Articles by Petterson Brey
Revista Fronteiras (UNICAP), v.7, n.1, 2024
Bookmarks Related papers MentionsView impact
REVELETEO (PUC-SP), v. 18, n. 33, 2024
O presente artigo se propõe a estabelecer um espelhamento dialogal entre alguns aspectos selecion... more O presente artigo se propõe a estabelecer um espelhamento dialogal entre alguns aspectos selecionados da teoria da estetização da política de Susan Buck-Morss e o panorama brasileiro contemporâneo acerca do evangelicalismo e a política. Abordar-se-á, especificamente, o texto de Buck-Morss intitulado “Estética e anestética”, todavia, em virtude do pouco espaço aqui reservado, focar- -se-á no capítulo XII do referido texto, onde se vislumbra o fascismo como uma pós-imagem decorrente de um processo de manipulação das massas. Paralelisticamente, abordar-se-á alguns aspectos selecionados da teoria do Protestantismo da Reta Doutrina (PRD) de Rubem Alves, tal qual se encontra acessível em sua obra intitulada “Protestantismo e repressão”. Tal entrepresa, por conseguinte, prevê a possibilidade de identificação de certas feições produzidas pelo processo de estetização política, desenvolvi- da pelo fascismo europeu do século XX, no fenômeno do envolvimento do evangelicalismo na política do Brasil contemporâneo.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Guairacá Revista de Filosofia (UNICENTRO - Guarapuava/PR), v.39, n.1, 2023
O presente texto se propõe a comentar acerca dos limites e convergências entre o pensamento kanti... more O presente texto se propõe a comentar acerca dos limites e convergências entre o pensamento kantiano sobre a suspensão do juízo e a ideia zubiriana de distanciamento intelectivo. Tal entrepresa, por conseguinte, requer que se faça uma breve aproximação ao contexto destes dois autores, em perspectiva de um diálogo com alguns expoentes da tradição filosófica ocidental. Entretanto, o diálogo com esses diversos autores não possui, aqui, em virtude da exiguidade de espaço disponível, possibilidade de um aprofundamento. Destarte, abordar-se-ão, apenas, linhas gerais do pensamento dos filósofos selecionados. Conquanto se trate de uma leitura mais extensiva, contudo, demonstrar-se-á que embora existam limites entre o pensamento de Kant e Zubiri, certas convergências se constituem como elementos que razoavelmente podem dar conta de diversas críticas desferidas, ao longo dos
tempos, a ideia kantiana de suspensão do juízo.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Contemplação - FAJOPA, n.32, 2023
Introdução Propõe-se, aqui, uma resenha crítica do livro de Gary Yamasaki, intitulado "Insights f... more Introdução Propõe-se, aqui, uma resenha crítica do livro de Gary Yamasaki, intitulado "Insights from Filmmaking for Analyzing Biblical Narrative" (Percepções da produção de filmes para analisar a narrativa bíblica), de 2016, pela Fortress Press, ainda sem tradução para o Português. Pretende-se avaliar, no âmbito desse breve texto, a pertinência da referida obra para o campo da exegese bíblica, porquanto, em perspectiva da índole narrativa de um dos objetos de estudo mais importantes da teologia-a Bíblia-, a interpretação das narrativas bíblicas pode, também, ser considerada uma crítica literária, conquanto seja monitorada por ferramentas metodológicas teologicamente ajustadas. O desenvolvimento, portanto, dessa abordagem ao livro de Yamasaki percorrerá as seguintes etapas: (1) o autor; (2) a obra; (3) considerações finais.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Pesquisas em Teologia (PqTeo) - PUC-Rio, v. 6, n. 12, 2023
Propõe-se, aqui, uma resenha crítica do livro organizado por Matthias Hopf,
Wolfgang Oswald e Ste... more Propõe-se, aqui, uma resenha crítica do livro organizado por Matthias Hopf,
Wolfgang Oswald e Stefan Seiler, intitulado “Heiliger Raum: Exegese und Rezeption der
Heiligtumstexte in Ex 24–40” (Espaço Sagrado: Exegese e recepção dos textos do
Santuário em Ex 24-40), de 2016, pela Verlag W. Kohlhammer, ainda sem tradução para
o Português. Pretende-se avaliar, no âmbito desse breve texto, a pertinência da referida
obra para o campo da exegese bíblica, porquanto, em perspectiva da índole metafórica de
um dos objetos de estudo mais importantes da teologia – o santuário exodal –, a
interpretação da simbologia das narrativas do Pentateuco pode, também, ser considerada
