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HISTÓRIA DA TABELA PERIÓDICA

A história da tabela periódica envolve diversos pesquisadores que criaram uma


forma de organizar os elementos químicos com base em suas semelhanças. A
criação de um modelo para organizar os elementos resolveu um problema comum na
época da Grécia Antiga e que perdurou até o século XIX.

A história da tabela periódica envolve muitos pesquisadores que explanaram formas


de organização dos elementos que estavam sendo descobertos na época.

O modelo visual da tabela periódica atual é uma versão do modelo de Charles


Janet, publicado em 1928. Por motivos estéticos, essa tabela foi modificada porque
não conseguia mostrar todos os elementos em uma mesma página, por isso, os
metais alcalinos e os metais alcalinoterrosos foram deslocados da direita para a
esquerda.

No modelo atual, a tabela periódica comporta 118 elementos químicos que estão
organizados em famílias e períodos. Nela, os elementos encontram-se representados
por uma letra ou sigla, com números atômicos, configurações eletrônicas e
propriedades.

Em 2019 comemora-se o Ano Internacional da Tabela Periódica, evento promovido


pela Organização das Nações Unidas (ONU), para celebrar os 150 anos da tabela
periódica.

Contexto histórico
Em 1869, o mundo ganhou uma forma de apresentar os elementos químicos
descobertos ao longo do tempo. Dmitri Mendeleev organizou as substâncias e
apresentou à comunidade científica. Esse projeto ganhou o nome de tabela
periódica. No entanto, para chegar a esse resultado foi necessário um longo
processo de pesquisas.

Muito antes de Mendeleev apresentar a sua tabela, o alquimista Hennig Brand, por
volta de 1669, descobriu o elemento fósforo ao aquecer resíduos da urina fervida e
provocar chamas. Na década seguinte, em 1789, Antoine Lavoisier organizou uma
lista com 33 elementos divididos em conjuntos de substâncias classificadas como
simples, metálicas, não-metálicas e terrosas. Porém, esse modelo foi considerado
incompleto, pois faltava estabelecer uma propriedade que os diferenciasse.

Assim, foi Johann W. Döbereiner o responsável por detectar que existia uma ordem
para organizar os elementos químicos. Nesse período, cerca de 47 elementos haviam
sido descobertos. Diante desse contexto, os cientistas da época começaram a
perceber padrões nas características.
Modelos que fazem parte da história da tabela periódica
Tríades de Döbereiner

Johann Wolfgang Döbereiner foi um dos precursores na tentativa de criar um projeto


que abrigasse todos os elementos químicos. Ele criou um grupo de três elementos
com propriedades similares, o que ganhou o nome de tríades de Döbereiner.

Esse modelo inspirou outros cientistas para seguir com o esquema de classificação
dos elementos.

Parafuso Telúrico

Em 1862, Alexandre Béguyer de Chancourtois criou um modelo que agrupava os


elementos em ordem crescente de massa atômica, no formato que lembrava um
parafuso. Assim, 16 elementos ficavam em cada volta da espiral e aqueles com
características semelhantes ficavam um embaixo do outro.

Fita enrolada

Representação da fita enrolada. (Foto: Wikimedia)

O estudo de James Franklin Hyde, publicado em 1976, propunha um modelo com


uma forma curva, com o silício ao centro, mostrando como esse elemento está
ligado aos demais.

Pelo modelo da fita enrolada a tabela começa com o hidrogênio, representando a


ponta de uma espiral e os demais elementos ordenados por escala de cores.

Lei das Oitavas

Proposto por John A. R. Newlands, em 1864, esse modelo agrupou os elementos de


sete em sete, em ordem crescente de massa atômica. Ele observou que o primeiro
elemento tinha propriedades semelhantes ao oitavo e assim por diante. Por isso, o
modelo foi nomeado de Lei das oitavas.

Modelo de Mendeleev

A primeira proposta aceita que contemplou todos os elementos químicos de forma


organizada foi proposta pelo químico russo Dimitri Mendeleev que, em 1869, iniciou o
desenvolvimento da tabela periódica, organizando os elementos pela massa
atômica.
A versão de Mendeleev foi aprimorada para contemplar os demais elementos que
vieram a ser descobertos. Houve muitas mudanças até a tabela periódica chegar no
modelo como é conhecido atualmente.

