Arvor Indigen PT Contin0
Arvor Indigen PT Contin0
Arvor Indigen PT Contin0
EM PORTUGAL CONTINENTAL
GUIA DE UTILIZAO
MARO |2013
NDICE
NDICE
1. INTRODUO
17
21
27
ANEXOS
1. INTRODUO
A identificao das espcies de rvores na natureza atende em primeiro lugar ao local onde
ocorrem e, em seguida, ao aspeto e variao fisionmicos e s caractersticas morfolgicas.
especialmente importante atender s seguintes caractersticas:
1. Regio do pas e sua altitude, implantao no terreno (em situao de encosta, de vale,
de cumeada ou plana), se ocorre algum tipo especial de solo e qual a caracterstica do
stio* face s disponibilidades de gua no solo;
2. Se se trata de rvore sempre-verde ou com a copa despida de folhas no perodo
invernal;
3. Qual a dimenso da rvore e o arranjo dos ramos e da copa;
4. Que tipo de folhas, frutos, flores e casca apresenta.
Para identificar as rvores mais comuns no so necessrios profundos conhecimentos de
botnica ou ecologia. Hoje em dia existem j diversos guias e manuais de campo e pginas da
internet, com imagens que facilitam a identificao (no captulo 5 sugerem-se alguns dos mais
teis para as espcies nacionais). Se a identificao no for conseguida in loco, importante
guardar folhas, frutos ou outras partes (sem danificar desnecessariamente as plantas) para
posterior observao e anlise ou, ainda, fotografar as partes mais relevantes.
H contudo que ter em ateno que muitas das rvores com que nos cruzamos podem no ser
autctones do Continente: so os casos das nogueiras, dos pltanos, das tlias, dos eucaliptos,
das accias, das olaias, do cipreste-do-buaco e de muitas outras, incluindo as espcies
caractersticas da laurissilva da Madeira e dos Aores (como o vinhtico ou o til).
Nas pginas seguintes so apresentadas imagens e informao sucinta sobre as espcies
florestais indgenas do Continente, sendo os mapas retirados sobretudo de BINGRE et al. (2007)
e da Carta Ecolgica de Portugal (PINA MANIQUE E ALBUQUERQUE, 1982), com ligeiras atualizaes,
e diversas imagens da Flora-On (http://www.flora-on.pt), neste caso com indicao dos
respetivos autores.
Espcies resinosas
Juniperus communis
Zimbro-comum, zimbro-ano
Quase sempre de porte arbustivo,
caracterstico das maiores altitudes
das serras do Gers e da Estrela.
Distribui-se pelas regies frias de
todo o hemisfrio Norte. Com as
suas bagas produz-se a
aguardente de zimbro e
condimentam-se pratos regionais.
Juniperus navicularis
Piorro
Juniperus oxycedrus
Oxicedro, zimbro
Juniperus turbinata
Sabina-da-praia
Pinus pinaster
Pinheiro-bravo
Pinus pinea
Pinheiro-manso
Pinus sylvestris
Pinheiro-silvestre
Taxus baccata
Teixo
Espcies folhosas
Acer monspessulanum
Zelha
Acer pseudoplatanus
Padreiro, pltano-bastardo
Alnus glutinosa
Amieiro
Amelanchier ovalis
Nespereira-das-rochas
Arbutus unedo
Medronheiro, ervedeiro
Uma das espcies arbreas mais
expandidas do pas, apenas estando
ausente das regies mais frias ou
secas. Com ela se produz a afamada
aguardente de medronho. Muito
ornamental, podendo alcanar os
15m de altura nos stios mais
hmidos.
Betula pubescens
Vidoeiro
Buxus sempervirens
Buxo
Castanea sativa
Castanheiro
Celtis australis
Ldo-bastardo
Espcie de distribuio
mediterrnica e centro-europeia,
frequentemente utilizada em
arborizaes em meios urbanos.
Pode chegar aos 25m e os seus
frutos (pequenas drupas) so
comestveis, sendo muito
apreciados pelas aves.
Ceratonia siliqua
Alfarrobeira
Chamaerops humilis
Palmeira-das-vassouras
Cornus sanguinea
Sanguinho-legtimo
Corylus avellana
Aveleira
Crataegus monogyna
Pilriteiro
Erica arborea
Urze-arbrea, urze-branca
Espcie de ampla distribuio
europeia, asitica e africana, em
Portugal apresenta um porte
sobretudo arbustivo (at 6m).