uma empreitada hermenêutica, conquanto seja monitorada por ferramentas metodológicas
teologicamente ajustadas. O desenvolvimento, portanto, dessa abordagem ao livro de
Hopf, Oswald e Seiler, seguirá o seguinte percurso: os autores; a obra; considerações finais.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista TEOLITERÁRIA - PUC-SP. v. 13, n. 30, 2023
Propõe-se, aqui, uma resenha crítica do mais recente livro de Robert Alter, intitulado “The Art o... more Propõe-se, aqui, uma resenha crítica do mais recente livro de Robert Alter, intitulado “The Art of Bible Translation” (A arte da tradução da Bíblia), de 2019, pela editora Princeton University Press, ainda sem tradução para o Português. Pretende-se avaliar, no âmbito desse breve texto, a pertinência da referida obra para o campo da exegese bíblica, porquanto, em perspectiva da índole literária de um dos objetos de estudo fundamentais da teologia – a Bíblia –, a tradução dos idiomas originais pode, também, ser considerada uma arte, conquanto seja monitorada por ferramentas metodológicas cientificamente ajustadas. O desenvolvimento, portanto, dessa abordagem ao livro de Alter percorrerá as seguintes etapas: (1) o autor; (2) a obra; (3) considerações finais.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Cadernos de Sion, v.4, n.1, 2023
O presente artigo se propõe a estabelecer uma mesa de diálogo entre a sabedoria que eflui do mund... more O presente artigo se propõe a estabelecer uma mesa de diálogo entre a sabedoria que eflui do mundo narrado-constituinte do arcabouço literário contextual à legislação do Antigo Israel-e o pensamento dos Direitos Humanos, na contemporaneidade, acerca dos temas da ecologia e do bem-estar social. Propõe-se o entendimento de que, em ambos os espectros de pensamento, lógicas de exploração da natureza são sintomáticas de relações humanitárias pautadas por injustiças e opressão social. É perceptível, outrossim, que tanto a Bíblia Hebraica quanto os Direitos Humanos, na atualidade, investem no ideal de um reset eco social, segundo o qual posturas autocráticas devem ser subvertidas por relações humanas pautadas pela responsabilidade e pela solidariedade mútua entre as pessoas, bem como pelo cuidado da natureza como casa comum da humanidade.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Contemplação - FAJOPA, v. 30, 2023
Resumo: O presente artigo se propõe, ao discorrer acerca das feições literário-teológicas da simb... more Resumo: O presente artigo se propõe, ao discorrer acerca das feições literário-teológicas da simbologia religiosa no âmbito das narrativas da Bíblia Hebraica, a investigar empiricamente a representação metafórica de uma das estruturas imagéticas mais extraordinárias da trama exodal: o tabernáculo do deserto. Tal entrepresa, por conseguinte, requer que se apresente, previamente, uma descrição a respeito da índole teológica das metáforas constituintes do mundo narrado nas Escrituras. Porquanto, em vista de seu referente último, há de se perquirir, a partir do horizonte extralinguístico do mundo do texto, sobre o conceito limite das imagens que efluem da experiência ali narrada, em perspectiva da experiência do ouvinte-leitor que se deixa com ela interatuar. Em seguida, presumindo que a linguagem religiosa é metalinguagem-metáfora-, cujo sentido último é o próprio divino-que se deixa narrar-, propõe-se que os sentidos que emergem do santuário exodal têm que ver conceitualmente com a presença paradoxal do SENHOR no meio do povo. Destarte, ao mostrar para personagem Moisés qual deveria ser o modelo de construção do tabernáculo, YHWH estava, na verdade, mostrando a si mesmo para que fosse representado e narrado metaforicamente.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
International Journal of Human Sciences Research. v. 3, n. 17, 2023
