Aconselhamento Bíblico
Aconselhamento Bíblico
Aconselhamento Bíblico
Conclusão……………………………………………………………………………..……..60
Referências…………………..……………………………………………………….………62
1- O que é Aconselhamento Bíblico
Deus nos deu em Sua Palavra tudo quanto necessitamos para viver de maneira
agradável a Ele (II Pedro 1:3-4). Não precisamos integrar as teorias do homem com a
verdade bíblica para lidar com os nossos problemas e experimentar uma vida vitoriosa. De
fato, as Escrituras nos advertem quanto às sérias consequências decorrentes de
igualarmos em nível a Palavra de Deus e o pensamento do homem (Provérbios 1:22-32,
14:12, 30:5-6; Isaías 5:20-21; Romanos 8:6-8; I Coríntios 3:19-20). O aconselhamento
bíblico baseia-se no ensino bíblico de que cada um de nós prestará contas de si mesmo a
Deus (Romanos 14:12; II Coríntios 5:10). Embora os crentes em Cristo não estejam
destinados à condenação eterna pelos seus pecados (Romanos 8:1; Hebreus 9:27-
28,10:10-18), os pecados têm consequências (Ezequiel 18:20; Colossenses 3:25).
O aconselhado deve saber que ele é responsável perante Deus unicamente
pelos seus pensamentos, palavras e ações, e não por mudar a vida de outras pessoas.
Aprendendo a assumir responsabilidade pelo seu comportamento, o aconselhado precisa
entender o conflito entre a velha natureza e a sua nova natureza em Cristo (Romanos 6; II
Coríntios 5:17; Gálatas 5:16). Por um ato de vontade, ele precisa abandonar o antigo
modo de viver em cobiça e engano, e começar a agir de modo que reflita a nova natureza
que Deus lhe deu à semelhança de Cristo (Efésios 4:22-24; Colossenses 3:5-17).
O aconselhado também precisa desenvolver um estilo piedoso de pensar, falar e
agir (II Coríntios 10:5; Filipenses 4:8), provando a renovação da sua mente e alcançando
sucesso em viver uma vida que corresponda à nova natureza criada por Deus em
santidade procedente da verdade (Romanos 12:2; Efésios 4:23-24). Qualquer mudança
levada a efeito pelo aconselhado deve ter o propósito de agradar a Deus (II Coríntios 5:9,
15; Colossenses 1:10; I Tessalonicenses 2:4,6). Isso requer um compromisso de
obediência à Palavra de Deus e não depende de sentimentos, nem é por eles governado,
a despeito de quão fortes e persuasivos os sentimentos possam ser (II Coríntios 5:14-15;
Gálatas 5:16-17). O aconselhamento bíblico baseia-se em pressuposições básicas que
foram provadas em anos de aplicação, observação e testemunho. Tais princípios não são
apenas verificáveis, mas também efetivos ao redor do mundo inteiro, em todas as
culturas, faixas etárias e níveis sociais.
2. ESPERANÇA. Deus prometeu na Sua Palavra que Ele não permitirá que você seja
tentado ou provado, sofra estresse ou ansiedade, e enfrente problemas além daquilo
que você possa suportar. Pelo contrário, Ele providenciará socorro e orientação em
todas as situações se você lidar com os problemas biblicamente (I Coríntios 10:13;
Hebreus 4:15-16).
3. MUDANÇA. Você precisa aprender a se desfazer (ou se “despojar”) dos velhos hábitos
egocêntricos e pensamento destrutivo (tais como ansiedade, amargura e ressentimento)
para se “revestir” de hábitos bíblicos no pensar, falar e agir (Romanos 6:6-7, 12-13;
Efésios 4:22-32; Filipenses 4:6-9; Colossenses 3:5-17).
4. PRÁTICA. Você precisa tomar iniciativas para colocar em prática as soluções de Deus
na sua vida diária. Se você apenas ouvir a Palavra e não a praticar, você estará
enganando a si mesmo e os seus problemas vão piorar. Mas se você se tornar um
praticante da Palavra, Deus prometeu abençoá-lo e permitir que você experimente a paz e
a alegria que vêm dEle, a despeito das circunstâncias que o cercam (Salmo 85:8-10;
Isaías 32:17; João 15:10-12, 16:33; Hebreus 5:14; Tiago 1:22-25,3:14-18; I Pedro 3:8-12).
