ÁREA TEMÁTICA: 13. TECNOLOXÍAS E COMUNICACIÓN EDUCATIVA
Questionários sistemáticos e smartphone: ferramentas de avaliação pedagógica?
Carlos Seco*, Teresa Cardoso**
*LE@D – Laboratório de Educação a Distância e Elearning da Universidade Aberta (Portugal), ** Universidade Aberta, Portugal –
LE@D - Laboratório de Educação a Distância e Elearning
Resumo
Este estudo pretende dar resposta à questão de como os
questionários sistemáticos e os smartphones podem ajudar
o professor na sua tarefa de avaliação pedagógica das suas
práticas. O estudo incidiu em três turmas, num universo de
49 alunos. Os alunos inquiridos foram respondendo a um
questionário no final de cada aula no smartphone e os
resultados foram depois sujeitos a uma análise estatística.
Como conclusão, constata-se que os questionários
sistemáticos permitem analisar o modo como os alunos
acompanharam cada aula, permitindo ao professor ir ao
encontro das suas expectativas e motivações.
Palavras-chave: avaliação pedagógica, questionários
sistemáticos, smartphone.
Introdução
A questão da avaliação pedagógica é sem dúvida um
tema sempre atual e sobre o qual muitos investigadores
já escreveram. É relativamente fácil encontrarmos
literatura especializada e de referência sobre a questão da
avaliação pedagógica dos alunos. O mesmo já não se
passa em relação aos professores, o que é sem dúvida
extremamente importante, pois a avaliação deve ajudarnos a conhecer e a compreender a realidade para que se
possa transformar e melhorar (Fernandes, 2009: 20). E,
são os professores que tem um peso fundamental no
processo de aprendizagem dos alunos (conforme a sua
atitude em cada aula). Então como podemos avaliar as
nossas próprias práticas?
Ao longo dos anos, muitas formas foram utilizadas, desde
o recurso a colegas observadores a questionários aos
alunos. Recentemente, com o avanço tecnológico é
possível recorrer a computadores e a software de
construção de questionários online de fácil acesso por
parte dos alunos. Mas sabemos que em muitas escolas e
em muitas salas de aulas os alunos não tem à sua
disposição computadores, então, como fazê-lo nesta
situação? A resposta será quase imediata, pois sabemos,
enquanto professores, que o smartphone é o dispositivo
eletrónico que praticamente todos os nossos alunos
possuem e usam.
Enquadramento teórico
A avaliação é, como nos diz Fernandes (2009), um
domínio científico e uma prática social cada vez mais
indispensável para caracterizar, compreender, divulgar e
melhorar uma grande variedade de problemas que afetam
as sociedades contemporâneas, tais como a qualidade da
educação e do ensino, a prestação de cuidados de saúde,
a distribuição de recursos e a pobreza. É portanto
imperativo que o professor possa ser avaliado e conhecer
os seus pontos fracos e fortes, instituindo, dessa forma,
“uma lógica de criticidade que expõe consistências e
contradições às práticas, validando-as ou sujeitando-as a
novas formulações, e evitando a sua fossilização”
(Fernandes e Vieira, 2010:279).
A avaliação pode ter também um carater de (auto)
supervisão, de natureza intrapessoal, pois o professor
reflexivo, disposto a um desenvolvimento profissional
contínuo, ganha relevo na medida em que se torna capaz
de se assumir como supervisor das suas próprias práticas
(Alarcão & Roldão, 2008).
Podemos, como antes aludimos, recorrer a diversos
métodos de avaliação, tais como, por exemplo: aulas
assistidas por colegas; questionários focados em pontos
críticos de avaliação; grelhas de avaliação; ou mesmo
recorrendo a tecnologias como por exemplo a gravação
das aulas para visionamento posterior. No entanto, hoje
em dia com as novas tecnologias os professores tendem
a aproximação com os alunos através do uso dos
computadores, tablets e sobretudo através dos
dispositivos que praticamente todos os alunos trazem
consigo, os smartphones. Como nos diz Rogers e Wright
(2008), estas tecnologias abrem novos meios de suporte
à comunicação entre professores, pais e alunos.
