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República Oligárquica e Era Vargas

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República

Oligárquica
Presidentes:
 Prudente de Morais (1894-1898)
• Campos Sales (1898-1902)
• Rodrigues Alves (1902-1906)
• Afonso Pena (19,06-1909)
• Nilo Peçanha (1909-1910)
• Hermes da Fonseca (1910-1914)
• Venceslau Brás (1914-1918)
• Delfim Moreira (1918-1919)
• Epitácio Pessoa (1919-1922)
• Artur Bernardes (1922-1926)
• Washington Luís (1926-1930)
Características principais:
 Fase de poder e influência das oligarquias agrárias brasileiras;
 O poder econômico lhes dava também influência sobre a população, garantindo-lhes do
domínio da política brasileira.
 Destacavam-se Minas Gerais e São Paulo, grandes exportadores do café – principal produto
agrícola brasileiro da época – no domínio deste cenário político.
 Algumas práticas comuns deste contexto:
-Mandonismo: poder sobre a população empobrecida, usando sua influência para forçar as
pessoas a agirem de acordo com os interesses.
-Coronelismo: poder do grande proprietário de terra sobre a localidade em que vivia,
garantindo os interesses da oligarquia, intimidando, fraudando eleições, manipulando
votos (coto de cabresto).
-Clientelismo: sistema de troca de favores (como oferta de um emprego público em troca
de votos).
Política dos Governadores:
 consistia em um acordo entre o presidente e os governadores dos estados, em um
jogo de troca de favores.
 O intuito era unir os interesses dos políticos locais marcado pelas oligarquias
estatais da época juntamente ao governo federal, para assim, garantir o controle do
poder político.
 Nessa política, o Governo Federal dava seu apoio para a oligarquia mais poderosa de
cada estado como forma de reduzir as disputas locais entre diferentes oligarquias.
Em troca do apoio, as oligarquias tinham como dever eleger deputados e orientá-los
a apoiar as pautas do Executivo no Legislativo.
 Para que a política dos governadores desse certo, o coronel era uma figura
essencial, uma vez que todo o arranjo para conquistar votos para eleger os deputados
da oligarquia era feito por essa figura. O coronel, enquanto figura de poder local,
utilizava-se do seu poderio financeiro para exercer pressão para que os eleitores
votassem no candidato desejado. A intimidação de candidatos ficou conhecida como
“voto de cabresto”.
• O eixo de sustentação do
sistema: a Comissão
Verificadora de Poderes.
• No caso de se perceber a
ascensão de algum político
considerado perigoso para as
engrenagens da máquina
oligárquica do café com leite,
ele era simplesmente banido do
cargo com alegações sem
fundamento para justificar sua
cassação
Funding Loan:
 Funding loan é uma expressão em inglês que significa a concessão
de um empréstimo novo para unificar anteriores empréstimos numa
só dívida.
 Foi uma medida econômica que foi tomada pelo quarto Presidente
da República, Campos Sales, e por seu Ministro da Fazenda, Joaquim
Murtinho, no ano de 1898.
 o governo facilitou o acesso ao crédito e permitiu que os bancos
produzissem papel-moeda.
 A emissão facilitada de crédito e a falta de investimentos causaram
uma enorme crise marcada pelo disparo dos índices inflacionários e a
elevação do custo de vida.
Convênio de Taubaté
 O Convênio de Taubaté foi um encontro realizado em 1906 pelos
governadores dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, na
cidade paulista de Taubaté, com o objetivo de encontrarem uma política
estatal para garantir a rentabilidade da cafeicultura brasileira.
 Para garantir essa política de valorização, o Estado contrairia um empréstimo