Vejamos abaixo em uma matéria publica por Alexander de Mello Lima, em 2012,
no site: https://abcb.org.br/documentos/ProjetoAconselhandoCriancas.pdf, o que ele nos
diz sobre a partir de que idade a pessoa pode ser aconselhada:
A família tem sofrido bastante com o moderno estilo de vida adotado pela
sociedade contemporânea. A presente geração de pais cresceu num vácuo de autoridade,
resultado da filosofia de vida dos nascidos no pós-guerra que criaram seus filhos com
pouca ou nenhuma disciplina, resultando em pais que não sabem ou não querem exercer
autoridade no lar.
Supondo que o conselheiro bíblico seja realmente útil no auxílio às crianças que
passam por dificuldades, até que ponto este ministério pode ser exercido sem interferir na
responsabilidade bíblica dos pais? Como o mandamento bíblico de instrução e disciplina
dos filhos foi dado exclusivamente aos pais, qual a responsabilidade destes no processo
de aconselhamento?
Ele afirma que o conhecimento a que Timóteo foi exposto por sua mãe e sua avó
era suficiente para levá-lo a salvação (1Pe 1.23), através do ensino, da repreensão, da
correção e da educação na justiça, tornando-o perfeitamente habilitado para toda boa
obra. O texto de 2 Tm 3.15, afirma que as sagradas letras podem tornar o homem sábio
para a salvação pela fé em Cristo. A afirmação acima está baseada na afirmação do verso
dezesseis, de que toda a Escritura é inspirada por Deus.
Atualmente, a maioria dos evangélicos entende que a psicologia é útil para o trato
de problemas da alma e existe uma área de suas vidas em que a Bíblia se silencia, sendo
necessário o acompanhamento psicoterápico para a solução de problemas nesta área. É
comum a ideia, baseada numa antropologia tricotomista, de que o médico trata as questões
do corpo, o pastor as questões do espírito e o psicoterapeuta as questões da alma.
Por esta posição, muitos pastores, atualmente, expressam uma simpatia muito
maior pelos psicólogos seculares do que por outros cristãos que compelidos por sua
teologia, rejeitam a disciplina da psicologia secular. Também muitos pais têm baseado a
criação de seus filhos em revistas e livros de psicologia barata, autoajuda ou em conselhos,
não médicos, dados pelos pediatras. O problema é que conceitos da psicologia secular e
não da Palavra de Deus são à base de todos estes conselhos, mesmo em material cristão.
Ao buscar integrar a psicologia e a teologia, alguns conselheiros cristãos partem de
uma epistemologia baseada na busca da Verdade tanto na revelação geral como na
revelação especial. Segundo eles, toda verdade é verdade de Deus, assim a observação dos
fenômenos pode levar o homem, mesmo o não regenerado, a encontrar a verdade de Deus
na observação do comportamento humano, por exemplo. O Salmo dezenove apresenta a
revelação de Deus em seu aspecto geral, através da natureza, versos de 1 a 6, e especial,
através da Palavra de Deus, versos de 7 a 14.
A revelação geral apresentada na criação é uma evidência do Criador e conforme
exposto pelo apóstolo Paulo na epístola aos Romanos (1.19-21, 32; 2.4, 14-15) é capaz de
incutir-lhe um conhecimento básico das exigências morais de Deus, tornando os homens
pecadores indesculpáveis. Nada se diz na Bíblia sobre a revelação geral possibilitar ao
homem o desenvolvimento de uma doutrina ou teoria que o capacite a viver uma vida que
agrade a Deus. Além disso, tal consideração, de que ao observarem os fenômenos criados e
o comportamento humano os homens podem descobrir a verdade, desconsidera o efeito
noético, o efeito do pecado na mente e coração dos homens, levando-os fatalmente a uma
interpretação distorcida da verdade, e consequentemente a uma inverdade. O fenômeno
observado pode ser verdadeiro, mas a interpretação humana, principalmente realizada por
homens pecadores com uma cosmovisão materialista, leva na maioria das vezes a uma teoria
que explica de forma falsa a verdade observada.
Em contrapartida na segunda parte do Salmo dezenove, que trata da revelação
especial de Deus através de sua Palavra, lemos que a Lei do Senhor é perfeita. A perfeição
da Palavra de Deus é o que se deve esperar quando se crê na inspiração divina da Bíblia.
