O documento discute os tipos de neurônios, sinapses e o processo da dor. Existem quatro tipos de neurônios classificados pela sua forma e três tipos classificados pela sua função. As sinapses podem ser elétricas ou químicas. A dor é transmitida por neurônios sensoriais primários e pode ser nociceptiva, neuropática ou inflamatória.
O documento discute os tipos de neurônios, sinapses e o processo da dor. Existem quatro tipos de neurônios classificados pela sua forma e três tipos classificados pela sua função. As sinapses podem ser elétricas ou químicas. A dor é transmitida por neurônios sensoriais primários e pode ser nociceptiva, neuropática ou inflamatória.
O documento discute os tipos de neurônios, sinapses e o processo da dor. Existem quatro tipos de neurônios classificados pela sua forma e três tipos classificados pela sua função. As sinapses podem ser elétricas ou químicas. A dor é transmitida por neurônios sensoriais primários e pode ser nociceptiva, neuropática ou inflamatória.
O documento discute os tipos de neurônios, sinapses e o processo da dor. Existem quatro tipos de neurônios classificados pela sua forma e três tipos classificados pela sua função. As sinapses podem ser elétricas ou químicas. A dor é transmitida por neurônios sensoriais primários e pode ser nociceptiva, neuropática ou inflamatória.
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Neurônios, sinapses e dor
Prof. Erika Costa Barreto
Terapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Cognição e Linguagem Mediadora de Conflitos Os neurônios podem ser classificados em quatro tipos básicos, levando em consideração sua forma: - Neurônios multipolares - Possuem mais de dois prolongamentos celulares. A maioria dos neurônios de nosso corpo é classificada como esse tipo. - Neurônios bipolares - Possuem apenas um dendrito e um axônio. - Neurônios pseudounipolares - Apresentam apenas um prolongamento que parte do corpo celular, dividindo-se, posteriormente, em dois. Um dos ramos assume o papel de dendrito e o outro de axônio. - Neurônios unipolares - Possuem apenas um axônio. Quando levamos em consideração a sua função, os neurônios podem ser divididos em: - Sensitivos ou aferentes – Recebem os estímulos produzidos fora do corpo e internamente. - Motores ou eferentes – Conduzem o impulso nervoso para glândulas, músculos lisos e estriados. - Interneurônios – São aqueles que conectam um neurônio a outro, sendo encontrados no SNC. SINAPSES Os neurônios, principalmente através das suas terminações axônicas entram em contato com outros neurônios, passando-lhes informações. Os locais de tais contatos são denominados sinopses, ou, mais precisamente, sinapses interneuronais. No sistema nervoso periférico, terminações axônicas podem relacionar-se também com células não neuronals ou efetuadoras, como células musculares (esqueléticas, cardíacas ou lisas) e células secretoras (em glândulas salivares, por exemplo), controlando suas funções. Os termos sinapses neuroefetuadoras e junções neuroefetuadoras são usados para denominar tais contatos. Quanto à morfologia e ao modo de funcionamento, reconhecem-se dois tipos de sinapses: sinapses elétricas e sinapses químicas. Sinapse elétrica • As sinapses elétricas fazem a propagação elétrica entre as células através de canais que interligam as mesmas, com um retardo nulo na transmissão. Fisiologicamente, essas sinapses atuam na atividade sincronizada de grupos de neurônios, células musculares lisas ou cardíacas. Esses canais têm uma condutância que varia de acordo com o tipo de proteína constitutiva, por onde passam solutos de baixo peso molecular que irão levar os sinais de uma célula à outra. • Os canais são formados por conexinas, proteínas de 4 alças transmembrânicas, com as terminações N e C