Forma Janet (left-step)

Representação do modelo de Janet. (Foto: Wikimedia)

Como alternativa à proposta de Mendeleev, Charles Janet apresentou, em 1928, um


modelo que dispôs os elementos conforme o seu preenchimento orbital. Nele, os
blocos são lidos da direita para a esquerda e, em cada linha, tem-se a soma dos
números quânticos principal e secundário.

Modelo de Adomah

Representação do modelo de Adommah. (Foto: Wikimedia)

Esse modelo é recente, em comparação com os demais, tendo sido proposto em


2006, por Valery Tsimmerman. Essa tabela assume forma de torre onde os
elementos não são divididos por sua massa atômica, mas pelos quatro números
quânticos do elétron.

Artigos Relacionados
Pressão Osmótica
A pressão osmótica é uma das propriedades coligativas que fazem parte das soluções químicas. Pode ser estimada de acordo com

a temperatura.

Número de Massa
O número de massa determina a quantidade de partículas subatômicas presentes no núcleo. Por isso, é dado através da fórmula: A

=p+n

Número Atômico
O número atômico, representado pela letra Z, indica a quantidade de prótons no núcleo do átomo e dos elétrons na eletrosfera.
Origem da Tabela Periódica
A origem da Tabela Periódica remonta ao século XIX e teve a participação de grandes cientistas,
cujo objetivo principal era identificar, prever e utilizar suas características.

Tabela periódica atualCrédito da Imagem: Shutterstock


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A origem da Tabela Periódica ocorreu no início século XIX, por volta do ano de 1829, quando os
químicos da época decidiram propor formas de organização dos elementos químicos conhecidos até
então.

No início do século XIX, os químicos possuíam conhecimentos sobre diversas características


(densidade, massa atômica, reatividade, ponto de fusão, ponto de ebulição, estado físico) de trinta
elementos químicos. Esses conhecimentos serviram de ponto de partida para a origem da Tabela
Periódica.

Ao longo de 200 anos, vários foram os químicos que procuraram propor formas de organizar os
elementos químicos, ou seja, a Tabela Periódica que conhecemos hoje, na verdade, teve várias
origens, já que ao longo da história muitas tentativas foram realizadas.

Tópicos deste artigo


 1 - Mapa Mental: Origem da Tabela Periódica

Mapa Mental: Origem da Tabela Periódica

*Para baixar esse mapa mental, clique aqui!

Veja alguns dos químicos que se destacaram na tentativa de organizar os elementos em uma tabela.

Tríades de Dobereiner
Ilustração de Johann
Wolfgang Dobereiner *
No ano de 1829, o químico alemão Johann Wolfgang Dobereiner organizou a primeira Tabela
Periódica da história. Ela apresentava os trinta elementos químicos conhecidos até então e foi
batizada por ele de tríades de Dobereiner.

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A tabela periódica de Dobereiner foi denominada de tríade porque os elementos foram organizados
em grupos de 3. Cada grupo apresentava elementos que possuíam características químicas
semelhantes.

Representação de uma tríade de Dobereiner.


Um fato interessante em relação às tríades de Dobereiner é que a massa atômica do elemento central
da tríade era exatamente a resultante da média aritmética entre as massas atômicas dos outros dois
elementos da tríade.
Parafuso telúrico de Alexandre de Chancourtois

No ano de 1862, o geólogo e mineralogista francês Alexandre de Chancourtois resolveu propor


uma organização dos elementos químicos conhecidos na época para facilitar a aplicação deles na
mineralogia. A tabela de Chancourtois foi denominada de parafuso telúrico.

Representação do parafuso telúrico de Chancourtois.


Chancourtois distribuiu os elementos (pontos escuros na imagem) químicos em ordem crescente de
massa atômica ao longo de uma faixa espiral existente em um cilindro. Com essa organização,
Chancourtois observou que os elementos posicionados na mesma linha vertical apresentavam
propriedades químicas semelhantes.

Lei das Oitavas

Lei das oitavas foi o nome proposto pelo químico inglês J.A.R. Newlands, no ano de 1865, à
Tabela Periódica. Pelo fato de Newlands também ser músico, ele montou a tabela de acordo com as
notas musicais (dó, lá, ré, mi, fá, sol, lá, si).

