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MÉTODOS DE REPRESENTAÇÃO.. Aula 03

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MÉTODOS DE

REPRESENTAÇÃO

Eng.º António Nzinga Monteiro


SISTEMAS DE PROJEÇÕES
ORTOGONAIS
 Ângulos Diedros
 A representação de objectos tridimensionais por meio de desenhos bidimensionais,
utilizando projecções ortogonais, foi idealizada por Gaspard Monge no século XVIII.
O sistema de representação criado por Gaspard Monge é denominado Geometria
Descritiva.
 Considerando os planos vertical e horizontal prolongados além de suas intersecções,
como mostra a Figura 3.1, dividiremos o espaço em quatro ângulos diedros (que tem
duas faces). Os quatros ângulos são numerados no sentido anti-horário, e
denominados 1º, 2º, 3º, e 4º Diedros.
ÂNGULOS DIEDROS - Rebatimento
ÂNGULOS DIEDROS - Rebatimento

 Utilizando os princípios da Geometria Descritiva, pode-se, mediante figuras planas, representar formas
espaciais utilizando os rebatimentos de qualquer um dos quatro diedros. Entretanto, para viabilizar o
desenvolvimento industrial e facilitar o exercício da engenharia, foi necessário normalizar uma linguagem
que, a nível internacional, simplifica o intercâmbio de informações tecnológicas.
 Assim, a partir dos princípios da Geometria Descritiva, as normas de Desenho Técnico fixaram a utilização
das projeções ortogonais somente pelos 1º e 3º diedros, criando pelas normas internacionais dois sistemas
para representação de peças:
 sistema de projecções ortogonais pelo 1º diedro
 sistema de projecções ortogonais pelo 3º diedro
ÂNGULOS DIEDROS - Rebatimento

 O uso de um ou do outro sistema dependerá das normas adoptadas por cada país. Por exemplo, nos Estados
Unidos da América (USA) é mais difundido o uso do 3º diedro; nos países europeus é mais difundido o uso
do 1º diedro.
 No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nas indústrias oriundas dos USA, da Inglaterra e do Japão,
poderão aparecer desenhos representados no 3º diedro.
 Como as normas internacionais convencionaram, para o desenho técnico, o uso dos 1º e 3º diedros é
importante a familiarização com os dois sistemas de representação.
 A interpretação errónea de um desenho técnico poderá causar grandes prejuízos.
PROJECÇÕES ORTOGONAIS PELO 1º DIEDRO
 As projecções feitas em qualquer plano do 1º diedro seguem um princípio básico que determina que o objeto
a ser representado deverá estar entre o observador e o plano de projecção, A partir daí, considerando o
objecto imóvel no espaço, observador pode vê-lo por seis direcções diferentes, obtendo seis vistas da peça.
Ou seja, aplicando o princípio básico em seis planos circundando a peça, obtemos, de acordo com as normas
internacionais, as vistas principais no 1º diedro.
 Para serem denominadas vistas principais, as projecções têm de ser obtidas em planos perpendiculares entre
si e paralelos dois a dois, formando uma caixa.
 A Figura mostra a peça circundada pelos seis planos principais, que posteriormente são rebatidos de modo a
se transformarem em um único plano. Cada face se movimenta 90º em relação à outra.
 A projecção que aparece no plano 1(Plano vertical de origem do 1º diedro) é sempre chamada de vista de
frente.
 Em relação à posição da vista de frente, aplicando o princípio básico do 1º diedro, nos outros planos de
projecção resultam nas seguintes vistas:
 Plano 1 – Vista de Frente ou Elevação – mostra a projecção frontal do objecto.
 Plano 2 – Vista Superior ou Planta – mostra a projecção do objecto visto por cima.
 Plano 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil – mostra o objecto visto pelo lado esquerdo.
 Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objecto visto pelo lado direito.
 Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objecto sendo visto pelo lado de baixo.
 Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objecto sendo visto por trás.
 A padronização dos sentidos de rebatimentos dos planos de projecção garante
que no 1º diedro as vistas sempre terão as mesmas posições relativas.
 Ou seja, os rebatimentos normalizados para o 1º diedro mantêm, em relação à
vista de frente, as seguintes posições:
 a vista de cima fica em baixo;
 a vista de baixo fica em cima;
 a vista da esquerda fica à direita;
 a vista da direita fica à esquerda.
 Talvez o entendimento fique mais simples, raciocinando-se com o
levantamento do objecto. O resultado será o mesmo se for dado ao objecto o
mesmo rebatimento dado aos planos de projecção.
 A figura mostra o levantamento do objecto. Comparando com o resultado das
vistas resultantes dos rebatimentos dos planos de projecção, pode-se observar:
 O lado superior do objecto aparece em baixo e o inferior em cima, ambos em relação à
posição frente.
 O lado esquerdo do objecto aparece à direita da posição de frente, enquanto o lado direito
está à esquerda do lado da frente.
 A Figura mostra o desenho final das seis vistas.
 Observe que não são colocados os nomes das vistas, bem como não aparecem as
linhas de limite dos planos de projecções.
 O desenho de qualquer peça, em hipótese alguma, pode dar margem a dupla interpretação.
 O ponto de partida para determinar as vistas necessárias é escolher o lado da peça que será considerado
como frente. Normalmente, considerando a peça em sua posição de trabalho ou de equilíbrio, tomase como
frente o lado que melhor define a forma da peça. Quando dois lados definem bem a forma da peça, escolhe-
se o de maior comprimento.
 Feita a vista de frente faz-se tantos rebatimentos quantos forem necessários para definir a forma da peça.
 Na Figura considerando como frente a direcção indicada, as três vistas preferenciais do 1º diedro são
suficientes para representar o objeto.
 Observe no conjunto de seis vistas que as outras três vistas, além de apresentarem partes ocultas, são
desnecessárias na definição da forma do objecto.
 Na Figura considerando a frente indicada no objecto, o conjunto formado pelas vistas de frente, superior e
lateral direita é o que melhor representa a peça. Na vista lateral esquerda aparecem linhas tracejadas, que
devem ser evitadas.
PROJECÇÕES ORTOGONAIS PELO 3º DIEDRO – MÉTODO
AMERICANO

