O documento discute a termorregulação normal e como a anestesia geral e do neuroeixo afetam o centro termorregulatório, levando à hipotermia. A hipotermia, mesmo leve, pode causar complicações como coagulopatia e aumento de perda sanguínea. É importante monitorar a temperatura durante procedimentos cirúrgicos e manter os pacientes em normotermia através de aquecimento ativo.
O documento discute a termorregulação normal e como a anestesia geral e do neuroeixo afetam o centro termorregulatório, levando à hipotermia. A hipotermia, mesmo leve, pode causar complicações como coagulopatia e aumento de perda sanguínea. É importante monitorar a temperatura durante procedimentos cirúrgicos e manter os pacientes em normotermia através de aquecimento ativo.
O documento discute a termorregulação normal e como a anestesia geral e do neuroeixo afetam o centro termorregulatório, levando à hipotermia. A hipotermia, mesmo leve, pode causar complicações como coagulopatia e aumento de perda sanguínea. É importante monitorar a temperatura durante procedimentos cirúrgicos e manter os pacientes em normotermia através de aquecimento ativo.
O documento discute a termorregulação normal e como a anestesia geral e do neuroeixo afetam o centro termorregulatório, levando à hipotermia. A hipotermia, mesmo leve, pode causar complicações como coagulopatia e aumento de perda sanguínea. É importante monitorar a temperatura durante procedimentos cirúrgicos e manter os pacientes em normotermia através de aquecimento ativo.
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R2 Carlos Eduardo Henz
INTRODUÇÃO • A temperatura corporal é normalmente regulada entre alguns décimos de grau.
• Variações um pouco maiores acontecem no
período da noite. Variações em torno de pelo menos 1ºC acontecem devido o ciclo circadiano e menstrual. TERMORREGULAÇÃO NORMAL
• Há 3 componentes maiores do controle da
temperatura central: sensação aferente, regulação central, defesas comportamentais e autonômicas. TERMORREGULAÇÃO NORMAL • A temperatura periférica é sentida em toda superfície corporal através de receptores TRPV 1-4 para o calor, TRPM8 e TRPA1 para o frio, sendo transportados para o centro pelo trato espinhal anterior.
• Existem diversas vias independentes e redundantes
que contribuem para o controle térmico final. TERMORREGULAÇÃO NORMAL
• O controle da termorregulação Central é
baseada na entrada térmica de todas as estruturas do corpo, que é integrado pela medula espinal, cérebro, e especialmente o hipotálamo. TERMORREGULAÇÃO NORMAL
• As funções eferente-efetoras termo regulatórias
podem ser divididas em resposta comportamental e autonômica. TERMORREGULAÇÃO NORMAL • As defesas de termorregulação autonômicas primárias em seres humanos são vasodilatação pré-capilar ativa, a transpiração, a vasoconstrição, e os tremores.
• Cada resposta termorreguladora tem um limiar (uma
temperatura de disparo), ganho (aumento da intensidade da resposta com a temperatura central desviando para além do limiar de desencadeamento), e uma intensidade máxima resposta. Anestesia Geral e Termorregulação • Anestésicos voláteis principalmente isofluorane e sevfluorano, assim como anestésicos venosos como propofol e opióides, prejudicam substancialmente o centro termorregulatório.
• Não apresentam efeito sobre a transpiração, mas
com efeitos aditivos e sincronizados sobre o limiar de vasocontrição e tremor. Anestesia Geral e Termorregulação
• A redução do limiar é dependente da
concentração dos farmacos.
• É linear nas drogas endovenosas, enquanto
que altas concentrações em drogas voláteis geram um prejuizo desproporcional ao centro termorregulador. Anestesia Geral e Termorregulação Anestesia Geral e Termorregulação
• Com combinações típicas e de doses de
medicamentos utilizados para a anestesia geral, o limiar de vasoconstrição diminui para cerca de 34,5°C. Anestesia do neuroeixo e termorregulação
• As anestesias no neuroeixo impedem a
atividade aferente e eferente abaixo da punção.
• Apesar da droga não chegar ao cérebro, cada
tipo de bloqueio prejudica do centro termorregulador em 3 mecanismos. Balanço Térmico • Os tecidos humanos podem ser divididos em 2 compartimentos.
