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Meditação e Espiritualidade

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Meditao e

Espiritualidade

Cludio Azevedo

Meditao e
Espiritualidade
Vazio, impermanncia e iluso
Quem sou eu?
Autoconhecimento
Busca de Deus
Meditao

Meditao e
Espiritualidade
O Que Meditao?
O Que Estou Buscando Aqui e
Agora?

Meditao e
Espiritualidade
Mdulo I
A Realidade do Vazio

10 milhes de
anos-luz (1023m)
de distncia da
Via Lctea.

1 milho de anosluz (1022m).


Torna-se visvel o
espiral.

100.000 anos-luz
(1021m). Perdese a noo do
todo de nossa
galxia.

10.000 anos-luz
(1020m). Aparecem
estrelas de nossa
galxia.

1.000 anos-luz
(1019m).
As
estrelas dez vezes
mais perto.

100 anos-luz
(1018m). Nada
alm de estrelas.

10 anos-luz
(1017m). Ainda
apenas estrelas.

1 ano-luz (1016m).
O nosso Sol
aparece bem
pequeno.

1 trilho de
quilmetros
(1015m). O Sol um
pouco maior.

100 bilhes de
quilmetros
(1014m). O
Sistema Solar
comea a aparecer.

10 bilhes de
quilmetros
(1013m). Nosso
Sistema Solar
mais definido.

J
S
U
N

1 bilho de
quilmetros
(1012m). rbitas
de: Mercrio,
Vnus, Terra,
Marte e Jpiter.

M
V
T
M

Marte

Terra

100 milhes de
quilmetros
(1011m).
rbitas de:
Vnus, Terra e
Marte.

Vnus

10 milhes de
quilmetros
(1010m). Parte
da rbita da
Terra.

1 milho de
quilmetros
(109m). J se v
o azul de nosso
planeta.

100.000
quilmetros (108m).
A Terra ainda
pequena.

10.000 quilmetros
(107m). O
Continente
americano

1.000
quilmetros
(106m). Foto
caracterstica
de satlite.

100
quilmetros
(105m). Foto
similar s do
IPP.

10 quilmetros
(104m). Os
quarteires mal
so vistos.

1 quilmetro
(103m). Possvel
praticar praquedismo.

100 metros
(102m). Vista
tpica de
helicptero.

10 metros
(101m). Vista
tpica de
funcionrio de
manuteno de
cabos de
transmisso.

1 metro (100m).
Com o brao
esticado...

10 centmetros
(10-1m) ...pode-se
tocar nas folhas.

1 centmetro (102
m). possvel
sentir o cheiro
da folha.

1 milmetro
(10-3m). Os
canais de seiva
da folha
aparecem.

100 micra (10-4 m).


Detalhes do tecido
ficam visveis.

10 micra
(10-5m). As
clulas
aparecem.

1 micron
(10-6m). O
ncleo das
clulas fica
visvel.

1.000 ngstrons
(10-7m). Os
cromossomas
aparecem.

100 ngstrons
(10-8m). O DNA
pode ser
identificado.

1 nanmetro
(10-9m). As
molculas
podem ser
identificadas.

1 ngstrom
(10-10m). Nuvens
de eltrons num
tomo de
carbono.

10 picmetros
(10-11m). O
campo do
eltron no
tomo.

1 picmetro (10-12m).
Espao vazio entre o
ncleo e as rbitas de
eltrons.

100 fermis (10-13m).


O ncleo ainda pequeno.

10 fermis (10-14m).
O ncleo de um
tomo de Carbono.

1 fermi
(10-15m). Face a
face com um
prton.

100 atmetros
(10-16m).
Examinando-se
as partculas
quark.

Fim da viagem.
E ento? Est
considerando a
si mesmo um
grande ou
pequeno ser?

O VAZIO

O Vazio Infinito
A palavra grega para o grande vazio

original, antes da criao, Kaos. Esse


Kaos (que pode denotar grande vazio ou
grande
plenitude)
criou
o
Kosmos
(aparncia, vu). Para os gregos, Kosmos
tem o mesmo sentido que o termo hindu
Maya
(iluso).
Ambos
os
termos
demonstram que a Criao uma grande
iluso
oculta
sobre
o
vu
da
materialidade, que se originou de um
Vazio Primordial.

