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Diretório Litúrgico: Diocese de Joinville

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DIRETÓRIO LITÚRGICO

DIOCESE DE JOINVILLE
• Diretório (do latim directorium):
1. Livro quem contém as normas a serem
seguidas por determinadas pessoas;
2. Que dirige;
3. Regras de procedimento.
Estrutura

1. Apresentação;
2. Introdução;
3. 10 capítulos;
4. Diretrizes para os ministérios de coroinhas, acólitos e
cerimoniários;
5. Referências.
Apresentação

01. A fé da Igreja é
essencialmente fé
eucarística e alimenta-se,
de modo particular, à
mesa da Eucaristia; fé e
sacramentos são dois
aspectos complementares
da vida eclesial;
LEX ORANDI
LEX CREDENDI
CAT 1124
01. […] a fé é alimentada e cresce no encontro
com a graça do Senhor Ressuscitado que se
realiza nos sacramentos: a fé exprime-se no rito
e este revigora e fortifica a fé; quanto mais viva
for a fé eucarística dos fiéis celebrantes, tanto
mais profunda será a sua participação na vida
eclesial por meio de uma adesão convicta à
missão que Cristo confiou aos seus discípulos.
03. A ação litúrgica pertence à Igreja de Jesus
Cristo. Não somos seus senhores, mas fiéis
executores em razão de nossa fé, do ministério
e compromisso assumido – 04. A ação litúrgica,
ao ser realizada segundo as presentes
orientações, demonstra unidade e comunhão
eclesial, indispensável em âmbito universal e
local.
05. O Diretório oferece um caminho seguro para a
liturgia em nossa Diocese.

06. A criatividade supõe a formação e o conhecimento


teológico para não violar a Tradição da fé cristã
ministrada e conservada pela liturgia da Igreja. Toda
inovação só será proveitosa, fecunda e renovadora
para a comunidade se corresponder a CRITÉRIOS
LITÚRGICOS COERENTES COM O MAGISTÉRIO DA
IGREJA.
INTRODUÇÃO
• Todas as orientações são fundamentadas nos principais
documentos e instruções litúrgicas promulgados pela Igreja,
em especial a Instrução Geral sobre o Missal Romano
(IGMR);
• Este Diretório deseja ser um instrumento orientativo e
jamais quer anular a criatividade das equipes de liturgia…
Porém ser criativo SUPÕE NECESSARIAMENTE FORMAÇÃO E
CONHECIMENTO TEOLÓGICO PARA NÃO VIOLAR A
TRADIÇÃO DA FÉ CRISTÃ MINISTRADA E CONSERVADA PELA
LITURGIA DA IGREJA.
I. A NATUREZA DA LITURGIA
1.1 História da Salvação
11. O ponto de partida para compreendermos a
liturgia: a perspectiva da história da Salvação –
Deus participa e intervém na história humana,
revelando-se e conduzindo sua criação segundo
um projeto de amor;

12. A história da salvação possui três


momentos:
1. Tempo da Promessa;
2. Plenitude dos Tempos;
3. Tempo da Igreja.
Tempo da Promessa
Consiste na preparação
segundo a intervenção
paciente ao longo dos
séculos pelo Pai na história
e na cultura do povo de
Israel através dos
acontecimentos e dos
profetas.
Plenitude dos Tempos – Tempo do Cumprimento
Tempo da Igreja
É o prolongamento
da história da
Salvação realizada
pelo Mistério
Pascal de Cristo e
exercida pela Igreja
através do Espírito
Santo.
13. Salvar = “unir-se com
Deus”. Na liturgia da
Igreja, Deus prossegue a
história da Salvação (SC 6)
e a cada celebração, o
Mistério Pascal de Cristo é
atualizado, e pela força do
Espírito Santo, os
batizados permanecem
unidos a Cristo e se
tornam suas testemunhas.
1.2 O que é liturgia?
14. Etimologia = ação em benefício do bem comum;
Catecismo: a liturgia cristã é uma obra da Trindade, realizada por Cristo,
Sumo e Eterno Sacerdote, através do Seu Corpo, a Igreja, em favor de
toda a humanidade.

15. SC: a liturgia é exercício do múnus sacerdotal de Cristo, no qual,


mediante sinais sensíveis, é significada e realizada a santificação do ser
humano; e é exercido o culto público e integral pelo Corpo Místico de
Cristo = segue que toda a celebração litúrgica, como obra de Cristo
sacerdote, e de Seu Corpo, a Igreja, é ação sagrada por excelência, cuja
eficacácia não é igualidade por nenhuma outra ação da Igreja (SC 07).
1.3 Como a liturgia acontece?
18. A ação salvífica na liturgia ocorre por meio de uma linguagem
chamada RITO, o qual se constitui num ordenamento de ações
simbólicas, formadas por gestos e palavras, que busca a integração
entre Deus e a humanidade.

20. O rito possui as seguintes finalidades:


1. Celebrar a Aliança eterna entre Deus e os seres humanos realizada
no Mistério Pascal;
2. Transmitir com fidelidade o patrimônio da fé (Tradição);
3. Manter a unidade da Igreja segundo uma linguagem simbólica
determinada (Rito Romano).
22. No rito, a Igreja
celebra o MEMORIAL
do evento central da
história da Salvação,
que é o MISTÉRIO
PASCAL DE CRISTO.
II. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A CELEBRAÇÃO
EUCARÍSTICA
2.1 O ano litúrgico
28. A liturgia é a celebração do Mistério Pascal de
Cristo. Em volta deste núcleo fundamental de nossa fé,
celebramos, no ano litúrgico, a memória do
Ressuscitado; o ano litúrgico “revela todo o mistério de
Cristo no decorrer do ano, desde a encarnação e
nascimento até ascenção, ao pentecostes e à
expectativa da feliz esperança da vinda do Senhor” (SC
102).

29. O núcleo do ano litúrgico é o DOMINGO.


30. “O dia litúrgico se estende de meia-noite a meia-
noite. A celebração do Domingo e das Solenidades,
porém, começa com as Vésperas do dia precedente”
(IGMR 03).
2.2 As cores litúrgicas dos paramentos

32. As cores litúrgicas são sinais que auxiliam a


assembleia a penetrar no Mistério Pascal desenvolvido
ao longo do ano. As cores litúrgicas referem-se
primeiramente aos paramentos dos ministros
ordenados. É possível utilizar essas cores na toalha da
mesa da Palavra, em pequenos detalhes nas vestes dos
outros ministérios litúrgicos ou em pequenos arranjos
no espaço do altar e na nave da igreja… com a
aprovação do pároco.
33. As cores adotadas
pela liturgia da Igreja
Católica são:
- Branca ou dourada;
- Vermelha;
- Verde;
- Roxa;
- Preta;
- Rosa ou violáceo.
2.3 Diálogo esponsal da celebração litúrgica
34. Na Carta Apostólica Spiritus et Sponsa, de João Paulo II, por
ocasião dos 40 anos da SC – o Santo Padre apresenta a dinâmica
celebrativa da liturgia da Igreja na contemplação do livro do Ap: “O
Espírito e a Esposa dizem: ‘Vem!’ Que aquele que ouve diga
também: ‘Vem!’” (Ap 22,17).

36. Essa dinâmica de proposta e resposta entre o Esposo e a Esposa


é concretizada nas celebrações litúrgicas, onde Cristo age por meio
do sacerdote, mediante o diálogo entre Ele e a assembleia, imagem
de toda a Igreja.
36. Assim, o sacerdote revela e propõe para a Igreja o amor salvador e a
Igreja, pela assembleia litúrgica, ouve-O e, no seu momento, responde ao
amor do seu Esposo, que é o Cristo na pessoa do sacerdote. Essa é a razão
pela qual a assembleia não deve rezar junto com o sacerdote certas orações
da Missa.

Há certas partes da celebração da Missa que são próprias do sacerdote e


outras próprias da assembleia. Ex.: ORAÇÃO EUCARÍSTICA – é uma oração
sacerdotal da qual a assembleia pode participar, por meio da escuta da voz
do sacerdote e intervir nas aclamações já previstas; ORAÇÃO DA PAZ etc.
37. “Nas celebrações litúrgicas, limite-se cada um,
ministros e fiéis, exercendo o seu ofício, a fazer tudo e
só o que é de sua competência, segundo a natureza do
rito e as leis litúrgicas” (SC 28).
2.4 O silêncio sagrado
38. Faz-se necessário destacar
a importância que possui o
silêncio na celebração. Ele é
PARTE INTEGRANTE da
celebração e como tal deve ser
respeitado para favorecer a
ação do Espírito Santo no
coração humano.
39. O silêncio durante a celebração eucaristia:
- Antes do início da celebração, tanto na igreja, na sacristia e nos
lugares mais próximos;
- No ato penitencial, após a motivação do presidente;
- Depois do “Oremos” da Coleta e da Oração Pós-Comunhão;
- Durante a narrativa da instituição e consagração do Pão e do
Vinho;
- Após a comunhão eucarística.
2.5 Os gestos e as posições do corpo
40. Os gestos e as posições do
corpo “[…] devem contribuir para
que toda a celebração
resplandeça pelo decoro e nobre
simplicidade, compreenda-se a
verdadeira e plena significação
de suas diversas partes e se
favoreça a participação de todos”
(IGMR 42).
41. As posições do corpo ao longo da Missa são:
- De pé;
- Sentado (nunca com joelhos dobrados!);
- De joelhos;
- Genuflexão;
- Inclinação: de cabeça e de corpo.
2.6 O uso do projetor multimídia
42. Somente para
proporcionar a participação
ativa. Deverá ser usado
discretamente e apenas
quando houver
necessidade. Mas não
deverá ser usado se
interferir na ação ritual
gerando distração, como:
- Fazer correção de textos projetados durante a ação ritual;
- Projetar as orações presidenciais;
- Projetar as leituras bíblicas;
- Projetar a homilia ou parte dela;
- Projetar, durante a homilia e oração eucarística, imagens
ou vídeos de Jesus…
- Projetar ícones ou mensagens em diferentes momentos
da celebração;
-…
2.7 Missas rituais
43. São celebrações eucarísticas unidas a outros
sacramentos ou sacramentais, como: batismo,
confirmação, ordenação, matrimônio, profissão
religiosa…

44. Para essas missas, há uma seleção especial de


textos da Sagrada Escritura e formulários específicos de
orações para a celebração de cada sacramento ou
sacramental.
44. A utilização desses textos,
bem como a sua cor litúrgica,
é permitida todos os dias,
exceto “[…] nos Domingos do
Advento, da Quaresma, da
Páscoa, nas Solenidades, nos
dias da Oitava da Páscoa, na
comemoração de Todos os
fiéis, na Quarta-feira de Cinzas
e nos dias feriais da Semana
Santa” (IGMR 372).
2.8 Missa com diácono
49. Nota de rodapé: Enquanto o bispo
abençoa a assembleia litúrgica com o
Evangeliário, os fiéis celebrantes TRAÇAM
SOBRE SI O SINAL DA CRUZ.

