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09 - Osciladores Transistorizados

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OSCILADORES TRANSISTORIZADOS

INTRODUÇÃO

Os osciladores são dispositivos cuja função principal é transformar energia CC


aplicada, em energia AC.

Para que haja essa transformação é necessário que parte do sinal de saída
retorne à entrada de forma adequada, ou seja, é necessário que haja uma
realimentação positiva (regeneração).

Além da necessidade de uma realimentação positiva, devem ser incorporados


ao circuito oscilador a transistor, elementos determinantes da frequência e as
necessárias tensões CC de polarização.

Os osciladores são usados para uma infinidade de aplicações, sendo as mais


comuns o osciloscópio, o gerador de frequência variável, o injetor de sinais, a
televisão, o rádiotransmissor, o receptor, o radar, o sonar etc.
PRINCÍPIOS DE OSCILAÇÃO

Oscilação mecânica

O exemplo mais clássico de oscilação mecânica é o pêndulo do relógio. Ele


oscila mecanicamente de um lado para o outro com intervalos de tempo iguais,
afastando-se do ponto central (ou de repouso) igualmente para os dois lados.
Esse movimento se manterá
constante enquanto houver corda no relógio
e se faltar corda o pêndulo inicialmente
diminuirá a distância do ponto central até parar.
Se quisermos evitar o amortecimento da
onda senoidal ou a parada do movimento
devemos adicionar mais energia ao sistema.
No caso do relógio, dar mais corda antes que o
mesmo pare definitivamente.
Tanques ressonantes

A oscilação eletrônica é feita por um circuito que consiste de uma bobina e um


capacitor ligados em paralelo.
1º Passo – O capacitor C1 se carrega com o
valor de VCC, com a polaridade indicada.
2° Passo – O capacitor C1 se descarrega
sobre o indutor L1.
3º Passo – A energia está agora acumulada
no indutor, em forma de campo magnético.
4° Passo – L1 induz uma corrente no mesmo
sentido mostrado no segundo passo.
5° Passo – O capacitor C1 se carrega com
polaridade contrária à do segundo passo.
6° Passo – O capacitor se descarrega sobre
L1 com corrente oposta à do segundo passo.
7° Passo – A energia está novamente
acumulada em L1 em forma de campo
magnético.
8° Passo – O indutor induz uma corrente no
mesmo sentido do passo 6.
9° Passo – O capacitor C1 fica carregado
novamente conforme o passo 1.

Se o capacitor e o indutor fossem ideais (sem perdas), esse processo continuaria


indefinidamente, mas na prática não é isso o que ocorre, pois o indutor e o
capacitor apresentam uma resistência a qual dissipa parte do sinal em forma de
calor, havendo portanto a necessidade de ligar a chave novamente na bateria, a
fim de carregar mais uma vez o capacitor C1 compensando a referida perda de
energia.
CIRCUITOS OSCILADORES BÁSICOS

Oscilador Armstrong
Oscilador Hartley
Oscilador Colpitts
Oscilador a cristal

Quando certos cristais são comprimidos ou expandidos em direções específicas,


os mesmos geram cargas elétricas em suas superfícies. Este fenômeno é
chamado de efeito piezoelétrico.

Se um cristal piezoelétrico, geralmente quartzo, possui eletrodos localizados nas


faces opostas e se um potencial é aplicado entre esses eletrodos, serão
exercidas forças que farão com que o cristal vibre mecanicamente num
movimento de contração e expansão.

Para oscilarem perfeitamente, os cristais devem ainda ser submetidos a um


tratamento de laboratório, onde sofrerão um determinado tipo de corte, que é um
dos fatores determinantes da frequência de oscilação.
Tipos de cristais

Podemos dizer que a maioria dos cristais apresenta o efeito piezoelétrico, mas
poucos são adequados para serem usados como equivalentes de circuitos
sintonizados para fins de frequência.

Entre esses poucos cristais encontram-se o quartzo, o sal de Rochelle e a


Turmalina. Normalmente, em circuitos osciladores o cristal usado é o quartzo,
devido ao seu baixo custo, robustez mecânica e a pouca variação de frequência
em função da temperatura. De todos os materiais encontrados é o mais
satisfatório, embora sua faixa de operação esteja limitada entre 50 kHz e 50MHz,
ou seja, fora da faixa de áudio.
Circuitos osciladores a cristal
Multivibrador Astável

Este circuito é um oscilador que gera uma forma de onda retangular, com muitos
harmônicos, por isso seu nome, “multivibrador”. A qualificação astável significa
que ele é instável para quaisquer de seus dois estados, permanecendo portanto
oscilante entre ambos.
Ao conectarmos ao circuito a fonte de
alimentação VCC, os capacitores C1 e
C2 que estavam descarregados,
começarão a se carregar através dos
resistores R1 e R2 fechando-se o
circuito através das bases de T1 e T2.

Para que possamos compreender


melhor o funcionamento do circuito,
vamos estabelecer as seguintes
condições:
a) Quando T1 ou T2 estiverem
cortados, a tensão nos pontos A e B,
será aproximadamente a da VCC.

b) Quando T1 ou T2 estiverem
saturados, a tensão nos pontos A ou B
da figura será aproximadamente 0,3
volts.
De posse dessas condições, ficará mais
simples descrevermos o comportamento
do circuito apresentado.

Como ponto de partida, vamos


considerar o instante “t0”, admitindo que
nesse instante T1 esteja cortado e T2
saturado, logo teremos no ponto B da
figura uma tensão igual a VCC e no
ponto A igual a 0,3V.

Consideremos agora o estado do


circuito após decorrido um tempo “t”.

Ainda com relação às condições adotadas temos que o ponto A estará praticamente
em terra (0,3V), logo, C2 se descarregará através do coletor de T2, carregando-se
em sentido contrário, e fazendo com que T1 que estava cortado, caminhe para a
saturação.
T1 indo para a saturação, leva T2 para o
corte, dessa maneira o ponto B será de
aproximadamente 0,3V (praticamente o
ponto B estará em terra), e o capacitor
C1 se descarregará pelo coletor de T1,
carregando-se agora em sentido
contrário por R3.

Desta forma o potencial do ponto D irá


aumentar e T2 será levado à saturação
fazendo com que T1 vá para o corte,
estabelecendo-se assim um estado
oscilatório.

Como principais características do multivibrador astável podemos citar:


- tem sua frequência de oscilação controlada pelas constantes de tempo de carga e
descarga dos capacitores.
- a saída pode ser retirada de qualquer um dos coletores dos dois transistores
usados.

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