FUNGOS
FUNGOS
- FILO ASCOMYCOTA
A estrutura produtora dos esporos sexuados chamada ascocarpo é em forma de saco.
Com mais de 30000 espécies, este filo inclui numerosos fungos de importância econômica, como as
trufas, numerosos bolores verdes, amarelos e vermelhos. O gênero Neurospora foi fundamental para
estudos de genética. Pertencem também a este filo, as leveduras.
- FILO BASIDIOMYCOTA
São incluídos neste filo mais de 16.000 espécies, sendo eles os cogumelos, as ferrugens e os carvões,
importantes parasitas de plantas. São muito importante na decomposição de substratos vegetais,
atingem para decompor 2/3 da biomassa não animal dos solos. A estrutura produtora de esporos
sexuados é o basidiocarpo, vulgarmente conhecido por cogumelo.
- FILO DEUTEROMYCOTA
Este filo inclui todos os fungos que não são conhecidos, ou que por algum motivo não tenha sido
classificado, como no caso do gênero Penicillium, que tem sua fase sexuada conhecida, mas não e
considerada na sua classificação devido à sua elevada semelhança com outros fungos deste filo.
Apresenta mais de 17.000 espécies, a maioria das quais parece ser de ascomicetos.
A estrutura produtora de esporos sexuados, o basidiocarpo, é vulgarmente conhecido por
cogumelo. Este resulta da fusão de dois micélios diferentes e irá produzir basídios, células em forma de
clava e separadas do restante do micélio por septos. Deles, formam-se os basidiósporos, em grupo de
4 e presos por pequenos pedúnculos.
Líquens
Os liquens são associações simbióticas entre um componente fúngico (micobionte) e uma
população de algas unicelulares ou filamentosas ou de cianobactérias (fotobionte). O tipo de simbiose
permanece controverso: alguns pesquisadores atuais apontam evidências de que o micobionte,
“domina” o fotobionte, controlando, inclusive, sua divisão celular; por outro lado, muitos defendem a
relação como uma simbiose mutualista, visto que o fungo recebe da alga carboidratos e compostos
nitrogenados, mas repassa a ela nutrientes minerais por ele absorvidos, do ar ou da chuva, além de
proporcionar um ambiente físico adequado à sua sobrevivência. Além disso, tais autores afirmam que
nenhum dos parceiros poderia viver sozinho no nicho em que ocupam como líquens.
A grande maioria dos líquens (cerca de 98%) tem, como componente fúngico, um Ascomycota.
Os liquens são bons indicadores da ação antrópica, por serem muito sensíveis à poluição.
Podem ser pioneiros em ambientes rochosos, onde causam erosão através dos ácidos liquênicos. O talo
dos líquens pode ser:
·folhoso - estratificado, com alguns rizóides fixando o talo em pontos definidos;
·gelatinoso - variação do folhoso, com consistência gelatinosa; não estratificado;
·crostoso - assemelha-se ao folhoso, mas não apresenta córtex inferior nem rizóides, aderindo-se
fortemente ao substrato.
·fruticoso - com aspecto arborescente; tem muitas camadas distintas.
Micorrizas
Associações mutualistas com as plantas: potencializam a absorção de minerais. Ocorrem na
maioria das plantas vasculares. Os fungos proporcionam um incremento na absorção de água e
elementos essenciais, especialmente fósforo e também protegem as raízes contra o ataque de outros
fungos patogênicos ou de nematóides. Em troca, recebem carboidratos e vitaminas.
Acredita-se que as micorrizas muito colaboraram para o desenvolvimento das plantas
vasculares, ao longo da evolução, especialmente para a conquista do ambiente terrestre, devido à
existência de solos ainda muito pobres em épocas remotas. Tal inferência é possível, quando
observamos plantas atuais, que vivem sobre solos pobres, como áreas de mineração: as plantas com
micorrizas possuem maiores chances de sobrevivência. Atualmente acredita-se que os primeiros a
conquistarem o ambiente terrestre devem ter sido, na verdade, uma associação, como algo comparado
aos líquens.
Há dois tipos básicos: as endomicorrizas, que penetram nas células da raiz e as ectomicorrizas,
que as circundam.
Endomicorrizas: representam o maior número (cerca 80%). Os fungos participantes da simbiose são
zigomicetos (cerca. de 200 espécies da ordem Glomales).
Ectomicorrizas: em certos grupos de arbustos e árvores de zonas temperadas, como os carvalhos, os
salgueiros e os pinheiros. Os fungos participantes desse tipo de micorriza são basidiomicetos e alguns
ascomicetos.