de 15 milhões de libras esterlinas para garantir a viabilidade da proposta.
Cobraria ainda um imposto sobre as sacas de café, com o objetivo de equiparar
o valor do empréstimo realizado.
 Criar-se-ia ainda uma Caixa de Conversão que tinha como função manter o
equilíbrio de valorização monetária, com o intuito de não fugir ao controle as
consequências da política.
 A intenção era garantir os lucros privados através de instituições públicas.
Principais Conflitos:
 Guerra de Canudos (1896-1897): O arraial de Canudos era formado por
moradores que fugiam da extrema miséria em que viviam do sertão
nordestino, seguidores do beato Antônio Conselheiro. Para os sertanejos, o
arraial era a “terra prometida”. Porém, para os padres que perdiam fiéis, e os
proprietários de terra que perdiam seus trabalhadores, era um “reduto de
fanáticos” que devia ser eliminado. Padres e coronéis pressionaram o
governador da Bahia para destruir o Arraial. Depois de várias tentativas e
bombardeios, o local foi destruído e milhares de camponeses mortos.
 Revolta da Vacina: Em 1904, instituiu-se uma lei que obrigava a vacinação da
população, devido a um surto que assolava a cidade. Como a maioria dos que
tinham que ser vacinados eram pessoas simples, quase todos se recusaram, por não
acreditarem que a vacinação pudesse lhes trazer a cura, mas, ao contrário,
aumentar a doença. Assim, iniciou-se uma grande revolta social. Ruas foram
invadidas, armazéns saqueados, bondes incendiados. Todos lutavam não só pelo
fim da vacinação, mas se aproveitaram do argumento do uso da violência por parte
das autoridades na hora de serem vacinados para revoltar-se contra tudo que lhes
acontecia: fome, miséria, despejos. A vacinação teve que ser suspensa e outras
medidas de saneamento foram realizadas.
 Revolta da Chibata (1914): Levante organizado pelo baixo oficialato da
Marinha, mobilizando cabos e soldados, que contrapunham-se as práticas da
corporação: castigos físicos, envolvendo chibatadas e palmatórias, salários baixos e
péssima qualidade da comida e do trabalho em geral. Os revoltosos, liderados por
João Cândido (almirante negro), tomaram a embarcação e mataram um dos oficiais
superiores. A repressão do governo se fez assertiva, aprisionando ou matando os
envolvidos, e internando João Cândido num hospital psiquiátrico
 Guerra do Contestado (1912-1916): As principais características foram o
messianismo, a concentração de terras e a exploração da região por empresas
estrangeiras. Por isso, o movimento foi semelhante à Revolta de Canudos. Os
camponeses haviam sido contratados para a construção de uma Estrada de
Ferro, mas, com o término da obra, foram demitidos e expulsos da região do
Contestado. Uma empresa estrangeira construiu uma madeireira, e os
camponeses perderam a exploração de madeira como fonte de renda. Eles
seguiram o messias José Maria – um líder religioso da Revolta – à procura de
salvação. Foram violentamente reprimidos pelas tropas do governo e jagunços.
 Cangaço: caracterizado como uma revolta armada realizada por nômades
nordestinos. O movimento ocorreu em território brasileiro, em toda a região do
Nordeste entre o final do século XIX e o começo do século XX. O movimento
ficou por conta da intensidade dos crimes, que foram extremamente cruéis e
violentos em toda a região nordeste do país. O principal fator capaz de mover os
cangaceiros (como eram chamados os nômades participantes da revolta) foi a
disputa de terra, o que foi um marco para provocar a vingança desses povos. Os
grupos de cangaceiros eram formados principalmente por indivíduos de baixa
renda, ou seja, nas mais péssimas condições sociais.
Indústria Nascente:

-Resultado de uma balança comercial favorável (lucros do café);


-Localização no eixo Rio-São Paulo;
-Uso majoritário de mão de obra imigrante.
-Especialização em produtos não duráveis, necessitando de menos
tecnologia, mão de obra especializada e volume de capital inicial
para o investimento.
-Extrema exploração de mão de obra.
O movimento operário
 Grande fluxo de mão de obra imigrante, que trazia experiências políticas e
sociais europeias;
 Contexto de efervescência ideológica e de intensa exploração do trabalho;
 Fortalecimento do movimento anarcosindicalismo (atribuindo aos sindicatos
a organização social e a emancipação da classe trabalhadora).
 Lei Adolfo Gordo (de 1907), possibilitando a extração de imigrantes
considerados subversivos.
 Contexto de valorização do mercado externo e defasagem no suprimento do
mercado interno.
 Greve Geral de 1917
Participação na Guerra

 Reações aos ataques à Marinha Mercante brasileira.


 Pressões de setores sociais;
 Desvio do foco aos problemas internos;
 Nosso auxílio esteve vinculado ao envio de enfermeiras,
médicos e aviadores que fizeram missões de observação no
Mar Mediterrâneo.
Década de 1920:
 O surto industrial anterior não buscou criar bases para a expansão da
indústria brasileira, especialmente com a reestruturação dos países
europeus, agindo como grande concorrência.
 Uma grande recessão abalava o país.
 As importações aumentavam, na medida que as exportações diminuíam.
 Sem intervenção do Estado na defesa do setor industrial e devido ao
compromisso do governo com o setor agrário, as indústrias perdiam
mercado.
 Formação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1922 (influência
bolchevique).
 A crise abalou as próprias oligarquias, especialmente as que não
se sentiam representadas pelos domínio do “café com leite”.
 As oligarquias do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e
Pernambuco formam um grupo dissidente, buscando alcançar o
poder.
 Articulam-se com setores urbanos insatisfeitos e lançam a
candidatura de Nilo Peçanha contra o paulista Arthur Bernardes,
mas a vitória da oligarquia paulista é mantida.
 Fase de organização da baixa oficialidade do exército, os
tenentes, em desacordo com as práticas oligárquicas, buscando:
moralização política, voto secreto, incentivo à indústria,
difusão da educação e um governo centralizado.
Os 18 do Forte (1822)
O movimento teve início quando o jornal Correio da Manhã, do Rio de Janeiro,
publicou uma carta atribuída ao presidente eleito, Arthur Bernardes, que
desferia ataques grosseiros e desonrosos ao Marechal Hermes da Fonseca –
então presidente do Clube Militar – e ao próprio Exército.
A reação dos militares veio com a tentativa de tomar o Forte de Copacabana,
no dia 5 de julho, contando com a atuação de 301 militares.
O forte foi bombardeado pelo governo, e 272 se renderam. Os demais seguiram
em marcha pela Av. Atlântica.
Enquanto alguns abandonavam a marcha, sobraram 18, recebidos com
violência.
4 sobreviveram, com ferimentos, enquanto os demais morreram num combate
desigual.
Governo Arthur Bernardes
(1922-1926)
 Contexto de ameaças;
 Governou majoritariamente em Estado de Sítio (instrumento burocrático e político em que
o chefe de Estado suspende temporariamente os poderes legislativo e judiciário) para
sufocar a oposição.
 Repressão a oposição: social e política.
 Medidas adotadas pelo presidente:
-Estado de Sítio;
-Censura a imprensa;
-Prisão da opositores;
-Reforma constitucional: garantindo maior intervenção estadual, fragilizando os
dissidentes;
Revolução/Revolta Paulista de
1924
 Articulação de um novo golpe ao regime oligárquico, organizado pelos oficiais de baia
patente.
 Decorrente do movimento tenentista;
 Iniciou-se no dia 5 de julho de 1924, em São Paulo, liderada por Isidoro Dias Lopes.
Espalhou-se pelo Mato Grosso, Amazonas, Pará, Sergipe e Rio Grande do Sul.
 Tomaram pontos estratégicos do poder e atacaram a sede do governo estadual.
 Divulgaram um manifesto exigindo a deposição do presidente e um conjunto de reformas
políticas.
 Não possuíam um projeto de poder bem definido.
 As tropas legalistas rapidamente reprimiram os revoltosos e o movimento revoltoso
sucumbiu.
o Os revoltosos fugiram e continuaram a difundir suas ideias e atrair a
população para a causa revolucionária.
o Destacava-se o líder Luís Carlos Prestes.
o É uma fase marcada pela radicalização do movimento.
o Marcharam por diferentes regiões do Brasil,
o O projeto foi derrotada pela ação dos coronéis.
o Os setores populares não aderiram o movimento como era esperado.
o Os revolucionários que não foram mortos ou presos pela ação do
governo, refugiaram-se na Bolívia.
Governo Washingnton Luís
(1926 – 1930)
 Projeto de “Pacificação Interna”: suspensão do Estado de Sítio,
restauro da liberdade de imprensa, libertação dos presos políticos
(com exceção dos tenentes e operários).
 Lei Celerada (1927): permissão da cassação do PCB, fechamento de
sindicatos, jornais operários e legalização da extradição de migrantes
envolvidos com os movimentos contestatórios, sem julgamento
prévio.
Consequências da Crise de
1929:
 Desestabilização da economia ocidental capitalista.
 Constantes falências, desempregos e retração do mercado internacional,
limitando a ação agroexportadora brasileira.
 O preço dos produtos agrícolas caíram, assim como o PIB, pautado no
café.
 As reservas de ouro nos mercados internacionais foram consumidas pelo
Estado.
 Instauração do caos econômico fortalece a oposição política.
Desdobramentos políticos
 Indicação de um sucessor paulista: Júlio Prestes.
 Conflitos com Minas Gerais e com o presidente do estado de Minas,
Antonio Carlos, até então sucessor de Washingnton Luís.
 Formação da Aliança Liberal: tenentes de Minas Gerais e RS e membros
do Partido Democrático (representante do empresariado paulista.
 Indicação do grupo para concorrer a eleição: Getúlio Vargas, que
incorporava em suas pautas o voto secreto, regulamentação do trabalho
infantil, voto feminino.
 Objetivos: extrapolar o voto dos currais eleitorais dos coronéis do café
(majoritariamente rurais).
Vitória de Júlio Prestes