52. A proclamação da doxologia final da


Oração Eucarística é exclusivamente
sacerdotal.
55. Nota de rodapé 59: Na Missa, quando o
diácono recebe a comunhão, o sacerdote
apresenta-se o Pão e o Vinho Eucarísticos
dizendo: “O Corpo e o Sangue de Cristo”, e o
diácono professa sua fé dizendo “Amém”. Caso o
Corpo e o Sangue de Cristo sejam apresentandos
ao sacerdote concelebrante, nada se fala.
2.9 Missa concelebrada
59. A Missa é concelebrada quando há “[…] participação
simultânea de mais de um presbítero na celebração da
mesma Eucaristia” (Dicionário de Liturgia).

60. b. É proibida a concelebração da Missa juntamente


com ministros de comunidades eclesiais que não tenham
sucessão apostólica, nem reconhecida dignidade
sacramental da ordenação sacerdotal ou que não estão em
plena comunhão com a Igreja Católica.
III. O ESPAÇO CELEBRATIVO
84. Desde a antiguidade deu-se o nome de “igreja”
também ao edifício no qual a comunidade cristã se
reúne.

85. “Por ser um edifício visível, esta casa aparece como


sinal peculiar da Igreja peregrina na terra e imagem da
Igreja que habita nos céus. Convém pois […] seja esta
igreja dedicada ao Senhor em rito solene, segundo
antiquíssimo costume” (Ritual de Dedicação, 02).
86. “Como pede sua natureza, a igreja terá de ser
adequada às celebrações sacras […]. A disposição geral do
edifício deve manifestar de algum modo a imagem do
povo reunido e permitir uma ordem inteligente, bem como
a possibilidade de se exercerem com decoro os diversos
ministérios” (Ritual da Dedicação, 04).

87. “Ao se construírem igrejas, cuidem diligentemente que


sejam funcionais, tanto para a celebração das ações
litúrgicas, como para obter a participação dos fiéis” (SC
124).
87. Por isso, o projeto arquitetônico de uma igreja
NÃO DEVE ESTAR À MERCÊ DAS NECESSIDADES
LOGÍSTICAS OU PIOR, BASEAR-SE SEGUNDO A
MENTALIDADE DA CONSTRUÇÃO DE UMA CASA DE
SHOWS COM PALCO E PLATEIA. O projeto deve
considerar em primeiro lugar a funcionalidade dos
ritos celebrativos e a manifestação da natureza do
Mistério da Igreja na assembleia orante.
88. Para o serviço à fé, a Diocese de Joinville dispõe
de uma Comissão de Arquitetura e Arta Sacra –
CODAAS: para o acompanhamento nas edificações e
reformas dos espaços sagrados (cf. IGMR 291)

89. Durante a celebração eucarística, a assembleia


litúrgica se encontra distribuída em dois lugares
sagrados: espaço do altar e nave da Igreja.
Espaço do altar
Onde ficam o presidente da
ceelbração, o diácono, os
concelebrantes e demais
ministros que auxiliam
diretamente o presidente da
celebração. Se o número dos que
auxiliam na celebração é grande,
reserve-se um lugar fora do
espaço do altar, mas perto dele,
para haver harmonia.
Nave da Igreja

Onde ficam o
grupo de cantores
e os demais fiéis.
90. Além do espaço do
altar e da nave, um
outro espaço sagrada
que não deveria ser
ignorado numa igreja é
o ÁTRIO. É o lugar de
encontro e de acolhida
dos fiéis. Ali deve estar
a equipe de acolhida.
91. O átrio possui um valor simbólico
enquanto lembra que aqueles que ainda não
passaram pelo “[…] pórtico da vida no Espírito”
(CAT 1213), isto é, o Batismo, estão alheios à
participação nos Mistérios. Lembremo-nos do
Rito do Batismo, em que o candidato para o
batismo é acolhido pelo ministro na
comunidade cristã à porta da igreja, isto é, no
átrio. Por isso é que se recomenda que aí
exista o reservatório de água benta… para os
cristão se assinalarem com a cruz de Cristo,
lembrando a graça batismal.
3.1 Elementos do espaço celebrativo para a Eucaristia

92. Aqui será exposto o ideal na construção de uma


igreja – para alguns casos (templos tombados pelo
Patrimônio Histórico, por exemplo), será, impossível a
adequação; cada comunidade busque, com o tempo,
atingir os parâmetros propostos…
3.1.1 O altar: lugar do sacrifício e da ceia
94. O altar exprime o valor sacrifical e
comensal da Eucaristia. Não pode ser
considerado uma simples mesa, pois
também é a pedra do sacrifício da cruz
que se perpetua sacramentalmente até
que Cristo venha.
Compreendida esta função, o altar não
exige grandes dimensões: o suficiente
para dispor as oferendas sobre sua
superfície, bem como os elementos
necessários para a realização da liturgia
eucarística.
95. Em cada igreja um único altar (SC 41): que signifique a
assembleia única dos fiéis, o único altar, o único Salvador, a
única Eucaristia da Igreja. O altar é a presença do Cristo-
cabeça que reúne ao redor seus membros e é em torno dele
que de algum modo convergem os outros ritos.

96. Convém que seja fixo, que signifique de modo mais claro
e permanente Jesus Cristo, pedra viva (Ef 2,20; 1Pd 2,4).
Altar fixo = aquele que se prende ao chão do espaço do altar,
não podendo ser removido ou transportado.
96. Significativo que seja de pedra
e de uma única pedra natural (CDC
1236), sendo CONSAGRADO com o
óleo do Santo Crisma.
Pode ser feito com outros materiais
sólidos e dignos, não utilizando
materiais que imitem a pedra ou
madeiras sólicas (fórmica ou
purpurina para imitar o ouro).
97. Construído afastado da parede; ocupe lugar
central, para onde espontaneamente se volte a atenção
de todos os fiéis (IGMR 299). Por isso, não se deve
colocar a sede presidencial na sua frente. Cuidado com
qualquer tipo de decoração que obstrua, camufle ou
esconda a sua visão. Não é adequado que se cubra o
altar com enormes toalhas, cheias de bordados e
pinturas, ou arranjos artísticos com flores ou outros
simbolismos. O ALTAR DEVE ESTAR À VISTA DE TODOS,
DE TAL MODO QUE POR SI MANIFESTE O SEU VALOR.
98. O altar é saudado com uma
inclinação profunda por todos
quantos se dirigem a ele, dele se
retiram ou passam na sua frente.

99. Mesmo fora das celebrações


– a mesma reverência, pois seu
valor simbólico permanece.
Durante a limpeza da igreja, não
se coloquem materiais de
limpeza sobre ele.
100. Não se deve utilizá-lo como escrivaninha para se
preencher formulários, anotar avisos, intenções de missa, a
não ser quando se trata de documentos canônicos, como a
carta de profissão perpétua dos religiosos. No matrimônio:
NUNCA se assine a ata do casamento sobre o altar.

101. Toalha branca, com tamanho que combine com o do


altar – pode ser decorada segundo os critérios da sobriedade,
simplicidade e nobreza.
102. O plástico de proteção: é mais conveniente preservar a
limpeza da toalha com uma espécie de MANTO – outra toalha
(e apenas fora das celebrações). Outro detalhe que prejudica e
esvazia o valor do altar: transformá-lo numa espécie de
armário, com portas e gavetas – ele não é um móvel qualquer,
como se fosse extensão dos armários da sacristia.

103. Junto do altar: a cruz com a imagem do Cristo


crucificado – nas celebrações e fora delas (a não ser que já
exista uma cruz na parede: não multiplicar o número de sinais
– vale para tudo!).
104. Castiçais: de preferência junto ao
altar. Em qualquer celebração: dois
castiçais com velas acesas; ou quatro
ou seis, sobretudo quando se trata da
missa dominical ou festiva de preceito.
Na presença do bispo: sete castiçais
(para exprimir a plenitude dos dons do
Espírito na assembleia orante e a
plenitude da manifestação do Mistério
da Igreja quando o Pastor de uma
diocese se reúne com o povo a ele
confiado.
105. Flores: moderação, sempre de acordo com o tempo litúrgico.
E nada de colocar vasos ou arranjos em cima do altar. Além do
mais: nada de flores artificiais.