Produz uma lenha muito apreciada e
da madeira das suas razes e toias
fabricam-se cachimbos de elevada
qualidade.
Euonimus europaeus
Barrete-de-padre
Fagus sylvatica
Faia
Frangula alnus
Sanguinho
Fraxinus angustifolia
Freixo
Ilex aquifolium
Azevinho
Laurus nobilis
Loureiro
Ligustrum vulgare
Alfenheiro
Malus sylvestris
Macieira-brava
Myrica faya
Samouco
Myrica gale
Samouco-de-brabante
rvore de pequena dimenso ou,
mais frequentemente, espcie de
porte arbustivo, ocorrendo nos
locais muito hmidos do litoral,
sobretudo arenoso (turfeiras e
galerias ribeirinhas). Porte at 3m
de altura.
Fot.: Carlos Neto (1), AJ Pereira (2,3)
Myrtus communis
Murta
Nerium oleander
Cevadilha, loendro
Phillyrea angustifolia
Lentisco
Phillyrea latifolia
Aderno-de-folhas-largas
rvore at 15m, podendo por vezes
reduzir-se a porte arbustivo. uma
espcie que teme os frios intensos,
distribuindo-se sobretudo nas
regies mais soalheiras e de inverno
ameno. Com utilizao ornamental e
medicinal.
Pistacia lentiscus
Aroeira
Pistacia terebinthus
Cornalheira, terebinto
Populus alba
Choupo-branco
Populus nigra
Choupo-negro
Prunus avium
Cerejeira-brava
Prunus insititia
Abrunheiro
Prunus lusitanica
Azereiro
Prunus mahaleb
Cerejeira-de-santa-lcia
Prunus padus
Pado
Prunus spinosa
Abrunheiro-bravo
Pyrus bourgaeana
Catapereiro
Pyrus communis
Pereira-brava
Pyrus cordata
Pereira-brava
Quercus canariensis
Carvalho-de-monchique
Quercus coccifera
Carrasco
Quercus faginea
Carvalho-portugus, pedamarro
So vrias as subespcies deste
carvalho, incluindo as ssp. alpestris
(Barrocal algarvio), broteroi (Centro e
Sudoeste) e faginea (bacia do Douro).
rvore marcescente, pode atingir
25m de altura, surgindo sobretudo
isolada ou associada a outros
carvalhos e espcies mediterrnicas.
Quercus pyrenaica
Carvalho-negral
Quercus rivas-martinezii
Carrasco-arbreo
Quercus robur
Carvalho-alvarinho
Quercus rotundifolia
Azinheira
Quercus suber
Sobreiro
Carvalho de caractersticas
singulares ( a nica rvore que
recompe a casca depois desta ser
extrada), tem no nosso pas o seu
solar. Pode atingir 20m de altura e,
pelo seu valor econmico e
ecolgico, foi instituda rvore
Nacional de Portugal.
Retama monosperma
Piorno-branco
Rhamnus alaternus
Sanguinho-das-sebes
Rhamnus cathartica
Sanguinho-das-sebes
Rhododendron ponticum
Rododendro, adelfeira
Salix alba
Salgueiro-branco
uma rvore que se desenvolve at
25m, sendo inconfundvel o tom
prateado da sua copa quando
agitada pelo vento. Distribuda por
todo o Continente, mas
preferencialmente ocorre nos troos
finais dos grandes rios. produtora
de vime.
Salix atrocinerea
Borrazeira-preta
Salix caprea
Salgueiro
Salix neotricha
Salgueiro
Salix purpurea
Salgueiro-roxo
Salix repens
Salgueiro-ano
Salix salviifolia
Salgueiro-branco
Salix triandra
Salgueiro-de-folhas-de-amendoeira
Espcie que ocorre naturalmente
apenas em Trs-os-Montes, quase
sempre sob a forma de arbusto at
6m. Tem importncia para a fixao
de margens de cursos de gua
instveis e na produo de vimes.