O fato de a Bíblia ser perfeita leva-nos a conclusão de que esta é completa, não
necessitando de nada para que atinja seu propósito já declarado em 2Tm 3.17, tornar o
homem perfeito e perfeitamente habilitado, assim no verso treze do salmo dezenove pode-
se ler que o homem confrontado com a Palavra de Deus pode tornar-se irrepreensível, livre
de falhas aparentes.
Outros conselheiros cristãos buscam ser “mais bíblicos” e não admitem uma
igualdade entre a revelação geral e a revelação especial. Para estes cristãos a Bíblia é a
referência e todas as formulações da psicologia devem ser analisadas à luz das Escrituras.
Nesse caso entendem que a Bíblia é toda verdadeira, creem nas doutrinas bíblicas da
inerrância e da inspiração divina, mas insistem que existe verdade que não está expressa
na Palavra de Deus. Embora muitas vezes bem intencionada esta abordagem ainda
apresenta falhas e é por isso perigosa.
A questão que permanece é, se uma suposta verdade não está expressa na
Palavra de Deus, quem garante que ela é verdade. Neste caso somos levados a um
relativismo da verdade, pois os homens por convenção ou pela razão definirão o que é
verdade. Em Jo 17.17, Jesus ao orar por seus discípulos pede: “Santifica-os na Verdade,
a tua Palavra é a Verdade.” Sendo o alvo do aconselhamento a santificação progressiva,
como veremos a frente, a Palavra de Deus é suficiente para tanto, não precisando de
verdade adicional.
As crianças devem manifestar qualquer reação justa que seja possível para
sua idade. Conforme forem crescendo em idade, sua responsabilidade irá
aumentando, pois a capacidade de responder de forma justa também aumentará. Uma
criança de três meses e outra de três anos tem capacidade de entender a vida de
formas distintas. Assim, em qualquer ponto de sua vida uma criança é responsável por
fazer qualquer coisa que tenha o dever moral de fazer naquela idade.
Outro aspecto que a Bíblia liga ao coração do homem é a vontade, sendo este o
aspecto do homem interior que determina a sua ação, de acordo com suas afeições e seu
intelecto. Desta forma o coração do homem possui:
Quando os pais pensam nos ídolos do coração de seus filhos, não devem pensar
em pecados escandalosos, deveriam antes pensar nos passatempos e atividades em que
eles costumam gastar muitas horas. Um cuidado especial que o conselheiro infantil deve
ter é não usar a Bíblia como um manual terapêutico. Só Jesus pode realizar a mudança
permanente. Olhando as crianças como pecadoras, assim como todo homem, a
mensagem do conselheiro tem que ser as boas novas do evangelho. O conselheiro não
oferece as pessoas um sistema comportamental, o conselheiro os leva ao Redentor.
Outro cuidado a ser tomado é não usar as Escrituras como ferramenta de
ameaças, destacando mais o juízo e a lei do que a graça e a misericórdia. O foco do ensino
bíblico deve ser o evangelho gracioso de Jesus. O alvo do aconselhamento bíblico infantil,
assim como da criação de filhos, não deve ser a mudança de comportamento, embora esta
seja esperada. O alvo do aconselhamento é comunicar todo o designo de Deus que trata de
ser uma nova criatura e não simplesmente de fazer coisas novas.
É uma mudança de dentro para fora, operada pelo Espírito Santo a partir do
coração. Esta perspectiva bíblica deve nortear toda abordagem que os pais, conselheiros e
educadores cristãos, tenham no trato dos problemas infantis.
Crianças que manifestam explosões de ira, assim como aquelas que se mantêm
remoendo a ira interiormente, lutam com questões do coração. Eles apresentam algumas
características comuns a estas crianças:
Dificuldade com a memória de curta duração.
Menor habilidade em planejar e organizar.
Dificuldade em tarefas múltiplas.
Postura rígida na solução de problemas.
Dificuldade na expressão verbal.
Pouca habilidade social, por exemplo dificuldade para entender intenções de outras
pessoas ou perceber expressões faciais.
Estas características não são pecaminosas em si, mas podem criar situações
diversas em que a criança responderá de maneira pecaminosa. O conselheiro deverá
ajudar a criança e seus pais a criarem um plano para responderem de modo agradável a
Deus, sabendo que a criança possui estes pontos fracos. Por exemplo, os pais de uma
criança com dificuldade em tarefas múltiplas, podem em vez de dar a ordem complexa de
arrumar seu quarto, dar várias ordens específicas por vez como guarde as roupas, arrume
a cama e recolha os brinquedos.