106. Sobre o altar:


- Evangeliário: do início da celebração até a proclamação do
Evangelho;
- Desde a apresentação dos dons até a purificação dos vasos
sagrados: o cálice com a patena, o cibório, o corporal, o
sanguíneo e a pala e, de modo discreto, os aparelhos para
amplificar a voz do sacerdote.
107. Somente o pão e o vinho para consagração,
depois de apresentados pela assembleia, podem ser
colocados sobre o altar. Outros símbolos: em lugares
previamente preparados FORA do altar.
3.1.2 O ambão: lugar da Palavra
108. Lugar alto, elevação,
subir - cf. Ne 8,4-5.

109. Colocado em lugar


bem visível, para onde se
dirija espontaneamente a
atenção dos fiéis durante a
Liturgia da Palavra.
109. É bom que seja fixo, em harmonia estética com o
altar, de modo a representar mesmo visivelmente o
sentido teológico da dupla mesa da Palavra e da
Eucaristia. Do ambão se proclamem: as leituras
bíblicas, o salmo, o precônio pascal (Exultet), as
sequências; também a homilia e as preces.
110. Íntima proporção e harmonia entre o ambão e o
altar; construído com o mesmo material do altar; deve
estar à vista de todos (evite-se colocar cartazes a sua
frente).

111. Ser uma estrutura estável e não uma simples


estante móvel, porque é sinal de que a Palavra é firme,
é rocha.
112. Não é conveniente colocar o ambão nem muito
próximo nem muito distante do altar:
a) Não muito próximo: para que haja uma pequena
procissão com o Evangeliário (do altar ao ambão);
b) Não muito distante para que se mantenha a harmonia
e a unidade das duas mesas.

113. Não haja outras estantes ou nichos para a Palavra.


114. Círio Pascal: junto do
ambão durante o Tempo
Pascal, sendo aceso nas
suas celebrações diárias;
depois: o Círio é levado a
um lugar de honra no
batistério ou junto à pia
batismal.
3.1.5 Tabernáculo Eucarístico ou Sacrário do Santíssimo

126. Seja colocado em lugar de honra na igreja,


suficientemente amplo, visível, devidamente decorado
e que favoreça a oração. Seja único na igreja,
inamovível, feito de material sólido e inviolável não
transparente, e fechado de tal modo que se evite ao
máximo o perigo da profanação. Convém que seja
abençoado antes de ser destinado ao uso litúrgico.
127. É mais conveniente que no altar em que se celebra a
missa, não haja tabernáculo. É preferível que ele esteja:
a) No presbitério, fora do espaço do altar da celebração;
b) Nas igrejas onde não existe a capela do Santíssimo, mas
perdura o altar-mor com o Sacrário, convém a valer-se de
tal estrutura para a conservação e adoração da Eucaristia,
evitando, porém, colocar a cadeira do celebrante na sua
frente;
c) Ou também numa capela apropriada para a adoração e
oração privadas dos fiéis.
128. Diante do tabernáculo brilhe continuamente uma
lâmpada especial, com a qual se indique e se
reverencie a presença de Cristo.

129. Fora das celebrações, a chave do tabernáculo não


deve ficar exposta ou colocada na sua porta.
3.1.6 Capela do Santíssimo Sacramento

130. Convém que seja apta para a oração privada.

131. Ali o foco de atenção deve ser o tabernáculo


eucarístico. Portanto, muita atenção para que a
decoração e principalmente as imagens não distraiam
os fiéis. Tudo deve convergir para a presença de Cristo
na Eucaristia.
3.1.7 Os materiais sagrados para a Celebração
Eucarística
132. É direito da comunidade dos fiéis que as vestes, toalhas
e alfaias sagradas, bem como todos os objetos sagrados,
resplandeçam pela dignidade, decoro e limpeza. É
interessante, em acordo com o pároco, designar pessoas que
cuidem, organizem e limpem esses materiais. Este zelo
expressa o fervor da fé de uma comunidade.

133. É recomendável que as alfaias sejam lavadas


manualmente e sua água derramada na terra ou em outro
lugar apropriado.
3.1.8 As imagens dos Santos no espaço do altar

135. Permaneça o costume de propor nas igrejas as


sagradas imagens à veneração dos fiéis, mas expostas
com moderação quanto ao número e com conveniência
quanto à ordem, para que não se favoreçam devoções
menos corretas. Não se multiplique o número das
imagens do mesmo santo/santa (apenas uma!),
mesmo, no caso de Nossa Senhora, que possui vários
títulos.
136. Nas novenas e celebrações festivas, a imagem do
santo pode ser melhor destacada (andores, adornos ou
flores). Porém não se coloque em cima ou em frente do
altar.

137. Jamais se perca a perspectiva e o foco central do


culto da Igreja, que é Cristo no seu Mistério Pascal. Que
o culto aos santos não supere o culto a Deus, na pessoa
de Cristo.
3.1.9 Os lugares da pessoas que exercem funções
litúrgicas
138. Esses lugares devem levar em consideração o espaço disponível
na igreja. Evitar congestionamento de pessoas no espaço do altar.
Ideal: ocupem as cadeiras no espaço do altar os ministros ordenados,
os acólitos e os ministros auxiliares da comunidade que possuem a
função de acompanhar o sacerdote no altar.

139. Também os/as coroinhas permaneçam juntos ao sacerdote no


espaço do altar – além de ser um ministério ligado ao serviço do altar,
pode despertar neles o chamado à vida presbiteral/consagrada.
141. Quem se encontra no espaço do altar durante a Oração
Eucarística e rito de Comunhão, permaneça afastado do altar,
um pouco atrás do sacerdote que preside e dos
concelebrantes (IGMR 215).

142. O animador exerce sua função num lugar adequado


(não do ambão!), em pé e voltado para a assembleia.
143. O grupo de cantores, segundo a disposição de cada
igreja, deve ser colocado de tal forma que se manifeste sua
natureza, isto é, que faz parte da assembleia dos fiéis.
Portanto, o seu lugar não é no espaço do altar, nem no coro
atrás da assembleia, mas num lugar que possam exercer com
facilidade a sua função de fazer a assembleia cantar e
comunicar-se visualmente com ela.
IV. A CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
145. Celebrar = tornar célebre e solene; teologicamente =
fazer memória: a vida divina não é só recordada, mas se
fez presente, comunica-se e é eficaz; o conjunto de ritos
não é mera repetição, mas verdadeira Palavra que se torna
atual e se faz Sacramento: “Aquilo que era visível em nosso
Salvador passou para seus mistérios” (São Leão Magno –
cf. CIgC 1115).

146. Palavra celebrante não é a mais adequada para se


referir ao presbítero que preside a celebração; ideal:
presidente da celebração.
147. O presidente da celebração dirige e decide a
forma do rito – necessidade de uma comunicação clara
e antecipada entre ele e as equipes que servem.

148. Cabe também a ele:


- Proferir as orações presidenciais;
- Proferir, em poucas palavras, breves motivações e
admoestações para introduzir os fiéis à celebração do
dia…
4.1 Ritos iniciais

150. Sua finalidade: fazer


com que os fiéis constituam
uma comunhão e se
disponham para ouvir
atentamente a Palavra e
celebrar dignamente a
Eucaristia (cf. IGMR 46).
4.1.1 Procissão de entrada
151. Rito que deve ser valorizado;
manifesta a Igreja a caminho da Terra
Prometida; sinal da caminhada do povo
de Israel; Igreja que peregrina; cardeal
Giacomo Lercano: essa procissão deve
ser feita com muita consciência e
cuidado, pois não é um simples símbolo,
mas contém uma realidade muito
profunda – “Caminhando para o altar,
dirigimo-nos para o Cordeiro, que no
altar está vivo e triunfante” (Ap 5,6).
152. Para melhor expressarmos a dimensão peregrina da
Igreja, são usados alguns elementos:
- Turíbulo e incenso;
- Cruz processional;
- Evangeliário (o diácono ou o leitor que o leva, ao chegar no
espaço do altar, deposita-o no centro do altar, SEM
apresentá-lo à assembleia);
- Outros símbolos (se necessários). Vêm após a cruz
processional.
153. A formação da procissão em 154. A formação da procissão
celebrações solenes: em outras celebrações:
a) Turiferário e naveteiro; a) Coroinhas/acólitos/MAC com
b) Coroinhas/acólitos/MAC com as as velas acesas e entre eles, o
velas acesas e entre eles, o acólito acólito com a cruz;
com a cruz; b) Leitores, os MAC e coroinhas;
c) Leitores, os MAC e coroinhas; c) Sacerdotes celebrantes;
d) Diácono/leitor com o Evangeliário; d) Sacerdote presidente.
e) Sacerdotes celebrantes;
f) Sacerdote presidente,
acompanhado de um ou dois
diáconos. Havendo mais diáconos,
esses irão atrás do que porta o
Evangeliário.
155. Diante do altar: inclinação profunda em
reverência ao altar e/ou genuflexão (genuflexão:
apenas quando chegam e quando se retiram; não
durante a própria celebração da missa – cf. IGMR 274).
Os que levam a cruz/velas: inclinação de cabeça; o que
porta o Evangeliário: omite tanto a genuflexão como a
inclinação.
4.1.2 Sinal da Cruz
156. Sinal da cruz no início da
celebração: significa que toda a ação
litúrgica é obra da SS. Trindade.

157. Proclamando que quem nos


reúne é a SS. Trindade, tocamos o nosso
corpo em forma de cruz;
testemunhamos que pelo Mistério
Pascal (cruz e ressurreição) fomos (e
somos) tocados pelo amor da Trindade.
158. Não INVOCAMOS a SS. Trindade no início da
celebração. É a Trindade que por gratuita iniciativa nos
reúne em assembleia. Simplesmente celebramos o fato
de ser Ela que nos reúne para sermos “tocados” por
Sua presença.
4.1.3 Ato penitencial

159. Há vários modos de realizar este rito que se


encontra descrito no Missal Romano.