Por outro lado, os alunos hoje em dia interagem com
os smartphones com a destreza de nativos digitais o que
permite ao professor chegar mais perto e interagir dentro
do mesmo meio dos seus alunos. Expressões como
“Sociedade das Comunicações Móveis” (Castells, 2004),
“Cultura do Telemóvel” (Goggin, 2006), “Thumb
Culture” (Glotz et al., 2005), “Mobile Age” (Sharples et
al., 2005) significam que as tecnologias móveis estão
cada vez mais enraizadas na nossa sociedade fazendo
parte do dia-a-dia dos nossos alunos, alterando o
paradigma e os hábitos de todos nós, na forma como
trabalhamos, ensinamos e aprendemos.
Caraterização geral do estudo
Questões de investigação
Estudos sobre a utilização dos smartphones na sala de
aula apontam para uma ausência de decisões por parte da
escola sobre uma política do uso do telemóvel (Twiss,
2009) e nos casos em que existe, a maioria, é no sentido
da proibição do uso do smartphone em sala de aula. No
entanto, e segundo o relatório do primeiro trimestre de
2015 da ANACOM (Autoridade Nacional de
Comunicações), a penetração do serviço móvel em
Portugal com utilização efetiva era de 122,6 por 100
habitantes.
Correspondência: Carlos Seco, carlosmseco@gmail.com; Teresa Cardoso, Teresa.Cardoso@uab.pt
SECO, CARDOSO
Os alunos ao entrarem na sua versão colocam o nome
da sala virtual, fornecido pelo professor, ficando com
acesso ao questionário e iniciam o processo de respostas
(figura 4).
Se temos disponível esta ferramenta e se os nossos
alunos lidam com ela com destreza, será então que
podemos utilizar o smartphone como uma ferramenta de
suporte aos questionários sistemáticos para fazer a
avaliação pedagógica do próprio professor? Esta é a
questão de investigação que iremos responder neste
estudo.
Objetivos da investigação
Este estudo tem como objetivo não só responder à
pergunta de investigação acima elencada como também
observar o comportamento dos alunos face ao uso do
smartphone em sala de aula. No final de cada aula, o
professor pediu a colaboração dos seus alunos para
responderem a um questionário pré-construído, ao qual
os alunos tinham acesso nos seus smartphones. As
respostas foram automaticamente transformadas em
gráficos e analisadas em tempo real, permitindo assim ao
professor saber quais os seus pontos fortes e fracos no
decorrer da aula.
Figura 4. Respostas de todos os alunos.
O software cria em tempo real um gráfico com as
respostas e percentagens dadas pelos alunos (figura 5).
Figura 5. Gráfico gerado com as percentagens para uma
resposta.
Recursos tecnológicos utilizados
Figura 1. Logotipo do
http://www.socrative.com/
software
Com base neste gráfico, o professor analisa as
respostas e chega à conclusão, por exemplo, que os
alunos gostaram muito mais das aulas práticas do que das
aulas teóricas.
O software socrative permite, para além dos
questionários, a construção de testes, ou mesmo saber as
respostas da turma instantaneamente a uma pergunta que
o professor faça na aula, e ainda permite a construção de
relatórios com estatísticas completas que podem ser
exportadas e trabalhadas no Excel.
socrative.
Foi utilizado o “socrative“ (cf. figura 1), aplicação que,
entre outras funcionalidades, permite ao professor criar
os questionários e ver as estatísticas geradas pelas
respostas dos alunos em tempo real.
O socrative funciona com duas versões que podem ser
instaladas no smartphone, uma na versão do professor e
outra na versão de aluno (figura 2), cada uma delas corre
nos sistemas Android, iOS e Chrome da Google.
Figura 2. As duas versões
http://www.socrative.com/apps.php
do
Importância do estudo
Este estudo tem duas componentes, uma tecnológica e
outra pedagógica. A tecnológica tem que ver com o uso
do smartphone, como nos disse um aluno ele é mais fácil
de usar do que um caderno, leva mais coisas, é mais
rápido, mais fácil de transportar, leva todas as
disciplinas e mais a internet quando é preciso. Como nos
diz Moura (2010), a tecnologia é útil quando se adequa
às necessidades diárias de comunicação, de trabalho e de
aprendizagem, estando assim também presente a sua
parte pedagógica como ferramenta de aprendizagem nos
nossos dias. Os alunos trabalham de maneira diferente
com os dispositivos móveis, porque estes se tornaram
pessoais e íntimos (Alexander, 2004).