Outro grande grupo de problemas enfrentados pelas crianças são aqueles
relacionados à autoestima, ao egoísmo ou ao amor-próprio. De modo geral, muito da atual
arte de criar filhos está embasada na ideia da psicologia moderna de que a autoestima é a
chave do sucesso. Influenciados principalmente pelo livro The psychology of Self-esteem,
de 1969, do psicoterapeuta canadense Nathaniel Branden, a atual geração de pais faz
todo o esforço possível para que seus filhos tenham a melhor imagem de si mesmos. Fato
é que, segundo pesquisadores da atualidade, como o professor Roy Baumeister, da
Universidade Estadual da Flórida, existem poucas e fracas evidências científicas que
mostram que a alta autoestima gera sucesso profissional ou escolar.
Crianças centradas em seus próprios desejos e que veem seus pais como meros
instrumentos para atingirem seus objetivos egoístas certamente apresentarão frutos
pecaminosos. O estímulo a autoestima gera dois tipos de adultos: Ou arrogantes e
amantes de si mesmos, se conseguirem satisfazer seu “eu” ou frustrados, cheios de baixa
autoestima e autocomiseração, se não tiverem seus desejos atendidos. Tanto pessoas
arrogantes, amantes de si mesmo e orgulhosas, como seu oposto, pessoas que se auto
consideram e possuem uma baixa autoestima, sofrem do mesmo mal, o egoísmo. Amam
mais a si do que a Deus e ao próximo.
A criança nos seus primeiros dias de vida ainda não tem uma ideia do mundo em
que vive. Esta criança é naturalmente egocêntrica, pensa que o mundo gira em torno dela.
Quando vai crescendo e começa a ter noção da dimensão do mundo a criança começa a
manifestar a idolatria do seu eu, que é seu centro natural devido ao pecado original. O
egoísmo desta criança faz com que ela tenha prazer em estar no centro, se não do
mundo, pelo menos da família. Infelizmente em nosso tempo podemos observar pais que
permitem e até conduzem seus filhos a ocuparem uma posição central na família. Estes
pais permitem que a agenda familiar seja estabelecida pelos filhos e não pelo
relacionamento prioritário de esposo e esposa.
Conferência da ABCB em 2012, traz alguns dados sobre abuso infantil no Brasil.
A cada 5 dias morre uma criança vítima de abuso, sendo 75% menores de 4 anos de idade;
25% das crianças abusadas ficarão grávidas na adolescência;
1 menina em 3 e 1 menino em 5 são abusados antes dos 18 anos;
A maioria dos pais que abusaram dos filhos foram abusados na infância;
90% das crianças abusadas conheciam seu agressor;
68% foram abusadas por pais ou parentes;
A cada seis minutos um caso de abuso é registrado.
Alguns sinais de abusos e maus tratos são:
Físico: Manchas pelo corpo, fraturas, medo de adultos, a criança evita ficar sozinha em
casa, baixo desempenho escolar e explicações incoerentes dos pais quando a estes
sinais;
Emocional e Verbal: Ansiedade, mudança na fala, irritação e raiva, baixo desempenho
escolar, mudança radical de comportamento, falta de afeição pelos pais, comportamento
antissocial e tentativa de suicídio;
Negligência: Criança constantemente com fome, sempre com a roupa suja, ansiedade,
falta de higiene pessoal e constante pensamento negativo;
Sexual: Dificuldade de andar e correr, afastamento social, recusa em trocar de uniforme
na hora da educação física, interesse exagerado em sexo, atitudes sensuais com outras
crianças, comportamento sedutor, medo de contato físico como abraços ou um toque no
ombro, masturbação, uso de bonecos ou brinquedos para imitar o ato sexual.
Provérbios é um livro para adultos jovens. Provérbios 1.4 diz enfaticamente que o
livro é para dar aos jovens “conhecimento e bom senso”. A palavra hebraica para
jovem, na’ar, é usada centenas de vezes no Antigo Testamento e, na grande maioria das
vezes, refere-se a pessoas jovens desde a puberdade até a completa maioridade por volta
dos 30 anos de idade. (As cerimônias do Bar Mitzvá para os meninos e Bat Mitzvá para as
meninas, aos 13 e 12 anos de idade respectivamente, continuam a marcar na atual cultura
judaica a entrada na comunidade como jovens responsáveis).