Newlands organizou os 61 elementos químicos conhecidos na época em ordem crescente de massa


atômica e colocou-os em colunas verticais. Cada uma das colunas verticais possuía sete elementos.
Representação de duas oitavas de Newlands.
Newlands observou que os elementos químicos presentes em uma mesma linha horizontal de oitavas
diferentes apresentavam propriedades químicas semelhantes. Assim, o primeiro elemento de uma
oitava apresentava propriedades semelhantes ao primeiro elemento da outra oitava e assim
sucessivamente.

Tabela periódica de Mendeleev

Ilustração do químico
Mendeleev **
Mendeleev, durante seus trabalhos com os elementos químicos, tinha o hábito de anotar as
propriedades de cada um deles em fichas. Em um dado momento, no ano de 1869, ele resolveu
colocar essas fichas em ordem crescente de massa atômica.

Logo após organizar os elementos em ordem crescente de massa atômica, Mendeleev manteve o
padrão, mas posicionou os elementos em colunas horizontais e verticais, respeitando as
características e semelhanças dos elementos.
Tabela periódica de Moseley

No ano de 1913, o químico inglês Henry Moseley, a partir da tabela proposta por Mendeleev,
montou a tabela periódica nos padrões que conhecemos até os dias de hoje.

Diferentemente de Mendeleev, Moseley organizou os elementos em ordem crescente de número


atômico, manteve a organização em colunas horizontais e verticais, mas posicionou os elementos de
mesmas características químicas nas mesmas colunas verticais.

Tabela periódica atual

Após 1913, a Tabela Periódica proposta por Moseley não sofreu nenhuma grande modificação, na
verdade, passou por algumas atualizações, já que alguns elementos químicos foram descobertos.

Comparando-a com a tabela atual, a tabela de Moseley não apresentava, por exemplo, os elementos
químicos de números atômicos entre 110 e 118. Além disso, a série dos actinídeos estava localizada
acima da série dos lantanídeos.

A última atualização realizada na Tabela Periódica foi no ano de 2016, quando os elementos 113,
115, 117 e 118 passaram a fazer parte oficialmente dela.

Tabela periódica
A tabela periódica organiza os elementos químicos em ordem crescente de número
atômico, de modo que os elementos que possuam propriedades similares se repitam
periodicamente.
Tabela periódica
dos elementos químicos. [1]

A tabela periódica é uma forma de organização dos elementos químicos em ordem


crescente de número atômico e de recorrência de suas propriedades físico-químicas.

A classificação dos elementos em formato de tabela foi proposta por Dmitri


Mendeleev em 1869, o qual foi responsável por identificar e agrupar elementos
químicos com propriedades similares em uma mesma coluna. Inicialmente, Mendeleev
utilizou a massa atômica como critério de organização dos elementos. Porém, em 1913,
Henry Moseley descobriu o número atômico, e a tabela periódica passou a ser ordenada
de acordo com o número crescente de prótons no átomo, assumindo a configuração
atual.
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A disposição dos elementos na tabela periódica permite reconhecer a tendência de


variação de algumas de suas propriedades físico-químicos ao longo de um grupo ou de
um período da tabela.

Leia também: Evolução dos modelos atômicos


Resumo sobre a tabela periódica

 A tabela periódica organiza os elementos químicos em ordem crescente de número


atômico.
 Todos os 118 elementos químicos estão distribuídos ao longo de 18 grupos e sete
períodos.
 Os grupos são as colunas da tabela periódica e reúnem elementos com propriedades
similares e igual número de elétrons de valência.
 Os períodos são as linhas da tabela periódica e acomodam elementos com o mesmo
número de camadas eletrônicas ocupadas.
 A disposição dos elementos na tabela revela algumas propriedades que se repetem
de forma recorrente, sendo chamadas de propriedades periódicas.
 As principais propriedades periódicas são o raio atômico, a energia de ionização, a
afinidade eletrônica, a eletronegatividade, a densidade e os pontos de fusão e de
ebulição.
 Apesar de a criação da tabela periódica ser atribuída a Dmitri Mendeleev, a sua
concepção teve contribuição de diversos estudiosos.
 A tabela periódica é uma ferramenta essencial ao desenvolvimento da ciência e está
em constante evolução.
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Organização da tabela periódica

A tabela periódica moderna é composta por 118 elementos e é organizada de acordo


com o número atômico de cada espécie, em ordem crescente, da esquerda para a
direita. Os elementos são distribuídos ao longo de 18 grupos, representados pelas
colunas verticais, e em sete períodos, que são as linhas horizontais.