Sambucus nigra
Salgueiro-branco
Sorbus aria
Sorveira-branca
A sorveira-branca uma rvore at
25m, caracterstica das regies mais
frias e de maior altitude. uma
espcie de grande valor ecolgico e
ornamental, muito pouco cultivada
no nosso pas. A sua madeira
muito clara, o que determinou o
nome vulgar.
Sorbus aucuparia
Tramazeira
Sorbus domestica
Sorveira
Sorbus latifolia
Mostajeiro
Sorbus torminalis
Mostajeiro
Tamarix africana
Tamargueira
Tamarix canariensis
Tamargueira
Ulmus glabra
Ulmeiro
Ulmus minor
Ulmeiro
Viburnum lantana
-
Viburnum opulus
Noveleiro
Normalmente um arbusto at 4m de
altura, pode no entanto alcanar
porte arbreo, at 6m. Muito
expandida na Europa, Oeste da sia
e Norte de frica, em Portugal
ocorre naturalmente apenas em
certas localidades de Trs-osMontes.
Viburnum tinus
Folhado
Parte significativa das espcies autctones apresenta uma distribuio muito limitada, o que
no quer dizer que, do ponto de vista do seu interesse florestal, no possam assumir uma
rea de expanso potencial muito superior atual, facto que deve ser considerado no
planeamento regional da arborizao.
Por outro lado, nalguns casos no aconselhvel a utilizao, na natureza, de espcies
indgenas que no sejam autctones da regio em causa, j que podero constituir
povoamentos mal adaptados e, caso atinjam idade de frutificao, poluir geneticamente as
variedades ou subespcies regionais.
No quadro das pginas seguintes esto indicadas as reas de distribuio natural das espcies
indgenas nos territrios dos planos regionais de ordenamento florestal (PROF) e a sua
utilizao potencial noutras regies onde interessante o seu valor produtivo, protetivo,
conservacionista, silvopastoril ou de enquadramento paisagstico.
importante destacar que algumas das espcies detm um estatuto especial de proteo,
decorrente de legislao nacional ou internacional (especialmente comunitria), de que se
salientam apenas alguns exemplos apresentados no quadro abaixo.
Espcie
Estatuto de conservao
Legislao principal
Buxus sempervirens
DL n. 140/99, de 24 de abril
Ilex aquifolium
DL n. 423/89, de 4 de
dezembro; DL n. 140/99, de
24 de abril
Juniperus spp.
DL n. 140/99, de 24 de abril
Laurus nobilis
DL n. 140/99, de 24 de abril
Quercus canariensis
DL n. 140/99, de 24 de abril
Quercus rotundifolia
DL n. 169/2001, de 25 de
maio; DL n. 140/99, de 24 de
abril
Quercus suber
DL n. 169/2001, de 25 de
maio; DL n. 140/99, de 24 de
abril
Rhododendron ponticum
DL n. 140/99, de 24 de abril
DL n. 140/99, de 24 de abril
DL n. 140/99, de 24 de abril
Taxus baccata
DL n. 140/99, de 24 de abril
argentea
PROF >
Fis
p
Juniperus navicularis
Juniperus oxycedrus
Juniperus turbinata
Pinus pinaster
Pinus pinea
Pinus sylvestris
Taxus baccata
Acer monspessulanum
Acer pseudoplatanus
Alnus glutinosa
Amelanchier ovalis
Arbutus unedo
Betula pubescens
Buxus sempervirens
Castanea sativa
Celtis australis
Ceratonia siliqua
Chamaerops humilis
Cornus sanguinea
Corylus avellana
Crataegus monogyna
Erica arborea
Euonymus europaeus
Fagus sylvatica
Frangula alnus
Fraxinus angustifolia
Ilex aquifolium
Laurus nobilis
Ligustrum vulgare
Malus sylvestris
Myrica faya
Myrica gale
NORTE
CENTRO
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Espcie
Myrtus communis
PROF >
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Nerium oleander
Phillyrea angustifolia
Phillyrea latifolia
Pistacia lentiscus
Pistacia terebinthus
Populus alba
Populus nigra
Prunus avium
Prunus insititia
Prunus lusitanica
Prunus mahaleb
Prunus padus
Prunus spinosa
Pyrus bourgaena
Pyrus cordata
Pyrus pyraster
Quercus canariensis
Quercus coccifera
NORTE
CENTRO
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+
Quercus pyrenaica
Quercus rivas-martinezii
Quercus robur
Quercus rotundifolia
Quercus suber
Retama monosperma
Rhamnus alaternus
Rhamnus cathartica
Rhododendron ponticum
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Regio >
Espcie
Salix alba
PROF >
Fis
c
Salix atrocinerea
Salix caprea
Salix fragilis
Salix neotricha
Salix purpurea
Salix salviifolia
Salix triandra
Sambucus nigra
Sorbus aria
Sorbus aucuparia
Sorbus domestica
Sorbus latifolia
Sorbus torminalis
Tamarix africana
Tamarix canariensis
Ulmus glabra
Ulmus minor
Viburnum lantana
Viburnum opulus
Viburnum tinus
NORTE
CENTRO
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Legenda: x espcie com ocorrncia natural na regio; + - espcie de utilizao aconselhada na regio.