O Vazio Infinito
Para a fsica o Nada, ou o vazio, sempre

alguma coisa, embora destituda de matria.


Antes do Big-Bang haveria um estado de
efervescncia de uma energia de altssima
freqncia, estado esse destitudo de
matria, espao ou tempo. Desse Nada,
periodicamente, surgiriam Universos.
Michio Kaku, Paul Steinhardt e Andrei Linde
Fsicos

O Vazio Infinito (Gn VI:15)


A filosofia taosta chama de Wu-chi (O Sem
Cume) ao Vazio Primordial.
noco do Vazio, que ao mesmo tempo
Vida e origem do Universo, os hindus
chamam de Brahman.
A Cabala judaica descreve a divindade
suprema como Existncia Negativa, o Nada.
O Ginnungagap escandinavo, Dharmakaya
budista, o Fohat tibetano, o Senhor e nica
Fonte do Universo.

O Vazio Infinito
Ele pode ser percebido?

Como?

Onde?

O Kosmos
Radiao (energia eletro-magntica)
0,005%

Matria ordinria visvel (galxias, etc.)


0,5%

Matria ordinria no luminosa


3,5%

Matria Escura
26%

Energia Escura
70%

O Vazio Infinito

Matria Escura

Presente no espao csmico: A energia escura

O Vazio Infinito

No espao sub-atmico, entre a nuvem de


eltrons e o ncleo dos tomos.

O Mundo Subatmico

Antes (gros)

Hoje (energia)

O Mundo Subatmico
O moderno conceito de subpartcula no mais pode

ser comparado a um gro de poeira, pois se


comporta mais como um campo vibratrio que
pode assumir tanto a forma de quanta (luz) como a
de subpartcula (a poeira): o campo quantizado.
Na teoria quntica dos campos a entidade fsica
fundamental chamada de vcuo fsico.
Seria um meio contnuo, presente em todos os
pontos do espao em que as partculas no
passariam de condensaes energticas locais
desse campo, surgindo, sumindo e mantendo
contnua interao com os campos vizinhos, dando
a iluso de uma existncia independente. Matria
nada mais que energia congelada.

O Vcuo Fsico
O vazio energtico com potencial para o

surgimento de subpartculas: vazio


energia, energia forma e forma vazio.
A matria uma manifestao
transitria do campo quntico.
essa energia os chineses chamam de
Chi, os japoneses de Ki, os hindus de
Prana, os havaianos de H, o Cy dos
tupi-guaranis, o Ax do candombl.

O Vcuo
O Grande Vcuo no pode consistir seno de

Chi; este Chi no pode condensar-se seno


para formar todas as coisas e essas coisas
no podem seno dispersar-se de modo a
formar o Grande Vcuo.
Chuang Ts (IV a.C.)

Forma vazio, vazio na verdade forma.


Vazio no difere da forma, a forma no difere
do vazio. O que forma vazio; o que vazio
forma.
Prajna-paramita-hridaya sutra Escola budista Mahayana

A Energia Vibratria do
Vcuo

Entrar no vazio seria vivenciar a natureza real

subjacente de todos os fenmenos, experimentar


o Silncio. O vazio no um vazio, mas est
cheio com algo (alguma forma de energia
vibratria) que preenche essa realidade. A
natureza final das coisas seria, ento, esse
nada. O Zen tem como meta a busca desse
vcuo, dessa paz, desse abismo de glria.
Uma palavra disse o Pai, que foi seu Filho [o
Verbo] e esta Palavra o Pai a diz no eterno
silncio e em silncio preciso que pela alma ela
seja ouvida.
So Joo da Cruz (1.540-1.591)

O Vazio o Silncio onde a Palavra de Deus vibra


e mantm o Universo ilusrio.