Essa configuração foi proposta por Dmitri Mendeleev, em 1869, depois de ele ter
notado padrões entre os elementos químicos e percebido que poderia agrupá-los
conforme tais similaridades. Assim, apenas pela localização de um elemento na tabela
periódica, é possível conhecer algumas de suas características químicas.

A tabela periódica ainda pode ser organizada em blocos que se relacionam à


distribuição eletrônica dos elementos. Nessa abordagem, a tabela é dividida de
acordo com o subnível ocupado de maior energia, ou seja, a subcamada que contém os
elétrons mais externos.

TABELA INDICATIVA DA DIVISÃO DA TABELA PERIÓDICA EM BLOCOS.

Bloco Subnível mais energético Quem faz parte?


s s Grupos 1 e 2
p p Grupos 13 a 18
d d Grupos 3 a 12
f f Séries dos lantanídeos e actinídeos

Tabela periódica dividida em blocos denominados s, p, d e f.

De modo mais amplo, os elementos podem ser ainda divididos em metais e não-
metais, de acordo com características físico-químicas. Os metais englobam a maior
parte dos elementos e ainda se dividem em subclasses. Em geral, são aqueles que
possuem brilho e condutividade térmica e elétrica. Os não-metais, ou ametais, incluem
apenas 11 elementos químicos: carbono, nitrogênio, fósforo, oxigênio, enxofre, selênio,
flúor, cloro, bromo, iodo e astato.

Por fim, os constituintes da tabela ainda podem serem divididos entre elementos de
transição e elementos representativos, contudo essa classificação vem sendo pouco
utilizada. Elementos representativos estão presentes nas extremidades esquerda e
direita da tabela, englobando os grupos 1, 2, 14, 15, 16, 17 e 18. Já os elementos de
transição são aqueles situados na região central, englobando os grupos 3 a 11.

O grupo 12 é comumente classificado como elemento de transição, no entanto é


importante destacar que esse grupo não cumpre os requisitos para isso, que seria
possuir um subnível d incompleto.
Veja também: Quais são os elementos radioativos?

Famílias ou grupos da tabela periódica

A tabela periódica é dividida em 18 grupos, compostos por elementos com


propriedades físico-químicas similares e padrão bem definido em suas propriedades
periódicas. São referidos pela própria numeração (1 a 18) ou por alguns nomes
específicos (veja tabela abaixo).

O elemento hidrogênio é um caso particular. Apesar de estar localizado no grupo 1,


ele não possui propriedades semelhantes aos demais elementos desse grupo.

Uma característica comum e importante dos elementos químicos que compõem cada
grupo é possuir a mesma quantidade de elétrons na camada de valência. O número
de elétrons de valência é uma importante característica química, pois define a
estabilidade e a reatividade de um elemento químico.

Por exemplo, os elementos do grupo 1 possuem apenas um elétron na camada de


valência, já os elementos do grupo 18 possuem a valência completa, isto é, oito
elétrons. Na prática, isso significa que os elementos do grupo 18 são menos reativos e
mais estáveis do que os elementos do grupo 1.

Para se referir aos grupos, é comum usar sua numeração, o nome do primeiro elemento
ou ainda alguns nomes específicos, que foram sendo cunhados com o tempo em razão
das propriedades ou origem natural dos elementos.

TABELA INDICANDO CARACTERÍSTICAS DOS GRUPOS DA TABELA PERIÓDICA

Número do grupo Nome Número de elétrons de valênc


1 Metais alcalinos 1
2 Metais alcalinoterrosos 2
3-12 Metais de transição 2
13 — 3
14 — 4
15 — 5
16 Calcogênios 6
17 Halogênios 7
18 Gases nobres 8
Antes, era comum utilizar os termos grupo e família como sinônimos e as letras A e B
para se referir aos lados esquerdo e direito da tabela. Atualmente, o termo “grupo”
deve prevalecer para se referir às colunas da tabela periódica, e não se usa mais as
denominações A e B, sendo os grupos numerados de 1 a 18.

Períodos da tabela periódica

A tabela periódica é composta por sete períodos, suas linhas horizontais, que
acomodam os elementos químicos em sentido crescente de número atômico.

