Brígida Campbell
Brígida Campbell é artista e professora do curso de Artes Visuais da EBA-UFMG. Há mais de dez anos ela pesquisa as relações entre arte e cidade, trabalho coletivo e arte socialmente engajada. Seu trabalho envolve aulas, curadorias, palestras, publicações, workshops e exposições. Em sua obra, ela transita por diferentes linguagens, como pintura, desenho, instalação, vídeo, intervenções urbanas, artes gráficas e performances, explorando as sutilezas poéticas do cotidiano, criando imagens ou situações que estimulam a imaginação, a criatividade e a produção coletiva. É colaboradora do EXA - Experimental de Arte, em Belo Horizonte. Integrou o Poro, dupla com a qual realizou trabalhos coletivos no domínio da esfera pública entre 2002-2017. Tem doutorado em Artes pela ECA-USP (2018) e mestrado pela EBA UFMG (2007). Sua tese de doutorado ganhou Menção Honrosa no Concurso de Teses da Universidade de São Paulo - 2020, na área de Lingüística, Literatura e Artes. Como artista já participou de diversas exposições e residências no Brasil e no exterior, como: Brazil Soft Power, Kunsthal KAdE Amersfoort, Holanda; Ein Tag danach, Bunker 101 Colônia; Festival Eletronika, Belo Horizonte; Cidade Gráfica, Itaú Cultural, São Paulo; 3º Bienal da Bahia, Salvador; Arte:Diálogo, CCBB Belo Horizonte; Brasília: (Cidade) [Estacionamento] (Parque) [Condomínio] - Funarte, Brasília; CRio Festival 2012, 2ª Bienal Internacional da Criatividade, Pier Mauá ? Rio de Janeiro, RJ; Vizinhos, Vernetzte Kunst in Brasilien, MuseumsQuartier ? Viena, Áustria; Festival de San Martin de Los Andes, Argentina; entre outras.
less
InterestsView All (8)
Uploads
Books by Brígida Campbell
levando em conta o caráter híbrido, multicultural e político destas
produções. Para isso pretendemos abarcar a natureza múltipla
das maneiras de se fazer, ver e pensar a arte e a cultura em nosso
território, através de diferentes olhares e suas relações com as
dinâmicas de resistência e poder. Por isso, apresentamos uma série
de textos, que são transcrições das aulas em vídeo, que irão abordar
a identidade latinoamericana, as influências indígenas, africanas e
europeias na nossa cultura, e na nossa arte, para também apontar
caminhos para uma prática contra-colonial no campo da arte e da
cultura e, em consequência, na política. Para compor essa proposta
convidamos artistas, pesquisadores, filósofos, cientistas políticos e
historiadores para nos ajudar a montar uma parte do quebra-cabeça,
no qual veremos uma imagem de América Latina desde a perspectiva
da cultura e, finalmente, através de um debate crítico, discutir nossos
desafios e sonhos para o futuro.
As cidades são, por natureza, lugares que estão em constante movimento. No Brasil temos acompanhado, especialmente nos últimos anos, transformações de várias ordens: gentrificação, especulação imobiliária, grandes investimentos, falta respeito ao patrimônio histórico e simbólico. Ações que muitas vezes distorcem o caráter público do espaço urbano, transformando-o em mero local de exploração financeira e impedindo a construção de locais de encontro, convivência coletiva e pública. Paralelo a isso, podemos perceber também, uma retomada dos espaços públicos como lugar de convívio, de política, de realização pública e coletiva de projetos. Essa retomada em grande medida é também uma resposta aos processos políticos envolvendo a esfera pública no Brasil e no mundo.
Neste contexto, uma série de projetos artísticos vem sendo realizados no espaço público/urbano, sob os mais diversos nomes, como intervenção urbana, arte participativa, colaborativa, relacional, contextual, etc. Estes trabalhos existem dentro de uma perspectiva que envolve um ideal de dissolução da arte nas esferas públicas e o redesenho político das práticas artísticas. Fazem a arte circular por outras espaços, senão os espaços institucionais tradicionalmente dedicados a ela, criando assim o surgimento de uma prática cultural, onde os processos de trabalho são visivelmente contaminados por outros campos do conhecimento – tais como a antropologia, sociologia, história, arquitetura e o urbanismo.
São obras que ativam o potencial transformador da arte, na medida em que estas práticas e estratégias buscam explorar a cidade como campo de atuação em contato direto com contextos específicos. Sugerem, assim, através de um processo de ressignificação dos espaços, a presença de outros fluxos contidos no interior do ambiente urbano. São ações que procuram atuar em uma linha limite entre o estar e o não estar na condição de arte; e são realizadas sem que as pessoas saibam que o que ali se apresenta deriva de uma prática artística.