160. Momento concluído com a absolvição do


sacerdote, absolvição que não possui a eficácia do
Sacramento da Penitência (cf. IGMR 51).
4.1.4 Aspersão com água

161. Sendo domingo a nossa


Páscoa semanal, a Igreja nos
oferece a opção, no lugar do
rito penitencial, da aspersão
com água, lembrando o
nosso batismo e nossa
imersão e Cristo. Esse rito
substitui o ato penitencial.
4.1.5 Glória a Deus nas alturas
162. Hino antiquíssimo e venerável da Igreja, que
remonta às primeiras gerações de cristãos. Canto
completo: de louvor, entusiasmo, doxologia e súplica.

163. Sempre cantado nas solenidades, nas festas e nos


domingos, exceto nos domingos do Advento e da
Quaresma. Não é uma aclamação trinitária, mas
cristológica. Por isso devem ser evitados hinos
abreviados e nem se deve substituí-lo por outros cantos.
4.1.6 Oração do dia (Coleta)
166. Após o Glória, o sacerdote convida o povo a rezar;
todos se conservam em silêncio com o sacerdote por
alguns instantes, tomando consciência de que estão na
presença de Deus. Depois o sacerdote diz a oração
“Coleta”, pela qual exprime a índole da celebração.
Oração geralmente dirigida ao Pai, por Cristo, no
Espírito Santo, com uma conclusão trinitária. O povo,
unindo-se à súplica, faz sua a oração pela aclamação
“Amém” (cf. IGMR 54).
167. Elemento mais antigo dos
ritos iniciais. A expressão Coleta
vem do tempo em que os cristãos
iniciavam a celebração da Eucaristia
numa igreja e a continuavam em
outra. A primeira chamava-se
“Igreja da reunião”, em latim,
ecclesia collecta. Antes de sair em
procissão para a segunda igreja, o
que presidia fazia a “coleta, ou seja,
a oração da comunidade reunida.
168. Deve-se salientar duas atitudes básicas para:
a) Após o convite Oremos, faz-se um momento de
silêncio para a oração pessoal. LOGO, não é o
momento de se ler as intenções da Missa ou
motivações celebrativas;
b) A oração do dia é uma chave de compreensão sobre a
celebração daquele dia. Isso se manifesta claramente
nas orações da Quaresma, Páscoa, Advento, Natal e
nos dias solenes, festivos e memórias.
4.1.7 Silêncio

169. Não podemos nos esquecer dos


preciosos momentos de silêncio, que devem
possibilitar a interiorização de cada pessoa.
Durante os ritos iniciais: antes do início da
celebração, no rito penitencial (se houver),
após o Oremos da oração do dia.
4.2 Liturgia da Palavra
170. Objetivo: reavivar o diálogo da Aliança entre
Deus e o seu povo, receber do Senhor uma
orientação para nossa vida, estreitar os laços de
amor e fidelidade.

171. Atitude básica: de escuta respeitosa e


amorosa; também de resposta, de adesão, de
tomada de posição, de decisão, de mudança.
172. Liturgia da Palavra: não
é preâmbulo ou ante-missa; é
parte integrante. Fala-se de
DUAS MESAS onde é
distribuído o pão da vida: a
mesa da Palavra e a mesa da
Eucaristia.
173. A Sagrada Escritura
(principalmente o
Evangeliário) recebe a mesma
veneração que o mistério
eucarístico: entrada solene,
incensação, beijo, atenção
dada à proclamação… Tanto a
Palavra quanto o mistério
Eucarística são considerados,
pela Tradição, o corpo de
Cristo (cf. letras b, c e d).
4.2.1 Proclamação das Leituras
174. As leituras das Sagradas Escrituras constituem parte
importante da celebração, pois nelas Deus continua falando e
conduzindo o seu povo.

175. Não sejam suprimidas ou substituídas por outras


leituras não bíblicas, pois a escuta da Palavra é necessária para
a própria celebração dos Sacramentos, que nascem e se
alimentam da Palavra (PO 4).
4.2.2 O salmo
176. A Primeira Leitura é prolongada e aprofundada, de forma poética
e contemplativa, através do SALMO. Ele sempre se refere à leitura que
o precede. Por isso, é RESPONSORIAL. É Palavra de Deus, é Deus
falando, e não resposta da assembleia à Palavra.

177. Pode ser cantado de forma “direta” pelo salmista; é preferível a


“forma antifonal”: o salmista canta os versos e o povo o refrão.

178. Não é momento para todos cantarem o salmo inteiro. É uma


leitura cantada: todos ouvem as estrofes e respondem o refrão.
4.2.3 Aclamação ao Evangelho
179. Rito que aclama a presença de Cristo no Livro dos
Evangelhos.

180. Nas celebrações solenes, o rito da Aclamação ao


Evangelho consiste na condução do Evangeliário do altar
para o ambão, feito pelo diácono ou pelo sacerdote,
precedido dos ministros auxiliares ou coroinhas/acólitos,
que podem levar o turíbulo com incenso e os castiçais
com velas.
4.2.4 Homilia
181. Na missa, é função exclusiva do ministro
ordenado, de preferência do presidente.

182. Informações e testemunhos de vida cristã feitos


por leigos não podem ser considerados homilias. Caso
seja necessário a exposição de um testemuho de vida,
que se faça depois da oração pós-comunhão, sem
jamais se suprimir a homilia.
4.2.5 Profissão de fé (Credo)
183. Resposta da assembleia aceitando o Plano de Salvação exposto pelas
leituras e pela homilia. Pode-se professar a fé por meio do Credo dos
Apóstolos ou pelo Credo Niceno-Constantinopolitano. Pode ser por meio de
perguntas-resposta. Não se admitem outras profissões de fé que não estejam
devidamente aprovadas pela Igreja.

184. Reverência durante o Credo. No Apostólico: inclinação durante a


recitação das palavras que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu
da Virgem Maria. No Niceno-Constantinopolitano: inclinação no mesmo
artigo de fé correspondente ao Mistério da Encarnação: e se encarnou pelo
Espírito Santo, no seio da Virgem Maria e se fez homem. Esta reverência é um
gesto de gratidão e louvor a Deus pela Encarnação de Cristo.
4.2.6 Oração da comunidade
185. Encerra a liturgia da Palavra. Como ela faz parte da Palavra celebrada,
as preces devem expressar aquilo que ouvimos da Palavra, considerando as
circunstâncias em que a Igreja vive.

186. É sempre bom lembrar alguns critérios na sua elaboração:


a. Quanto mais curtas, melhores serão;
b. Devem ser inspiradas naquilo que Deus disse por meio das leituras;
c. Não se reza por ideias, mas por pessoas;
d. Devem ser de interesse para toda a comunidade (não intenções
particulares);
e. Motivação inicial e a oração conclusiva devem ser feitas pelo sacerdote
presidente.
188. Quando se recita a Ladainha de todos os santos,
não se realiza a oração da comunidade. A ladainha é
recitada por todos em pé no Tempo Pascal, nos
domingos e solenidades. Nos demais dias do ano, reza-
se de joelhos.
4.2.7 O Silêncio

189. É elemento ritual. Favorece a meditação e o


recolhimento, propiciando o diálogo entre a
comunidade e Deus. Poderá ser observado, por
exemplo, após as leituras, e principalmente após a
homilia.
4.3 Liturgia Eucarística
190. “Mandou que se faça a mesma
coisa que fez naquela ceia derradeira”
(O.E. V). A liturgia eucarística é formada
por quatro ações de Cristo:
1. Tomou o pão e o vinho;
2. Deu graças;
3. Partiu;
4. Entregou.
a) Tomar o pão e o
vinho em suas mãos:
esta ação corresponde
à procissão e
apresentação das
oferendas do pão e do
vinho.
b) Render Graças:
esta ação
corresponde à oração
eucarística;
c) Partir o pão: o gesto da fração
realizado por Cristo na última ceia,
que no tempo apostólico deu o nome
a toda a ação eucarística, significa que
muitos fiéis pela comunhão no único
pão da vida, que é o Cristo, formam
um só corpo.
Em alguns lugares, tem-se o costume
de partir o pão eucarística durante a
narrativa da instituição, como se fosse
um ato teatral da última ceia. Tal
prática é errônea.
d) Entregar:
corresponde ao rito
da Comunhão.
4.3.1 Procissão e preparação dos dons
191. É o início da liturgia Eucarística. As oferendas do
pão e do vinho trazidas em procissão pelos fiéis são
recebidas pelo sacerdote ou pelo diácono, ajudado do
acólito ou outro ministro, que as depõe sobre o altar.
Não é correto mostrar as oferendas para a assembleia
porque é ela própria (a assembleia) que as apresenta a
Deus por meio do sacerdote.
191. É um momento significativo para se trazer o dinheiro da
coleta, do dízimo e de outras ofertas para o sustento da
comunidade ou para ajudar pessoas em suas necessidades. A
comunhão com o Senhor supõe comunhão, participação,
solidariedade entre nós e para com todos.

192. A apresentação dos dons não é um simples gesto estético


para a celebração, mas parte integrante do sacrifício de Cristo e
da Igreja.

193. Além da apresentação das oferendas, também ocorre a


partilha dos bens para os pobres e para a Igreja.
4.3.2 Oração sobre as oferendas

194. Conclui-se a preparação dos dons e


prepara-se a Oração Eucarística com o
convite aos fiéis a rezarem com o sacerdote e
com a oração sobre as oferendas.
4.3.3 Oração Eucarística
196. A oração eucarística: centro e ápice de toda a
celebração, prece de ação de graças e santificação (cf. IGMR
78). Sua proclamação é reservada ao sacerdote, em virtude de
sua ordenação. É um abuso, portanto, deixar que algumas das
suas partes sejam ditas pelo diácono ou por um fiel leigo.