This text proposes to discuss the hermeneutical characteristics of fundamentalist apologetics rel... more This text proposes to discuss the hermeneutical characteristics of fundamentalist apologetics related to Brazilian politics in the context of the last two electoral campaigns for the presidency of the Republic of Brazil. Such an undertaking, therefore, requires a brief analysis of the history of biblical interpretation over the centuries, as well as the emergence of Protestant hermeneutics and the development of biblical fundamentalism, as opposed to theological liberalism. This approach will demonstrate the fundamental aspects of the apologetic rhetoric of fundamentalism applied to the Brazilian political discourse. Finally, it is intended to illustrate a biblical hermeneutic alternative to fundamentalist apologetics, methodologically guided by contemporary literary studies of the Bible.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Arts, Linguistics, Literature and Language Research Journal. v.3, n. 4, 2023
If the popular reading of the Bible is not minimally guided by a hermeneutic method, it risks suc... more If the popular reading of the Bible is not minimally guided by a hermeneutic method, it risks succumbing to the interpretive expedients of religious fundamentalism. The present text, therefore, proposes to demonstrate that the literary methods of studying the Bible are a promising methodological approach for the approximation between the narrated world and the world of the listener-reader. This enterprise intends to present the narrated world as an environment for the characters’ experience and the narrative discourse as a place for the listener-reader’s experience.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Encontros Teológicos - FACASC, v.37, n. 3, 2022
In the perspective of Northrop Frye's work, according to which the founding imagination of all th... more In the perspective of Northrop Frye's work, according to which the founding imagination of all the literary ideology that shaped Western thought comes from the narratives of the Hebrew Bible, this communication proposes to demonstrate some points of adherence between biblical literature and the narrative design that constitutes the discursive pragmatics of one of the most sophisticated storytelling products today: cinema. As a theoretical reference, such enterprise has, therefore, the conceptual plexus that orbits the works of: (1) Robert Alter; (2) Daniel Marguerat and Yvan Bourquin; (3) Gary; (4) David Bordwell; between others. Therefore, as Adele Berlin asserts, about the message of the Hebrew Bible narratives being accessible, at the same time, both for the form and the content of the text, what is intended to highlight, however, is that, in addition to thematic elements, the narrative structure of the Bible methodologically converges with the narrative design of the current cinematography.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Arts, Linguistics, Literature and Language Research Journal, v.2, n.7, 2022
This article proposes to address the relationship between the narrator’s point of view and the rh... more This article proposes to address the relationship between the narrator’s point of view and the rhetoric of narrative speech, within the scope of the Hebrew Bible. Biblical exegesis, over several centuries, has not given due attention to the question of the pragmatic configuration of the narrative argument. It is assumed here that the artistic-literary arrangement of the biblical text not only reveals the narrator’s point of view about the thematic unit of the narrative, but also constitutes an important tool for dialogue between the narrated world and the world of the modern day listener-reader of the Scriptures. Therefore, as an empirical exercise, this presupposition will be demonstrated through a brief analysis of the LORD’s speech on Mount Sinai, in Ex 19:4-6a, when he gave the preamble to the legislation of Ancient Israel. Therefore, it is proposed that the narrator’s point of view about the thematic unit of the exodal narrative is established by the rhetoric of the narrative speech, which asserts that the legitimacy of the power of the sovereign of Israel is proven by the fair behavior of the speaker.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Contemplação - FAJOPA, v. 27, 2022