Na’ar tem a plena competência de um adulto, todas as responsabilidades, mas
não toda a liberdade de um adulto maduro. Este é o motivo pelo qual são chamados de
adultos “jovens”. Eles ainda estão debaixo da autoridade de seus pais. Provérbios é
adequado para jovens, e também para crianças mais novas quando os pais e professores
expõem os conceitos de modo a facilitar a compreensão. A brevidade, a natureza poética,
a conexão com a vida real e os interesses dos jovens, e o consequente foco em praticar
ou não praticar a sabedoria, são trabalhados artisticamente e adaptados habilidosamente
para a etapa em que a vida dos jovens é moldada.
5- Você pode encorajar cuidadosamente os jovens com base em algumas boas escolhas
que eles já fizeram
Na verdade, é bem provável que eles já tenham feito algumas escolhas ruins,
que podem ter resultado em consequências dolorosas. No entanto, como cristãos, tais
escolhas não definem a identidade de cada um deles. O fato, porém, é que os
adolescentes costumam ser míopes e enxergar apenas o que está perto. Eles não veem o
quadro maior, mas você pode ajudá-los a ter uma visão mais ampla da vida, mostrando-
lhes que eles já tomaram algumas boas decisões no passado e são capazes de fazê-lo
novamente. Isto pode lhes dar um senso de que “as coisas ainda podem ser diferentes”.
As mudanças são possíveis com Cristo.
Eles esperam até que tanto dano tenha sido infligido que o casamento já está
morto e o conselheiro tem pouco com o qual trabalhar. Provérbios 11:14 diz: "Não havendo
sábia direção, cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança." Quando nos
deparamos com batalhas muito grandes para travarmos sozinhos, as pessoas sábias
buscam conselhos sábios. Problemas recorrentes em um casamento são como sinais de
trânsito alertando para o perigo que está por vir. Alguns destes sinais de trânsito são:
1. Incapacidade de resolver conflitos de uma maneira saudável;
2. Um parceiro dominando o relacionamento de tal forma que as necessidades do outro
não sejam atendidas;
3. Incapacidade de abrir mão;
4. Um dos parceiros buscando intimidade fora do casamento para "consertar" os
problemas.
5. Quebra na comunicação;
6. Confusão sobre os papéis de cada cônjuge no casamento;
7.Pornografia;
8.Engano;
9. Desacordo sobre estilos parentais;
10.Vícios.
Não há nada que possa prometer um resultado perfeito, mas considerar essas
questões pode ajudar a estreitar o campo. Deus é pelo casamento; Ele odeia o divórcio
(Malaquias 2:16). O primeiro passo que um casal deve dar é pedir a Deus para guiá-los ao
conselheiro certo. Pode levar um pouco de investigação, mas encontrar um conselheiro
que possa trazer sabedoria divina para um casamento conturbado vale qualquer esforço.
6- Aconselhamento bíblico para os idosos
Tendo ciência da dimensão deste trabalho, já se sabe que não se dará conta de
responder a todos os questionamentos levantados, mas, a partir desses questionamentos,
percebeu-se que a teologia precisa desenvolver um diálogo com as igrejas evangélicas e
com os seus Idosos. É necessário um parecer teológico sobre o assunto em ambiente
nacional, bem como se posicionar perante a sociedade sobre o tema em questão.
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, o crescimento de idosos no território
nacional vem aumentando significativamente. Sobre o assunto, o Ministério da Saúde
lançou uma nota afirmando que: O Brasil tinha 21.736 idosos com 60 anos ou mais em
2009, no período de1999 a 2009, o peso relativo dos idosos no conjunto da população
passou de 9,1% para 11,3%, sendo que dos mais de 21 milhões de idosos existentes no
Brasil, 44,2% são homens e 55, 8% são mulheres.
Falta de autonomia;
Independência;
Qualidade de vida;
Expectativas de se construir uma vida saudável.
Nesse mesmo sentido, a OMS afirma que a independência que todo idoso
deveria ter é, em geral, entendida como a habilidade de executar funções relacionadas à
vida diária, isto é, a capacidade de viver independentemente na comunidade, com alguma
ou nenhuma ajuda de outros.