Este estudo é importante pois permite juntar a
tecnologia e a pedagogia, para que o professor de uma
forma rápida e eficiente possa avaliar a sua prática e
responder de imediato melhorando a sua forma de estar
na sala de aula, indo ao encontro das expetativas dos seus
alunos. É, pois, um estudo inovador e importante do
ponto de vista da avaliação dos professores.
socrative.
O professor criar uma sala virtual no software e dá
início ao questionário (figura 3).
Figura 3. Exemplo de uma pergunta.
2
QUESTIONÁRIOS SISTEMÁTICOS: FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO?
Tratamento e análise de dados
Os dados foram divididos por turma e por aula, para
que se poder obter um resultado fiel por aula lecionada.
Assim, pelos dados obtidos, é possível saber os interesses
manifestados pelos alunos e direcionar as próximas aulas
para questões com que os alunos se identificaram.
A recolha de dados foi feita de forma anónima para não
constranger os alunos nas suas respostas.
Posteriormente as respostas dos alunos aos
questionários foram exportados diretamente do socrative
para o Excel, para se poder ter uma visão geral do perfil
destes alunos mediante o padrão de aula dado. Foram
analisadas perguntas de carater geral como exemplo:
Gostou mais da parte prática?
Gostou mais da parte teórica?
Gostou mais de trabalhar em equipa?
Gostou mais de trabalhar sozinho?
Gostou mais da explicação do professor?
Gostou mais de ver o vídeo?
Achou a explicação difícil?
Achou a explicação fácil?
A partir das respostas às questões, foi possível
construir gráficos como o representado na figura 6.
As perguntas foram sendo repetidas com algumas
alterações específicas de cada aula, ao longo de um mês.
Foi possível construir um padrão nas respostas como
por exemplo, se gosta mais da aula práticas ou das aulas
teóricas, em que se conseguiu observar que
independentemente da aula em questão, a preferência
pelas aulas práticas sempre superaram o gosto pelas aulas
teóricas, o mesmo podemos observar nas respostas à
questão sobre se gosta mais de trabalhar em equipa ou
sozinho, em que o padrão obtido no conjunto das aulas é
o de que os alunos preferem trabalhar em equipa. O
gráfico da figura 6 mostra o comportamento padrão dos
alunos ao longo das aulas em que responderam aos
questionários.
Podemos observar que os alunos no geral também
preferem a explicação do professor em vez de assistir a
vídeos e que consideram que o professor tem uma
linguagem de fácil compreensão.
Metodologia
Fundamentos metodológicos
Segundo Gil (2007, p. 17), pesquisa é definida como
“o (...) procedimento racional e sistemático que tem
como objetivo proporcionar respostas aos problemas que
são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um
processo constituído de várias fases, desde a formulação
do problema até a apresentação e discussão dos
resultados”.
Neste estudo recorreu-se a uma metodologia
qualitativa, tendo em conta que, segundo Duarte (2002,
p. 140), “a definição do objeto de pesquisa assim como a
opção metodológica constituem um processo tão
importante para o pesquisador, quanto o texto que se
elabora no final”.
A metodologia qualitativa, como nos diz Dantas &
Calvacante (2006), tem caráter exploratório, isto é,
estimula os entrevistados a pensarem livremente sobre
algum tema, objeto ou conceito, mostrando aspetos
subjetivos e atingem motivações não explícitas, ou
mesmo conscientes, de maneira espontânea. É utilizada
quando se pretende compreender perceções e obter
entendimento sobre a natureza geral de uma questão,
abrindo espaço para a interpretação. O investigador
desenvolve conceitos, ideias e entendimentos a partir de
padrões encontrados nos dados, em vez de recolher dados
para comprovar teorias, hipóteses e modelos préconcebidos.
A investigação realizada é uma investigação
qualitativa em educação, complementada por dados
quantitativos. As estratégias de recolha de dados
utilizadas foram a observação direta e participante e os
inquéritos através de questionários eletrónicos com
questões abertas e fechadas, além de respostas de
múltipla escolha, que segundo Tuckman (2002) é muito
utilizado no campo educativo.
Participantes do estudo
A população participante foram 46 alunos de três
turmas (uma do 12º ano do Ensino Secundário, outra do
Curso Vocacional do 9º ano e a outra, do Curso de
Educação e Formação do 9º ano), de uma escola
portuguesa – alunos com idades compreendidas entre os
15 e 18 anos, sendo 36 do sexo masculino e 10 do sexo
feminino.