Um mesmo período acomoda elementos que possuem igual número de camadas


eletrônicas ocupadas. Ao descer pela tabela, um novo período é iniciado quando um
elétron passa a ocupar o próximo nível eletrônico do átomo.

Os lantanídeos são um conjunto de elementos localizados no período 6 da tabela


periódica, que se iniciam no elemento lantânio (Z = 57) e se estendem até o lutécio (Z =
71). Por razões estéticas, na tabela periódica convencional, esses elementos são
mostrados abaixo da tabela, compondo o bloco f. Estratégia similar foi adotada para os
actinídeos, conjunto de elementos do período 7 que se inicia no elemento actínio (Z =
89) e vai até o laurêncio (Z = 103). A série dos lantanídeos e actinídeos é chamada de
“metais de transição interna”.

Quais são as propriedades periódicas?

A organização da tabela periódica no sentido crescente de número atômico, dentro de


grupos e períodos, revela algumas propriedades dos elementos químicos que ocorrem
de forma de forma recorrente, a depender da sua localização na tabela.

É por isso que a tabela periódica dos elementos tem esse nome, pelo fato de
algumas propriedades se repetirem de maneira periódica dentro dos grupos e períodos.

 Raio atômico

O tamanho do átomo pode ser expresso pelo seu raio atômico. Na realidade, é difícil
determinar seu tamanho pelo fato de a eletrosfera não possuir um limite definido.

No entanto, para que se possa ter uma ideia de qual é o tamanho do átomo, considera-
se o seu raio atômico como sendo a distância entre o elétron mais externo e o
núcleo. O raio atômico é normalmente expresso em unidade de picômetros (pm),
sendo 1 pm = 10-12m.
Representação da medida
do raio atômico. (Obs.: ilustração fora de escala.)

Dentro da tabela periódica, o raio atômico dos elementos aumenta dentro de um


grupo, de cima para baixo, em razão do aumento do número de camadas preenchidas
por elétrons.

Dentro de um período, todos os elementos ocupam o mesmo nível atômico, mas com
número crescente de prótons da esquerda para a direita. Conforme mais prótons há no
núcleo, maior será a força de atração entre os elétrons e o núcleo, fenômeno conhecido
como carga nuclear. Isso ocasiona uma contração da eletrosfera e, portanto, uma
diminuição do raio atômico.

Por isso, dentro de um período, o raio atômico diminui da esquerda para a direita,
em função do aumento do número atômico.

 Energia de ionização ou potencial de ionização

A energia de ionização é a energia necessária para remover um elétron de valência


de um átomo gasoso e isolado, em seu estado fundamental, convertendo-o em um íon
positivo. Veja um exemplo para o átomo de sódio (Na):

Na g + energia absorvida → Na+g + elétron

Quanto menor o átomo (menor raio atômico), maior será a energia necessária para
remover um elétron de valência. Isso é explicado porque átomos menores possuem
carga nuclear maior, ou seja, sentem mais fortemente a atração entre o núcleo e os
elétrons.

Dentro do grupo, a energia de ionização aumenta de baixo para cima. Quanto menor o
raio atômico, maior a energia para remover o elétron, em razão da maior carga nuclear.

Dentro do período, a energia de ionização aumenta da esquerda para a direita. Quanto


menor for o átomo, maior será a força de atração do núcleo, fator que eleva a energia
de ionização.
Na tabela periódica, a propriedade de energia de ionização se altera inversamente à
variação do raio atômico, pois quanto menor o átomo, maior a energia requerida para
a remoção de um elétron.

 Afinidade eletrônica ou eletroafinidade

A afinidade eletrônica é a energia liberada pelo átomo gasoso quando recebe um


elétron para formar um íon negativo, estando isolado e em seu estado fundamental.
Veja um exemplo para o átomo de cloro (Cl):

Cl g +elétron → Cl-g + energia liberada

Em um grupo, a afinidade eletrônica aumenta de baixo para cima, porque quanto mais
perto o elétron adicional ficar do núcleo, maior será a força de atração sentida por ele e,
assim, maior será a energia liberada.

Para o período, a afinidade eletrônica é maior da esquerda para a direita. Isso se explica
pelo aumento do número atômico, exercendo maior carga nuclear atrativa sobre os
elétrons.