Resumo: O presente texto trabalha com a hipótese de que a análise narrativa, como método de exege... more Resumo: O presente texto trabalha com a hipótese de que a análise narrativa, como método de exegese bíblica, se constitua como a abordagem mais adequada para a interpretação hodierna da Bíblia e que, só recentemente, com os avanços da filosofia da linguagem, essa constatação tornou-se possível. Em vista de se verificar a razoabilidade dessa proposição, pretende-se demonstrar, ao longo da história da interpretação bíblica, que as metodologias exegéticas sempre estiveram a serviço da teologia, enquanto esta, por sua vez, acessava a Bíblia na perspectiva de se validar os pressupostos filosóficos correntes em cada período da história da teologia. Portanto, discorrer-se-á, desde o período do Segundo Templo até a atualidade, acerca da interrelação entre Bíblia, teologia e filosofia. Em seguida, sob o amparo filosófico de autores hodiernos, demonstrar-se-á o quão surpreendente pode ser uma exegese literária, visto que, acima de tudo, a Bíblia é literatura religiosa. Além disso, atendendo a expectativa racional acerca da cientificidade exegética das narrativas bíblicas, apresentar-se-á a análise narrativa como proposta metodológica viável para se promover uma interação não fundamentalista entre o mundo narrado e o mundo do ouvinte-leitor das Escrituras Sagradas do cristianismo. Tal entrepresa, por conseguinte, requer que se inverta a ordem milenar na qual a interpretação bíblica sempre desempenhou o papel de coadjuvante no palco teológico-filosófico. Quem sabe, se a exegese bíblica, respaldada pela filosofia da linguagem, assumir o protagonismo, a teologia contemporânea não possa adentrar um novo estágio, dialogando objetivamente com a experiência espiritual da humanidade, em face de suas mais profundas questões existenciais.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Arts, Linguistics, Literature and Language Research Journal, v. 2, n. 1, 2022
“Cursed is the man that trust in man” (Jr 17:5). Here is one of the most known texts in the Hebre... more “Cursed is the man that trust in man” (Jr 17:5). Here is one of the most known texts in the Hebrew Bible. The present study was presented orally at the I SIMPEB (Symposium Paulista of Biblical Studies) of the Pontifical Catholic University of São Paulo (PUC-SP), in April 2021, as result of the author's participation in the Research Group Translation and Interpretation of the Old Testament (TIAT), CNPq of PUC-SP. The intention, therefore, of this brief syntactic-semantic analysis of Jr 17:5, is to demonstrate that this expression, which is often interpreted casually as a statement that people should not be trusted, is only one of the three components of a major grammatical construction. In addition, even the curse condition does not correspond to divine retaliation, but a direct consequence of human behavior concerning their own life choices.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista NISHMA, v. 10, 2022
A Páscoa, tanto judaica quanto cristã, evoca ricas memórias repletas de significado religioso. Em... more A Páscoa, tanto judaica quanto cristã, evoca ricas memórias repletas de significado religioso. Em especial Pessach, também referida como festa da libertação, rememora o resgate dos hebreus do sistema opressor do Egito escravista. O presente texto pretende revisitar essa temática, no entanto, sob o prisma do SENHOR que liberta os oprimidos, ou seja, o evento pascal como um movimento de atração do LIBERTADOR do povo para si. Nesse sentido, transcendendo a ideia de uma mera intervenção divina em um sistema injusto, vislumbra-se um processo de transformação que liberta as pessoas não só das algemas da opressão, mas, também, dos efeitos psicossociais da mentalidade de escravo.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Pesquisas em Teologia (PqTeo) - PUC-Rio, v. 3, n. 6, 2020
From the perspective of the literary nature of the Pentateuch narratives, through this synthetic ... more From the perspective of the literary nature of the Pentateuch narratives, through this synthetic empirical exercise, an analysis of the artistic features of the texts of the Hebrew Bible in contribution to the field of contemporary biblical exegesis is proposed. Since the times of ancient translations, studies of the interpretation of the Sacred Scriptures have been dedicated to providing, both to translators and to listeners-readers, access to the wisdom that emanates from the world narrated by the ancestral literary traditions of the people of God. Thus, recent advances in the field of biblical studies, especially the contributions made by the narrative analysis, have proved to be innovative in terms of understanding