197. Outro sério abuso: modificar as Orações Eucarísticas


aprovadas pela Igreja ou adotar outras compostas
privadamente.
200. A doxologia é o ponto máximo do louvor e da ação de
graças pela criação transfigurada que se eleva até o Pai. É o
momento em que o sacerdote exprime a glorificação de Deus e
é confirmada e concluída pela aclamação triunfal da
assembleia por meio do Amém.

201. A elevação da patena com o Corpo e do cálice com o


Sangue: pelo sacerdote ajudado por um
diácono/concelebrante. Na ausência de um diácono ou
concelebrante, ele mesmo eleva o Pão e o Vinho. Este gesto
NÃO deve ser realizado por um fiel leigo.
202. A proclamação da doxologia é exclusiva do
ministério sacerdotal, não cabendo ao diácono ou
aos fiéis leigos, a não ser o amém conclusivo.
4.3.4 As orações presidenciais
203. Elas são próprias do presidente e exige que sejam proferidas em
voz alta e distinta. Por isso, enquanto o sacerdote as profere, não
haja outras orações nem cantos, e calem-se o órgão e qualquer
outro instrumento (cf. IGMR 32).

204. Portanto, não cabe na oração eucarística fundo musical, porque


toda a nossa atenção deverá estar voltada para a própria oração.

205. Também não cabem cânticos ou aclamações eucarísticas


devocionais, que interrompem a oração eucarística. Não se canta na
missa, mas canta-se a missa, ou seja, canta-se o rito.
4.3.5 Patena de maior dimensão
206. “Para consagrar as hóstias, é
conveniente usar uma patena de
maior dimensão, onde se coloca tanto
o pão para o presbítero/diácono, bem
como para os demais ministros e fiéis”
(cf. IGMR 331). É questão de
eclesiologia: diz respeito à maneira
como entendemos a Igreja: em Cristo,
somos chamados a formar um só
corpo, comendo de um único pão.
4.3.6 A oração do Senhor
207. Introduz nossa preparação para a participação no
banquete pascal e estimula o sentimento de fraterna
solidariedade cristã.

208. Cabe ao presbítero proferir o convite. Todos a rezam,


sem o Amém. O sacerdote acrescenta sozinho a oração
chamada embolismo (“Livrai-nos de todos os males…), que os
demais fiéis celebrantes encerram com a doxologia “Vosso é o
reino…”. A conclusão do Pai-nosso, que corresponde ao
Amém, é a resposta dada na doxologia: “Vosso é o reino…”.
4.3.7 Rito da paz
209. Por meio deste rito a Igreja implora a paz e a
unidade para si mesma e para toda a família humana, e os
fiéis exprimem entre si a comunhão eclesial e a mútua
caridade, antes de comungar do Sacramento (cf. IGMR 82).

210. A oração “Senhor Jesus Cristo…” é EXCLUSIVA do


presidente da celebração.
211. Convém que o abraço
da paz seja dado aos que
estão mais próximos, de
maneira sóbria. Com isso,
não se está desejando
somente para uma pessoa
em particular, mas para toda
a igreja simbolizada naquele
irmão. O canto da paz não é
previsto no rito, PORTANTO,
não deve ser executado.
4.3.8 A fração do pão
212. “Eles o reconheceram na fração do pão” (Lc 24,31).
Significa que muitos fiéis pela comunhão no único pão da
vida, que é o Cristo, formam um só corpo (1Cor 10,17). É
também um gesto profético de compromisso eclesial e
social; quem come do Pão que o Senhor reparte
compromete-se a repartir seu pão com os irmãos.

Ler 213-216.
217. Durante a Fração, canta-se ou reza-se o “Cordeiro
de Deus”. A saudação da paz não deve ofuscar a
importância deste momento do rito.
4.3.9 Comunhão
218. A Igreja valoriza a distribuição da comunhão sob
as duas espécies. Mas o grande número de
comungantes pode tornar inviável tal distribuição
eucarística. Diante da consulta e do parecer do
presidente da celebração, pode-se oferecer a
comunhão nas duas espécies, diretamente do cálice ou
por intenção (=ato de molhar a hóstia no vinho) (cf.
IGMR 245).
219. Não é permitido aos fiéis pegarem por si e muito
menos passarem entre eles de mão em mão a sagrada
hóstia ou o sagrado cálice. Os MAC não se aproximem do
altar antes que o sacerdote tenha tomado a comunhão,
recebendo sempre o cibório da mão do sacerdote
presidente (cf. IGMR 162).

220. É da Igreja que o fiel recebe a Eucaristia.


221. Quando a comunhão é dada na espécie do Pão, faz-
se necessário orientar os fiéis para escolherem a maneira
que comungarão: ou pode ser dada diretamente na boca,
sobre a língua; ou na mão segundo o costume tradicional
da Igreja.

222. Insista-se no Amém que o comungante pronuncia


em resposta à fórmula: O corpo…. Este Amém deve ser
pronunciado como uma profissão de fé acerca deste
Mistério (cf. IGMR 161.287).
223. Para que por meio de sinais, a comunhão se apresente melhor
como participação no sacrifício que se celebra, é preferível que os
fiéis possam recebê-la com hóstias consagradas na mesma Missa.

224. Mesmo que o sacerdote, o diácono ou os MAC ainda não


estejam no local para a distribuição da Eucaristia, as equipes de
celebração orientem os comungantes a iniciar a procissão para a
comunhão, logo após a oração “Senhor, eu não…” Isto é uma
maneira da assembleia expressar o desejo de buscar o encontro com
o Cristo Eucarístico evitando, assim, certa apatia e indiferença dos
comungantes.
225. É de responsabilidade do presidente da celebração
distribuir a comunhão e, se for o caso, ajudados por
outros sacerdotes, diáconos e MAC; e este não deve
prosseguir a Missa até que haja terminado a comunhão
dos fiéis.

226. Em razão do sinal que expressa, convém que alguma


parte do Pão Eucarístico obtido pela fração seja
distribuído ao menos a algum fiel no momento da
comunhão.
227. Não é lícito consagrar uma matéria sem a outra, ou
mesmo consagrá-las ambas for a da celebração eucarística.

228. Quando por descuido uma hóstia cai no chão, essa deve
ser recolhida com toda reverência, diluída em água e depositada
em vasos de plantas para que não seja profanado o Santíssimo
Sacramento. Quem joga fora as espécies consagradas ou as
conserva para fim de sacrilégio incorre em excomunhão
automática, cujo perdão desta pena é reservado somente à
Santa Sé.
229. Seguem algumas disposições para receber a comunhão:
a. Sua união com Cristo Eucarístico deverá se estender a toda
a vida cristã, transformando a vida cotidiana em ação de
graças e produzir frutos mais abundantes de caridade;
b. Ninguém se aproxime da Eucaristia, tendo consciência de
estar em pecado mortal, sem prévia confissão sacramental,
por mais que se julgue contrito;
c. Jejum eucarístico de uma hora, exceto para pessoas idosas,
doentes e acompanhantes.
4.4 Ritos finais
230. Aos ritos de encerramento
pertencem:
a) Breves comunicações, se
necessárias;
b) Saudação e bênção do sacerdote;
c) Despedida do povo;
d) O beijo do altar pelo sacerdote e o
diácono e, em seguida, a inclinação
profunda ao altar pelo sacerdote,
diácono e outros ministros (cf. IGMR
90).
231. É justo e apropriado, em certos dias ou
comemorações especiais da comunidade, preparar
uma homenagem, ou um agradecimento ou algo
semelhante na celebração eucarística. Necessidade de
discernimento sobre o momento com mais sentido
para isso. Pela dinâmica da celebração, tais atos
mencionados, bem como os avisos, sejam realizados
depois da oração pós-comunhão e não antes, quando
se faz o silêncio sagrado da comunhão.
232. Depois da bênção final vem o
ENVIO: “Ide em paz…”. Nesta
saudação identifica-se a relação
entre Missa e Missão. Desta forma
a Igreja expressa sua natureza
missionária. Por isso, mais que
despedida, o final da Missa é
ENVIO à missão que continua no
testemunho de cada cristão no
mundo.
V. PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS
233. “A Igreja sempre venerou a Sagrada Escritura da mesma forma
como sempre venerou o próprio Corpo do Senhor, porque, de fato,
principalmente na sagrada liturgia, não cessa de tomar e entregar aos
fiéis o pão da vida, da mesa da Palavra de Deus como do Corpo de
Cristo” (DV 21). Sempre as teve e tem, juntamente com a Tradição,
como suprema regra de sua fé, porque inspiradas por Deus e
consignadas por escrito uma vez para sempre, comunicam
imutavelmente a Palavra do próprio Deus. É necessário, portanto, que
toda pregação eclesiástica, como a própria religião cristã, seja
alimentada e orientada pela Sagrada Escritura.
235. Para que os fiéis cheguem a adquirir uma estima
viva da Sagrada Escritura, é necessário que os leitores
que desempenham esse ministério, embora não
tenham sido oficialmente instituídos nele, sejam aptos
e estejam cuidadosamente preparados. A preparação
de um leitor compreende a instrução bíblica, litúrgica e
técnica.
5.1 Orientações para os leitores

236. Mediante as leituras é preparada aos fiéis a mesa


da Palavra de Deus e abrem-se para eles os tesouros da
Bíblia. Por tradição, o ofício de proferir as leituras (com
exceção do Evangelho) é ministerial. A não ser em
casos de extrema necessidade, não é recomendável
que um leitor proclame várias leituras na mesma Missa,
pois as ações litúrgicas devem ser partilhadas.
237. Os leitores: sejam aptos e estejam cuidadosamente
preparados. Essa preparação deve ser espiritual (supõe ao
menos uma dupla instrução: bíblica – que os leitores possam
compreender as leituras em seu contexto próprio e entender à
luz da fé o núcleo central da mensagem revelada – e litúrgica
– que facilita aos leitores certa percepção do sentido e da
estrutura da liturgia da Palavra e a relação com a liturgia
Eucarística) e técnica (para capacitar os leitores para se
tornarem sempre mais aptos na ler de ler diante do povo, seja
de viva voz, seja com a ajuda de instrumentos modernos para
a ampliação da voz.
238. Na procissão ao altar, faltando o diácono, o leitor
pode levar o Evangeliário, um pouco elevado; neste
caso, caminha à frente do sacerdote; do contrário, com
os demais ministros.