Na tabela periódica, a propriedade de afinidade eletrônica se altera inversamente à


variação do raio atômico, pois mais energia é liberada quando um elétron é recebido
por átomos menores.

 Eletronegatividade

A eletronegatividade se relaciona com a tendência de um átomo em atrair elétrons


quando participa de uma ligação química, ou seja, quando está ligado a outro
elemento.

Átomos de menor raio atômico são mais eletronegativos, ou seja, conseguem atrair os
elétrons de outro elemento ligado a ele com maior intensidade. Dentro do grupo, a
eletronegatividade aumenta de baixo para cima. Dentro do período, a
eletronegatividade aumenta da esquerda para a direita.

 Densidade

A densidade de uma substância é a relação entre a sua massa e o volume ocupado


por ela.

Quando se fala em densidade dos elementos, na realidade, estamos falando da


substância mais simples formada por cada elemento. E assim como as demais
propriedades periódicas, a densidade se altera com o número atômico.
Em um grupo, a densidade cresce de baixo para cima, em razão da elevação do número
atômico. Em um período, a densidade aumenta das extremidades para o centro. O
elemento ósmio possui o maior valor de densidade dentre os elementos — igual a
22,6 g/cm3.

 Ponto de fusão e ponto de ebulição

O ponto de fusão é a temperatura necessária para que um sólido se transforme em um


líquido. O ponto de ebulição é a temperatura em que um líquido passa para o estado
gasoso.

Na tabela periódica, essas duas propriedades variam com o número atômico,


aumentando dentro de um período das extremidades para o centro. Já dentro de um
grupo, os pontos de fusão e ebulição crescem de cima para baixo.

No entanto, os elementos dos grupos 1 (metais alcalinos) e 2 (metais alcalinoterrosos)


têm um comportamento diferente, sendo que seus pontos de fusão e
ebulição aumentam de baixo para cima dentro do grupo, ou seja, no sentido de
diminuição do raio atômico.

A imagem abaixo resume a tendência de variação das propriedades periódicas ao longo


dos grupos e períodos tabela periódica:
Esquema mostra as variações das propriedades periódicas dos elementos ao longo dos grupos
e períodos da tabela periódica.

História da tabela periódica

Conforme o número de elementos químicos descobertos pelo homem crescia ao longo


das décadas, houve uma tendência natural dos cientistas em organizá-los em uma
determinada ordem, buscando correlações entre eles. Diversas tentativas e propostas
foram apresentadas, discutidas e melhoradas a partir da segunda metade do século XIX.

O químico alemão Johann Wolfgang Döbereiner foi um dos primeiros a reconhecer a


existência de similaridades entre alguns elementos químicos. Em 1829, Döbereiner
aperfeiçoou sua teoria e propôs que alguns elementos poderiam ser divididos em
tríades (conjunto de três elementos) com forte semelhança em suas massas atômicas.

Pouco tempo depois, em 1862, o geólogo francês Alexandre Émile Béguyer de


Chancourtois organizou os elementos químicos conhecidos em sentido crescente de
seus pesos atômicos em uma configuração geométrica interessante. Chancourtois
dispôs os elementos em um formato cilíndrico, organizados em uma hélice e divididos
em 16 seções. Esse arranjo ficou conhecido como parafuso telúrico (o termo “telúrico”
se refere à Terra). Os químicos da época não deram muita importância a essa proposta,
pois ela foi apresentada dentro de um contexto geológico.

Na mesma época, o químico inglês John Alexander Reina Newlands apresentou uma
nova e elegante proposta de arranjo dos elementos químicos, em uma ordem que
lembrava os intervalos das notas musicais. Nesse arranjo, linhas horizontais continham
sete elementos, e o oitavo elemento, que possuía propriedades similares às do primeiro,
ficava posicionado abaixo, iniciando uma nova sequência. Essa configuração foi
chamada de lei das oitavas. Os cientistas da época não levaram Newlands a sério,
porém décadas mais tarde, sua contribuição foi reconhecida oficialmente pela
identificação da periodicidade das propriedades dos elementos químicos.

Em 1869, o químico russo e professor universitário Dmitri Mendeleev, durante o


processo de escrita de um livro de Química, organizou os 63 elementos químicos
conhecidos até então em fichas individuais, contendo todas as propriedades conhecidas
de cada um deles. Manipulando esse material para escrever seu livro, ele notou que
quando os elementos estão organizados em ordem crescente de massa atômica,
algumas propriedades se repetem de maneira regular, assim como a lei das oitavas de
Newland previa.

