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Tendencias Tecnicista e Autiautoritária
Tendencias Tecnicista e Autiautoritária
Tendencias Tecnicista e Autiautoritária
da educação
Objetivos
Bibliografia usada: ARANHA, Maria Lúcia Arruda. Filosofia da educação. SP: Moderna,
1989/1996. 16e. Tr. / 23e. C (370.9 A681h)
Tendência tecnicista
Surge no Brasil em meados da década de 50, mas é introduzida efetivamente no final dos anos 60, com
predomínio a partir de 1978.
As Leis 5.540/68 (ensino universitário) e 5.692/71 (ensino de 1º e 2º graus) são marcos da implantação
do modelo tecnicista.
Adoção de um modelo empresarial taylorista: escola seguindo um modelo de racionalização do sistema
capitalista.
Taylorismo: separação entre o setor de planejamento e do de execução do trabalho.
Conteúdo baseado em informações objetivas que proporcionem a adequada adaptação do indivíduo ao
mercado.
Planejamento racional do trabalho educacional, cabendo ao professor a execução em sala de aula
daquilo que foi projetado fora dela.
O professor é um técnico, assessorado por outros técnicos, intermediado por recursos técnicos,
transmitindo um conhecimento técnico e objetivo.
Pressupostos teóricos
Implementação no governo militar com a ajuda dos EUA, com os acordos MEC-USAID.
Burocratização do ensino.
Inferiorização da função do professor.
Queda do nível de ensino repercutiu de forma mais drástica na escola pública, obrigada a atender “ao pé da
letra”, formando mão-de-obra barata e não qualificada.
Aumento o abismo entre escola pública e privada.
Tendências Antiautoritárias
Contra a pedagogia tradicional, então se tem como princípio a ênfase no aluno, fazendo com que esse aluno
desenvolva o autocontrole.
No centro das tendências antiautoritárias existe também o desprezo a toda e qualquer forma de exercício do poder,
por isso a ideia de que o docente deve dirigir e condicionar a aprendizagem está descartada, ele é apenas um
orientador, um facilitador dessa aprendizagem.
O professor sai do centro das atenções e dá lugar ao aluno.
Não existe conteúdo próprio, ele parte dos interesses dos alunos, dos caminhos que eles queiram seguir, já que
nessa forma de educar o que realmente importa é o que os alunos absorvem e não o que o professor ensina.
A educação está calcada na autogestão.
Cultiva a cooperação do conhecimento com a valorização das “comunidades de aprendizagem”, nas quais os
alunos interagem uns com os outros, e onde são incentivados a buscar as respostas de interesse coletivo, além de
incentivar o bom comportamento social.
Descartam-se todas as formas de avaliação, sem a aplicação de provas, notas, etc, já que não há conteúdo próprio,
além de que deixaria clara a demonstração de poder do professor. E esse método também é abolido porque quer se
estimular a responsabilidade com o uso da auto-avaliação e da autocrítica.
Principais representantes: Carl Rogers (1902 –
1987)
Para Roger, cada pessoa possui em si mesmo as respostas para as suas inquietações e a
habilidade necessária para resolver os seus problemas. O papel do educador seria criar
condições para o aluno se guiar por conta própria, sendo na verdade um facilitador e
oferecendo recursos. Ele considera o ato educativo como um processo relacional,
transformando-o em uma “comunidade de aprendizagem”. Porém, existe um limite para tal
liberdade e este é imposto pelas exigências da vida. Por exemplo, um médico precisar
aprender química
Principais representantes: A. S. Neil (1883 –
1973)
Dirigiu a escola de Summerhill chegando a escrever suas experiências em tal escola no
livro “Liberdade Sem Medo”. Seus métodos incluíam a abolição dos exames e da
obrigatoriedade de assistir as aulas. As regras eram escolhidas pelos próprios alunos, em
assembleia. Neil entende que a educação não deve reprimir as emoções para poder, desta
forma, preparar as crianças para serem adultos felizes. Para continuar nesse ideal, as aulas
são sempre optativas, pois, impor uma aula seria comparável à forma autoritária de um
governo que obriga a adotar uma religião.
Principais representantes: Francisco Ferrer
Guardia (1859 – 1909)
Considerou o papel social da escola no ambiente de transformações políticas, criticando a
atuação do Estado e da Igreja na educação. Para Ferrer, o papel do professor seria mais
intenso nos primeiros anos e depois iria, gradualmente, se tornando menos diretivo.
Fundou a Escola Moderna de Barcelona, aceitando estudantes vindos de famílias com as
mais diversas ideologias e rendas.
Repercussões e críticas
Alguns autores veem com reserva certas práticas educativas por igualarem
inadequadamente professor e aluno e por descuidarem da transmissão da cultura
acumulada.
Tendências não diretivas de orientação liberal são criticadas pelo excessivo pedocentrismo
e por não evitar o individualismo.
Onde predomina a análise psicológica, critica-se o descuido nas causas sociais das
diferenças de classe.
Referências
Bibliografia usada: ARANHA, Maria Lúcia Arruda. Filosofia da educação. SP: Moderna,
1989/1996. 16e. Tr. / 23e. C (370.9 A681h)