Fisionomia invernal: c caduciflia; m marcescente; p sempre-verde.
A chave para as designaes dos PROF encontra-se em anexo.
x
x
x
x
x
+
+
+
ALENTEJO
poca de plantao
A poca de plantao um dos fatores decisivos para o sucesso das arborizaes, sendo
essencial proceder a um cuidadoso planeamento. Nas condies portuguesas, com uma
grande diversidade de climas regionais e microclimas e, simultaneamente, com uma
acentuada variabilidade interanual das condies meteorolgicas, impossvel estabelecer
generalizaes quanto a este aspeto. Acrescem ainda as exigncias tpicas de cada espcie e
as vrias tcnicas alternativas de plantao, que podem introduzir restries adicionais.
Nas regies mais secas aconselhvel que a plantao se efetue no outono, para que a
planta disponha do mximo perodo possvel para desenvolver o sistema radicular,
permitindo-lhe obter a gua e os nutrientes de que necessita e suportar um vero seco e
quente. A terceira forte chuvada de incio de outono um bom indicador, em cada local, para
o incio do perodo adequado para plantar ou semear.
Nas regies mais hmidas o perodo de plantao mais extenso, mas h que ter em ateno
que, medida que subimos em altitude e latitude, o frio invernal passa a constituir uma
restrio mais frequente, podendo mesmo inviabilizar as plantaes outonais.
No quadro seguinte fornece-se uma primeira indicao geral das melhores pocas de
plantao 1, importante para a fase inicial de planeamento das aes. O tipo de planta indica
o mtodo de produo e, sobretudo, de transplantao das pequenas rvores do viveiro
florestal para o local de plantao definitivo, podendo o transporte das plantas ser realizado
com ou sem contentores (com raiz envolvida em torro, incluindo vasos, sacos, etc., ou em
raiz nua).
Possibilidade de plantao
Regies
Tipo de planta
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov dez
Plantas em torro
Sementeira
Plantas de raiz nua
Portugal mediterrnico
Plantas em torro
Sementeira
Legenda
Aconselhvel
Desaconselhvel
Varivel, em funo do stio e da evoluo das condies meteorolgicas do ano
Incluindo tambm a sementeira em local definitivo. Em casos especiais (Salix, Populus, etc.) pode ser aconselhvel a
utilizao de estacas em local definitivo.
GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS
21
Colheita de sementes
Caso se opte pela sementeira (p. ex. de bolotas, de pinhes ou de penisco), em vez da
plantao, devero ser observados os aspetos tcnicos e legais que seguidamente se
apresentam, embora de forma resumida.
importante conhecer a poca de maturao de cada espcie florestal, uma vez que s nesta
poca se devem colher as sementes/frutos a fim de garantir a sua qualidade. O incio da
poca de maturao indicado pela mudana de cor do fruto muda de verde para outra cor
(castanho e vermelho so as cores mais comuns).
O pinheiro-manso tem uma poca de colheita definida em legislao (Decreto-lei n. 528/99,
de 10 de dezembro).
As sementes devem ser colhidas em rvores adultas em bom estado vegetativo e que
apresentem as caractersticas que se querem propagar, dado que naquele estgio de idade e
sade a frutificao mais abundante e a percentagem de sementes com boa capacidade
germinativa maior.