 Antes de Júlio Prestes assumir, o então presidente Washingnton Luís


oprimiu a oposição, limitando sua ação no âmbito legislativo.
 Agravamento da situação: morte de João Pessoa, candidato a vice pela
oposição.
 O crime agravou o contexto de tensão e a mobilização popular se
fortaleceu.
 “Façamos a revolução antes que o povo faça”.
 Sob a liderança de Vargas, iniciava-se a “revolução”.
Era Vargas (1930 –
1945)
Governo Provisório (1930 - 1934)

 Golpe de 1930: ascensão de Getúlio Vargas como presidente provisório.

 Prática conciliatória entre o governo, as elites e os trabalhadores: trabalhismo.


 Instalação do Estado de Compromisso.
 Projeto nacionalista: valorização da economia nacional.
Medidas políticas:
 Anulação da constituição de 1891;
 Garantia de maior controle do Estado a parti de decretos-lei, diminuindo o
poder do Legislativo.
 Nomeação de interventores para os Estados, enfraquecendo as oligarquias
agrárias.
 Indicação de tenentes (militares interventores) para assumir o cargo,
aproximando-se deste grupo que apoiou o golpe.
Aspectos econômicos e sociais:
Medidas tomadas de acordo com as crescentes demandas econômicas e sociais da
população brasileira.
 Criação do Ministério da Indústria, Trabalho e Comércio: incentivo ao desenvolvimento
destes setores.
 Criação do Ministério da Educação e Saúde: incentivo a educação primária e obrigatória
(preparação dos indivíduos ao trabalho);
 Conselhos Nacionais Agrícolas: política de recuperação econômica e incentivo a produtos
primários (variação da produção cafeeira), nem como política de valorização do café,
comprando o excedente para evitar a desvalorizar.
 Política econômica emissionista: incentivo a substituição de importações, por meio da
indústria de bens não duráveis.
Aspectos legislativos: Código
eleitoral de 1932
 Voto Secreto

 Voto feminino

 Voto classista: todas as instituições de classe teriam direito a eleger aproximadamente 20% dos deputados da

câmara.