A Vibrao
Se Deus parasse de pronunciar o

Verbo, mesmo que por um momento,


o Cu e a Terra desapareceriam....
Santo Agostinho (354-430)

A energia escura seria a manifestao

da Palavra do Infinito, a energia


vibratria que, ainda indetectvel,
mantm o Universo existindo e se
expandindo. Todas as tradies tm
essa mesma viso da Criao.

A Vibrao
Aton

fala
e
suas
palavras
se
transformam no mundo...
Para o Zoroastrismo, Ormuz, o rei da
luz, criou o mundo mediante a palavra
A fora vital criativa do Universo, no
xintosmo, o mundo Kototama, o
mundo dos sons, o mundo espiritual,
Reino dos deuses.
No mundo hindu, a energia vibratria
que criou e mantm o Universo
representada pelo som OM.

A Vibrao
E no mundo cristo, o Verbo, ou o Amm,
criou e mantm o Universo.

E disse Deus: Haja luz; e houve luz (Gnesis 1:3)


"Estas coisas diz o Amm, a testemunha fiel e
verdadeira, o comeo da criao de Deus"
(Apocalipse, 3:14).
"No comeo era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus e o Verbo era Deus... Todas as coisas foram
feitas por Ele (o Verbo ou AUM) e sem Ele nada
foi feito" (Joo, 1:1-13).

O AUM dos Vedas veio a ser a palavra

sagrada HUM dos tibetanos, Amin dos


mulumanos e AMM dos egpcios, gregos,
romanos, judeus e cristos.

A Impermanncia e a Iluso
Todas

as subpartculas so criadas e
aniquiladas, continuamente. A impermanncia
uma caracterstica fundamental do vazio.
Partindo das sub-partculas e ascendendo at
o homem, notamos que tudo na natureza
mutvel, tudo uma constante mudana. E
esse movimento e transformao constante
que refora o conceito de iluso das coisas
manifestadas.
Toda a matria Maya (iluso), ou Kosmos
(aparncia), que esconde Kaos (o grande vazio
no manifestado).

A Impermanncia e a Iluso
A impermanncia e a iluso do eu e do meu...
A impermanncia e a iluso no mundo...
A iluso e a impermanncia das sensaes...
A impermanncia e a iluso dos sentimentos...
A iluso e a impermanncia das emoes...
A impermanncia e a iluso dos pensamentos...
E o que Permanente e Real???

Quem sou
eu???

Quem sou eu?


MEU Corpo
Nome, CPF, Identidade, Passaporte,
Profisso, Pai ou Me?

MEUS Sentimentos
MINHAS Emoes

MEUS Pensamentos

Quem sou eu?


Eu sou algo, ou algum, que observa o MEU
corpo, que observa as MINHAS sensaes, as
MINHAS emoes e os MEUS pensamentos...

Eu, MINHA mente, MINHAS emoes, MINHAS

sensaes e MEU corpo somos um processo


em constante mudana: ao e reao, fluxo
e refluxo, criao e destruio...

Mdulo II
Autoconhecimento

Autotransformao
Cada um de vocs tem de aceitar as
suas limitaes como ser humano antes
que possa perceber que possui uma
fonte ilimitada de poder sua
disposio... [e] antes que possa
experimentar aquela perfeio absoluta
que por fim descobrir, que o seu
destino.
Eva Pierrakos (1.915-1.979)
Descubra o que voc no o que
imagina ser!
Paramahansa Yogananda (1.893-1.952)

Autotransformao
Ora, desatino pensar que havemos de

entrar no cu sem primeiro entrar em


ns mesmos, a fim de conhecer e
considerar nossa misria, os benefcios
de Deus e pedir-lhe muitas vezes
misericrdia.
Santa Teresa dvila (1.515-1.582)
Se teu corao for reto, toda criatura
te ser um espelho de vida e um livro
de santas doutrinas.
Toms de Kempis (1.380-1.471)

Personalidade x
Individualidade
Persona

Corpo fsico, emocional e mental inferior


(pensamento concreto e lgico)

Individualidade
Corpo mental superior (intencionalidade;
pensamento abstrato que nos d a noo de
infinitude)

Eu Superior
Intuio (corpo intuicional)
Eu Sou (corpo divino)

Tornar-se Perfeito
s conhecendo a si mesmo que obteremos

subsdios para nossa autotransformao.