As sementes no devem ser colhidas em rvores isoladas ou num conjunto reduzido de
rvores, nem nas rvores de bordadura de povoamentos, pois o risco de consanguinidade
muito elevado.
A colheita de sementes num povoamento deve ser efetuada nas rvores mais centrais e nas
que estiverem mais afastadas de rvores mal conformadas.
Deve colher-se semente nos povoamentos prximos do local onde vo ser utilizadas ou em
regies que tenham as mesmas condies edafoclimticas.
No quadro seguinte indicam-se as pocas mais propcias para a colheita de sementes,
devendo igualmente consultar-se MONTEIRO (2010).
Resinosas
Espcies
Meses
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
Juniperus oxycedrus
Oxicedro
Juniperus turbinata
Sabina-da-praia
Pinus pinaster
Pinheiro-bravo
Pinus pinea
Pinheiro-manso
Pinus sylvestris
Pinheiro-silvestre
Taxus baccata
Teixo
set
out
nov
dez
Folhosas
Espcies
Meses
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
Acer monspessulanum
Zelha
Acer pseudoplatanus
Padreiro
Alnus glutinosa
Amieiro
Arbutus unedo
Medronheiro
Betula pubescens
Vidoeiro
Castanea sativa
Castanheiro
Celtis australis
Lodo-bastardo
Corylus avellana
Aveleira
Crataegus monogyna
Pilriteiro
Fagus sylvatica
Faia
Fraxinus angustifolia
Freixo
Ilex aquifolium
Azevinho
Laurus nobilis
Loureiro
Pistacia terebinthus
Terebinto
Prunus avium
Cerejeira-brava
Prunus lusitanica
Azereiro
Prunus mahaleb
Cerejeira de Santa-Luzia
Quercus coccifera
Carrasco
Quercus faginea
Carvalho-cerquinho
Quercus rotundifolia
Azinheira
Quercus pyrenaica
Carvalho-negral
GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS
23
set
out
nov
dez
Cumprimento da legislao
Dever ser sempre previsto o acompanhamento das rvores plantadas, garantindo que
tenham todas as condies para que a plantao ou sementeira seja um sucesso. Nos
primeiros veres (ou mesmo no inverno e na primavera, se estes forem secos) fundamental
garantir uma humidade adequada do solo e o controlo da vegetao concorrente (herbceas,
pequenos arbustos, etc.). No caso de serem rvores pequenas, devero ser claramente
assinaladas, evitando-se o acesso de mquinas, pessoas e animais (gado, fauna selvagem,
etc.) que possam causar danos; em certos locais e regies pode ser necessrio usar
protetores especiais, para a sua proteo contra herbvoros (seja fauna selvagem, seja gado
domstico).
No quadro e mapa seguintes apresenta-se uma primeira orientao geral para a escolha das
espcies mais adequadas para cada regio, em Portugal continental, segundo o tipo de stio*
florestal.
Em muitos locais h grandes variaes nos fatores microclimticos e nos tipos e
caractersticas dos solos, pelo que no caso de arborizaes a partir de uma certa dimenso
aconselhvel uma avaliao prvia por um tcnico com conhecimento aprofundado das
florestas e silvicultura regionais.