Com esses dados, Mendeleev organizou os elementos químicos em formato de


tabela, deixando todos aqueles com propriedades semelhantes em uma mesma coluna.
No entanto, o maior destaque para a proposta de Mendeleev foi a percepção de que
faltavam alguns elementos para completar as colunas. Por isso, em sua tabela, ele
deixou espaços vagos, considerando que à época ainda nem todos os elementos
haviam sido descobertos. Como ele já sabia que as propriedades se repetiam de forma
periódica, Mendeleev ainda fez previsões sobre as propriedades que esses futuros
elementos deveriam apresentar.
Selo impresso na antiga União
Soviética mostrando Dmitri Mendeleev (1834-1907) e suas anotações durante a construção da
tabela periódica. [2]

Outro ponto de destaque foi o professor russo perceber que em alguns pontos da
tabela seria mais adequado haver algumas inversões na posição dos elementos, para
que as propriedades se mantivessem no padrão de recorrência.

Alguns anos mais tarde, em 1913, o físico Henry Moseley fez importantes avanços
científicos utilizando a técnica de raios-X — dentre eles, o estabelecimento da
característica que atualmente conhecemos como número atômico e que se refere à
quantidade de prótons no núcleo. Moseley também determinou que as propriedades
físicas e químicas de elementos dependem do número atômico.

Com essa descoberta, a tabela proposta por Mendeleev foi readequada utilizando os
valores crescentes de número atômico (e não mais de massa atômica), e foi verificada a
ocorrência da periodicidade nas propriedades dos elementos químicos que se repetem
com regularidade. Esse fenômeno é conhecido como Lei Periódica dos Elementos.
Com o avanço tecnológico, outros cientistas fizeram ajustes às propostas de
Medeleev e de Moseley para a tabela periódica, mas as ideias centrais apresentadas
por eles são a base da tabela periódica moderna.

Em junho de 2016, quatro novos elementos foram adicionados à tabela periódica, que
atualmente (2022) conta com 118 elementos químicos conhecidos.

História da Tabela Periódica

Carolina Batista
Professora de Química

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A tabela periódica é um modelo que agrupa todos os elementos químicos conhecidos e
apresenta algumas de suas características. Atualmente, a tabela periódica possui 118
elementos químicos.

Evolução da Tabela Periódica


O modelo de tabela periódica que conhecemos atualmente, foi proposto pelo químico
russo Dmitri Mendeleiev (1834-1907), no ano de 1869.

A finalidade fundamental de criar uma tabela era para facilitar a classificação, a


organização e o agrupamento dos elementos químicos conforme suas propriedades.

Muitos estudiosos já tentavam organizar estas informações e, portanto, muitos modelos


anteriores foram apresentados.

Da Grécia Antiga vieram as primeiras tentativas de organizar os elementos


conhecidos. Empédocles foi um filósofo grego que falou da existência de quatro
"elementos": água, fogo, terra e ar.

Posteriormente, Aristóteles fez a primeira organização desses elementos e lhes


associou algumas "propriedades" como úmido, seco, quente e frio.
Antoine Lavoisier (1743-1794) observou que por meio da eletrólise, a água se
decompunha em hidrogênio e oxigênio. Classificou então as substâncias encontradas
em elementares por não conseguir dividi-las em substâncias mais simples.

Ele identificou alguns dos primeiros elementos químicos e, em 1789, organizou uma
lista de 33 elementos divididos em conjuntos de substâncias simples, metálicas, não-
metálicas e terrosas, mas não conseguiu estabelecer uma propriedade que os
diferenciasse.

Johann W. Döbereiner (1780-1849) foi um dos primeiros a observar uma ordem para
organizar os elementos químicos. Como no início do século XIX valores aproximados de
massa atômica para alguns elementos haviam sido estabelecidos, ele organizou grupos
de três elementos com propriedades semelhantes.

Tríades de Döbereiner
O modelo de classificação proposto por Döbereiner chamou bastante atenção da
comunidade científica na época. Ele sugeriu uma organização baseada em tríades, ou
seja, os elementos eram agrupados em trios conforme as suas propriedades
semelhantes.