no citosol; sendo que seis destas conexinas formam um conexon. São os conexons destas células vizinhas que, ao se unirem, formam estes canais de transmissão. O citosol, citossol, hialoplasma, citoplasma fundamental ou matriz citoplasmática, é o líquido que preenche o interior do citoplasma, espaço entre a membrana plasmática e outras partes da célula como a matriz mitocondrial do interior da mitocondria. Modulados por variações químicas cuja elevação nas concentrações de Ca (cálcio) e H (hidrogênio) reduzem a probabilidade de abertura, estes canais podem ainda serem controlados pela voltagem das células, o que torna a conexão unidirecional. Por terem este contato íntimo entre as células através de junções abertas, a sinapse elétrica permite o fluxo livre de íons em uma transmissão muito mais rápida do que a que ocorre na sinapse química, além de não poder ser bloqueada. O retardo nulo, uma bidirecionalidade, efeito excitatório e uma curta duração fazem com que uma sinapse elétrica transmita o impulso nervoso de uma célula à outra quase que instantaneamente. Enquanto que nas sinapses químicas, esse impulso terá de atingir as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, para então ocorrer a liberação de substâncias químicas nos espaços sinápticos, e assim os neurotransmissores se combinem com receptores presentes na membrana das células pós-sinápticas para então transmitir o impulso nervoso. As sinapses elétricas ocorrem em músculos lisos e cardíacos, onde a contração ocorre por um todo e em todos os sentidos. O PROCESSO DA DOR Primeiramente, temos que pensar na dor como um processo fisiológico, afinal, o intuito é avisar quando o seu corpo está sendo agredido por um agente nocivo. Se o fogo não doesse, você não sacudiria a mão quando a chama do palito de fósforo chega aos seus dedos e, provavelmente, ficaria sem eles. Vendo de uma forma integral, para classificar ou tentar quantificar a dor, é necessário avaliar o aspecto físico, mental e emocional do indivíduo, pois o meio influi mesmo. Já viu aqueles casos que você se machuca gravemente, mas está tão concentrado em outra coisa que nem nota? Pois é. Então, físicamente, tudo se inicia com um estímulo nocivo (fogo, agulha, caco de vidro, 12 tiros), que é capaz de ativar os neurônios sensoriais aferentes primários (nociceptores (receptores sensíveis a dor), enviando o sinal (onda de despolarização) do axônio até o cérebro, muitas vezes passando pelo corno dorsal da medula espinhal. Os receptores específicos para a dor estão localizados nas terminações das fibras nervosas A e C (classificadas em subtipos A1, A2, C1 e C2), que quando ativadas sofrem alterações na membrana permitindo a liberação de potenciais de ação. As fibras A (mielinizadas) são responsáveis pela transmissão rápida da dor, e as fibras C (não mielinizadas) pela transmissão lenta. Esses nociceptores, são capazes de traduzir estímulos químicos, térmicos e mecânicos em sinais elétricos que são traduzidos como dor pelo córtex cerebral.
Muita coisa ainda é obscura nesses mecanismos, existem diversos receptores e substâncias capazes de ativar os nociceptores, uma bem conhecida é a capsaicina, substância presente na pimenta. O interessante, é que cada fibra nervosa é responsável por transmitir determinados estímulos, algo meio especializado.
Fibras A1 -- Respondem a temperaturas em torno de 52ºC, são insensíveis a capsaicina e possuem resposta mediada pelos receptores VRL-1.
Fibras A2 -- São sensíveis a temperaturas em torno de 43ºC, a capsaicina e ativam, via receptores VR1, canais catiônicos não-seletivos permeáveis ao cálcio.
Fibras C1 -- Contêm substância P e CGRP e expressam receptores tirosina cinase A, para o fator de crescimento nervoso. São responsivas a capsaicina e a prótons.