Portugal atlntico
Estaes
Stios
mesfilos*
Stios
higrfilos*
Stios
xerfilos*
Dunas e
areais
costeiros
Portugal mediterrnico
Andar basal
(0-400m)
Andar submontano
(400-700m)
Andares montano e
altimontano
(>700m)
Andar basal
(0-400m)
Andar submontano
(400-700m)
Andares montano e
altimontano
(>700m)
Acer pseudoplatanus
Arbutus unedo
Castanea sativa
Crataegus monogyna
Ilex aquifolium
Laurus nobilis
Prunus avium
Prunus spinosa
Pyrus cordata
Quercus robur
Acer pseudoplatanus
Arbutus unedo
Castanea sativa
Crataegus monogyna
Frangula alnus
Ilex aquifolium
Malus sylvestris
Prunus avium
Prunus spinosa
Pyrus cordata
Quercus pyrenaica
Quercus robur
Sorbus aria
Sorbus aucuparia
Arbutus unedo
Myrtus communis
Nerium oleander
Olea europaea sylvestris
Phillyrea angustifolia
Phillyrea latifolia
Pistacia lentiscus
Pyrus bourgaeana
Quercus coccifera
Quercus faginea
Quercus rivasmartinezzi
Quercus rotundifolia
Quercus suber
Viburnum tinus
Pinus pinaster
Arbutus unedo
Castanea sativa
Crataegus monogyna
Prunus mahaleb
Prunus spinosa
Pyrus bourgaeana
Quercus canariensis
Quercus faginea
Quercus pyrenaica
Quercus rotundifolia
Quercus suber
Viburnum tinus
Pinus pinaster
Pinus sylvestris
Castanea sativa
Crataegus monogyna
Frangula alnus
Ilex aquifolium
Malus sylvestris
Prunus avium
Prunus mahaleb
Prunus spinosa
Pyrus cordata
Quercus faginea faginea
Quercus pyrenaica
Quercus rotundifolia
Quercus suber
Sorbus aucuparia
Sorbus torminalis
Viburnum opulus
Acer pseudoplatanus
Alnus glutinosa 2
Cornus sanguinea
Corylus avellana
Erica arborea
Frangula alnus
Fraxinus angustifolia
Laurus nobilis
Myrica gale
Populus nigra
Prunus lusitanica
Quercus robur
Rhododendron ponticum
Salix alba
Salix atrocinerea
Salix neotricha
Salix repens 3
Salix salviifolia
Sambucus nigra
Ulmus minor
Taxus baccata
Acer pseudoplatanus
Alnus glutinosa
Amelanchier ovalis
Betula pubescens
Cornus sanguinea
Corylus avellana
Erica arborea
Fagus sylvatica
Fraxinus angustifolia
Populus nigra
Prunus lusitanica
Prunus padus
Quercus robur
Rhododendron
ponticum
Salix alba
Salix atrocinerea
Salix neotricha
Salix salviifolia
Sambucus nigra
Ulmus glabra
Ulmus minor
Juniperus communis
Pinus sylvestris
Acer pseudoplatanus
Betula pubescens
Castanea sativa
Crataegus monogyna
Fagus sylvatica
Frangula alnus
Ilex aquifolium
Malus sylvestris
Prunus avium
Prunus spinosa
Pyrus comm. pyraster
Pyrus cordata
Quercus pyrenaica
Quercus robur
Sorbus aria
Sorbus aucuparia
Sorbus torminalis
Taxus baccata
Acer pseudoplatanus
Alnus glutinosa
Amelanchier ovalis
Betula pubescens
Erica arborea
Fraxinus angustifolia
Prunus padus
Quercus robur
Salix atrocinerea
Salix caprea
Salix neotricha
Salix repens
Salix salviifolia
Sambucus nigra
Ulmus glabra
Ulmus minor
Pinus pinaster
Quercus pyrenaica
Quercus suber
Acer monspessulanum
Alnus glutinosa
Amelanchier ovalis
Arbutus unedo
Buxus sempervirens
Celtis australis
Cornus sanguinea
Crataegus monogyna
Erica arborea
Euonymus europaeus
Fraxinus angustifolia
Ilex aquifolium
Populus alba
Populus nigra
Populus tremula
Prunus insititia
Prunus lusitanica
Pyrus bourgaeana
Rhamnus cathartica
Rhododendron ponticum4
Salix alba
Salix atrocinerea
Salix neotricha
Salix salviifolia
Salix triandra
Sambucus nigra
Sorbus aria
Sorbus domestica
Sorbus latifolia
Ulmus minor
Viburnum lantana
Viburnum tinus
Juniperus oxycedrus
Pinus pinaster
Pinus pinea
Pistacia terebinthus
Quercus coccifera
Quercus rotundifolia
Taxus baccata
Alnus glutinosa
Amelanchier ovalis
Betula pubescens
Crataegus monogyna
Erica arborea
Fraxinus angustifolia
Prunus padus
Pyrus bourgaeana
Rhamnus cathartica
Rhododendron ponticum3
Salix atrocinerea
Salix caprea
Salix neotricha
Salix salviifolia
Salix triandra
Sambucus nigra
Sorbus aria
Sorbus latifolia
Ulmus minor
Pinus pinaster