 Assim como no 1° diedro, qualquer projecção do 3º diedro também segue um princípio básico. Para
fazer qualquer projecção no 3º diedro, o plano de projecção deverá estar posicionado entre o
observador e o objecto, conforme mostra a Figura O plano de projecção precisa ser transparente
(como uma placa de vidro) e o observador, por trás do plano de projecção, puxa as projectantes do
objecto para o plano.
 As vistas principais são obtidas em seis planos perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, como
se fosse uma caixa de vidro e, posteriormente, rebatidos de modo a formarem um único plano.
 A Figura mostra os rebatimentos dos planos que compõem a caixa de vidro, onde cada plano se
movimenta 90º em relação ao outro.
 Da mesma forma que no 1° diedro, a projecção que é representada no plano 1
corresponde ao lado da frente da peça.
 Deste modo, considerando o princípio básico e os rebatimentos dados aos planos
de projecção, têm-se as seguintes posições relativas das vistas:
 Plano 1 – Vista de Frente – mostra a projecção frontal do objecto.
 Plano 2 – Vista Superior – mostra a projecção do objecto visto por cima.
 Plano 3 – Vista Lateral Direita – mostra o objecto visto pelo lado direito.
 Plano 4 – Vista Lateral Esquerda – mostra o objecto visto pelo lado esquerdo.
 Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objecto sendo visto pelo lado de baixo.
 Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objecto sendo visto por trás.
 No 3° diedro as vistas mais utilizadas, que acabam se constituindo nas vistas
preferenciais, são o conjunto formado pelas vistas de frente, superior e lateral
direita. A Figura mostra as vistas principais e as vistas preferenciais do 3º diedro.
 Observe que no 1º diedro, olha-se a peça por um lado e desenha-se o que se está vendo do outro
lado, enquanto no terceiro diedro, o que se está vendo é desenhado no próprio lado donde se está
olhando a peça.
 Não se pode esquecer que cada projecção ortogonal representa o objecto em uma determinada
posição e, assim sendo, no 1º diedro qualquer projecção ortogonal corresponde àquilo que é visto
pelo outro lado da projecção que estiver ao seu lado.
 Da mesma forma, no 3º diedro qualquer projecção ortogonal corresponde àquilo que é visto na
direcção da projecção que estiver ao seu lado.
 Para facilitar o entendimento das inversões dos rebatimentos, as Figuras anteriores comparam os
rebatimentos do 1º e do 3° diedros.
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