239. O Evangeliário é levado fechado na procissão.


Quem o transporta, coloca-o no centro do altar, sem
realizar a inclinação profunda e nem a genuflexão.
240. Quando o leitor se dirigir ao ambão, passando
em frente do espaço do altar, faz a inclinação profunda
ao altar, mesmo se no espaço do altar houver o
Sacrário do Santíssimo (cf. IGMR 274).

241. As leituras, inclusive o salmo, são proferidas do


ambão.

242. A voz deve corresponder ao gênero de cada


texto.
243. Não convém que várias pessoas dividam entre si
um único elemento da celebração, por exemplo, a
mesma leitura feita por dois, a não ser que se trata da
Paixão do Senhor. Por esta orientação, conclui-se que
não podem ser substituídas a proclamação das leituras
e do Evangelho por encenações ou jograis.

244. Convém que os leitores também estejam trajados


com uma veste apropriada (cf. IGMR 194).
5.2 O animador
Ver a nota de rodapé 265.

245. O animador dirige aos fiéis breves explicações e


exortações, visando introduzir os participantes na celebração e
dispô-los para entendê-la melhor. Ao desempenhar sua função,
fica em pé em lugar adequado, voltado aos fiéis, não no ambão,
podendo usar uma estante muito simples, discreta e que não seja
fixa.

246. Se possível, não se limite a uma leitura mecânica do


folheto.
248. Em circunstâncias especiais, o animador pode fazer
uma admoestação antes da proclamação das leituras.

249. Pode anunciar avisos e conduzir homenagens, caso


haja necessidade.

250. Portanto, sua função não é de comentarista, de nos


oferecer informações catequéticas ou moralistas, mas de
nos fazer convites de cunho espiritual, sempre discretos e
orantes.
5.3 O manuseio do Lecionário
251. Os lecionários lembram
aos fiéis a presença de Deus
que fala a seu povo. Portanto,
é preciso procurar que esses,
que são sinais e símbolos das
realidades do alto na ação
litúrgica, sejam
verdadeiramente dignos,
decorosos e belos.
252. O Lecionário é o instrumento litúrgico fundamental dos
leitores. Sua função é de nos inserir na celebração do Mistério
de Cristo, revelando a vontade do Pai na história da salvação.

253. Os livros litúrgicos devem ser tratados com cuidado e


respeito, pois é deles que se proclama a Palavra de Deus e se
profere a oração da Igreja. Por isso, tenham-se sempre à mão
os livros litúrgicos oficiais das edições mais recentes, de boa
apresentação e bem conservados, quer na apresentação
gráfica quer na encadernação.
254. Os livros das leituras que se utilizam na
celebração, pela dignidade que a Palavra exige, não
devem ser substituídos por outros subsídios de ordem
pastoral (folhetos, por exemplo). Insista-se que as
leituras sejam proclamadas sempre do Lecionário e não
de folhetos ou livretos. Pede-se que as comunidades
adquiram, pelos menos, o LECIONÁRIO DOMINICAL
para celebrar a Palavra de Deus.
255. Somente o leitor é quem deve ter o texto bíblico;
as outras pessoas são convidadas a terem as mãos, os
olhos e o coração livres para escutar (cf. Ap 1,3).

256. O Lecionário para a celebração eucarística, além


do Evangeliário, é formado por três livros: lecionário
dominical (257-259), lecionário semanal (ferial) (260-
261) e santoral (262-263).
5.4 A escolha das leituras segundo os graus de
celebração

264. As celebrações litúrgicas se distinguem em graus e


são denominadas:
1. Solenidades;
2. Festas;
3. Memórias (obrigatórios e facultativas).
a) Solenidades 265. São os dias mais importantes no
calendário cristão, cuja celebração começa
no dia precedente, nas vésperas. Se o dia
da solenidade coincidir com o Domingo, a
solenidade substituirá o Domingo, exceto
quando forem os Domingos do Advento, da
Quaresma e da Páscoa, sendo neste caso
antecipada para o sábado. As conferências
episcopais podem alterar os dias de
algumas solenidades para o Domingo, com
o objetivo de uma maior participação dos
fiéis celebrantes.
266. Assim como ocorre nos Domingos, nas
solenidades sempre se proclamam três leituras, que
são próprias da celebração. Tais leituras não podem ser
omitidas ainda que a solenidade seja num dia de
semana.

267. Algumas solenidades são enriquecidas com uma


Missa de vigília, nas vésperas.
b) Festas

268. As festas são celebradas num dia


litúrgico normal (0 à 24h), exceto
aquelas que ocorrem nos Domingos do
Tempo Comum e do Tempo do Natal.
Nos Domingos do Advento, da
Quaresma e da Páscoa, não se celebram
festas.
c) Memórias
269. É uma recordação de um
ou vários santos/santas em dia
de semana. Há duas classes de
memórias: as obrigatórias e as
facultativas. São obrigatórias as
memórias dos santos que
manifestam uma importância
especial para a Igreja de todo o
mundo.
270. Nas memórias dos santos, deve-se dar
preferência às leituras dos dias de semana, a não ser
que no Lecionário Santoral se apresente uma leitura
própria do santo. Por leitura própria entende-se aquele
texto bíblico que trata do Mistério que a Missa celebra
ou quando trata da mesma pessoa do santo,
mencionando-o nos textos do Novo Testamento, como
são Timóteo, são Tito, são Barnabé…
5.5 A preparação espiritual do leitor
271. Na liturgia, o leitor não fala em seu próprio nome. É um
verdadeiro ministro da Palavra, um porta-voz do Senhor, que
empresta sua voz para que Ele fale com o seu povo.

273. “Quando escolheres leitores, acólitos ou salmistas para


irem contigo, deves olhar não a maneira como usa as suas
vestes, mas os seus bons costumes” (São Jerônimo). Grande
responsabilidade… “Admira-me muito que possa ser chamado
leitor quem leu as Escrituras uma só vez” (Santo Agostinho).
VI. O CANTO E A MÚSICA LITÚRGICA NA
CELEBRAÇÃO LITÚRGICA
274. O canto e a música litúrgica são partes necessárias e
integrantes da liturgia. Dê-se grande valor ao uso do canto nas
celebrações.

275. Os atos litúrgicos revestem-se de forma mais nobre quando


são solenemente celebrados com o canto, com a participação ativa
dos fiéis e dos ministros ordenados.

276. O canto ajuda a descrever e vivenciar melhor o mistério


celebrado.
6.1 O canto litúrgico a serviço da Palavra de Deus e dos
gestos sagrados da celebração

279. O canto, por natureza, está intimamente vinculado à


Palavra de Deus. O canto é Palavra que desabrocha em
sonoridade, melodia e ritmo. Assim, o canto será
expressão mais suave ou mais forte da Palavra.

280. Por isso, a música na liturgia necessita


essencialmente estar a serviço da Palavra de Deus:
a) Proclama e interioriza a Palavra;
b) Ressoa, com o salmo responsorial, a Palavra
proclamada;
c) Aclama o Evangelho;
d) Aclama, com respostas apropriadas, durante a
Oração Eucarística.
281. A liturgia é um memorial, no qual Deus se faz
presente na comunidade e age nos ritos sagrados por
meio de Cristo. Sendo assim, o canto litúrgico alcança
seu sentido quando é sintonizado e acompanha
harmoniosamente os ritos das celebração, sem se
desviar do verdadeiro sentido de cada momento da
celebração. O importante é CANTAR A LITURGIA e não
cantar na liturgia, como tantas vezes acontece quando
o gosto pessoal dos cantores prevalece.
282. A função ministerial do canto litúrgico:
a) Estar intimamente ligado à ação litúrgica;
b) Levar em conta o tempo litúrgico, as solenidades e as festas de
preceito;
c) Estar em sintonia com os textos bíblicos de cada celebração,
especialmente com o Evangelho, no que diz respeito ao canto de
comunhão;
d) Não usar melodias que já foram usadas em outros textos não
litúrgicos;
e) Respeitar a sensibilidade religiosa do povo;
f) Escolhar músicas com letras e ritmos adequados ao tipo de
celebração.
6.2 O animador de cantos ou equipe de cantos

283. Sua função é de apoiar e dirigir o cantos dos fiéis.

284. Ninguém deveria participar de uma celebração para


ser admirado pela comunidade. Animar os cantos para
uma assembleia litúrgica é um serviço e uma oração. Cabe
ao animador as seguintes funções:
a) Orientar a escolha dos cantos na celebração, de forma criteriosa e
em unidade com o pároco;
b) Dosar o repertório, promovendo o equilíbrio entre a tradição e a
novidade, repetição e variedade, de modo que mantenha a
assembleia segura nos seus cantos tradicionais e, ao mesmo tempo,
contente em poder renovar o seu repertório;
c) Animar o canto da assembleia, de modo que faça vibrar numa só
voz o canto dos refrões, o santo e as respostas ou aclamações da
oração eucarística;
d) Providenciar o acesso de todos à letra do canto.
6.3 O bom uso do microfone e a participação da
assembleia
285. A voz da assembleia é a base de todo edifício musical de
uma celebração, pois o canto da assembleia é a voz do corpo
místico do Cristo que é a Igreja (cf. Cl 1,18).