Myrtus communis
Phillyrea angustifolia
Quercus pyrenaica
Quercus suber
Rhamnus alaternus
Acer monspessulanum
Alnus glutinosa
Arbutus unedo
Buxus sempervirens
Celtis australis
Crataegus monogyna
Erica arborea
Fraxinus angustifolia
Laurus nobilis
Myrica faya
Myrica gale
Nerium oleander
Populus alba
Populus nigra
Prunus insititia
Prunus mahaleb
Prunus spinosa
Pyrus bourgaeana
Quercus canariensis
Quercus faginea
Rhamnus alaternus
Salix alba
Salix atrocinerea
Salix neotricha
Salix purpurea
Salix repens2
Salix salviifolia
Salix triandra
Sambucus nigra
Sorbus domestica
Ulmus minor
Viburnum tinus
Juniperus oxycedrus
Juniperus turbinata
Pinus pinaster
Pinus pinea
Chamaerops humilis
Pistacia terebinthus
Quercus coccifera
Quercus rotundifolia
Juniperus navicularis
Juniperus turbinata
Pinus pinaster
Myrica faya
Pistacia lentiscus
Quercus coccifera
Quercus rivasmartinezzi
Retama monosperma
Tamarix africana 5
Tamarix canariensis4
Pinus pinea
Acer monspessulanum
Arbutus unedo
Celtis australis
Ceratonia siliqua
Chamaerops humilis
Ligustrum vulgare
Olea europaea sylvestris
Quercus coccifera
Quercus faginea
Quercus rivasmartinezzi
Quercus rotundifolia
Pinus pinea
Acer monspessulanum
Arbutus unedo
Buxus sempervirens
Celtis australis
Ligustrum vulgare
Quercus coccifera
Quercus rotundifolia
Quercus rotundifolia
Pinus sylvestris
Quercus suber
Pinus pinaster
Myrica faya
Tamarix africana4
Tamarix canariensis4
Stios de
solos com
calcrio activo
2
3
4
5
Juniperus oxycedrus
Pinus pinaster
Quercus rotundifolia
GLOSSRIO
Espcie indgena
Espcie da flora originria do territrio de Portugal continental, registada como ocorrendo
naturalmente e com populaes auto-sustentadas durante os tempos histricos.
Stio (florestal)
Conjunto de fatores fsicos e fisiogrficos, climticos, biolgicos e edficos que caracterizam
uma determinada rea e definem a sua qualidade ecolgica. O mesmo que estao (de
ALVES et al., 2012).
Stios higrfilos
Locais onde a posio topogrfica favorece a acumulao de gua de origem fretica, que se
soma proveniente da precipitao, originando maiores disponibilidades hdricas para as
plantas. Ocorrem tipicamente na base de paredes rochosas, em locais onde o nvel fretico se
aproxima ou contacta com a superfcie e no fundo dos vales ou em bacias endorreicas, com
drenagem insuficiente.
Stios mesfilos (climatfilos)
Locais com solos normais, abastecidos apenas pela gua da chuva (retendo uma parte e
drenando a restante), sem excesso de ies fitotxicos e com profundidade suficiente. Em
termos fisiogrficos correspondem a situaes planas ou a meias-encostas, sem declive
acentuado.
Stios xerfilos
Locais com solos delgados ou que retm apenas uma pequena parte da gua da chuva,
gerando menores disponibilidades hdricas para as plantas. Correspondem a paredes e
afloramentos rochosos, solos em encostas muito declivosas, solos em vertentes expostas a sul,
etc..
ANEXO
ANEXO
Regio do Alentejo
Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Alentejo, abrange os municpios de
Aljustrel, Almodvar, Alvito, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo,
Mrtola, Moura, Ourique, Serpa e Vidigueira, coincidentes com a NUTS de nvel III - Baixo
Alentejo;
Plano Regional de Ordenamento Florestal do Alentejo Litoral, abrange os municpios de
Alccer do Sal, Grndola, Odemira, Santiago do Cacm e Sines, coincidentes com a NUTS de
nvel III - Alentejo Litoral;
GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS
31
ANEXO
Regio do Algarve
Plano Regional de Ordenamento Florestal do Algarve, que abrange os municpios de Albufeira,
Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loul, Monchique, Olho, Portimo, So
Brs de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo Antnio, coincidentes com a
NUTS de nvel III - Algarve.
FICHA TCNICA