Sendo assim, pode-se dizer que o idoso merece o direito de ser autônomo, de
executar suas tarefas diárias a seu modo e à sua maneira de viver, ver a vida e ser. Existe
um outro problema enfrentado pelos idosos que está relacionado a qualidade de vida.
Qualidade de vida é, segundo a OMS, “a percepção que o indivíduo tem de sua posição
na vida dentro do contexto de sua cultura e do sistema de valores de onde vive, e em
relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.
Todo idoso deveria ter não só autonomia para poder tomar suas próprias
decisões, mas o direito a uma qualidade de vida digna. Nesse sentido, pode-se dizer que
qualidade de vida é definida nesses termos: à medida que um indivíduo envelhece, sua
qualidade de vida é fortemente determinada por sua habilidade de manter autonomia e
independência. Porém, para a OMS, isso é um conceito muito amplo, que incorpora, de
uma maneira complexa, a saúde física de uma pessoa, seu estado psicológico, seu nível
de dependência, suas relações sociais, suas crenças e sua relação com características
proeminentes no ambiente”.
Sobre sua morte honrosa, a tradição conta que ocorreu junto da estrada de
Óstia, fora da cidade de Roma, por decapitação. Morreu Discipulando, lutando o bom
combate, como tantos outros apóstolos, como é o caso de João na Ilha de Patmos, mas
foram verdadeiros discipuladores, gerando discípulos que geraram outros discípulos.
Pode-se mencionar também alguns pais da Igreja que, mesmo na idade avançada,
produziram frutos: no século IV, a idade de ouro da literatura cristã, nos é oferecido, em
seus umbrais, a figura gigantesca de “Atanásio de Alexandria, o homem cujo gênio
contribuiu para o Discipulado, de muitos e para o engrandecimento da Igreja, muito mais
que a benevolência imperial de Constantino” Seu nome está indissoluvelmente unido ao
triunfo do Símbolo de Nicéia, que, ainda hoje, é mencionado por muitos. Partiu aos 77
anos, deixando um legado enorme e muitos Discípulos que não se pode enumerar.
A partir desses levantamentos, pode-se questionar aqueles que afirmam que os
idosos não são importantes, que seus trabalhos são irrelevantes ou que não deveriam
exercer lideranças na igreja, por já estarem em idade avançada. Tais pensamentos são
discriminatórios e mesquinhos, pois o idoso tem, sim, seu valor como Líder, como
Discípulo e como Discipulador.
Percebe-se que, são poucas as análises dos assuntos que relacionam os idosos
com discipulado cristão na atualidade. Na história e nas escrituras, foram encontrados
idosos que se envolveram com o Reino de Deus, tornando-se, assim, verdadeiros
Discípulos e Discipuladores de Cristo.
Conclusão
Também pouco valor se tem dado em muitas igrejas com relação aos nossos
idosos, eles são pouco assistidos, mas são pessoas cheias de experiências da vida. E
não podemos nos esquecer que há muitos idosos em nosso país que precisam ser
alcançados pelo Evangelho de Cristo.
Há muito o que melhorar nas igrejas com relação ao Aconselhamento Bíblico. A
igreja de Cristo tem que se manter atualizada para alcançar todas as idades através do
Evangelho mas também tratando as pessoas psicologicamente. A dor psicológica existe,
vejamos alguns versículos bíblicos:
“A minha vista desmaia por causa da aflição. Senhor, tenho clamado a ti todo o dia,
tenho estendido para ti as minhas mãos”.- Salmo 88:9.
“Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de
espírito”.- Salmo 34:18.
Jesus tem a cura para as nossas dores, mas não podemos deixar de levar em
consideração que elas não saram sozinhas, antes, precisam ser tratadas.
Referências
https://ministerioler.com.br/aconselhamento-biblico-o-que-e/
https://www.abcb.org.br/documentos/OQueFazOAconselhamentoSerBiblico.pdf
https://abcb.org.br/documentos/ProjetoAconselhandoCriancas.pdf
https://conselhobiblico.com/2016/08/22/conselhos-de-deus-para-o-aconselhamento-dos-
mais-jovens/
https://www.gotquestions.org/Portugues/aconselhamento-conjugal-cristao.html
37303-Texto do artigo-125022-2-10-20190711.pdf,