286. É recomendável que o animador dos cantos ou a equipe de


animação utilize moderadamente o microfone. Saiba usá-lo no
momento oportuno, como no início de uma estrofe, e saiba deixar
a assembleia cantar sem acompanhamento do animador, através
do microfone, como nos refrões.
287. Quando não há equilíbrio e discernimento no volume do
microfone e dos instrumentos, comete-se um grave ato contra
a comunidade orante, pois esta atitude encobre e cala a voz
da assembleia litúrgica, que é a própria voz da Igreja reunida
no amor de Cristo.

290. Todo o povo deve cantar com a equipe de animação. Os


instrumentos têm a função de incentivar e apoiar o canto. Não
devem encobrir as vozes, dificultando a compreensão do
texto.
6.4 O canto litúrgico na Eucaristia segundo os seus
graus
291. Os cantos nas celebrações são divididos em:
ordinários ou próprios.

a) Ordinários: possuem um texto fixo e invariável, pois


constituem as partes fixas da Missa. Pode variar apenas
a melodia (a música). São eles: Kyrie, Glória, Creio,
Santo, Pai-nosso e Cordeiro de Deus.
b) Próprios: variam em cada Missa, ou seja, possuem o
texto próprio do Domingo, do tempo litúrgico ou da
festa que se celebra. São eles: procissão de abertura,
salmo responsorial, aclamação ao Evangelho,
apresentação das oferendas e procissão de comunhão.

292. Uma autêntica celebração exige também que se


observe exatamente o sentido e a natureza próprios de
cada parte e de cada canto.
6.5 Canto de abertura
293. Finalidade: abrir a celebração, promover a união da
assembleia, introduzir no mistério celebrado e acompanhar a
procissão.

294. Não é para acolher o padre/a procissão! Deve estar


relacionado com o tempo litúrgico e com o sentido dos ritos
iniciais. Não nos esqueçamos do valor dos salmos também no
momento da abertura. Cuidar com os cantos intimistas que
“fecham” a pessoa em si mesma…
6.6 Senhor, tende piedade
295. Canto de louvor e exultação a Cristo Ressuscitado
onde os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua
misericórdia. As intenções não são feitas para apagar
nossos pecados, mas para dizer ao Cristo nossa
confiança na sua misericórdia. É cantado normalmente
por todos, tomando parte nele o povo e o grupo de
cantores ou o cantor. No Missal Romano encontram-se
três fórmulas de ato penitencial.
296. Não podemos confundir o canto “Senhor
tende piedade” com o rito do Ato Penitencial,
pois esse canto é um dos elementos que constitui
o rito.
6.7 Glória a Deus nas alturas
299. Hino antiquíssimo e venerável pelo qual a Igreja
glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. Não é uma
aclamação trinitária, mas um hino em homenagem a
Jesus Cristo. Deve ser cantado por toda a assembleia e
não por um grupo de cantores. Se não for cantado, seja
recitado por todos ou alternado em dois coros.
300. É cantado ou recitado aos Domingos, exceto no
Tempo do Advento e da Quaresma, e nos dias de
Solenidades e festas, ou em celebrações especiais mais
solenes (cf. IGMR 53).

301. O seu texto não pode ser substituído, a não ser


por um texto aprovado pela CNBB.
6.8 Salmo responsorial
304. Parte integrante da liturgia da Palavra e seu texto
acha-se diretamente ligado à primeira leitura, não
podendo ser substituído por outro salmo/canto de
meditação.

305. De preferência, seja cantado e o salmista profira os


versículos do salmo do Lecionário e no ambão, enquanto
toda a assembleia escuta sentada, cantando o refrão.
306. O bom salmista é um leitor-cantor que cultiva seus talentos
musicais e sua afinação, preparando-se como um verdadeiro
ministro da Palavra. Para este ministério também é necessário
formação bíblico-litúrgica, espiritual, musical e técnica.

308. Por causa de seu caráter de leitura cantada, a melodia


deverá ser de preferência bastante simples para que a assembleia
tenha condições de cantar. Nos solos, o que deve ser ouvida é a
voz do salmista, por isso os instrumentos deverão apenas apoiar e
acompanhar discretamente, sem se sobrepor ao canto.
6.9 Aclamação ao Evangelho
309. Aclamação de louvor alegre e vibrante, que constitui
um rito ou ação por si mesma através do qual a assembleia
dos fiéis, em pé, acolhe e saúda o Senhor que vai falar no
Evangelho e professa a sua fé pelo canto.

310. O Aleluia é cantado em todo o tempo, exceto na


Quaresma. O versículo deveria ser tomado de preferência
do Lecionário. No tempo em que o Aleluia é omitido,
cante-se um verso aclamativo da Sagrada Escritura.
311. A aclamação pode ser repetida quantas vezes for
necessário, iniciando-se com a procissão do
Evangeliário ao ambão e encerrando-se no momento
em que o sacerdote ou o diácono estiver no ambão. É
de bom costume repetir o Aleluia após o Evangelho.
6.10 Preparação dos dons
312. É o início da liturgia eucarística. É louvável que os
fiéis conduzam em procissão o pão e o vinho. Além
disso, é um momento significativo para se trazer o
dinheiro da coleta, do dízimo e de outras ofertas.

313. Este canto não precisa falar das ofertas, muito


menos de ofertório, mas sim bendizer a Deus e
recordar a vida do povo, de modo que se una com o ato
litúrgico de oferecer-se ao Pai em Cristo.
314. O canto é facultativo e acompanha a procissão
das oferendas, prolongando-se até que os dons tenham
sido colocados sobre o altar e o sacerdote tenha feito o
lavabo (cf. IGMR 74). Por isso, tome cuidado para não
alongar o canto além da conclusão do rito.

Ler 315.
6.11 Santo
316. Aclamação triunfal de grande importância que faz
parte da oração eucarística, que toda a assembleia
deve cantar.

317. É um canto ordinário: não se pode admitir


acréscimos, alterações ou paráfrases.
6.12 Aclamação memorial
318. Momento do anúncio do Mistério Pascal. Quanto
cantado, é importante que toda a assembleia participe.

319. Três são as aclamações propostas pelo Missal.

320. Textos alternativos devem ser excluídos.


321. Durante a Narrativa da Instituição, como em
todas as orações presidenciais, não se admite nenhum
outro som, além das palavras do presidente da
celebração. É um momento forte e alto da presença e
ação de Deus, e convém que toda a assembleia e o
grupo de cantores escutem em silêncio, atenção e
respeito as palavras do Cristo que se oferece a nós por
amor.
6.13 Aclamações da oração eucarística

322. Durante a oração eucarística estão previstas várias


e curtas aclamações da assembleia. É o jeito mais
significativo do povo participar do grande louvor e
solene ação de graças que é a Eucaristia. Quando
cantado, é importante que toda a assembleia participe.
6.14 O grande Amém

323. Convém que se valorize da melhor maneira


possível o Amém conclusivo da oração eucarística
através do canto, com intensa participação da
assembleia.

324. A proclamação da doxologia é exclusiva do


presidente e concelebrantes.
6.15 A oração do Senhor

325. A oração do Pai-nosso nunca pode ser


substituída por outros cantos.
6.16 O cordeiro de Deus
326. Este canto constitui um rito próprio e acompanha
a fração do pão. NÃO DEVE SER USADO como forma de
encerrar o movimento criado durante o abraço da paz.
A saudação da paz não deve ofuscar a importância
desse momento do rito.

327. Quem inicia esse canto ou sua recitação é a


assembleia por meio do canto ou animador.
328. O canto do Cordeiro possui a forma de uma ladainha
e pode ser executada de modo dialogal por um solista e a
assembleia, prolongando-se enquanto o sacerdote parte o
Pão Eucarístico, podendo ser repetido tantas vezes quanto
o exigir a ação que acompanha, terminando sempre com a
resposta “Dai-nos a paz!”.

329. Existe uma proibição explícita de se substituir o texto


do Cordeiro por um outro texto qualquer (cf. IGMR 366).
6.17 Canto de comunhão
330. Canto processional para acompanhar o rito da
distribuição da comunhão. Ele pode retomar o evangelho do
dia e garantir a unidade das duas mesas. Prolonga-se até o
término da procissão da comunhão ou o no máximo até a
purificação dos objetos sagrados.

331. Muitos hinos eucarísticos (usados em Adoração, por


exemplo) não são adequados para este momento, pois
ressaltam apenas a fé na presença real, carecendo das demais
dimensões essenciais do Mistério da fé.
332. O canto de comunhão deve expressar a alegria pela
unidade ao Corpo de Cristo. Por isso, ele não pode ser de
caráter individualista, intimista ou sentimentalista, mas de
contexto comunitário.

333. Os cantores procurem comungar antes da assembleia,


pois se recomenda que os que irão exercer algum ministério
têm precedência à comunhão.

