
A comunidade francesa no Brasil é a segunda maior comunidade francesa da América Latina (depois da Argentina com 6,8 milhões de descendentes). Atualmente, a população de franco-brasileiros está estimada em 1.5 milhão de pessoas.[1]
História
Afora as invasões francesas à Paraíba e Ceará, ao Rio de Janeiro e ao Maranhão e Pará, ainda durante o século XVI, a primeira grande leva de franceses ao país aconteceu com a transferência da família real e da corte portuguesa para o Brasil, em 1808.
D. João VI patrocinou a vinda da Missão Artística que trouxe ao Brasil, em 1816, franceses como o pintor Joachim Lebreton com o seu secretário Pierre Dillon, o pintor histórico Jean Baptiste Debret, o pintor de paisagens e cenas históricas Nicolas-Antoine Taunay com o seu filho Félix Émile Taunay – ainda apenas um jovem aprendiz, o arquiteto Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny junto com seus discípulos Charles de Lavasseur e Louis Ueier, o escultor Auguste Marie Taunay, o gravador Charles-Simon Pradier, o mecânico François Ovide, o ferreiro Jean Baptiste Leve, o serralheiro Nicolas Magliori Enout, os peleteiros Pelite e Fabre, os carpinteiros Louis Jean Roy com o seu filho Hypolite e o auxiliar de escultor François Bonrepos. Muitos deles trouxeram suas famílias, criados e outros auxiliares. Pinassi acrescenta ainda o músico Sigismund Neukomm. 6 meses mais tarde, uniram-se ao grupo o escultor Marc Ferrez (tio do fotógrafo Marc Ferrez) e o gravador de medalhas Zéphyrin Ferrez.
Entre 1819 a 1940, franceses imigraram para o Brasil. Muitos destes chegaram por volta de 1884 a 1925, mais de 25.000 imigrantes franceses neste período. Fontes apontam que imigraram para o Brasil por volta de 100.000 franceses entre 1850 e 1965. A comunidade francesa no Brasil alega que 592 imigrantes chegaram em 1888, e 5.000 imigrantes em 1915. Foi estimado que 14.000 franceses viviam no Brasil em 1912, o que resulta em 9% do total de franceses que vivia na América Latina.
No Paraná, as colônias no Vale do Assungui receberam imigrantes franceses durante o Império. Porém, com o tempo boa parte dessa população migraria para outras áreas.
Segundo o Censo Republicano de 1920, 31.984 franceses moravam no Brasil.[2] São Paulo contava com a maior parte desses imigrantes, contabilizando 13.576 estrangeiros de tal nacionalidade.[3] Em seguida, vinham o Distrito Federal (que na época era a cidade do Rio de Janeiro) com 10.538 franceses e o Rio Grande do Sul com 4.216.[4] No estado de São Paulo, as cidades com os maiores números eram a capital (3.859), Santos (581), Campinas (389), Taubaté (371) e Ribeirão Preto (361).[5] No Rio Grande do Sul, Porto Alegre tinha 2356 franceses, seguido de Pelotas (775) e Rio Grande (730).[6]
Ver também
- ↑ http://www.ambafrance-br.org/IMG/pdf/27-06-13-La_France_et_le_Bresil_en_chiffre_2013.pdf [ligação inativa]
- ↑ Recenseamento Geral do Brasil em 1920. Volume 4, Parte 1. "População por sexo, estado civil e nacionalidade". p. 317
- ↑ Ibidem.
- ↑ Idem, pp. 313 a 316
- ↑ Idem. pp. 827 a 866
- ↑ Idem. pp. 800 e 801