AMAR-SE
Conhecer-ser observar, desde os nossos
processos fsicos (o respirar, os movimentos
externos e os internos do corpo, como os
movimentos dos membros, o bater do
corao e os movimentos do trato
gastrointestinal) at as nossas sensaes,
sentimentos, emoes e pensamentos,
buscando entender-lhes o mecanismo e
cuidar de seus desequilbrios.

Auto-transformao
Autoconhecimento
Primeiro
deveramos
cuidar
de
ns
mesmos, cultivarmo-nos, esvaziarmo-nos e,
enfim,
enchermo-nos
com
o
autoconhecimento, que nos leva ao
conhecimento divino. Ser religioso
cultivar a si mesmo e buscar se
autoconhecer. Como dar algo se eu no
tenho, ou no sei se tenho?

Virtudes

Cuidar-se e cuidar do outro


Compaixo: amar-se, amar o outro e sentirse um com ele

Mecanismos Internos
Freud nos trouxe a noo de que quando

crianas que apreendemos todos os


nossos medos, culpas e complexos.
Formamos a nossa persona atravs de
nossas experincias com o mundo
externo. Assim somos um misto de
frustraes e conquistas que nos sacode o
interior.

Mecanismos Internos
A criana tem a sensao de infinitude e

perfeio, provindas do Eu superior, s quais


interpreta como presentes no nosso mundo finito
e imperfeito de matria, inclusive nos seus pais,
aos quais cobra essa perfeio. A criana exige
dos pais um amor incansvel, uma firmeza
psicolgica inabalvel e uma conduta moral
perfeita e perene. Da advm o nosso primeiro
trauma e conseqente ferida no corpo emocional.
Nossos pais e ns mesmos somos seres humanos
imperfeitos. A essa poca, comeamos a
esquecer o nosso autoconhecimento e a nos
guiarmos, como autmatos, por nossos hbitos e
mecanismos de defesa.

Mecanismos Internos
Adultos, somos crianas ainda e continuamos

agindo segundo nossos hbitos e mecanismos


de defesa, procurando contato com o que nos
d prazer e fugindo da dor. Nosso ego vive,
ento, inebriado em contentamentos e
pretenses mundanas de honrarias e sucesso.
Somente quando algo vai realmente mal e a
dor invade o nosso ser, que comeamos a
questionar a nossa vida: nossos desejos e
nossas escolhas.

Hbitos x Karma
Karma = ao
Nosso mau Karma so nossos maus
hbitos
Nossos maus hbitos decorrem de
nossas formas erradas de ver o mundo e
a ns mesmos
Podemos destruir todo o nosso mau
Karma destruindo todos os nossos maus
hbitos atravs de uma forma correta
de ver o mundo e a ns mesmos.

Hbitos x Karma
O Caminho e o Buraco
A Ignorncia

O Conhecimento
O Medo do Novo
A Coragem
A Luta Interna
O Hbito
A Perseverana
A Mudana e o Novo

Hbitos x Karma
Analisar-se, reconhecer os prprios erros

trazendo-os conscincia junto com as


razes que os motivaram, a forma de
psicanlise
sutil
embutida
no
sacramento de Penitncia da Igreja
Catlica.
verdadeira
funo
dos
A
psicoterapeutas ajudar o paciente a se
conectar com o seu Esprito, observar os
seus corpos e se conscientizar de seus
atos, emoes e pensamentos.

Hbitos x Karma
Se no conseguimos suportar uma anlise
crtica, vinda de outras pessoas, sinal de que
no tivemos sucesso em nossa auto-anlise,
ou ela foi feita sem a coragem necessria de
penetrar em nossos mais profundos defeitos.
Nossa auto-anlise, sempre nos mostra quo
imperfeito somos, e nosso inconsciente tanto
pode levar-nos a auto-indulgncia como pode
levar-nos a um sentimento autodestrutivo.
Devemos, portanto, fugir da indulgncia e da
autodestruio e buscar incessantemente o
nosso poder da vontade, na inteno da busca
de nossa transformao.