334. Valorizar o silêncio após a comunhão!


6.18 Canto após a comunhão

335. Não é nem necessário e nem desejável,


quando já houve um canto de comunhão.
Recomenda-se o silêncio sagrado. Com ou sem
canto de pós-comunhão, sempre deve haver o
silêncio sagrado.
6.19 Canto final
336. Tem a finalidade de dispersar a assembleia
reunida. Não é justo obrigar o povo a permanecer na
igreja para cantá-lo, já que o envio já foi feito.
Observações
337. Itens que ajudam as equipes de cantos a exercer bem este
ministério:
a) O canto e o ritmo não estão ligados ao gosto pessoal do
animador dos cantos, mas à ação litúrgica. O que deve orientar sua
atividade é o Mistério celebrado e a assembleia litúrgica;
b) O canto deve estar a serviço da liturgia, ou seja, a letra tem a
primazia e a música está a seu serviço;
c) A finalidade do canto é fazer com que assembleia litúrgica
participe ativa, consciente e frutuosamente no Mistério celebrado.
Nem sempre agitação indica participação no Mistério celebrado;
d) Haja o maior cuidado para que as regras que funcionam para
uma banda de música não sejam transformadas em critério
litúrgico;
e) Os instrumentos musicais têm valor na medida em que ajuda
a assembleia cantar. O excessivo volume dos instrumentos,
como também a grande quantidade de microfones para os
cantores, às vezes, não contribuem para a celebração do
mistério, antes, provocam agitação e dispersão;
f) Evite-se ao máximo a afinação dos instrumentos musicais
imediatamente antes das celebrações.
VII. CELEBRAÇÕES RELACIONADAS AO
SACRAMENTO DA EUCARISTIA
7.1 Celebração da Palavra com a distribuição da Comunhão
338. O que em definitivo constitui uma comunidade em
célula viva da Igreja é a celebração eucarística, principal
manifestação da Igreja e fator primordial de sua realização
(DD 4). Nenhuma comunidade, portanto, poderia viver sem
celebrar a eucaristia. E, sendo o Domingo o dia por excelência
da Páscoa do Senhor, o normal seria que cada comunidade
pudesse celebrar a eucaristia a cada Domingo.
339. Para muitos cristãos, a celebração do Domingo reduz-
se à participação da celebração eucarística e ao descanso
festivo. E quando a eucaristia não pode ser celebrada, o
Domingo corre o risco de se transformar num dia comum de
descanso e de lazer: “Aos discípulos de Cristo, contudo, é-
lhes pedido que não confundam a celebração do Domingo,
que deve ser uma verdadeira santificação do dia do Senhor,
com o ‘fim de semana’ entendido como tempo de mero
repouso ou de diversão” (DD 4).
340. Para muita gente, o Domingo foi substituído pelo
“final de semana”. Com tudo o que significa na sociedade
atual, ele representa a morte do “dia do Senhor”. Se os
fiéis perdem o Domingo, perdem algo de substancial à
identidade cristã. Ainda que uma comunidade não possa
celebrar a eucaristia no Domingo, nem por isso se pode
privá-la das demais riquezas do dia do Senhor: a
assembleia reunida e a proclamação e escuta da Palavra.
Mesmo sem a celebração da eucaristia, o Domingo
merece e exige ser comemorado de alguma forma.
341. Entre as formas que se encontram na tradição
litúrgica, quando não é possível a celebração da missa, a
mais recomendável é a CELEBRAÇÃO DA PALAVRA DE
DEUS.

342. As comunidades que não podem celebrar a


eucaristia, podem santificar o Domingo através da
reunião da comunidade e da proclamação e escuta das
Sagradas Escrituras.
343. Inúmeros párocos zelosos de imensas paróquias, para
não deixar a comunidade sem a celebração eucarística,
celebram-na durante a semana nas comunidades. Porém isso
não dá o direito aos fiéis de não santificar o Domingo através
da reunião da comunidade e da proclamação e da escuta da
Palavra. A Igreja e ninguém tem o poder de transportar o
memorial da semaan da Páscoa para outro dia da semana. É
impossível deixar as comunidades fechadas e sem celebração
litúrgica no Domingo. Onde não há celebração eucarística
dominical, mesmo assim o Domingo permanece como o dia
por excelência da comunidade se encontrar e fazer memória
do Mistério Pascal.
345. As comunidades que celebram o Mistério na ausência
do ministro ordenado não ficam órfãos. Porque Cristo está
presente pela Palavra e preside a assembleia litúrgica.

346. Nenhum cristão deve ter dúvidas sobre o valor da


celebração dominical da Palavra na comunidade. Priorize
sua própria comunidade ao invés de rezar em casa sozinho
ou ver e ouvir a missa pelo rádio ou televisão, exceto os
que estão impossibilitados.
354. A presidência leiga dirige as orações ao Pai em nome do
povo e todos os presentes, in nomine Ecclesiae. Da cadeira da
presidência, inicia e encerra a celebração dominical da Palavra e
coordena todos os outros ministérios.

355. A veste de quem preside possui uma função simbólica.


Confere-lhe um sinal adequado de distinção em virtude do
ofício que exerce e do respeito devido à ação litúrgica. A veste
expressa mais claramente que se trata de um ministério que a
pessoa assume e que está revestida de Cristo para servir a
comunidade.
356. O altar é saudado com uma inclinação profunda por
todos que se dirigem ao espaço do altar ou dele se retiram
ou passam diante dele. Além disso, beija-se o altar em sinal
de veneração.

357. Ao beijar o altar, está-se venerando o altar em nome


da comunidade. Se o cristão leigo pode distribuir a
comunhão, partilhar a Palavra, presidir a celebração, pode,
também, realizar este gesto tão simples e tão familiar de
beijar o altar.
359. Algumas orientações para estas celebrações:
a) Siga-se o curso do Ano Litúrgico;
b) Que não se esqueça de rezar para que se
multipliquem os dispensadores dos Mistérios de Deus,
sejam perseverantes no seu amor;
c) Estas celebrações estejam sob o cuidado pastoral do
pároco;
d) É necessário integrar movimento e descanso, gesto e
palavra, canto e silêncio, expressão e interiorização,
ação dos ministros e participação da assembleia;
e) Ainda que não haja um rito definido, observe-se a
lógica da revelação: o Senhor convida e reúne, o povo
atende e se apresenta; o Senhor fala, a assembleia
responde professando sua fé, suplicando e rezando,
louvando e bendizendo;
f) Sejam valorizados: os ritos iniciais, a liturgia da Palavra, o
louvor ou ação de graças e o envio (ritos finais);
g) Um dos elementos fundamentais da celebração é o rito
de louvor ou ação de graças. Ele não deve ter, de modo
algum, a forma da oração eucarística. Não faz parte da
celebração da Palavra a apresentação das ofertas do pão e
vinho, a proclamação da oração eucarística, o Cordeiro de
Deus. Também não se deve substituir o louvor pela
adoração ao Santíssimo Sacramento.
361. Quando o MAC preside esta celebração,
comporte-se um entre iguais nas saudações e
intervenções da celebração, evitando palavras
que pertencem ao ministério ordenado.
7.2 Distribuição da comunhão aos doentes e idosos

362. O Santíssimo seja transportado à casa do doente/idoso


numa teca ou em outro recipiente digno. Ao distribuí-lo, é
necessário que o ministro esteja trajado de suas vestes
litúrgicas.

363. Seja o Santíssimo diretamente transportado à casa do


doente/idoso. Não é permitido guardá-lo em casa para levá-lo
num outro momento. Caso ele não possa recebê-lo, o próprio
ministro comungue a hóstia que está levando.
364. Instrua-se a família do doente/idoso para que
prepare uma mesa com toalha branca, se possível com
uma vela acesa, para o ministro depositar a teca com o
Santíssimo.

365. As pessoas que cuidam do doente/idoso também


podem receber a comunhão, se tal serviço as
impossibilita de participar da celebração com a
comunidade.
366. Não se distribua a comunhão sem partilhar o pão da
Palavra. Depois reza-se o Pai-nosso e se apresenta a eucaristia
aos comungantes. Após a comunhão, faça-se o silêncio sagrado.
Encerra-se a celebração com uma oração e invoca-se a bênção
de Deus sobre o doente/idoso.

367. Os fragmentos da hóstia que restarem na teca sejam


recolhidos e purificados com água.
7.3 Adoração ao Santíssimo Sacramento
370. Durante a exposição do Santíssimo, dedique-se um
tempo conveniente à leitura da Palavra, aos cantos
eucarísticos que afirmam a presença real do Senhor, às
preces e à oração silenciosa. Não é permitido expor o
Santíssimo apenas para proceder à bênção, sem o devido
tempo de adoração e oração.

371. Os ministros da exposição do Santíssimo são:


a) Em primeiro lugar, o sacerdote e o diácono que podem
abençoar o povo, revestidos de túnica ou sobrepeliz sobre a
veste talar com estola branca ou dourada. Para a bênção,
quando a exposição for com ostensório, o sacerdote ou
diácono acrescenta a capa pluvial e o véu umeral de cor
branca ou dourada; se a exposição for com cibório, só o véu
umeral;
b) Os acólitos e os ministros leigos instituídos podem expor o
Santíssimo trajados com sua veste litúrgica adequada, mas
não podem dar a bênção sobre o povo.
372. Diante do Santíssimo, faz-se genuflexão simples,
quer esteja no tabernáculo quer exposto.

374. Proíbe-se a exposição do Santíssimo na mesma


igreja ou lugar em que está sendo celebrada a Missa.
Também não se pode realizar procissões com o
Santíssimo dentro da Missa, pois se exalta de tal
maneira a Sua presença real, esvaziando-se outras
dimensões da celebração eucarística.
375. Quando a exposição se prolongar alguns dias, sempre que
ocorrer a celebração da Missa naquela igreja, suspende-se a
exposição e repõe-se o Santíssimo no tabernáculo.

378. É proibido deixar o Santíssimo exposto sem a presença de


pessoas para a adoração.

379. É proibido expor o Santíssimo com a única finalidade de dar


a bênção, como também expô-lo depois da Missa simplesmente
para a bênção.

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