the rhetoric that shapes the narrative discourse of the founding stories of the Judeo-Christian faith. The small literary unit that houses the Lord’s first direct speech on Mount Sinai (Ex 19,4-6a), therefore, constitutes itself as a representation of how the narrator, in lending his voice to the protagonist character, pragmatically brings his narrator closer to the deeper layers of meaning in the narrated story. The discursive strategy, therefore, in which the discursist evokes the past to reiterate the present and announce the future, is a constituent of what is intended here to demonstrate permeating the syntax and verbal fabric of the Lord’s words to his people.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Caminhando - UMESP, v. 24, n. 2, 2019
A partir do primeiro discurso do Senhor direcionado ao povo no episódio ambientado em Êxodo 19, t... more A partir do primeiro discurso do Senhor direcionado ao povo no episódio ambientado em Êxodo 19, tendo como locação cênica o monte Sinai, pode-se perceber a pungência retórica que configura o discurso narrativo da trama exodal. As palavras do protagonista principal dessa metanarrativa evocam por meio de uma retrorreferência discursiva a reputação do Senhor – vertida em seu comportamento salvífico – para reiterar os termos da aliança que se está propondo aos hebreus, em vista do anúncio do estabelecimento de um reino de sacerdotes e uma nação santa. O arranjo pragmático, verificável a partir do substrato sintomático subjacente ao enredo, põem em contraste a legitimidade da soberania do Senhor sobre toda a terra com o exercício abusivo do poder por parte do faraó egípcio. Destarte, a intervenção divina que pôs em ação o projeto do êxodo – movida pelo grito dos oprimidos pelo sistema totalitário do Egito escravista – constitui-se como paradigma de justiça para Israel.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista de Cultura Teológica - PUC-SP, v. 25, n. 90, 2017
As primeiras palavras que o Senhor, Deus de Israel, dirige, no monte Sinai, a seu povo por meio d... more As primeiras palavras que o Senhor, Deus de Israel, dirige, no monte Sinai, a seu povo por meio de Moisés envolvem uma imagem ou metáfora. Deus afirma “ter carregado” seu povo “sobre as asas” de uma determinada espécie de pássaro, “trazendo-o”, dessa forma, “a si mesmo” (Ex 19,4). A maioria das traduções da Bíblia transmite a palavra hebraica em questão – nəšārim, plural de nešer – como “águias”. Contudo, tal opção parece ser o resultado de reflexões hodiernas sobre valores estéticos e/ou morais, sem reconhecer, de modo suficiente, o contexto histórico-cultural do mundo narrado. Em vista disso, o estudo aqui apresentado se propõe a revisitar as vinte e seis ocorrências de nešer na Bíblia Hebraica e algumas imagens pertencentes às culturas do Egito e do Antigo Oriente Próximo, sendo que tais estudos iconográficos se tornam um auxílio importante para a exegese bíblica.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Book Chapters by Petterson Brey
A Salvação da Pátria Amada: religião e extrema direita no Brasil, 2024
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Ciências humanas em perspectiva: Reflexões sobre cultura, sociedade e comportamento, 4, 2024
Propõe-se, aqui, uma abordagem ensaística ao tema da fenomenologia como essência laboral da arte... more Propõe-se, aqui, uma abordagem ensaística ao tema da fenomenologia como essência laboral da arte de se escrever scripts de cinema. Intui-se que o roteirista cinematográfico, a partir de sua posição de observador da realidade, seja um construtor de imagem-pensamento. De tal perspectiva,
depreende-se que a obra fílmica se constitui como expressão da subjetividade do observador do mundo (o roteirista cinematográfico), ao mesmo tempo em que, ao ser apreendida pelo espectador, é construtora de novas subjetividades. Nesse sentido, é razoável que se diga que os
filmes são fenômenos mediadores entre a subjetividade do roteirista cinematográfico e a subjetividade do espectador, porquanto a própria posição do observador da realidade se constitui como um fenômeno, isto é, o próprio ofício de observar o fenômeno faz parte da realidade fenomenológica.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Articles by Petterson Brey
tempos, a ideia kantiana de suspensão do juízo.