O objetivo deste livro é refletir sobre como estes trabalhos se relacionam com as cidades e seus imaginários urbanos para pensar os desdobramentos destas obras no campo simbólico, nos quais eles estão inseridos. A pesquisa busca, colocar em contato, percepções a cerca do espaço urbano vindas de diversas áreas do conhecimento; da geografia, da história, da comunicação etc, para alimentar de referências o processo da pesquisa e ampliar a compreensão do papel da arte no imaginário da cidade e na formação da sensibilidade urbana.
O livro faz parte da pesquisa de Doutorado em andamendo, que a autora está cursando na Escola de Comunicações e Artes da USP e teve o patrocínio da Funarte – Ministério da Cultura, através do prêmio “Bolsa de Produção em Artes Visuais – categoria produção crítica – 2014” e traz trabalhos de diversos artistas que desenvolvem seus trabalhos nos espaços públicos brasileiros.
O livro relaciona a produção do Poro a uma discussão sobre ações artísticas que promovem a percepção sobre o espaço público, cidade, patrimônio, memória, trabalho colaborativo, inserções artísticas e relações entre arte e política. O livro traz textos de autores de diferentes áreas como arquitetura, urbanismo, poesia, comunicação, história social, ativismo, artes visuais. Os textos do livro foram escritos por: Poro, Daniela Labra, André Mesquita, Newton Goto, André Brasil, Wellington Cançado & Renata Marquez, Anderson Almeida, Luiz Carlos Garrocho & Daniel Toledo, Ricardo Aleixo.
Para saber mais sobre o livro, acesse: www.poro.redezero.org/livro
São 64 páginas, com projetos, anotações, trabalhos e intervenções realizados no segundo semestre de 2012. Tem textos do Poro, Funarte e Eduardo de Jesus.
Ensaios by Brígida Campbell
Drafts by Brígida Campbell
A partir deste enunciado de William J. Thomas Mitchell — considerando que não entraremos no debate sobre a Iconologia panosfikiana X a warburguiana —, o Colóquio Iconologia[s] Leituras buscará encontrar pistas através dos trabalhos apresentados, já que o BEIT: Bureau de estudos sobre a imagem e o tempo, grupo de pesquisa idealizador do evento, coloca sua ênfase em práticas artísticas cujos propósitos se voltam para o estatuto da imagem com abordagem aberta à história, literatura, psicanálise e à antropologia do visual, assim como à problemática da crítica e da escrita sobre a imagem.
Convidamos aqueles que apresentarem os seus trabalhos a refletirem sobre a possibilidade de orientarmos nossas apresentações na direção de uma Iconologia, seja ela mineira, brasileira, latina ou universal.
Palavras-chave: Iconologia Imagem História Práticas Literatura Psicanálise An- tropologia do Visual Política Estética Artes Gráficas Escultura Música Impressão Escritos de Artistas Cinema Livro Montagem Filosofia Teoria da Arte Filosofia Transdisciplinaridade Fotografia Pintura Desenho
1 William J. Thomas Mitchell, « Iconologie, culture visuelle et esthétique des médias », Perspective, 3 | 2009, 339-342.
Papers by Brígida Campbell
levando em conta o caráter híbrido, multicultural e político destas
produções. Para isso pretendemos abarcar a natureza múltipla
das maneiras de se fazer, ver e pensar a arte e a cultura em nosso
território, através de diferentes olhares e suas relações com as
dinâmicas de resistência e poder. Por isso, apresentamos uma série
de textos, que são transcrições das aulas em vídeo, que irão abordar
a identidade latinoamericana, as influências indígenas, africanas e
europeias na nossa cultura, e na nossa arte, para também apontar
caminhos para uma prática contra-colonial no campo da arte e da
cultura e, em consequência, na política. Para compor essa proposta
convidamos artistas, pesquisadores, filósofos, cientistas políticos e
historiadores para nos ajudar a montar uma parte do quebra-cabeça,
no qual veremos uma imagem de América Latina desde a perspectiva
da cultura e, finalmente, através de um debate crítico, discutir nossos
desafios e sonhos para o futuro.