Alinhar-se
Buscar o caminho do meio.

Buscar o auto-centramento.

Alinhar o pensar, o sentir e o agir (palavras e


atos).

Auto-anlise
Viver o presente (Vigiai e orai)
Concentrar-se

Dormir

concentrado,
sonhar
concentrado,
acordar
concentrado,
comer
concentrado,
trabalhar
concentrado, meditar concentrado. E o
que concentrao? centrar a
ateno em uma nica coisa: o que
estamos fazendo no momento presente.
Concentrar-se viver o presente.

Concentrar-se
Tente concentrar-se numa nica
coisa?

O que nos impede???

A Mente
Tanto o instrumento que nos liberta

quanto o instrumento que nos


aprisiona.
como o fogo, incessantemente
mudando sua forma, numa dana
frentica interminvel.
Mas tambm capaz de destruir tudo o
que for desnecessrio ao caminho.
A mente inferior e a mente superior

A Mente
O

autoconhecimento
passa
obrigatoriamente pelo acalmar-se da mente.
Com a mente calma passamos a nos ver.
Com a mente calma passamos a mudar.
Com a mente calma conhecemos a sade.
Com a mente calma conhecemos a Paz
Com a mente calma deixamos de SER DO
MUNDO e passamos a ESTAR NO MUNDO

A Mente
Passa-se a estar consciente do corpo fsico
Nossas sensaes...

Passa-se a estar consciente do corpo


emocional

Nossas emoes...

Passa-se a estar consciente do corpo mental


Nossos pensamentos...

Inicia-se a nossa desidentificao de nossas

sensaes, emoes e pensamentos.


os
arco-reflexos
fsicos,
Somem-se
emocionais e mentais.

A Mente
Paulatinamente nos desconectamos dos

prazeres mundanos.
A Paz interior brota: um vislumbre do
que h de divino dentro de ns.
Somem-se todos os pensamentos e
sentimentos negativos.
nos
concentrar
Conseguimos
facilmente: a mestria vem com o treino
constante.

O Vazio
De repente somem-se os pensamentos,
todo e qualquer pensamento.

Experimenta-se o Vazio Infinito dentro


de
ns
mesmos:
uma
incomensurvel e indescritvel.

Paz

A Plenitude
Experimenta-se, finalmente, cada vez

mais intensamente, a Luz divina, no de


uma forma intelectual, mas atravs de
cada tomo do ser e de cada nvel da
nossa conscincia. Todo o nosso ser se
preenche com a Luz do Esprito Santo.

A Unio com o Divino em


ns

Nesse estado, o corpo fsico fica como em

estado de animao suspensa.


De incio h uma parada da respirao a tal
ponto que no se consegue mais falar,
esfriam-se as mos e o corpo, ficando-se em
um estado de morte aparente, onde no se
percebe mais nem a respirao. Mas a alma
est inebriada em Deus.
Essas pessoas se livraram definitivamente do
apego ao prazer das sensaes, tipificado no
amor terreno e se libertaram de toda a
possibilidade de raiva ou dio.

Mdulo III
Meditao
Objetivos e Benefcios
Tcnicas

A Meditao
uma forma de transcender a vida e

a morte, manter nossa sade fsica,


emocional e mental, e uma forma de
atingirmos
a
nossa
utopia
(a
perfeio).
a nica forma de interiorizao que
conduz
ao
autoconhecimento,
autotransformao e auto-realizao.

A Meditao
Diferentemente

de
nosso
corpo
emocional que pode sentir mais de uma
emoo simultaneamente, o nosso corpo
mental incapaz de fazer duas coisas ao
mesmo tempo. Os pensamentos vm um
aps
o
outro,
no
havendo
simultaneidade deles. Assim, o primeiro
passo para controlar nosso corpo mental
ocup-lo com um nico pensamento,
criar o hbito de fazer tudo de forma
concentrada, sem distraes, evitando o
dispersar da mente.