Wolfgang Oswald e Stefan Seiler, intitulado “Heiliger Raum: Exegese und Rezeption der
Heiligtumstexte in Ex 24–40” (Espaço Sagrado: Exegese e recepção dos textos do
Santuário em Ex 24-40), de 2016, pela Verlag W. Kohlhammer, ainda sem tradução para
o Português. Pretende-se avaliar, no âmbito desse breve texto, a pertinência da referida
obra para o campo da exegese bíblica, porquanto, em perspectiva da índole metafórica de
um dos objetos de estudo mais importantes da teologia – o santuário exodal –, a
interpretação da simbologia das narrativas do Pentateuco pode, também, ser considerada
uma empreitada hermenêutica, conquanto seja monitorada por ferramentas metodológicas
teologicamente ajustadas. O desenvolvimento, portanto, dessa abordagem ao livro de
Hopf, Oswald e Seiler, seguirá o seguinte percurso: os autores; a obra; considerações finais.
Book Chapters by Petterson Brey
depreende-se que a obra fílmica se constitui como expressão da subjetividade do observador do mundo (o roteirista cinematográfico), ao mesmo tempo em que, ao ser apreendida pelo espectador, é construtora de novas subjetividades. Nesse sentido, é razoável que se diga que os
filmes são fenômenos mediadores entre a subjetividade do roteirista cinematográfico e a subjetividade do espectador, porquanto a própria posição do observador da realidade se constitui como um fenômeno, isto é, o próprio ofício de observar o fenômeno faz parte da realidade fenomenológica.
tempos, a ideia kantiana de suspensão do juízo.
Wolfgang Oswald e Stefan Seiler, intitulado “Heiliger Raum: Exegese und Rezeption der
Heiligtumstexte in Ex 24–40” (Espaço Sagrado: Exegese e recepção dos textos do
Santuário em Ex 24-40), de 2016, pela Verlag W. Kohlhammer, ainda sem tradução para
o Português. Pretende-se avaliar, no âmbito desse breve texto, a pertinência da referida
obra para o campo da exegese bíblica, porquanto, em perspectiva da índole metafórica de
um dos objetos de estudo mais importantes da teologia – o santuário exodal –, a
interpretação da simbologia das narrativas do Pentateuco pode, também, ser considerada
uma empreitada hermenêutica, conquanto seja monitorada por ferramentas metodológicas
teologicamente ajustadas. O desenvolvimento, portanto, dessa abordagem ao livro de
Hopf, Oswald e Seiler, seguirá o seguinte percurso: os autores; a obra; considerações finais.
depreende-se que a obra fílmica se constitui como expressão da subjetividade do observador do mundo (o roteirista cinematográfico), ao mesmo tempo em que, ao ser apreendida pelo espectador, é construtora de novas subjetividades. Nesse sentido, é razoável que se diga que os
filmes são fenômenos mediadores entre a subjetividade do roteirista cinematográfico e a subjetividade do espectador, porquanto a própria posição do observador da realidade se constitui como um fenômeno, isto é, o próprio ofício de observar o fenômeno faz parte da realidade fenomenológica.
na história da IASD constitui-se como um elemento de caráter
distintivo, visto que, em virtude da índole bíblica de suas doutrinas, a
peculiaridade metodológica empregada na exegese adventista garante-lhe a manutenção de sua identidade denominacional (TIMM, 2007, p. 5-12). A presença, entretanto, de estudantes adventistas em programas de
pós-graduação de instituições não adventistas no Brasil, sobretudo em
áreas e/ou linhas de pesquisa que trafegam direta ou indiretamente pelo
campo da exegese bíblica, corresponde ao tema que norteia questão aqui
proposta: é viável o desenvolvimento de uma produção acadêmica, quer
seja dissertação de mestrado ou tese doutoral, sob a orientação normatizada por outras escolas de interpretação bíblica sem prejuízo da
acomodação teológica adventista?