Fibras C2 -- Expressam receptores purinérgicos P2X3 para adenosina e um grupo de carboidratos de superfície, a α-D-galactose, capaz de se ligar a lecitina IB-4, sensíveis seletivamente a prótons. As substâncias capazes de sensibilizar os nociceptores, são chamadas algiogênicas. Alguns exemplos são: acetilcolina, bradicinina, histamina, serotonina, leucotrienos, substância P, fator de ativação plaquetário, radicais ácidos, íons potássio, prostaglandinas, tromboxana, interleucinas, fator de necrose tumoral (TNF-α), fator de crescimento nervoso (NGF) e monofosfato cíclico de adenosina (AMPc). Tipos de dor 1. Dor nociceptiva – É causada por um estímulo direto dos nociceptores, que podem ser: mecânico (beliscão da vovó), térmico (ponta de cigarro) ou químico (formigas vermelhas), etc. 2. Dor neuropática – Causada por alguma lesão em um nervo que ocasiona contínuo envio de sinal doloroso. Pode não ter causa conhecida (idiopática), mas é mais comum em certos processos, como diabetes, herpes-zóster, dor do membro fantasma (situação onde a pessoa não tem mais um membro, mas ele continua doendo). Pelo seu grande papel na dor crônica, representa um desafio para a pesquisa clínica, que necessita desenvolver fármacos mais eficazes. 3. Dor inflamatória – (É a que eu mais gosto (para fins de pesquisa, é claro) Ocasionada por uma gama de processos patológicos, desde uma simples acne, até inflamações crônicas como artrite reumatóide. Tem seu início com a cascata bioquímica da inflamação que dá origem a dezenas de substâncias capazes de influenciar o comportamento dos nociceptores, desde sua ativação direta, até a redução do limiar (limite) de ativação. Existem alguns termos que descrevem situações dolorosas específicas: Hiperalgesia: Baixo limiar de dor. É uma situação onde a pessoa tem uma resposta dolorosa exacerbada a um estímulo menor. Sente mais dor do que deveria. Tipo, já viu aquelas pessoas que fazem um escândalo quando furam o dedo (muito comum em emos). Um furo de agulha dói, mas não é pra tanto. Pode acontecer se o indivíduo estiver exposto a um segundo estímulo doloroso, se o local da furada da agulha estava inflamado (prostaglandinas reduzem o limiar de excitabilidade dos nociceptores), nesse caso teria até motivos pra escândalo, mas não muito. Hipoalgia: Alto limiar de dor. É ao contrário, existem pessoas que simplesmente tem uma resistência maior a estímulos nocivos. Os orientais das artes marciais (loucos de pedra), costumam conseguir isso com meditação e treinamento. Quebram pedras com a cabeça, golpeiam tábuas de madeira maciça e não sentem nada (ou fingem). Os militares costumam ter treinamento contra a tortura, se convencem que não dói, algo mais mental do que físico. É uma situação em que existe dor sim, mas o limite do indivíduo é bem maior. Alodínia: Dor sem motivo. Nesse caso a pessoa sente dor com atos que normalmente não provocaria estímulo doloroso. Tipo comer, dormir, andar, tomar banho (cascão). Imagina você sentir dor toda vez que for abraçar o seu namorado. Síndrome Riley-Day: Insensibilidade à dor. Apesar de eu achar essa a mais maneira, imagina você não sentir dor nenhuma, nunca. Pode apanhar, ser queimado, perfurado, levar tiro, dizimado, destruído ou suicidado, nunca vai doer. Entretanto, é também a mais perigosa, geralmente você não duraria muito tempo, e se durasse, teria grande chance de ficar incapacitado por ferimentos graves que poderiam ser facilmente evitados se você sentisse dor. Causada por uma mutação em um gene encarregado da síntese de um tipo de canal de sódio que se encontra principalmente em neurônios encarregados de receber e transmitir o estímulo doloroso. A pessoa parece perfeitinha, sente frio, calor, cosquinha, pressão, mas dor mesmo… nenhuma. Nocicepção: Esse é o termo correto a ser utilizado, quando falamos de estímulos dolorosos em animais. Já que não é possível ainda, classificar o aspecto emocional da criatura. • Nos neurônios bipolares (Fig. 1.6 B), dois prolongamentos deixam o corpo celular, um dendrito e um axônio. Entre eles estão os neurônios bipolares da retina e do gânglio espiral do ouvido interno. Nos neurônios pseudo- unipolares (Fig. 1.6 C), cujos corpos celulares se localizam nos gânglios sensitivos, apenas um prolongamento deixa o corpo celular, logo dividindo-se, à maneira de um T, em dois ramos, um periférico e outro central. O primeiro dirige-se à periferia, onde forma terminação nervosa sensitiva; o segundo dirige-se ao sistema nervoso central, onde estabelece contatos com outros neurônios. As terminações nervosas sensitivas (serão estudadas no Capítulo 11 B) são especializadas em transformar estímulos físicos ou químicos em potenciais elétricos graduáveis
Avaliação do Controle Autonômico Baseada na Análise da Variabilidade da Frequência Cardíaca: Proposta de Método Otimizado para Ativação Vagal e Aplicação da Ferramenta para Estimativa da Dor em Intervenções Clínicas