A Meditao
O

objetivo
final
da
meditao
ou
contemplao, na linguagem das religies, o
pangree africano, o Samadhi hindu, o Sanmai
zen-budista, o xtase contemplativo cristo
(contemplao infusa), o nirvana budista, o
fanan muulmano, a superconscincia de Sri
Aurobindo (1.872-1950), a supra-conscincia
de Paramahansa Yogananda (1.893-1.952), a
Grande Imobilidade dos taostas, etc.. Nomes
diferentes para a comunho com o Eu
Superior.

O Caos
Vivemos num mundo em que o ritmo de

vida est cada vez mais acelerado e que o


nmero de informaes dobra a cada 72h.
Nunca se fez mais urgente a descoberta
da paz interior do que hoje em dia. Qual a
razo da existncia de cada vez mais
agentes estressores na nossa vida?
Vivemos um estado de aumento de
complexidade (aumento do caos) visando
atingir um ponto crtico de transformao,
porta de acesso a uma nova organizao.

O Caos e o Estresse
Para a fsica, o caos necessrio para

que a complexidade aumente, mesmo


com o risco de dissoluo do sistema. Da
mesma forma, o estresse necessrio
nossa evoluo, mesmo com o risco de
morte. Ao contrrio do que se poderia
pensar, os fatores estressores no
podem, e nem devem, ser retirados de
nossa vida. Eles so necessrios nossa
evoluo, medida que foram a nos
adaptarmos, a evoluirmos.

Resposta ao Estresse
A zona medular das supra-renais
secreta adrenalina e atua na hipfise
aumentando a secreo do hormnio
ACTH. Esse ltimo estimula o crtex
supra-renal a secretar cortisol. A
adrenalina prepara para a ao (lutar
ou fugir), e o cortisol seria o blsamo
antiinflamatrio para depois da luta.
A essa resposta orgnica, chamamos
estresse, e a adrenalina e o cortisol
so os nossos hormnios do estresse.

Resposta ao Estresse
Enquanto a adrenalina nos faz direcionar

nossa ateno a um s ponto, fortalece os


nossos
neurnios
e
aumenta
a
interconexo entre eles atravs do
aumento dos dendritos (aumenta a
inteligncia), o cortisol elevado deprime o
sistema imunolgico (infeces e cncer),
aumenta a perda ssea (osteoporose) e
prejudica o aprendizado e a memorizao
pela destruio de clulas cerebrais do
hipocampo e degenerao de dendritos.

Resposta ao Estresse
Essa programao neuro-endcrina,

que no passado nos possibilitou a


sobrevivncia, no presente est nos
matando.
A
manuteno
de
sentimentos inferiores, como a raiva,
a decepo e o medo, permanecem
como novos agentes estressores,
aps o agente estressor inicial sumir.
A raiva pode fazer secretar quatro
vezes mais adrenalina e 40 vezes
mais cortisol.

Resposta ao Estresse
Viver no passado e no futuro: estresse.
O simples acalmar da mente, levando-a

para longe das perturbaes cotidianas,


j , por si s, uma bno e um alvio.
Quando se percebe que se pode libertar
a mente do fluxo incessante de
pensamentos e sentimentos negativos,
das
preocupaes,
ressentimentos,
angstias, desapontamentos, raivas, e
etc., nunca mais se consegue viver sem
esse blsamo divino.

Relaxamento
Um relaxamento de 10 minutos diminui a

concentrao srica de cortisol em 50%,


durante todo o dia. Cinco minutos de
relaxamento so mais eficientes que uma
hora de sono, e podem curar 80% das
doenas causadas pelo estresse. Os
batimentos cardacos, a presso arterial, o
ritmo respiratrio e o metabolismo do corpo
diminuem. Beta-endorfinas so produzidas
e entram na circulao trazendo uma
rpida recuperao da fadiga.
Vivncia

A Meditao
A verdadeira meditao muda todo um

estilo de vida, pois um estado de ser no


qual se chega pela percepo direta da
Verdade.
Situaes
em
que
antes
reagamos com raiva agora reagimos com
profunda compaixo.
A percepo direta da Verdade no
adquirida por partes, como num subir suave
em espiral, mas como num salto quntico.
Ocorre como um raio, num momento, e
nesse momento colocamos o falso de lado.