Bible narratives, under the methodological prism
of literary studies, proposes to today’s listenerreader a dive into the narrated world, paying
attention to the narrative design of the plot, the
rhetoric of the narrative discourse, as well as the
dramatic arc of the characters. It is proposed,
therefore, to address some basic principles of
the method of narrative analysis in view of the
exegesis of biblical texts, embracing the theme of
biblical anthropology, through the demonstration
of some practical exercises: (1) the character as
a constitutive element of narrative; (2) the role
of Sephora, an apparently secondary character,
as a key to the thematic unity of the exodal
metanarrative.
exegese de textos bíblicos, acolhendo-se o tema do I SIMPEB, antropologia bíblica, por
meio da demonstração de alguns exercícios práticos: (1) a personagem como elemento
constitutivo da narrativa; (2) o protagonismo de Séfora, uma personagem aparentemente
secundária, como chave de acesso à unidade temática da metanarrativa exodal.
Imagination (1994, p. 97), de que não se deve estudar a Bíblia “como” literatura, pois, entre
outras coisas, ela “é” literatura, propõem-se por meio do presente texto uma breve abordagem
que demonstre a sofisticação literária das narrativas bíblicas. Ao emprestar sua voz ao
protagonista da trama exodal (Ex 19,4-6a), o narrador estabelece o ângulo a partir do qual o
leitor – através do olho da mente – é levado a vivenciar aquele momento da história. Por
intermédio de dispositivos linguísticos, a retórica discursiva propõe o ponto de vista pelo qual
o mundo narrado é acessado pelo discurso narrativo (YAMASAKI, 2007, p. 111-149).
As temáticas subjacentes do substrato referencial da história do êxodo dos hebreus,
portanto, possuem como principal chave de leitura a configuração pragmática do discurso que
se constitui como preâmbulo da legislação do reino de sacerdotes e nação santa (BREY, 2020,
p. 245-246). Ao SENHOR28 evocar o passado (Ex 19,4) para reiterar o presente (Ex 19,5) e
anunciar o futuro (Ex 19,6a), observa-se uma estrutura literária fundamental dos atos de fala
dos protagonistas das jornadas de herói dos roteiros cinematográficos, onde a reputação de
quem fala – estabelecida em seu comportamento passado – constitui-se como o fundamento
retórico que norteia o ponto de vista de sua argumentação (YAMASAKI, 2016, p. 33,35-84).
A sofisticação desse arranjo artístico-literário propõe novas possibilidades de interpretação ao
leitor hodierno das narrativas bíblicas.
Uma leitura sincrônica do texto bíblico, portanto, propicia ao ouvinte-leitor a
oportunidade de se entrar em contato com uma série de técnicas de composição de estruturas
literárias, configuradas quando da edição canônica do texto (SAILHAMER, 1992, p, 1-7).
Dentre diversas estratégias para se estabelecer a unidade temática de uma narrativa, destarte,
está a verticalização de personagens protagonistas por meio da sincronização de seus atos de
fala com o discurso narrativo que permeia a trama (AUERBACH, 2003, p. 3-23). Assim, a
retórica do discurso do SENHOR em Ex 19,4-6a constitui-se, por meio de uma epicização de
tudo o que fora narrado até ali, como porta de acesso ao ponto de vista acerca de toda a temática
trazida pelo subtexto da metanarrativa exodal.