Além disso, estabelecia a criação da Justiça Eleitoral, retirando do Poder Legislativo o controle sobre seu
próprio processo de renovação. Com o surgimento da Justiça Eleitoral, eliminava-se o mecanismo da degola,
pelo qual os candidatos oposicionistas eleitos para as casas legislativas do país muitas vezes tinham o
reconhecimento de sua eleição negado pelos membros da legislatura anterior.

Outra consequência do estabelecimento da Justiça Eleitoral foi a criação, em maio de 1932, do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
Revolução Constitucionalista -
1932
 Resposta dos paulistas, golpeados em 1930.
 Oposição a intervenção no estado paulista.
 Acusações a Vargas de ditador.
 Exigência de uma nova constituição, com limites a atuação presidencialista.
 Organização do movimento: M.M.D.C (nome de 4 jovens mortos pela repressão do Estado
varguista);
 Paulistas pegam em armas para tentar derrubar o governo, reprimidos pelas tropas
mineiras (aliadas a Vargas).
 Vitória do exército mineiro, porém, as pressões levaram a mudanças na estrutura
política.
Consequências:
 Convocação da Assembleia Nacional Constituinte: a constituição ficaria pronta em
1934, pondo fim ao período provisório.
 Indicação de um interventor paulista para a administração do estado.
Constituição de 1934
 Presidencialismo sem reeleição
 Eleição por voto direto
 Incorporação do novo código eleitoral
 Nacionalização da imprensa e das companhias de seguros;
 Estatização de empresas que contribuíssem para a manutenção da “Segurança Nacional”.
 Nacionalização gradativa dos bancos de depósito;
 Incorporação da medidas tomadas pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio:
regulamentação de sindicatos plurais, do trabalho feminino e infantil, limitação do tempo de
trabalho, repouso semanal obrigatório, férias remuneradas, licença-maternidade e indenização
em caso de demissão.
 A escolha do presidente a seguir seria de forma indireta. Apenas os próximos seriam de forma
indireta. Assim Vargas oficializa seu governo.
Governo Constitucional (1934
– 1937)
 Período de reflexo da polarização pela qual a Europa passava no
entreguerras: ascensão de movimentos fascistas e socialistas,
anarquistas e comunistas.
 A fragmentação política era incorporada em dois grupos principais:
Aliança Integralista Brasileira (AIB) e Aliança Nacional Libertadora
(ANL).
Ação Integralista Brasileira -
AIB
 Influência do governo de Mussolini, na Itália.
 Principal líder: Plínio Salgado.
 Nacionalismo extremado;
 anticomunismo;
 anti-imperialismo;
 Estado interventor na economia;
 garantia da propriedade privada;
 centralismo;
 unipartidarismo;
 Corporativismo
 Apoiavam, a princípio, Vargas.
 “os camisas verdes”
 Documentário “Soldado de Deus” (sobre integralismo):
 https://www.youtube.com/watch?v=-AP5NVCHQXw&t=1455s
Aliança Nacional Libertadora -
ALN
 Formado por comunistas, socialistas, “tenentes”, sindicalistas, intelectuais, organizações
democráticas e populares.
 Possuía como lema “Pão, Terra e Liberdade”.
 Principal líder: Luís Carlos Prestes
 Anti-imperialismo;
 reforma agrária ampla, abrangendo, inclusive, as grandes propriedades;
 moratória da dívida externa;
 pluripartidarismo;
 respeito às liberdades individuais;
 nacionalização das empresas estrangeiras.
 oposição à Getúlio.
 Ambos os partidos contavam com cerca de cem mil adeptos.
 A ANL representavam maior risco ao governo federal, visto que Vargas nutria
ideias fascistas, enquanto a ANL se opunha a elas.
 Nos vários enfrentamento ocorridos entre membros dos dois partidos, a
repressão era mais intensa aos membros da ANL.
 Em 1935, Vargas institui a Lei de Segurança Nacional, tendo como finalidade
combater a “subversão” interna.
 A ANL foi posta na ilegalidade, partir da lei.
Levante (Intentona) comunista
de 1935
 A ala mais radical da ANL, formada pelo PCB (na ilegalidade), iniciou os preparativos para uma ação
revolucionária.
 Envio de militantes pelo Congresso da Internacional Socialista (Komintern), entre eles, Olga Benário.
 As informações sobre o levante são encaminhadas a Vargas, que se preparava para a repressão.
 O movimento teve início em novembro de 1935, não obtendo êxito: não contou com unidade nos
projetos do grupo, nem com adesão popular.
 A repressão contou com práticas de tortura, assassinatos, prisões, e no caso de Olga Benário, sua
deportação (grávida) para um campo de concentração nazista, onde morreu.
 O levante serviu como justificativa para o fortalecimento do autoritarismo do regime.
 O comunismo surgia como inimigo interno principal do governo.
Sucessão presidencial
 1938 era o ano em que deveriam ocorrer as eleições presidenciais.
 Entre os candidatos estava Plínio Salgado, que esperava receber o apoio de Vargas.