Meditao
O silncio a primeira busca. O silncio

externo, o silncio do corpo, o silncio


das
emoes,
o
silncio
dos
pensamentos e o silncio da alma.
Precisamos silenciar cada um, para
conseguir ouvir o Vazio, conversar com
a Paz e encontrar a Felicidade Suprema.

Meditao
Madre Teresa de Calcut afirmava: ns no
podemos nos colocar diretamente na
presena
de
Deus
sem
que
nos
imponhamos silncio interno e externo...
Ns tambm somos chamados a nos
recolher, em determinados perodos, para
ficarmos em profundo silncio e a ss com
Deus... e no [a ss] com nossos livros,
nossos pensamentos e memrias, mas
completamente despojados de tudo, para
habitarmos amorosamente em sua presena
em silncio, no vazio, com esperana e
quietude.

Meditao
Quando relaxamos entramos num estado

de conscincia em que observamos uma


profunda paz, que facilmente pode nos
levar a um sono profundo e revigorador.
Mas para passarmos a um estado
meditativo devemos renunciar ao sono e
nos
manter
relaxados,
mas
completamente despertos. Da no se
aconselhar a prtica meditativa na posio
deitada, em que o convite ao sono se torna
praticamente irrecusvel. Quando se
relaxa percebe-se que o nosso real desejo
um desejo de paz.

Meditao
Procura-se um local calmo e silencioso, nem

quente e nem frio, sem muito vento, nem


muito iluminado e nem muito escuro. O
taosmo recomenda forrar o local em que se
est com cobertores de l (isolar-se de
correntes energticas sutis provenientes do
solo) e se acomodar sobre uma superfcie
macia e confortvel. Deve-se evitar meditar
com o estmago cheio (at duas horas aps
as refeies) ou com fome ou sede e deve-se
procurar usar roupas folgadas e confortveis.

Meditao
O taosmo recomenda o horrio entre

23 horas e uma hora da madrugada,


incio do perodo Yang do dia. Mas
outros
horrios
so
igualmente
favorveis, como entre quatro e seis
horas da manh e no final da tarde,
entre 17 e 18 horas (a hora da AveMaria e do Tero catlico).
Sempre no mesmo local, reservado
somente para a prtica.

Meditao
Ento se assume uma posio que deixe a

coluna to ereta quanto possvel, dando-se o


devido
desconto
aos
portadores
de
deficincias fsicas da coluna. Essa postura
ereta facilita o fluxo energtico sutil da
coluna vertebral (retifica os Nadis) e alinha
as dimenses fsica, emocional e mental
(corpos fsico-etrico e astral) do ser humano
com a dimenso intencional (dimenso
hrica) do corpo causal. O pescoo deve ser
mantido tambm ereto (para a energia subir
ao crnio), mas relaxado, da mesma forma
que o restante do corpo fsico.

Prtica da Posio
Relaxamento
Estabilidade
Imobilidade

Meditao
A mente deve ficar concentrada em algum ponto

energtico especfico. O Yoga taosta descreve


cinco pontos no organismo com essa funo: o Niwan (stimo Chakra hindu), o Tzu-chiao (sexto
Chakra hindu), o Chung-kung (terceiro Chakra
hindu), o Tan-tien (3,5 cm abaixo do umbigo) e o
Yang-kuan (o primeiro Chakra hindu), mas qualquer
Chakra pode ser utilizado para esse fim. A
concentrao em cada um produz uma sensao e
um resultado diferentes. A maioria das tradies
recomenda a concentrao no sexto Chakra, o
ponto entre as sobrancelhas, mas alguns mestres
defendem a concentrao no Tan-tien ou no plexo
solar (terceiro Chakra).