Representation of Reality in Western Literature (2003, p. 3-23), acerca do plexo entre a
sintaxe e as dimensões semânticas das palavras que compõem a literatura bíblica, a
presente comunicação pretende demonstrar que, tanto na configuração sintática quanto
na escolha das palavras, o discursista de Jr 17,5 faz uso de um recurso retórico
artisticamente planejado. Isso porque, de acordo com Adele Berlin (2005, p. 13-21), a
forma como uma mensagem é dita é tão importante quanto o seu conteúdo. Destarte,
seguindo alguns padrões literários observados por Cynthia L. Miller (2003, p. 399-407),
é razoável que se interprete as palavras do discursista-protagonista como chave-de-leitura
temática do seu contexto narrativo. Isto é, o discurso narrativo, que eflui da unidade
temática da narrativa, é reconhecível no arranjo retórico resultante da configuração
sintática e do jogo semântico entre as palavras do discurso do SENHOR2 através de seu
servo Jeremias.3
A expressão “maldito é o homem que confia no homem” é, na verdade, apenas um
componente das três orações adjetivas dependentes, configuradas por meio de um
paralelismo sinônimo, que qualificam o sujeito homem. Além disso, as duas palavras que
são vertidas como homem são, por sua vez, traduzidas de duas palavras hebraicas
diferentes רֶ בֶג e םָ דָ א ,indivíduo e humanidade, respectivamente (ALTER, 2019, p. 918).
Por fim, observando-se os verbos de ação que qualificam o sujeito em relação ao seu
predicado, é perfeitamente plausível que se afirme que a condição de maldito seja um
resultado das escolhas do próprio indivíduo ao invés de uma retaliação divina.
prestigiosamente permissível a concepção de que a Bíblia é o grande mito fundador de toda a ideologia literária do mundo ocidental, sendo, portanto, dentre outras coisas, uma das maiores obras
literárias da humanidade, inúmeros pesquisadores têm se debruçado sobre estudos que competentemente vêm comprovando que a matriz literária bíblica possui seus vestígios abundantemente
identificáveis tanto na literatura quanto na cultura hodierna. Instigado, no entanto, pela afirmação
de Adele Berlin, em seu livro Poetics and Interpretation of Biblical Narrative, de que, no que se
refere às narrativas da Bíblia Hebraica, a forma como algo é dito é tão importante quanto o próprio conteúdo da mensagem, a presente comunicação pretende demonstrar que não apenas os
conceitos ideológico-literários das narrativas bíblicas permeiam o imaginário cultural do ocidente,
mas que sincronicamente, também, a metodologia narrativa da literatura bíblica converge com a
técnica que roteiriza os mais sofisticados produtos de storytelling da atualidade. Isso porque, de
acordo com Robert Alter, em seu célebre livro The Art of Biblical Narrative, os textos bíblicos foram
escritos fundamentalmente com vistas à récita, tendo, por sua vez, as imagens narradas em suas
histórias projetadas por meio do olho da mente de seus ouvintes, de forma que, ao se desenrolarem os papiros, para a leitura pública, pode-se vislumbrar o movimento das bobinas de um filme
que se projeta numa sessão de cinema. Conforme se pode depreender do trabalho de Daniel Marguerat e Yvan Bourquin, Pour Lire Les Récits Bibliques, acerca da configuração sintático-retórica
dos textos bíblicos como elemento constitutivo da arte literária do antigo Israel, é razoável que se
estabeleça um paralelo com as abordagens de David Bordwell, Narration in the Fiction Film, acerca
das convenções literárias que norteiam os roteiros cinematográficos. Em ambos os espectros literários, quer seja da antiguidade ou da modernidade, certas estruturas gramaticais, tanto sintáticas
quanto semânticas, desempenham as mesmas funções narrativas quando o assunto é produzir no
narratário certas impressões planejadas. De acordo com Gary Yamasaki, Watching a Biblical Narrative: Point of View in Biblical Exegesis, assim como o posicionamento de uma câmera de cinema é
milimétricamente planejado para imprimir o ponto de vista pretendido pelo texto do roteiro de um
filme, a configuração verbal e o arranjo sintático, bem como o campo semântico das palavras escolhidas quando da composição dos textos bíblicos, cumprem a função de impressionar o ouvinte-leitor a respeito da unidade temática subjacente das camadas mais profundas de significado da trama
que eflui do mundo narrado. Como exercício empírico, portanto, pretende-se abordar o esquema
quinário que norteia o arco narrativo da jornada do herói José do Egito (Gn 37-50) e, também, o
recurso epicizante empregado no discurso direto do protagonista da trama exodal em Ex 19,4-6a.