 Em setembro de 1937, foi apresentado pela alta cúpula do Exército um suposto plano
de levante comunista no Brasil, apoiado pela URSS.
 O documento, tido como autêntico, foi divulgado publicamente e serviu como
justificativa para um golpe de Estado.
 Posteriormente, descobriu-se que o documento havia sido forjado pelo capitão Olímpio
Mourão filho, integrante da AIB, para simular um plano de revolução comunista.
 O documento ficou conhecido como “Plano Cohen”
 O Plano Cohen alegava que os comunistas sequestrariam elementos da elite
política e econômica nacional, além de atacar templos religiosos e prédios
públicos.
 Pelo rádio, em 10 de novembro de 1937, Getúlio falou aos brasileiros:
Quando as competições políticas ameaçam degenerar em guerra civil, é sinal
de que o regime constitucional perdeu o seu valor prático, subsistindo apenas
como abstração.” Iniciava-se a ditadura do Estado Novo.
Estado Novo – 1937-1945
 Consolidação da Ditadura Civil.
 Estado Novo: título tomado do fascismo português (Salazarismo);
 Vargas caracterizava o formato político como “Nova República”,
estabelecendo o que vinha antes como “ República Velha”.
 Declaração de Estado de Sítio;
 Supressão do regionalismo e defesa do “nacionalismo”.
Constituição de 1937
 Inspiração na constituição autoritária polonesa: denominava-se “Polaca”.
 Definições:
-Centralismo político (substituição ao federalismo);
-Presidencialismo sem reeleição e mandato de 6 anos;
-Fechamento do legislativo (governa por decretos-lei);
-Censura;
-Determinação de pena de morte;
-Suspensão dos partidos políticos: Vargas governa sem representação partidária.
Consequências:
 AIB é posta da ilegalidade (defensores do unipartidarismo);
 Tentativa de tomada do poder em 1938: Intentona Integralista;
 No dia 11 de maio, tentam invadir o Palácio Guanabara, residência
presidencial.
O ataque, precário, permitiu que a própria guarda do palácio
repelissem os invasores.
 Resultado: prisões, torturas, exílio, assassinatos.
 Plínio Salgado é deportado para Portugal.
As ferramentas da Ditadura:
 Dasp: Departamento administrativo do Serviço Público, responsável pela reformulação
dos serviços públicos prestados à população, que agora seriam por meio de concursos e
pela profissionalização do funcionalismo público.
 DIP: Departamento de Imprensa e Propaganda: controle ideológico. Censurava a
oposição e imagens negativas sobre o presidente.
-Uso do rádio como veículo de comunicação;
-Criação do programa Hora do Brasil;
-Incentivo as datas comemorativas, para se criar o “espírito nacional”;
 DOPS: Departamento de Ordem Política e Social: polícia política.
Legislação Trabalhista
 Instrumento de garantia do apoio da população trabalhadora;
 Resultado de pressões sociais antigas.
 Medidas:
-Salário mínimo;
-Concessão de férias.
-Regulação da Justiça do Trabalho;
-Cobrança do imposto sindical: vinculação aos sindicatos, atrelados ao Estado (pelegos);
 Em 1943, as medidas trabalhistas são unificadas na chamada CLT – consolidação das leis
trabalhistas, inspirada na Carta del Lavoro, de Mussolini.
Nacionalismo Econômico:
 Estado interventor .
 Incentivo as Indústrias de bens de consumo: foco na substituição de importações e
concessão de créditos e subsídios ao empresariado nacional; aumento das taxas
alfandegárias;
 Investimento estatal das indústrias de base: criação do conselho Nacional de Águas e
Energia Elétrica (1939); Companhia Vale do Rio Doe (1942); Companhia Álcalis (1943);
Companhia Nacional de Motores (1943); Companhia Hidroelétrica de São Francisco
(1945).
 Criação do Conselho Nacional do Petróleo: discussões sobre a nacionalização do
petróleo, até então explorado por empresas estrangeiras.
O Brasil na Segunda Guerra
Mundial
Contexto
 Proximidades ideológicas com o nazifascismo;
 Proximidades econômicas com os Estados Unidos.
 Estados Unidos e a política da Boa Vizinhança;
 Criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a partir de mesclas de capital
nacional e internacional (Estados Unidos);
 Aproximação financeira e cultural entre EUA e Brasil;
 Ataque alemão a navios da Marinha Mercante brasileira no Atlântico.
A Guerra
 O Brasil passa a apoiar os Aliados, cedendo uma
base aeronaval em Natal e enviando tropas para
combate.
Pressões internas e externas
 Contradições entre a política externa e interna brasileira.
 Manifestações contrárias ao autoritarismo varguista: UNE, OAB;
 Defesa da redemocratização;
 Enfraquecimento político;
 Fevereiro de 1945: ato adicional à constituição, reinstaurando o
pluripartidarismo.
Grupos Políticos
 UDN – União Democrática Nacional:  PTB – Partido Trabalhista Brasileiro.
-empresariado, juristas, intelectuais. -Trabalhadores urbanos;
-Compõem a oposição a Vargas; -Apoio à política Varguista;
-Liberais; -Estado Interventor.