• Central e periférico.
• O compartimento central geralmente é definido como
tecidos que mantem a sua temperatura quase de frequentemente constante frente a uma gama de respostas ambientais e comportamentais. Balanço Térmico • O comparmimento central, representado principalmente pelo tronco e cabeça represenca quase 50% da massa corporal.
• O restante é dividio entre braços e pernas que
constituem o compartimento periférico, sendo que ambos influenciam o centro termorregulador porém o compartimento central é dominante. Consequências da hipotermia leve perioperatória • Diversos orgãos tem seu funcionamento dependente da temperatua.
• Hipotermia mesmo que leve pode levar a
eventos danosos (o texto se fere a uma redução de 1-2ºC na temperatura central). Consequências da hipotermia leve perioperatória • Coagulopatia é o evento mais bem documentado em consequência da hipotermia.
• Disfunção reversível da agregação plaquetária através da liberação
reduzida de tromboxano A3, o que reduz a formação de um tampão plaquetário inicial.
• A hipotermia também prejudica a função de enzimas na cascata de
coagulação, o que reduz a formação de coágulos Consequências da hipotermia leve perioperatória • Diversas meta-análises mostraram consistentemente que mesmo uma hipotermia de 1°C aumenta significativamente a perda de sangue em cerca de 20%, além de um aumento de transfusão sanguínea. Consequências da hipotermia leve perioperatória
• Injuria miocárdica: hipotermia aumenta a
concentração de norepinefrina plasma de 700% com 1 · 3 ° C de hipotermia e promove vasoconstrição com conseqüente hipertensão e taquicardia. Consequências da hipotermia leve perioperatória • Aumenta taxas de infecção de sitio cirúrgico.
• Sensibilidade térmica das enzimas aumenta o
tempo de meia-vida de diversas drogas.
• Prolonga a recuperação pós cirúrgica.
Manutenção da Normotermia • Manejo térmico perioperatório é desafiador, uma vez que quase todos os pacientes anestesiados vão se tornar hipotérmicos.
• Mesmo pacientes que estão ativamente
aquecidos, inicialmente vão desenvolver hipotermia devido a redistribuição de calor. Manutenção da Normotermia
• Existem vários dispositivos no mercado que
podem ser divididos em isolamento passivo e aquecimento ativo (superfície corporal, fluidos aquecidos, gases aquecidos, gases inalatórios aquecidos, troca de calor endovascular). Manutenção da Normotermia • Uma única camada de isolamento passivo reduz a perda cutânea em 30%.
• A maioria dos pacientes submetidos a cirurgia estão
ativamente aquecido s a partir da superfície da pele.
• Esta abordagem é atraente porque a pele está
prontamente disponível, pode ser aquecido com segurança, e porque mais calor é perdido a partir da pele. Manutenção da Normotermia • Pré aquecer o paciente antes da cirurgia também é válido.
• Fluidos aquecidos pouco agregam no
aquecimento do paciente assim como a inalação de gases aquecidos. Manutenção da Normotermia • Devido a diversas complicações, a manutenção da normotermia se tornou um cuidado padrão.
• Os pacientes devem ser ativamente aquecidos
para se atingir um alvo de 36,5ºC. Monitorização da Temperatura • 4 sítios de monitorização são considerados centrais: Artéria pulmonar, esôfago distal, nasofaringe e membrana timpânica.
• Outros sítios de monitoramento de temperatura
são adequados para uso clínico em doentes selecionados, entre eles o melhor é o sítio sublingual. Monitorização da Temperatura
• O padrão de atendimento é monitorar a
temperatura em pacientes com anestesia geral com duração superior a 30 min, e em pacientes com grandes operações com anestesia do neuroeixo. Considerações • Tanto a anestesia geral e do neuroeixo prejudicam grandemente o controle de termorregulação.
• Ensaios clínicos randomizados mostram que a hipotermia, mesmo leve
provoca numerosas complicações graves.
• A temperatura central deve ser monitorizada durante o uso de
anestésicos gerais se a cirurgia se prolongar por mais de 30 minutos.
• Os pacientes cirúrgicos devem ser mantidos em normotermia.