100
%
80
60
40
20
Instrumentos de recolha de dados
A recolha de dados foi feita através da própria
aplicação socrative online em tempo real, no smartphone
dos alunos.
Os alunos respondem a uma pergunta, a aplicação
passa para a próxima até à conclusão do questionário e o
professor, na sua aplicação (no smartphone ou no
computador), vai controlando a quantidade de respostas
dadas em cada momento.
No final, o professor obtém da aplicação um gráfico
demonstrativo em percentagem das respostas de todos os
alunos às perguntas.
0
Figura 6. Gráfico representativo de alguns resultados
padrão obtidos
Também foram feitas perguntas específicas para cada
aula, como antes mencionado. Neste caso, as respostas
dadas pelos alunos foram analisadas tendo em conta que
podem permitir ao professor entender e melhorar a sua
3
SECO, CARDOSO
prática pedagógica e a contextualização desse item numa
futura aula em que se repitam as mesmas condições.
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Considerações finais
A reação por parte dos alunos ao uso dos seus próprios
smartphones foi muito positiva e motivou bastante a
interação entre os alunos e o professor. Exemplo disso foi
o verdadeiro interesse por parte dos alunos pela novidade
do uso dos seus smartphones, havendo mesmo perguntas
como por exemplo: “podemos usar os smartphones nas
respostas aos testes?” ou ainda, “porque os professores
não permitem mais o uso dos smartphones na sala de
aula?”. Ou afirmações, como a que se transcreve e que
demonstra como a inovação pode ser motivadora para os
alunos: “se fosse sempre assim, eu nunca faltava às
aulas!”.
Desta forma, o smartphone para além de poder ser
usado como ferramenta de avaliação pedagógica das
práticas docentes, mediante questionários sistemáticos,
pode ser uma ferramenta interativa na sala de aula. Por
outro lado, constatou-se que motiva o interesse por parte
dos alunos na sala de aula sendo ainda uma ferramenta
mediadora de aprendizagem, permitindo aumentar a
motivação dos alunos.
Conclusões
Depois de decorrido este processo resta analisar os
dados e responder às questões de investigação, assim as
conclusões do estudo são possíveis devido aos
instrumentos utilizados na recolha de dados e a
interpretação dos resultados obtidos, sendo que a
descrição desses procedimentos, além de apresentar uma
formalidade, permite a outros autores percorrerem o
mesmo caminho da pesquisa e confirmarem as
afirmações apontadas no estudo inicial.
O conceito desta investigação é tanto mais válida
quanto melhor as perguntas dos questionários estiverem
elaboradas e de acordo com as temáticas a investigar.
De uma forma geral e de acordo com a figura 6
observamos que os alunos preferem as aulas prática às
teóricas (80% contra 20%), preferem trabalhar em equipa
do que sozinhos (65% contra 35%), preferem a
explicação do professor em vez de assistirem a vídeos
(60% contra 40%) e 70% acha que a explicação do
professor é de fácil entendimento (contra 30 % que acha
de difícil compreensão).
Com estes resultados o professor pode retirar de
imediato algumas conclusões, como por exemplo
continuar a preferir as aulas práticas com trabalho em
equipa, acompanhando os alunos nos seus projetos, indo
supervisionando, explicando e orientando as suas
atividades ao longo da aula.
Desta forma, o professor tem um retorno imediato e
pode fazer a sua avaliação no fim de cada aula,
redirecionando o seu comportamento para as próximas.
Isto só se torna possível com a aplicação do socrative,
ou similar, o que comprova que podemos então
considerar que os questionários sistemáticos com recurso
ao smartphone pode na realidade ser usado como uma
ferramenta de avaliação pedagógica.
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QUESTIONÁRIOS SISTEMÁTICOS: FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO?
A Handbook for Educators and Trainers (pp. 139-149).
London: Routledge.
Tuckman, B. (2002). Manual de investigação em
educação: como conceber e realizar o processo de
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Gulbenkian.
Twiss, T. (2009). Mobile Phones in the Classroom – A
Review
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Literature.
Disponível
em
http://www.mobileactive.org/research/mobile-phonesclassroom-review-literature e acedido em 12 de junho
2015.
Agradecimentos
Agradeço a todos os meus alunos que contribuíram
com as suas respostas a estes questionários, durante
várias aulas, ajudando-me assim, não só a melhorar as
minhas práticas, como também contribuíram com os
dados, para que fosse possível avançar e concluir esta
investigação.
Carlos Seco
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