 PDS – Partido Social Democrata:  PCB – Partido Comunista Brasileiro:


-Elite nacionalista; -Intelectuais e operários;
-Apoio a Vargas; -Buscariam alcançar o poder a partir da
-Adepta ao Estado Forte via eleitoral.
Cenário Político:
 Candidatos a sucessão de Vargas:
-PSD e PTB – Eurico Gaspar Dutra, ministro da guerra de Vargas.
-UDN – o brigadeiro Eduardo Gomes;
-PCB – Iedo Fiúza
Movimento Queremista
 Movimento político surgido em maio de 1945
com o objetivo de defender a permanência de
Getúlio Vargas na presidência da República. O
nome "queremismo" se originou do slogan
utilizado pelo movimento: "Queremos
Getúlio".
 Os queremistas reivindicavam o adiamento das
eleições presidenciais e a convocação de uma
Assembleia Nacional Constituinte. Caso as
eleições fossem mesmo confirmadas, queriam
o lançamento da candidatura de Vargas.
O golpe
 No final do mês de outubro de 1945, quando Vargas tentou substituir o chefe de Polícia do
Distrito Federal, João Alberto Lins de Barros, por Benjamin Vargas, seu irmão, a
manobra foi interpretada por seus adversários como um golpe para preparar sua
continuidade no poder.
 No dia 29, o alto comando do Exército, tendo a frente o ministro da Guerra, general Góes
Monteiro, depôs Vargas da presidência, que em seguida foi entregue ao presidente do
Supremo Tribunal Federal, José Linhares.
 O golpe foi articulado pela oposição, especialmente pela UDN.

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