A massa atômica do elemento central era a média das massas dos outros dois
elementos. Por exemplo, o sódio tinha um valor aproximado de massa que correspondia
a média das massas de lítio e potássio. Entretanto, muitos elementos não podiam ser
agrupados dessa forma.

Alexandre-Emile B. de Chancourtois (1820-1886), geólogo francês, organizou 16


elementos químicos por ordem crescente de massa atômica. Para isso, utilizou um
modelo conhecido por Parafuso Telúrico.

No modelo proposto por Chancourtois, ocorre a distribuição das informações na base,


em forma de cilindro, alinhando verticalmente os elementos com propriedades
semelhantes.
Modelo do Parafuso Telúrico
John Newlands (1837-1898) também desempenhou papel fundamental. Ele criou a lei
das oitavas para os elementos químicos.

Suas observações mostraram que, organizando os elementos por ordem crescente de


massa atômica, a cada oito elementos as propriedades se repetiam, estabelecendo
assim, uma relação periódica.

Tabela de Newlands
O trabalho de Newlands ainda era restrito, pois essa lei se aplicava até o cálcio.
Entretanto, seu pensamento foi precursor das ideias de Mendeleiev.

Julius Lothar Meyer (1830-1895), baseando-se principalmente nas propriedades físicas


dos elementos, fez uma nova distribuição segundo as massas atômicas.
Ele observou que entre elementos consecutivos, a diferença das massas era constante e
concluiu a existência de relação entre massa atômica e propriedades de um grupo.

Através do estudo proposto por Meyer foi possível comprovar a existência de


periodicidade, ou seja, ocorrência de propriedades semelhantes em intervalos regulares.

Dmitri Mendeleiev (1834-1907), em 1869, estando na Rússia, teve a mesma ideia que
Meyer, que realizava seus estudos na Alemanha. Ele, de forma mais meticulosa,
organizou um quadro periódico, onde os 63 elementos químicos conhecidos estavam
dispostos em colunas com base em suas massas atômicas.

Tabela periódica proposta por Mendeleiev


Além disso, deixou espaços vazios na tabela para os elementos que ainda não eram
conhecidos. Mendeleiev era capaz de descrever algumas informações dos elementos
faltantes com base na sequência que elaborou.

O Trabalho de Mendeleiev foi o mais completo até então realizado, pois organizou os
elementos conforme suas propriedades, reuniu um grande número de informações de
maneira simples e constatou que novos elementos seriam descobertos, deixando
espaços para inseri-los na tabela.

Até então, nada se sabia a respeito da constituição dos átomos, mas a organização
proposta por Meyer-Mendeleiev originou inúmeras investigações para justificar a
periodicidade dos elementos e constitui a base da atual Tabela Periódica.
Henry Moseley (1887-1915), em 1913, fez importantes descobertas, estabelecendo o
conceito de número atômico. Com o desenvolvimento de estudos para explicar a
estrutura dos átomos, um novo passo foi dado para organização dos elementos
químicos.

A partir de seus experimentos, ele atribuiu números inteiros a cada elemento e,


posteriormente, foi constatada a correspondência ao número de prótons no núcleo do
átomo.

Moseley reorganizou a tabela proposta por Mendeleiev de acordo com os números


atômicos, eliminando algumas falhas da tabela anterior e estabeleceu o conceito de
periodicidade da seguinte forma:

Muitas propriedades físicas e químicas dos elementos variam periodicamente na sequência dos números
atômicos.

De fato, todos os modelos propostos, de alguma forma, contribuíram para as


descobertas sobre os elementos químicos e suas classificações.

Além disso, foram fundamentais para que chegasse ao modelo atual de tabela periódica
que apresenta 118 elementos químicos.

A Tabela Periódica de Newlands foi proposta pelo químico inglês John Newlands em 1865. Ele organizou os
elementos em ordem crescente de peso atômico e percebeu que as propriedades dos elementos se repetiam a cada
oitavo elemento, o que ele chamou de "lei das oitavas".

No entanto, a Tabela Periódica de Newlands não foi amplamente aceita na época, pois havia inconsistências em
alguns grupos de elementos. Foi somente após a criação da Tabela Periódica de Mendeleev, em 1869, que a
organização dos elementos começou a ser mais aceita e compreendida.

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