Meditao
Ao contrrio do que se pode pensar, o

estgio de no pensar (chih taosta), o


esvaziar a mente de todos os
pensamentos, obtido somente nos
estgios mais elevados da prtica,
quando se experimenta o Samadhi
hindu (a Grande Imobilidade taosta).
O importante centrar o pensamento,
focar a mente em alguma tarefa.

Meditao
Alvos

possveis
podem
ser
a
respirao, a entoao mental ou
verbal de sons sagrados ou oraes
(Mantras), a visualizao de imagens
ou do fluxo de Prana pelos canais
sutis, ou a anlise de algumas
Verdades Universais (como o Amor).
Distraes:
Cotidiano
Problemas emocionais

Prtica da Concentrao
Escolher o foco de concentrao
Escolher um ponto energtico
Observar as distraes

Meditao
Meditao Dirigida

Na Visualizao Criativa
Na Respirao
Na Orao (Mantras)
Na Auto-anlise
Na Ao
Nos Rituais
Nas Atividades Dirias
Nas Artes Marciais

Meditao
No Vazio
o silentium mysticum de alguns autores
catlicos.
So Joo da Cruz (1.540-1.591) o denomina
de a chama viva do amor.
na Escola budista chinesa Tien-tai, esse tipo
de meditao conhecido como Chi-kuan.

Meditao
O objetivo final e incio da verdadeira

meditao ou contemplao, na linguagem das


religies, o pangree africano, o Samadhi
hindu, o Sanmai zen-budista, o xtase
contemplativo cristo (contemplao infusa), o
nirvana budista, o fanan muulmano, a
superconscincia de Sri Aurobindo (1.8721950), a supra-conscincia de Paramahansa
Yogananda (1.893-1.952), a Grande Imobilidade
dos taostas, etc.. Nomes diferentes para a
comunho com o Eu Superior.

Meditao
Desse ponto em diante nenhum caminho

antes trilhado no levar mais a lugar


nenhum. Esse o fim dos caminhos. Agora s
a mente aberta e desejosa de prosseguir
pode levar Verdade. Agora pode ocorrer a
verdadeira meditao. Antes se faziam
esforos em concentraes, repeties e
anlises em busca de autoconhecimento.
Agora, com a casa em ordem e a mente
silenciosa por si, e no silenciada por alguma
prtica qualquer, que se pode experimentar
a verdadeira meditao.

Meditao
No existem mais mtodos. D-se incio a um

processo totalmente individual e nico que visa


se transcender a individualidade e se atingir a
conscincia da unidade com o Cosmos e com o
Nada: origem e final do Cosmos.
S agora se percebe realmente o verdadeiro
sentido do no-agir (o wu-wei taosta), da
meditao budista de plena ateno ou do
Zazen do budismo japons. Agora, essa a
nica maneira de prosseguir em busca da
libertao e da iluminao.

Meditao
A partir de ento, com a mente livre, nenhum

mtodo utilizado tem alguma utilidade, pois


todos visavam a libertao da mente. Surge
o
no-mtodo,
o
no-agir
(wu-wei),
amplamente
defendido
por
Jiddu
Krishnamurti (1.895-1.986), onde uma mente
desejosa de aprender o nico requisito.
Todos os mtodos antes conhecidos so
empecilhos dogmticos a serem esquecidos,
pois todos eles visavam a silenciar a mente,
e a mente j est silenciosa.

Meditao
Nosso progresso no caminho da santidade

depende de Deus e de ns mesmos da


graa de Deus e de nossa vontade de
sermos santos. Ns devemos ter uma real
determinao na vida para alcanarmos a
santidade. No devemos tentar controlar as
aes de Deus. No devemos contar os
estgios na jornada que ele nos tenha feito
passar.
No
devemos
desejar
uma
percepo clara a respeito de nosso avano
no caminho e tampouco querer saber
precisamente onde nos encontramos no
caminho da santidade.
Madre Teresa de Calcut (1.910-1.997)

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