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Imigração francesa no Brasil

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França Franco-brasileiros Brasil
População total
Regiões com população significativa
Línguas
Português. Uma minoria de descendentes fala francês.[1]
Religiões
Predominantemente o catolicismo.[1]
Grupos étnicos relacionados
brasileiros brancos, outros franceses e franco-canadense.[1]

A imigração francesa no Brasil foi o movimento migratório ocorrido principalmente nos séculos XIX e XX de grupos de franceses para várias regiões do Brasil. Os franco-brasileiros (em frânces: Franco-Brésiliens) são brasileiros que possuem ascendência francesa ou pessoas nascidas na França radicadas no Brasil.[1]

História

No século XIX, por volta de 1847, franceses e alguns belgas, e posteriormente brasileiros, criaram a Colônia Dr. Faivre, às margens do rio Ivaí, localidade rebatizada de Teresa Cristina, no município de Cândido de Abreu, no Paraná.[2][3] Ainda na mesma época, na década de 1850,[4] franceses se estabeleceram na Colônia de Superaguy, na baía de Paranaguá.[5] Em 1868 foi criada a Colônia Argelina na região que hoje é o bairro do Bacacheri,[6][7] em Curitiba.[8] Em Curitiba é realizado desde 1988 pela Aliança Francesa a Festa da Francofonia.[9] Estima-se que na década de 2010 o Paraná tinha cerca de seiscentas famílias descendentes de franceses.[2][10]

Também no Paraná, as colônias no Vale do Assungui, no município de Cerro Azul, receberam imigrantes franceses durante o Império. Porém, com o tempo boa parte dessa população migraria para outras áreas. Segundo o historiador Romário Martins "...em 1875 tinha a Colônia Assungui 1.824 habitantes, sendo 875 brasileiros, 338 franceses", além de imigrantes de outras nacionalidades.[11]

Segundo o Censo Republicano de 1920, 31.984 franceses moravam no Brasil.[12] São Paulo contava com a maior parte desses imigrantes, contabilizando 13.576 estrangeiros de tal nacionalidade.[13] Em seguida, vinham o Distrito Federal (que na época era a cidade do Rio de Janeiro) com 10.538 franceses e o Rio Grande do Sul com 4.216.[14] No estado de São Paulo, as cidades com os maiores números eram a capital (3.859), Santos (581), Campinas (389), Taubaté (371) e Ribeirão Preto (361).[15] No Rio Grande do Sul, Porto Alegre tinha 2356 franceses, seguido de Pelotas (775) e Rio Grande (730).[16]

Ver também

Referências
  1. a b c d «La France et le Bresil en chiffre» (PDF). Consultado em 11 de fevereiro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 16 de janeiro de 2014 
  2. a b «Livro fala da imigração francesa no Paraná». Prefeitura Municipal de Curitiba. 17 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  3. Diego Antonelli (31 de maio de 2013). «Uma utopia socialista à beira do Ivaí». Gazeta do Povo. Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  4. Diego Antonelli (17 de janeiro de 2014). «Quando um cônsul destemido desbravou o litoral do Paraná». Gazeta do Povo. Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  5. Laurent Vidal, Tânia Regina De Luca. «Franceses no Brasil: séculos XIX - XX». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  6. Curitiba em Dados. «Histórico dos Bairros de Curitiba - Bairro Bacacheri» (PDF). Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC. Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  7. Daliane Nogueira (17 de julho de 2010). «Novas obras em bairro antigo». Gazeta do Povo. Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  8. Chimentão, Bárbara Letícia (2018). «Imigrantes franceses no Paraná: o caso da Colônia Argelina (1868-1890)». Universidade Federal do Paraná. Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  9. «Evento em Curitiba celebra cultura dos países de língua francesa com gastronomia, cinema, teatro e música». G1 PR. 25 de março de 2019. Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  10. Cintia Végas (11 de dezembro de 2022). «Livro destaca imigração francesa no Paraná». Tribuna do Paraná. Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  11. Romário Martins (1995). «História do Paraná». Farol do Saber. Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  12. Recenseamento Geral do Brasil em 1920. Volume 4, Parte 1. "População por sexo, estado civil e nacionalidade". p. 317
  13. Ibidem.
  14. Idem, pp. 313 a 316
  15. Idem. pp. 827 a 866
  16. Idem. pp. 800 e 801
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