As cidades são, por natureza, lugares que estão em constante movimento. No Brasil temos acompanhado, especialmente nos últimos anos, transformações de várias ordens: gentrificação, especulação imobiliária, grandes investimentos, falta respeito ao patrimônio histórico e simbólico. Ações que muitas vezes distorcem o caráter público do espaço urbano, transformando-o em mero local de exploração financeira e impedindo a construção de locais de encontro, convivência coletiva e pública. Paralelo a isso, podemos perceber também, uma retomada dos espaços públicos como lugar de convívio, de política, de realização pública e coletiva de projetos. Essa retomada em grande medida é também uma resposta aos processos políticos envolvendo a esfera pública no Brasil e no mundo.
Neste contexto, uma série de projetos artísticos vem sendo realizados no espaço público/urbano, sob os mais diversos nomes, como intervenção urbana, arte participativa, colaborativa, relacional, contextual, etc. Estes trabalhos existem dentro de uma perspectiva que envolve um ideal de dissolução da arte nas esferas públicas e o redesenho político das práticas artísticas. Fazem a arte circular por outras espaços, senão os espaços institucionais tradicionalmente dedicados a ela, criando assim o surgimento de uma prática cultural, onde os processos de trabalho são visivelmente contaminados por outros campos do conhecimento – tais como a antropologia, sociologia, história, arquitetura e o urbanismo.
São obras que ativam o potencial transformador da arte, na medida em que estas práticas e estratégias buscam explorar a cidade como campo de atuação em contato direto com contextos específicos. Sugerem, assim, através de um processo de ressignificação dos espaços, a presença de outros fluxos contidos no interior do ambiente urbano. São ações que procuram atuar em uma linha limite entre o estar e o não estar na condição de arte; e são realizadas sem que as pessoas saibam que o que ali se apresenta deriva de uma prática artística.
O objetivo deste livro é refletir sobre como estes trabalhos se relacionam com as cidades e seus imaginários urbanos para pensar os desdobramentos destas obras no campo simbólico, nos quais eles estão inseridos. A pesquisa busca, colocar em contato, percepções a cerca do espaço urbano vindas de diversas áreas do conhecimento; da geografia, da história, da comunicação etc, para alimentar de referências o processo da pesquisa e ampliar a compreensão do papel da arte no imaginário da cidade e na formação da sensibilidade urbana.
O livro faz parte da pesquisa de Doutorado em andamendo, que a autora está cursando na Escola de Comunicações e Artes da USP e teve o patrocínio da Funarte – Ministério da Cultura, através do prêmio “Bolsa de Produção em Artes Visuais – categoria produção crítica – 2014” e traz trabalhos de diversos artistas que desenvolvem seus trabalhos nos espaços públicos brasileiros.
O livro relaciona a produção do Poro a uma discussão sobre ações artísticas que promovem a percepção sobre o espaço público, cidade, patrimônio, memória, trabalho colaborativo, inserções artísticas e relações entre arte e política. O livro traz textos de autores de diferentes áreas como arquitetura, urbanismo, poesia, comunicação, história social, ativismo, artes visuais. Os textos do livro foram escritos por: Poro, Daniela Labra, André Mesquita, Newton Goto, André Brasil, Wellington Cançado & Renata Marquez, Anderson Almeida, Luiz Carlos Garrocho & Daniel Toledo, Ricardo Aleixo.
Para saber mais sobre o livro, acesse: www.poro.redezero.org/livro
São 64 páginas, com projetos, anotações, trabalhos e intervenções realizados no segundo semestre de 2012. Tem textos do Poro, Funarte e Eduardo de Jesus.
A partir deste enunciado de William J. Thomas Mitchell — considerando que não entraremos no debate sobre a Iconologia panosfikiana X a warburguiana —, o Colóquio Iconologia[s] Leituras buscará encontrar pistas através dos trabalhos apresentados, já que o BEIT: Bureau de estudos sobre a imagem e o tempo, grupo de pesquisa idealizador do evento, coloca sua ênfase em práticas artísticas cujos propósitos se voltam para o estatuto da imagem com abordagem aberta à história, literatura, psicanálise e à antropologia do visual, assim como à problemática da crítica e da escrita sobre a imagem.
Convidamos aqueles que apresentarem os seus trabalhos a refletirem sobre a possibilidade de orientarmos nossas apresentações na direção de uma Iconologia, seja ela mineira, brasileira, latina ou universal.
Palavras-chave: Iconologia Imagem História Práticas Literatura Psicanálise An- tropologia do Visual Política Estética Artes Gráficas Escultura Música Impressão Escritos de Artistas Cinema Livro Montagem Filosofia Teoria da Arte Filosofia Transdisciplinaridade Fotografia Pintura Desenho
1 William J. Thomas Mitchell, « Iconologie, culture visuelle et esthétique des médias », Perspective, 3 | 2009, 339-342.